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Sumario del 04/09/2017

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa à Comunidade Shalom: quebrem os espelhos e olhem para fora

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Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de três mil jovens, famílias e sacerdotes da Comunidade Católica Shalom, oriundos de mais de 26 países, se encontram em Roma entre os dias 3 e 9 de setembro para celebrar os 35 anos da Comunidade. Na manhã desta segunda, o Papa os recebeu em audiência na Sala Paulo VI. 

O fundador da Comunidade, Moysés Azevedo, dirigiu uma saudação em italiano ao Papa. A audiência consistiu em perguntas de jovens de várias nacionalidades e as respostas do Santo Padre. O Brasil foi representado por Mateus, de 22, que foi viciado em drogas e se converteu. A ele, o Papa perguntou quem foi melhor: Pelé ou Maradona?

Em clima descontraído, o Pontífice falou do anúncio do Evangelho, dos perigos da autorreferencialidade e do papel dos jovens na Igreja e na sociedade.

Quebrar os espelhos

“A cultura em que vivemos é muito egoísta, tem uma dose muito grande de narcisismo”, constatou Francisco, falando da consequência dessa cultura: contemplar a si mesmos e, portanto, ignorar os outros.

“O narcisismo produz tristeza, porque significa maquiar a alma todos os dias. É a doença do espelho. Quebrem os espelhos, jovens”, exortou o Papa. “O espelho engana. Olhem para fora, para os demais, fujam dessa cultura que vivemos, que é consumista e narcisista. E se quiserem olhar para o espelho, olhem para rir de si mesmos. Saber rir de si mesmo, isso nos dá alegria.”

Diálogo, promessa de futuro

Como conselho à Comunidade, Francisco apontou a necessidade do diálogo entre os jovens e os membros mais antigos. “É preciso passar a herança, o carisma, a vivência interior de vocês. Um dos desafios que este mundo nos pede é o diálogo entre os jovens e os idosos. Os jovens necessitam escutar os idosos para ouvir a sabedoria que chega do coração e os impulsiona adiante. Animem-se neste diálogo, que é promessa de futuro.”

O Papa concluiu com mais uma brincadeira, desta vez envolvendo o fundador. “Ao responder esta última pergunta fiquei com uma dúvida: Moysés é jovem ou idoso?” “Sou como o Senhor, Santo Padre”, respondeu Moysés, enquanto os integrantes da Comunidade gritavam “jovem”.

Convenção Shalom

Na parte da tarde, a Comunidade abre o Congresso Internacional de Jovens Shalom com a Santa Missa às 16h na Basílica de São João de Latrão. No dia 5 de setembro, o Congresso segue com palestras, shows, momentos de oração, além de pregação do fundador da Comunidade a partir das 9h, no Auditorium della Conciliazione em Roma. A missa será presidida pelo Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrell.

No dia 7, a Convenção vai até Assis, a 130 quilômetros de Roma. O pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, ministra palestra para os participantes, a partir das 14h30, na Basílica papal de São Francisco. No dia 8, a programação se volta para a Liturgia Mariana pela Festa da Natividade de Nossa Senhora, a partir das 13h30, na Basílica Santa Maria Maior, em Roma. No dia 9, com conclusão do evento, um novo envio missionário através da pregação do padre francês Daniel-Ange com o tema “O Espírito Santo te envia à missão” e missa presidida pelo Cardeal Lorenzo Baldisseri, a partir das 9h, na Basílica de São Paulo fora dos muros.

A Comunidade

A Comunidade Católica Shalom, reconhecida pela Igreja Católica como Associação Internacional Privada de Fiéis, nasceu em Fortaleza (Brasil), em 9 de julho de 1980, através do jovem de 20 anos, Moysés Azevedo, que quis dar, como presente a Deus, sua vida e sua juventude ao serviço da Igreja para a evangelização de outros jovens. Isso aconteceu por ocasião da visita de São João Paulo II ao Brasil naquele ano. Exatamente dois anos depois, foi inaugurado o seu primeiro Centro de Evangelização, que surgiu como uma lanchonete para evangelizar os jovens. Desde então, partindo do Brasil e chegando atualmente a 30 países, desenvolve trabalhos de evangelização variados, sempre tendo como protagonistas os jovens.

Em vista da peregrinação à Cidade Eterna, a Penitenciaria Apostólica do Vaticano concedeu aos milhares de fiéis a indulgência plenária.

