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Sumario del 01/09/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

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Papa e Santa Sé



Dia da Criação: Papa e Bartolomeu em defesa do ambiente e dos pobres

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada na manhã de sexta-feira (01/09) a mensagem conjunta do Papa Francisco e do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, para o Dia Mundial de Oração pela Criação. Confira a íntegra:

 

“A narração da criação oferece-nos uma visão panorâmica do mundo. A Sagrada Escritura revela que, «no princípio», Deus designou a humanidade como cooperadora na guarda e proteção do ambiente natural. Ao início, como lemos no Génesis (2, 5), «ainda não havia arbusto algum pelos campos, nem sequer uma planta germinara ainda, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para a cultivar». A terra foi-nos confiada como dom sublime e como herança, cuja responsabilidade todos compartilhamos até que, «no fim», todas as coisas no céu e na terra sejam restauradas em Cristo (cf. Ef 1, 10). A dignidade e a prosperidade humanas estão profundamente interligadas com a solicitude por toda a criação.

Os efeitos do nosso comportamento

«No período intermédio», porém, a história do mundo apresenta uma situação muito diferente. Revela-nos um cenário moralmente decadente, onde as nossas atitudes e comportamentos para com a criação ofuscam a vocação de ser cooperadores de Deus. A nossa tendência a romper os delicados e equilibrados ecossistemas do mundo, o desejo insaciável de manipular e controlar os limitados recursos do planeta, a avidez de retirar do mercado lucros ilimitados: tudo isto nos alienou do desígnio original da criação. Deixamos de respeitar a natureza como um dom compartilhado, considerando-a, ao invés, como posse privada. O nosso relacionamento com a natureza já não é para a sustentar, mas para a subjugar a fim de alimentar as nossas estruturas.

Pobres são os mais impactados

As consequências desta visão alternativa do mundo são trágicas e duradouras. O ambiente humano e o ambiente natural estão a deteriorar-se conjuntamente, e esta deterioração do planeta pesa sobre as pessoas mais vulneráveis. O impacto das mudanças climáticas repercute-se, antes de mais nada, sobre aqueles que vivem pobremente em cada ângulo do globo. O dever que temos de usar responsavelmente dos bens da terra implica o reconhecimento e o respeito por cada pessoa e por todas as criaturas vivas. O apelo e o desafio urgentes a cuidar da criação constituem um convite a toda a humanidade para trabalhar por um desenvolvimento sustentável e integral.

Rezar para mudar o modo de perceber o mundo

Por isso, unidos pela mesma preocupação com a criação de Deus e reconhecendo que a terra é um bem dado em comum, convidamos ardorosamente todas as pessoas de boa vontade a dedicar, no dia 1 de setembro, um tempo de oração pelo ambiente. Nesta ocasião, desejamos elevar uma ação de graças ao benévolo Criador pelo magnífico dom da criação e comprometer-nos a cuidar dele e preservá-lo para o bem das gerações futuras. Sabemos que, no fim de contas, é em vão que nos afadigamos, se o Senhor não estiver ao nosso lado (cf. Sal 126/127), se a oração não estiver no centro das nossas reflexões e celebrações. Na verdade, um dos objetivos da nossa oração é mudar o modo como percebemos o mundo, para mudar a forma como nos relacionamos com o mundo. O fim que nos propomos é ser audazes em abraçar, nos nossos estilos de vida, uma maior simplicidade e solidariedade.

A quantos ocupam uma posição de relevo em âmbito social, económico, político e cultural, dirigimos um apelo urgente a prestar responsavelmente ouvidos ao grito da terra e a cuidar das necessidades de quem está marginalizado, mas sobretudo a responder à súplica de tanta gente e apoiar o consenso global para que seja sanada a criação ferida. Estamos convencidos de que não poderá haver uma solução genuína e duradoura para o desafio da crise ecológica e das mudanças climáticas, sem uma resposta concertada e coletiva, sem uma responsabilidade compartilhada e capaz de prestar contas do seu agir, sem dar prioridade à solidariedade e ao serviço.

Do Vaticano e do Fanar, 1 de setembro de 2017.

Papa Francisco e Patriarca Ecumênico Bartolomeu

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Terceiro Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

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Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se, nesta sexta-feira, 1° de setembro, o Terceiro Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, instituído pelo Papa Francisco em 15 de setembro de 2015, um evento que tem caráter ecumênico por ser comemorado com a Igreja Ortodoxa. 

Para esta ocasião o Santo Padre publicou o seguinte tuíte: “Senhor, ensinai-nos a contemplar-vos na beleza da criação e despertai a nossa gratidão e o nosso sentido de responsabilidade”.

Segundo Francisco, o objetivo do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação proporciona aos fiéis e às comunidades eclesiais a preciosa oportunidade para renovar a adesão pessoal à própria vocação de guardião da criação; esta data é uma ocasião para elevarmos a Deus um hino de ação de graças pela sua obra maravilhosa que confiou aos nossos cuidados, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos”.

«Como cristãos, diz o Papa, queremos oferecer a nossa contribuição para superar a crise ecológica que a humanidade está vivendo. Por isso, devemos, antes de tudo, buscar no nosso rico patrimônio espiritual as motivações que alimentam a paixão pelo cuidado da criação.

Francisco recorda que a “crise ecológica impele a uma profunda conversão espiritual” e frisa que “os cristãos são chamados a uma conversão ecológica”. Assim o Santo Padre compartilha as preocupações do Patriarca Ecumênico, Bartolomeu I, sobre o cuidado e o futuro da criação.

Neste contexto ecumênico, o Papa expressa seu desejo de que esta iniciativa possa envolver outras Igrejas e comunidades eclesiais e celebrar o evento em sintonia com o Conselho Mundial de Igrejas.

Em sua preciosa Encíclica ecológica “Laudato si”, Francisco recorda que a terra “pode ser comparada a uma irmã, com quem partilhamos a existência, e a uma mãe, que nos acolhe nos seus braços”. Mas, frisa o Papa, sabemos que a terra está sendo maltratada e saqueada e seus gemidos se unem aos clamores de todos os abandonados do mundo.

Por isso, o Santo Padre convida todos a ouvir esses gemidos e clamores, e os exorta a uma “conversão ecológica”, ou seja, a “mudar de rumo”, assumindo a responsabilidade e o compromisso do “cuidado da casa comum”, a Criação.

O Planeta nos pertence, conclui a Encíclica, e, portanto, devemos defender a natureza e agir com responsabilidade na preservação de seus recursos, que vão além do papel dos ecologistas. Esta também é missão da Igreja! (MT)

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Papa na Colômbia: briefing de apresentação da viagem

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se na Sala de Imprensa da Santa Sé, nesta sexta-feira (1º/09), o briefing sobre a viagem apostólica do Papa Francisco à Colômbia, programada de 6 a 11 deste mês. 

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, ilustrou aos jornalistas a iminente visita de Francisco ao país sul-americano, ressaltando que esta é uma visita pastoral, de anúncio do Evangelho, e não uma viagem política. 

Reconciliação

“O Evangelho convida as pessoas para a paz, o perdão e a reconciliação. O Papa leva a mensagem do Evangelho, uma mensagem relevante neste momento. O Papa vai para anunciar o Evangelho. Esperou o momento certo e este momento chegou”, disse Burke.

A viagem apostólica do Papa à Colômbia é a vigésima de seu pontificado. Antes do Papa Francisco, o país foi visitado também por Paulo VI, em 1968, e João Paulo II, em 1986. Francisco será o terceiro Papa a abraçar esse país latino-americano.

O tema da visita é “Façamos o primeiro passo”, indicando o processo de reconciliação em andamento nesse país abalado por mais de 50 anos de guerra entre o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e que alcançou, depois de anos de violência, negociações, referendo e passagens ao Congresso, a assinatura dos acordos de paz.

Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena são as quatro etapas da visita papal. “Cada dia terá um tema diferente. No dia 7 de setembro, em Bogotá, o tema será “artesãos de paz, promotores da vida”. No dia, seguinte, em, Villavicencio, “reconciliação com Deus, com os colombianos e com a natureza”. O sábado dia 9, em Medellín, será inspirado no tema da “vida cristã como discipulado”. No domingo, 10 de setembro, em Cartagena, “dignidade da pessoa e direitos humanos”. 

Mártires colombianos

Segundo Burke, ao chegar a Bogotá, em 6 de setembro, cerca de 700 mil pessoas seguirão o Papa ao longo da estrada que vai do aeroporto à nunciatura apostólica, um trajeto de 15 quilômetros percorrido no papamóvel. O Papa será acolhido na nunciatura por um grupo de adolescentes órfãos e pessoas carentes ajudadas pela Igreja. 

No dia 7 de setembro, haverá o encontro com o presidente Juan Manuel Santos.  O Papa fará uma visita à catedral onde irá venerar Nossa Senhora de Chiquinquirá, padroeira da Colômbia. Depois da bênção dos fiéis e o encontro com os bispos, o Pontífice se encontrará com o Comitê Diretivo do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) na Nunciatura Apostólica.

Estão sendo esperadas para missa de 7 de setembro, no Parque Simón Bolívar, à tarde, cerca de setecentas mil pessoas. A seguir, a saudação às crianças, idosos e pessoas com deficiência diante da nunciatura.
 
Na sexta-feira, 8 de setembro, em Villavicencio, ao sul de Bogotá, o Papa irá beatificar dois mártires colombianos, durante a missa na esplanada Catama. Trata-se do Bispo de Arauca, Dom Jesús Emilio Jaramillo Monsalve, e do sacerdote Pedro María Ramírez Ramos. Está programada também uma saudação aos 10 sobreviventes do terrível deslizamento ocorrido em abril passado, em Mocoa.