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Vox Popoli Shalom

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Cidade do Vaticano (RV) – No encontro com os mais de 3 mil membros da Comunidade Shalom na Sala Paulo VI na manhã desta segunda-feira, o Papa Francisco não proferiu nenhum discurso preparado, mas ele respondeu à perguntas feitas por membros da comunidade, a maioria deles brasileiros mas também um chileno e uma francesa. Após o encontro nós perguntamos para alguns membros da Comunidade Shalon presentes na Sala Paulo VI, o que mais tocou das palavras do Papa Francisco. Vamos ouvir o que disseram: 

“Que o jovem guarda a alegria”. (Mazé Freitas, Missão Guarulhos).

“Entre tantas coisas, é justamente aquilo que o Papa diz do diálogo entre o jovem e o idoso, o ancião. Aprendermos com aqueles que já passaram com mais experiência na vida, a vivermos bem a nossa vida atual. O diálogo é a base de qualquer tipo de evangelização que deve acontecer”. (Pe Rodrigo Lovatel, Missão Guarulhos)

“Os jovens respeitam os idosos, né! Respeito aos idosos, ouvi-los, tratá-los bem, que eles tem sempre o que partilhar conosco, sempre. E nós também partilharmos com eles, na alegria de nossa juventude, na alegria de nossa vida mesmo, é ofertada, dá sentido à oferta da nossa vida”. (Adriana, Contagem-MG)

“A saída de si. Sair de si, isso é o que gera alegria e felicidade!” (Laura, Missão Fortaleza)

“O homem que tem a graça de Deus! E ele falava de dar de graça o que de graça recebemos. Quando eu senti o chamado de Deus prá vocação Shalom foi este sentimento, de dar tudo, e de ter como o grande sentido na minha vida a graça de Deus e aí foi renovado hoje este desejo de me ofertar todo a Deus. Dar de graça o que de graça recebi”. (Leandro, Missão Niterói)

“Ah, foi incrível, muito emocionante, muito emocionante! Hoje entrou no meu coração a parte quando ele falou para escutarmos os mais velhos, esta troca de experiência”. (Matheus, Fortaleza)

“Foi muito emocionante. Eu acho que realmente renovou nossa oferta de vida e tudo aquilo que ele falava a gente ia se encontrando como vocação, como jovem, principalmente como Igreja”. (Gisele, Missão Niterói)

“Quando ele falou que os jovens deveriam quebrar o espelho e ao invés de olharem para si mesmos olharem para os outros, porque isto faz parte de nossa vocação. Nossa vocação é pro outro, nós nascermos para o outro. Então isto me tocou, me marcou e me fez crescer como vocação”. (Bianca, Belém)

“Ir mais além. Quando ele fala em ir mais além, foi fantástico!” (Ravaneli, Rio Branco)

“Para mim foi quando ele falou do espelho. Que a gente não olhasse no espelho, que a gente tirasse os olhos de nós mesmos, para que a gente possa enxergar o outro, para que Jesus seja nosso foco realmente no outro e não em nós mesmos”. (Suiane, Mossoró/RN)

“O que me tocou mais foi quando ele falou pros jovens da questão do espelho, que é uma doença quando a gente quer a gente deve quebrar os espelhos, jogar fora, porque simplesmente é uma doença, aquilo nos parasita e que devemos ter o olhar para o outro, sair de si para o outro, ter sempre este movimento de sair de si”. (Camilo)

 

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Papa aos colombianos: venho como peregrino de esperança e paz

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Cidade do Vaticano (RV) – “Venho como peregrino de esperança e de paz”: assim o Papa Francisco saúda os colombianos às vésperas de sua 20ª viagem apostólica internacional, que tem início na quarta-feira. 

“Querido povo da Colômbia, daqui alguns dias visitarei o seu país. Virei como peregrino de esperança e de paz para celebrar com vocês a fé no nosso Senhor e também para aprender com sua caridade e perseverança na busca da paz e da harmonia.”

O Papa agradece antecipadamente a acolhida ao Presidente colombiano, aos bispos do país e a todos que trabalharam para esta visita se realize. Francisco cita também o lema da viagem, “Façamos o primeiro passo” e a importância de ir ao encontro do outro, estender a mão e trocar o sinal da paz.