Oração

Na parte da tarde, está previsto o grande encontro de oração pela reconciliação nacional. O Papa Francisco quis um contexto propriamente litúrgico: “É importante sublinhar que é um encontro de oração pela reconciliação. Não é somente um encontro para reunir as pessoas. É um encontro de oração que o Papa quis que fosse num contexto litúrgico. Haverá a leitura da Palavra de Deus, testemunhos e as palavras do Papa. Tudo para sublinhar esta ideia da oração e da liturgia”, sublinhou Greg Burke.

Também estarão presentes no evento, vítimas e ex-guerrilheiros. “Trata-se de ex-guerrilheiros que já estão inseridos na sociedade, ex-combatentes de muito tempo atrás, não de ontem ou de um mês. Os outros estão em áreas protegidas, de segurança, e permanecem ali: são duas coisas diferentes”, disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Às portas da Amazônia, o Papa plantará simbolicamente uma árvore como sinal de reconciliação também com a Criação. À noite, de retorno à nunciatura, em Bogotá, espera o Papa Francisco um grupo de vítimas da violência, militares, agentes e ex-guerrilheiros.

Cartagena é a cidade que hospedou por quase quarenta anos São Pedro Claver (1581–1654). “O apóstolo dedicou toda a sua vida em defesa das vítimas da exploração do tráfico de escravos”, disse São João Paulo II. O Papa Francisco depois da bênção da pedra fundamental das casas para os sem-teto e da Obra Talitha Qum rezará o Angelus e visitará a Casa Santuário de São Pedro Claver.

O Papa pronunciará doze discursos, todos em espanhol, num país que ele já conhece, pois o visitou várias vezes nos anos 70 como sacerdote e depois como bispo para encontros do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). 

Segundo Greg Burke, não estão previstos encontros com expoentes das Farc, nem com os do Exército de Libertação Nacional (ELN), e nem com a oposição. Não está em programa um encontro com os bispos da Venezuela, país que nos últimos meses está no pensamento do Papa, mas a Igreja na Colômbia está fortemente comprometida no acolhimento dos venezuelanos. 

(MJ)

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Cardeal Parolin: Papa na Colômbia por uma nova reconciliação

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Cidade do Vaticano (RV) - “Demos o primeiro passo”: é o lema da 20ª Viagem apostólica internacional do Papa Francisco, viagem esta que o levará à Colômbia de 6 a 11 de setembro. A visita, anunciada nove meses após a assinatura do acordo de paz de Havana, pretende sobretudo selar o novo rumo de reconciliação nacional após mais de meio século de sangrentos conflitos. 

A visita se realizará seguindo diferentes temas propostos para cada dia da presença do Santo Padre em terras colombianas: para Bogotá o tema escolhido será ‘artesãos de paz e promotores da vida’; em Villavicencio será dado destaque para a ‘reconciliação’; para Medellín ‘vocação cristã e apostolado’; já em Cartagena serão protagonistas os temas da ‘dignidade da pessoa humana e direitos humanos’.

A propósito, o Centro Televisivo Vaticano (CTV) ouviu o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, sobre a importância desta viagem, tanto esperada, neste preciso momento da história do país andino:

Cardeal Pietro Parolin:- “A visita do Papa à Colômbia tem um caráter essencialmente pastoral, como todas as visitas do Papa aos vários países e, portanto, tem a finalidade, a intenção – digamos – de confirmar e de encorajar os irmãos na fé, de vivificá-los na caridade e de impulsioná-los a viver a esperança cristã. Naturalmente, se coloca num momento muito particular da vida do país, vez que teve início um processo de paz após cinquenta anos de conflitos e de violência e isso a torna particularmente importante. Como pastor universal da Igreja e como líder espiritual, o Papa quer robustecer esse processo, encorajá-lo a fim de que verdadeiramente, após tantos lutos, tantas destruições, tantos sofrimentos, o povo colombiano, a nação colombiana possa conhecer uma nova realidade de paz e de concórdia.”

CTV: A paz foi finalmente alcançada, agora se entra numa das fases mais delicadas. Quais são os aspectos para os quais a Santa Sé e a Igreja local olham e encorajam com maior atenção?

Cardeal Pietro Parolin:- “Entramos na fase da aplicação, não basta assinar um documento. Certamente é necessário, um passo necessário, indispensável, mas evidentemente não é suficiente: há todo um caminho a ser percorrido, a partir propriamente da assinatura, da subscrição destes acordos. É um caminho que se deve fazer na cotidianidade e é um caminho que deve envolver todos e que deve envolver tudo de todos, ou seja, sobretudo o coração e a mente. Creio que a tarefa, a missão fundamental da Igreja, neste momento, seja favorecer a reconciliação. Este é o ponto central: parece-me que se tenha muita necessidade disso, propriamente porque a paz não será uma realidade presente, uma realidade viva e efetiva a não ser na medida em que houver uma reconciliação interna do povo colombiano. E, naturalmente, um dos instrumentos principais desta reconciliação é a capacidade do perdão, a capacidade de dar e de receber perdão.”