Colômbia em busca da paz

“A paz é o que a Colômbia busca e para qual trabalha há muito tempo. Uma paz estável, duradoura, para que possamos nos ver e nos tratar como irmãos, não como inimigos. A paz nos recorda que somos todos filhos do mesmo Pai que nos ama e nos conforta.”

O Pontífice declara-se “honrado” de visitar a Colômbia, “terra rica de história, cultura, fé, homens e mulheres que trabalharam com determinação e perseverança para torná-la um local em que reine a harmonia e a fraternidade, em que o Evangelho é conhecido e amado.

Proteger o meio ambiente da exploração selvagem

Para Francisco, o mundo de hoje necessita de conselheiros de paz e de diálogo e também a Igreja é chamada a esta tarefa, “para promover a reconciliação com o Senhor e com os irmãos, mas também a reconciliação com o meio ambiente, que é uma criação de Deus e que estamos explorando de modo selvagem”.

Que esta visita, conclui o Papa, seja um abraço fraterno a cada colombiano. “Eu os abraço com afeto e peço ao Senhor que os abençoe, que proteja o país e lhe conceda a paz. E peço à Nossa Mãe, a Virgem Santa, que cuide de vocês. Não se esqueçam de rezar por mim. Obrigado e até logo.”

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Papa ao Caminho Neocatecumenal: semear o Evangelho com alegria e sem reservas

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Cidade do Vaticano (RV) – “Deus ajude o Caminho a semear a cada momento o Evangelho com alegria e sem reservas, com fé e humilde obediência”. 

Este é o encorajamento do Papa Francisco a Kiko Arguello, na carta de agradecimento pelo livro “Diário”, escrito por Carmen Hernandez, iniciadora juntamente com Kiko do Caminho Neocatecumenal, falecida há um ano.

A obra foi publicada em espanhol em julho pela Biblioteca de Autores Cristãos (BAC).

“Querido irmão – lê-se na carta assinada por Francisco – recebi o livro com os diários escritos por Carmen Hernandez nos anos 1979-1981. Agradeço pelo presente. Me alegro que por meio destas páginas se faça presente o testemunho de um grande amor por Jesus, cuja luz transforma o sofrimento em oferta, o cansaço em alegria, a vida em um tempo para evangelizar”.

“Que Deus ajude o Caminho para que semeie em cada momento o Evangelho com alegria e sem reservas, com fé e humilde obediência – exorta o Papa -  fazendo das provas e das dificuldades um motivo para gloriar-se no Senhor Jesus”.

“Por favor – conclui Francisco – peço a você para rezar por mim. Que Jesus o abençoe e a Virgem maria o proteja”.

A carta foi divulgada por Kiko Arguello durante um retiro realizado no centro Internacional do Caminho Neocatecumenal em Porto San Giorgio, nas Marcas, de onde esta segunda-feira partem mais de 400 sacerdotes, seminaristas e jovens de diversas nações para uma missão de seis dias em algumas cidades do centro da Itália.

Levarão o anúncio do amor de Deus de dois em dois, segundo o mandato evangélico, na pobreza, sem levar consigo nem dinheiro nem celulares.

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Ex-alunos de Ratzinger estudam "Perseguição aos cristãos e martírio"

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Cidade do Vaticano (RV) –  “Perseguição aos cristãos e martírio” é o tema a ser tratado pelos ex-alunos de Joseph Ratzinger, no encontro da Schülerkreis, realizado anualmente ao final do verão europeu.

O Papa emérito não estará presente, mas um pequeno grupo irá visitá-lo na conclusão do encontro, relatando a ele o tema tratado nas conferências e debates.

Palestrantes

Como em 2016, também neste ano serão dois os palestrantes. O primeiro será Monsenhor Helmut Moll, que já é membro do Ratzinger Schülerkreis. Foi ele quem compilou o “Martirológio alemão”, o livro da Conferência Episcopal Alemã publicado em memória aos mártires do século XX.

O teólogo alemão recolheu testemunhos de cem mártires e vítimas do século passado, reunindo-os em um livro que teve várias edições. A quinta remonta a 2010. Entre as biografias, estão a de alemães assassinados em Papua Nova Guiné, Filipinas e América Central.

O outro palestrante é o Bispo Manfred Scheuer, de Linz. Ele foi postulador da Causa de Beatificação de Franz Jägerstätter (1897 – 1943), o cidadão e sacristão da Diocese de Linz, que havia rejeitado qualquer colaboração e apoio aos nazistas quando haviam tomado o poder em 1938. Para ele, cristianismo e nacional-socialismo eram incompatíveis e inconciliáveis e por isto não queria fazer parte da Wermacht. Foi condenado à morte e decapitado em 9 de agosto de 1943, em Brandeburg Havel.

Os membros do Círculo estudam os temas desenvolvidos por Bento XVI ao longo de sua carreira e não raro surgem dos encontros sinais premonitórios.  Por exemplo em 2012 – o último ano com Bento XVI Papa – falou-se de “Resultados e questões ecumênicas no diálogo com o luteranismo e o anglicanismo”, já percebendo aquelas sementes de diálogo que se desenvolveriam com o tempo.

Nascimento do Schülerkreis

Bento XVI gostava de estar atualizado sobre tudo, sendo ele mesmo a escolher a cada ano o tema do encontro, aprovando também os seus palestrantes.

Foi assim desde 1977, quando o Professor Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique-Frisinga. Os encontros continuaram quando Joseph Ratzinger foi nomeado em 1983 Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Quando foi eleito Papa em 2015, os seus ex-alunos chegaram a pensar que estes encontros se interromperiam. Equivocaram-se. Bento XVI quis dar continuidade e assim os encontros prosseguiram mesmo após a renúncia, se bem que Bento XVI preferiu não participar dos debates, mas simplesmente celebrar uma Missa conclusiva junto com os membros do Schülerkreis e do jovem Schülerkreis, jovens estudiosos da obra teológica de Joseph Ratzinger, que neste tempo haviam se unido ao grupo.

Os jovens do Schülerkreis

Participam desta “família teológica” os membros do “Novo Schülerkreis”, ou seja, um círculo de 31 jovens teólogos, formados em 2008. É um “laboratório ecumênico”, pois entre eles estão também jovens ortodoxos, que podem assim desfrutar da orientação de teólogos que trabalharam com Bento XVI, sobre quem se multiplicam as teses de mestrado e doutorado, a tal ponto que a Fundação Ratzinger passou a reunir grupos de doutorandos que estudam o pensamento de Bento XVI. (JE)

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Grécia: diálogo teológico católico-ortodoxo

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Leros (RV) - Tem início, nesta terça-feira (05/09), em Leros, na Grécia, a reunião do Comitê de coordenação da Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre as Igrejas católica e ortodoxa. 

O encontro se realiza nesse país após o convite generoso do metropolita ortodoxo Paisios, do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. 

Os trabalhos serão coordenados pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, e pelo Arcebispo de Telmessos Iob (Getcha), do Patriarcado Ecumênico.

Após a publicação, em setembro do ano passado, em Chieti, Itália, do documento conjunto “Sinodalidade e primado no primeiro milênio. Rumo a um entendimento comum no serviço à unidade da Igreja”, a Comissão de coordenação tem a tarefa de programar os passos futuros do diálogo teológico católico-ortodoxo. 

A reunião se encerrará no próximo dia 9.

(MJ)

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Dell'Olio: conversão na Igreja diz respeito a todos, pastores e fiéis

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Assis (RV) - “A Igreja em saída para ser encarnada, vivida e proposta precisa de um autêntico processo de conversão que diz respeito a todos, pastores e fiéis.” Foi o que disse o presidente da Pro Civitate Christiana, Tonio Dell’Olio, no âmbito do 75º Curso de estudos cristãos, realizado dias atrás na cidadezinha de Assis – região italiana da Úmbria. 

Com o intento de elaborar reflexões e propostas provenientes das múltiplas expressões da Igreja e da sociedade italiana, a edição deste ano buscou traduzir em escolhas concretas e duradouras a riqueza e a profundidade do ensinamento de Francisco.

Olhando para o magistério do Papa Francisco, Dell’Olio fez votos de que este estilo eclesial se possa radicar evangelicamente até tornar-se expressão de toda comunidade e contagiar todo setor do humano, do social, do ecumenismo e do político.

Também o bispo de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino, em seu pronunciamento apresentando as saudações de sua diocese, recordou – olhando para o exemplo de Francisco – que somente uma Igreja despojada pode ser capaz de futuro.