CTV: Qual é, especificamente hoje, a vida da Igreja na Colômbia?

Cardeal Pietro Parolin:- “Creio que se trate de uma Igreja viva e de uma Igreja generosa, (...) que viveu num contexto de conflito e de violência, que em parte também a atingiu, (...) mas que não se deixou intimidar, não se deixou digamos espantar-se ou amedrontar-se e que continuou acompanhando seus fiéis, os quais se sentiram encorajados e sustentados na esperança justamente por esta presença da Igreja, uma Igreja que trabalha, trabalha seriamente pela defesa e a promoção da dignidade da pessoa e pela defesa e a promoção dos direitos humanos, sobretudo mediante suas múltiplas obras de caridade e de solidariedade.”

CTV: O lema da visita é “Demos o primeiro passo”: um convite a todos a ser missionários de reconciliação. Concretamente, como é possível, sobretudo pensando nas muitas feridas ainda hoje abertas?

Cardeal Pietro Parolin:- “Sanar os corações e curar as feridas, dar esperança, que ademais é o combustível que alimenta um caminho concreto de reconciliação e de paz. Este lema me parece importante porque é colocado no plural, por conseguinte, envolve todos: todos devem sentir-se envolvidos neste caminho, neste processo, neste itinerário.” (RL)

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Francisco: paróquias devem ser casas com a porta sempre aberta

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Cidade do Vaticano (RV) - “As paróquias têm de estar em contato com os lares, com a vida das pessoas, com a vida do povo.”  

É o que afirma o Papa Francisco na vídeomensagem das intenções de oração para este mês de setembro, divulgada nesta sexta-feira (1º/09).

A iniciativa foi promovida pela Rede Mundial de Oração do Papa e realizada pela agência La Machi Comunicação para Boas Causas junto com o Centro Televisivo Vaticano.

A vídeomensagem mostra imagens de jovens que, saindo de uma paróquia, se comprometem em apoiar e ajudar as pessoas carentes.

As paróquias “devem ser casas onde a porta esteja sempre aberta para ir ao encontro dos demais. É importante que a saída ofereça uma clara proposta de fé. Trata-se de abrir as portas e deixar que Jesus saia com toda a alegria de sua mensagem”, ressalta ainda Francisco.

“Peçamos por nossas paróquias, para que não sejam escritórios, mas que, animadas pelo espírito missionário, sejam lugares de transmissão da fé e testemunho da caridade”, conclui o Papa na vídeomensagem.

 

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Igreja no Mundo



Chuvas atingem 47 milhões de sul-asiáticos: igrejas acolhem desabrigados em Mumbai

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Mumbai (RV) – A Arquidiocese de Mumbai decidiu abrir as escolas e as paróquias para dar abrigo e acolhida aos cidadãos forçados a sair de suas casas pelas inundações que assolam o país asiático.

A decisão foi tomada pelo Cardeal Arcebispo Oswald Gracias para responder à emergência humanitária provocada pelas chuvas monsônicas que assolam há meses o sul da Ásia.

Neste contexto, o Arcebispado divulgou uma lista com as estruturas que permanecerão abertas dia e noite, na cidade de 20 milhões de habitantes.

Em Mumbai – refere a Agência Fides – as pesadas chuvas acompanhadas por condições climáticas extremas criaram o caos nos meios de transporte, paralisando o tráfego urbano e o sistema de trens, deixando milhares de pessoas  bloqueadas.

Oferecer abrigo a todos, independente de casta ou religião

Neste sentido – explica o purpurado – “pedi a todas as Igrejas, às escolas e aos institutos da Arquidiocese para oferecer abrigo a todos, independente da casta ou do credo a que pertencem”.

Após o apelo do Cardeal, as estruturas passaram a se organizar para receber os desabrigados.

Na Holy Name School, ao lado do Arcebispado, foram alojadas mais de 45 pessoas.

O Centro Pastoral diocesano de Bandra, por sua vez, abriu suas portas às 9 da noite, acolhendo 17 pessoas que já estavam à espera do lado de fora. O Padre Fitzgerald Fernandes refere que “as pessoas continuaram a chegar por toda a noite”.

Na Basílica de Nossa Senhora do Monte, também em Branda, alguns trabalhadores ficaram alojados no presbitério.

Já na Igreja de São José foram acolhidos 170 desabrigados. A todos foram oferecidos alimentação, roupas secas, cobertas e lençóis, além de artigos de higiene.

Mumbai submersa

Há dias Mumbai, um dos principais centros industriais da Índia, está submersa. A inundação deve-se às intensas precipitações, mas também à posição geográfica e à obsoleta rede de drenagem.

Toda a cidade está bloqueada, as escolas fechadas, os voos cancelados.

Os funcionários do King Edward Memorial Hospital foram obrigados a evacuar o setor pediátrico, invadido pelas águas.

Nas redes sociais as autoridades lançaram apelos à prudência, convidando os habitantes a não saírem de casa.

Crise humanitária

As monções estão provocando uma verdadeira crise humanitária em toda a parte sul da Ásia. Os países mais atingidos são Índia, Bangladesh e Nepal.

Segundo as Nações Unidas, são cerca de 41 milhões o total de pessoas atingidas pelo desastre natural que se abateu na região.

As chuvas monsônicas são um fenômeno natural que se verifica a cada ano. Mas neste anos, talvez por causa dos efeitos das mudanças climáticas, as precipitações foram muito abundantes.

Em poucos dias choveu mais de 100 mm em Mumbai. Segundo os especialistas, trata-se de um nível de alerta que faz nascer o temor do desastre de 2005, que causou mil mortes.

(JE/Asianews)

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Salesiano mártir do comunismo será beatificado em Bratislava

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Bratislava (RV) – Pela primeira vez na história da Congregação será beatificado um salesiano eslovaco.

De fato, dentro de um mês  será proclamado Beato o Padre Tutus Zeman, mártir do comunismo, que salvou cerca de 20 sacerdotes, acompanhando-os além da fronteira, até Turim.

Por este motivo, o regime da então Tchecoslováquia o prendeu, torturou, processou-o como “traidor da pátria e espião do Vaticano”, condenando-o a 25 anos nas mais duras prisões do país, o que o levou à morte.

“Nele temos o homem em quem se dirimem todas as nossas dúvidas sobre a possibilidade de viver o Evangelho em tempos difíceis. Ele viveu o Evangelho em tempos duros. Padre Titus Zeman nos interpela, nos adverte, e com amor nos encoraja a decidir em qualquer período pela beleza do Evangelho e para viver o Evangelho”, disse o Arcebispo de Bratislava, Dom Stanislav Zvolenský.

O programa para todo o final de semana de beatificações foi preparado conjuntamente pelos Salesianos da Eslováquia e pela Arquidiocese de Bratislava.

Os eventos terão início na sexta-feira, 29 de setembro, às 20 horas, com uma vigília de oração na Catedral de São Martinho, na capital Bratislava.

A Missa na qual Padre Titus Zeman será proclamado Beato será celebrada no sábado, 30 de setembro, às 10h30 em Bratislava-Petrzalka, em uma área aberta ao lado da Igreja da Sagrada família.

Na parte da tarde haverá festa em honra do novo Beato na HANT, Arena de Bratsislava.

No domingo 1º de outubro, por fim, será realizada uma festa de agradecimento na cidade onde o sacerdote nasceu: Vajnory.

O site www.tituszeman.sk – em italiano, inglês e espanhol – oferece maiores informações sobre a vida de Padre Titus e sobre a beatificação. (JE)

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Patriarca Kirill recorda em mensagem os 100 anos do Concílio de Moscou

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Moscou (RV) – Uma “etapa extremamente importante na história da ortodoxia russa”, cujo significado, todavia, “não foi ainda acolhido plenamente e apreciado pela população eclesial”.

É o que escreve o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, na mensagem enviada ao clero e aos fiéis por ocasião do 100º aniversário - celebrado em 28 de agosto - do início dos trabalhos do Concílio local, que teve lugar entre 1917 e 1918.

“Estou profundamente convencido de que o patrimônio necessita de um estudo sério e que um grande número de ideias expressas na época são úteis hoje”, afirma o Primaz da Igreja Ortodoxa russa, recordando que, atualmente, estão sendo realizados enormes esforços no sentido de difundir os princípios do Concílio, em particular a primeira edição fundamental e científica dos documentos, indispensável para preservar a memória daquele acontecimento.

O Concílio de Moscou teve um longo período de preparação durante o qual foram recolhidas uma série de informações, ao mesmo tempo em que foram consultados arquipastores, teólogos, canonistas e historiadores a respeito das questões fundamentais da vida eclesial.

Alguns anos antes do Concílio foi criado um organismo especial, chamado Comissão pré-conciliar, cujo objetivo era reunir os dados necessários para a correta organização das discussões sobre temas de atualidade.

O legado espiritual daquele organismo é a Comissão Inter-conciliar, que funciona até hoje e conta com a participação também de sacerdotes e leigos.

Os documentos por ela preparados são enviados, para um ulterior exame, ao Sínodo da Assembleia dos Bispos, “triunfo inegável – escreve Kirill na mensagem – do espírito de conciliaridade na vida da ortodoxia russa contemporânea”.

Diversas causas impediram a recepção dos documentos do Concílio de 1917-1918. “O obstáculo mais evidente – escreve Kirill - foi o desencadear da guerra civil que se seguiu aos acontecimentos revolucionários e as perseguições sem precedentes contra a Igreja e os fiéis. Hoje exercemos o nosso ministério em condições históricas totalmente diferentes. Hoje podemos refletir, na oração, sobre o balanço dos atos conciliares, responder à pergunta sobre o porquê de certas decisões - apesar dos múltiplos obstáculos - foram aplicadas e encontraram lugar na vida da Igreja, enquanto outras –observou o Patriarca – não foram adotadas pela consciência eclesial”.

Àquele Concílio, celebrado em Moscou com a participação de todos os componentes eclesiais, a Comunidade ecumênica de Bose dedicou o XI Simpósio Ecumênico Internacional de espiritualidade ortodoxa (seção russa), realizado de 18 a 20 de setembro de 2003.

Foi “um dos mais importante eventos da Igreja Russa no século XX”, afirmou na época o Patriarca de Moscou Alexej II, na mensagem enviada aos participantes.

Verdadeiro “divisor de águas” entre a queda do czarismo e a época das perseguições – lê-se nas atas do encontro – o Concílio de Moscou representa um momento de síntese da tradição, uma fonte de inspiração para as Igrejas na busca de novos caminhos de diálogo e de respostas comuns aos desafios do mundo contemporâneo”.

Um rico debate, ainda incompleto segundo o Patriarca Kirill, útil para uma reflexão teológica a mais vozes sobre a conciliaridade que pode ser vivida hoje nas Igrejas.

(JE – L’Osservatore Romano)

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Episcopado coreano defende o caminho do diálogo a qualquer custo

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Seul (RV) – Prosseguir no caminho do diálogo a qualquer custo. É o que pede a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal Coreana em comunicado divulgado na quarta-feira ao final de uma reunião realizada após o lançamento de mais um míssil por parte Pyongyang, que a uma velocidade de 2.700 quilômetros, partiu-se em três partes ao cair no Mar do Japão, provocando irritação e grande preocupação às autoridades de Tóquio.

Guiada por Dom Lazzaro Heung-sil, Bispo de Daejeon – refere a Agência Sir – a Comissão Justiça e Paz repete hoje uma frase contida na Encíclica de João XXIII “Pacem in Terris”: “A paz não pode ser construída nunca pelo equilíbrio do poder das armas, mas se realiza por meio da confiança mútua”.

A Comissão expressa “profunda preocupação” em relação ao anúncio feito pelo governo sul-coreano sobre a sua intenção de empregar mísseis Thaad (Terminal High Altitude Area Defense), sistema antimíssil a curto e médio alcance, em defesa do território da Coreia do sul.

Ao reiterar portanto a posição da Igreja universal em relação à construção da paz, a Comissão “sugere que seja repensado o emprego dos mísseis Thaad que – escreve o comunicado – pode criar grande dificuldades, não somente na relação entre as duas Coreias, mas também nas relações internacionais”.

A Comissão reitera o que foi afirmado em duas precedentes declarações de 15 de julho de 2016 e de 15 de agosto passado.

Nesta última, os bispos coreanos escreviam que “a Igreja na Coreia denuncia com veemência todas as provocações imprudentes da Coreia do Norte e se opõe a todas as ações que levam tensões à península coreana fazendo retroceder, por todos efeitos, a promoção da paz”.

Significa – explica a Comissão – que os bispos se opõe “aos contínuos testes de mísseis” mas também “àqueles que querem intensificar os armamentos na nossa terra por causa destes testes”.

No comunicado, a Comissão recorda o caminho preferencial da Igreja pelos pobres.

“O homem é o principal e fundamental caminho que a Igreja quer percorrer”, lê-se na nota.

“A Igreja existe para ajudar os homens e trabalha para a salvação de toda a humanidade, mas deve perguntar-se sempre quem são os mais vulneráveis da nossa sociedade a quem dar precedência”, para “fazer do seu melhor para ajudar de modo concreto, prático solidário”. (JE/SIR)

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Bósnia-Herzegovina: iniciativa ambiental reúne jovens católicos, ortodoxos e muçulmanos

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Sarajevo (RV) – “Construir pontes e não muros”, foi a exortação do Papa Francisco aos jovens católicos (minoria no país) e a seus compatriotas muçulmanos e ortodoxos, quando de sua viagem apostólica à Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, em 6 de junho de 2015.

Um ulterior chamado para a construção da paz e a esperança foi semeado em 29 de agosto, justamente na capital bosniana onde 30 jovens (10 bosnianos, 10 albaneses e 10 italianos) foram protagonistas do intercâmbio juvenil “Respect”, que se insere no âmbito do projeto “Inside!” sobre a tutela do ambiente e a reutilização dos espaços abandonados.

Financiado pela União Europeia por meio da Western Balkan Windows, ligada ao Programa Erasmus, a iniciativa contou com a participação de três organizações: o Centro diocesano para a Pastoral da Juventude “João Paulo II” de Sarajevo, a Caritas italiana e a Associação Embaixadores da Paz (uma organização juvenil com sede em Baqel, na Albânia).

Um sinal de como a Igreja bosniana deseja contribuir para o bem comum da Bósnia-Herzegovina, mesmo em uma cidade de maioria muçulmana.

Os voluntários (entre os bosnianos trabalharam juntos católicos, ortodoxos e muçulmanos) recuperaram um parque florestal na periferia sul de Sarajevo.

O espaço localiza-se em Novi Grad, uma das 4 municipalidades que compõe a capital e foi colocado novamente à disposição da cidade, depois de anos de degradação e abandono.

A nova área foi inaugurada na manhã de quarta-feira e compreende um parque infantil totalmente refeito e um campo de basquete.

Na inauguração, pronunciou-se o Prefeito local, Semir Efendic, que destacou “que o projeto é um exemplo positivo de como os jovens, por meio de seus esforço, podem contribuir para o crescimento de sua comunidade local e ao bem comum”.

Pelo Centro de Pastoral Juvenil pronunciou-se o porta-voz Josip Milanovic que apresentou as atividades do centro. (JE/SIR)

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Formação



Bispo de Lábrea (AM): REPAM trouxe a força da Laudato si à Amazônia

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Cidade do Vaticano (RV) – No dia em que as Igrejas Católica e Ortodoxa convidam a rezar pelo cuidado da Criação, o Papa publicou um ‘tuíte’ em que pede ao Senhor para nos ensinar a contemplá-lo na beleza da Criação e desperte a nossa gratidão e o nosso sentido de responsabilidade em relação a ela.

Na Amazônia, mencionada pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato si, é alta a adesão das comunidades ao espírito da Encíclica Laudato si e certamente neste Dia convocado pelo Papa e o Patriarca Bartolomeu,  a oração será intensa e muito participada.

           Trazemos o testemunho do bispo da Prelazia de Lábrea, Dom Santiago Sanchez Sebastián.  

Ouça aqui: 

“Eu iniciaria por dizer que o povo da Amazônia, ao menos o da minha Prelazia, é um povo sofredor, acostumado a ser dominado de fora e a que todos aproveitem do que acontece. Então, a força da Laudato si é para as pessoas tomarem consciência de serem eles mesmos, de lutar pela sua terra, pelo seu habitat e pela riqueza da natureza. Certamente, a Encíclica Laudato si deu uma grande força a todos os movimentos que estão nesta linha, nesta tarefa”.

“No final de janeiro, aqui aconteceu o Seminário da REPAM, com este objetivo: lutar pela Amazônia, porque REPAM significa que abrange não só os estados amazônicos do Brasil, mas toda a região que compõem este clima, amazônico”.

“A força apoiada, empurrada, pela Laudato si, está mudando, porque aos poucos, esta tarefa é tão grande, tão imensa, porque são problemas da terra: problemas do rio, da pesca, dos indígenas, dos ribeirinhos… nesta luta, neste trabalho… e com o apoio também do Papa e de sua Encíclica”.  

Nós tomos somos REPAM. Você também! Assista:

(cm)

 

 

 

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Dom José Valdeci: colocar-se na disponibilidade do caminho ecumênico

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, prosseguimos em nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II" com a participação do bispo da Diocese de Brejo – MA, Dom José Valdeci Mendes, nosso convidado destes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Na edição passada Dom José destacou-nos entre outros, que o Concílio constituiu uma grande abertura para a caminhada da Igreja na América Latina. Hoje trazemos com o bispo desta diocese maranhense a caminhada desta Igreja no que diz respeito ao ecumenismo, o qual ganhou grande impulso com o Vaticano II.

Nosso convidado reconhece haver algumas barreiras, algumas dificuldades, mas também muitos sinais positivos. A gente está dando passos, “mas percebe que esta inspiração do Concílio ecumênico desperta em nós o desejo de cada vez mais caminharmos na unidade”, afirma Dom José.

É um desafio, “mas nós percebemos a importância que tem o ecumenismo”, destaca ele frisando a necessidade de no espírito do Concílio “colocar-se na disponibilidade do caminho ecumênico” em busca da unidade. Dom José inicia respondendo se tem havido progresso nessa relação ecumênica em sua diocese. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Cardeal indiano Oswald Gracias: apelo a uma conversão ecológica

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Mumbai (RV) - Unir-se ao Papa Francisco “neste dia de oração, e desse modo podemos tornar-nos conscientes da nossa vocação cristã de ser custódios da criação de Deus”: esse é o convite do arcebispo de Mumbai (ex-Bombaim), na Índia, Cardeal Oswald Gracias, em mensagem por ocasião do Dia mundial de oração pelo cuidado da Criação, que se celebra este 1º de setembro. 

Crise ecológica, apelo a uma profunda conversão interior

Retomando a Carta encíclica “Laudato si” do Papa Francisco, o purpurado ressalta que a atual “crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior”. “Em meio à presente crise ecológica da mudança climática e do aquecimento global, coloquemos nossa confiança no Senhor que ‘faz novas todas as coisas’.”

Vocação cristã de custódios da criação de Deus

O Papa Francisco declarou 1º de setembro Dia mundial de oração pelo cuidado da Criação. O Santo Padre pediu a todos os católicos que observem esta data como um dia de oração. “Desse modo podemos tornar-nos conscientes da nossa vocação cristã de ser custódios da criação de Deus”, afirma o Cardeal Gracias em sua mensagem.

Em sua encíclica “Laudato si” o Santo Padre nos recorda que “a crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior. Entretanto temos de reconhecer também que alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, com o pretexto do realismo pragmático frequentemente se burlam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornam-se incoerentes. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus” (nº 217).

Agradecer a Deus pela abundância das bênçãos recebidas

Por fim, o cardeal indiano recorda que este 1º de setembro é também a primeira sexta-feira do mês. “Podemos estar juntos como família e agradecer a Deus pela abundância das bênçãos que recebemos de nosso Criador”, conclui o purpurado. (RL/AsiaNews)

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Líderes religiosos fazem declaração comum sobre a defesa do ambiente

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Astana (RV) - Uma mais estreita colaboração das religiões com os governos e os vários atores econômicos e sociais para promover sistemas energéticos “que verdadeiramente estejam a serviço de toda a família humana”. 

É o que pedem os líderes religiosos muçulmanos, cristãos e judeus reunidos esta quinta-feira (31/08) em Astana, no Cazaquistão, para o encontro inter-religioso “Juntos pelo cuidado da nossa casa comum” organizado no âmbito da Expo 2017, concluído com o documento conjunto assinado, entre outros, pelo presidente do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson.

As iniciativas inter-religiosas empreendidas estes anos em favor do ambiente e do clima demonstram que as religiões podem ser um forte estímulo para “uma ação concreta em favor da casa comum” e nos recordam que os valores religiosos e os preceitos morais, como o de não fazer o mal aos outros, o da solidariedade e da justiça, “devem plasmar de modo particular os pensamentos e as ações dos fiéis rumo a uma maior consciência da urgente necessidade de tutelar melhor a natureza, bem como nossos irmãos e irmãs, sobretudo aqueles mais necessitados e vulneráveis”, afirma a Declaração de intentos difundida ao término do encontro.

Nesse sentido, para os signatários do documento a questão energética assume uma relevância particular. “De fato, o modo em que a energia é gerada, transportada e consumida tem e terá no futuro um impacto significativo” sobre a natureza e os ecossistemas e, por conseguinte, sobre o acesso à água e ao alimento, sobre a sustentabilidade de nossas sociedades, dos nossos comércios e economias, sobre e equidade, a saúde, o desenvolvimento, a guerra e a paz.

Em seguida, os líderes religiosos recordam que a energia não é um bem criado pelo homem, mas um recurso que o Deus Criador nos confiou para o bem de toda a família humana. Portanto, ela não deve ser explorada indiscriminadamente, mas com um “discernimento inspirado pela busca do bem comum da humanidade”.

Daí, a exortação dirigida sobretudo a todos os fiéis e às pessoas de boa vontade a aprofundar a reflexão sobre os valores comuns e sobre a relação do homem com a natureza. Uma responsabilidade que interpela de modo particular os pais, mas também a escola e as instituições educacionais religiosas e os meios de comunicação, afirma-se.

O acesso à energia é um pré-requisito fundamental para a realização de numerosos direitos humanos e para o desenvolvimento das comunidades.

Daí, o pedido de políticas, financiamentos e a transferência de tecnologias que assegurem uma energia limpa, confiável e com um baixo impacto ambiental.

Nesse sentido, os líderes religiosos reiteram seu apoio à transição rumo a fontes de energia não poluidoras e à redução da dependência de energias fósseis.

Em seguida, fazem apelo aos Estados a fim de que rejeitem todo projeto em larga escala que tenha um impacto social e ambiental negativos e que contrastem toda especulação irresponsável sobre os recursos energéticos.

Ademais, os signatários pedem às empresas, bem como aos consumidores, que não se deixem guiar unicamente pela mera busca do máximo lucro a curto prazo. Por fim, a declaração condena a utilização dos recursos energéticos para a produção de armas, particularmente de bombas nucleares. (RL/LZ)

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