Sobre a necessidade deste processo de “espoliação”, o fundador da Comunidade ecumênica de Bose, Enzo Bianchi, evocando o exemplo de São Francisco de Assis, fez votos de uma “simplificação externa da vida pontifícia e do desmantelamento da corte terrena”.

Enzo Bianchi quis recordar que “em 75 anos estes cursos da Pro Civitate Christiana ajudaram a Igreja italiana a crescer, lendo os sinais dos tempos”.

O primeiro discernimento que o religioso fez em seu pronunciamento foi o de que o “Papa Francisco abriu um clima de maior liberdade na Igreja – alguns medos foram aplacados –, aquele mesmo clima que o Papa Paulo VI havia pedido e almejado”.

Sobre as críticas ao Papa Bergoglio, Bianchi reconheceu: “Existem alguns grupos na Igreja que não se limitam a uma crítica respeitosa, mas têm uma atitude de contraposição e contestação não ao Papa, mas à pessoa de Bergoglio, que destrói a comunidade e a própria Igreja. Essa postura de deslegitimar não tem precedentes na história da Igreja nos últimos séculos”.

O Papa Francisco tem um estilo capaz de mudar a simbologia do papado e quer iniciar o processo de reforma como ele mesmo reconheceu. Ele é capaz de humilhar-se em prol da unidade da Igreja e irá aonde os outros lhe solicitarem”, observou ainda o fundador da comunidade monástica.

“É preciso evidenciar o esforço do Papa Francisco de levar a cumprimento o Concílio Vaticano II e a vontade de instaurar uma cultura do diálogo, um exercício da escuta e abrir a uma conversação que leve ao confrontar-se e que não busca humilhar e deslegitimar o oponente. O Papa Francisco manifesta uma urgência jamais tão sentida: incluir homens e mulheres e não excluir ninguém dos percursos da Igreja”, continuou Enzo Bianchi.

O fundador de Bose concluiu: “Aquilo que o Papa Francisco nos pede é um caminho de conversão. Mas somos capazes dessa conversão?” – interpelou o religioso ousando uma previsão: “Se o Papa Francisco busca os caminhos do Evangelho, encontrará a rejeição das forças anticristãs prontas a contrastá-lo”. (RL)

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Vaticano: simpósio sobre a condição dos jovens

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Cidade do Vaticano (RV) - A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos promove, de 11 a 15 deste mês, no Auditório da Cúria Generalícia dos Jesuítas, em Roma,  um congresso internacional sobre a condição juvenil. 

O encontro se realiza em preparação da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos programada para outubro de 2018, no Vaticano, sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

Participarão do congresso vários especialistas provenientes dos cinco continentes que abordarão temas relativos ao mundo dos jovens hoje. O simpósio contará com a presença de alguns jovens, porta-vozes de seus coetâneos de vários contextos socioculturais, e também de religiosos de várias áreas geográficas do mundo.

O programa prevê palestras de catedráticos e testemunho dos participantes, seguidos de debate e aprofundamento nos grupos linguísticos. 

Os trabalhos serão articulados segundo os seguintes temas: os jovens e a identidade; os jovens e a alteridade; os jovens e os projetos; os jovens e a tecnologia; e os jovens e a transcendência. 

As várias sessões estão abertas aos interessados.

(MJ)

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Santa Sé pede ação coordenada contra o tráfico de migrantes

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Viena (RV) - Somente uma ação coordenada a nível internacional entre as instituições políticas, o mundo econômico, o mundo acadêmico, a sociedade civil e as comunidades de fé se pode contrastar o fenômeno global do tráfico de migrantes, do tráfico de seres humanos e das formas modernas de escravidão.

Foi o que disse, em síntese, esta segunda-feira (04/09) em Viena, na Áustria, o subsecretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Pe. Michael Czerny, S.J., na quinta sessão temática organizada pela Onu em vista do “Global compacto on migration”, o pacto global que as Nações Unidas se propõem a adotar até 2018 para uma gestão segura, ordenada e regular das migrações.

A identificação, a proteção e a assistência às vítimas do tráfico de que os migrantes são hoje objeto encontram-se no centro do trabalhos que se concluem este 5 de setembro.

Efetivamente, “apesar dos grandes resultados obtidos graças a acordos internacionais, aqueles que pedem asilo e os migrantes que arriscam a vida em busca de segurança e de uma nova casa, são cada vez mais vulneráveis sobretudo diante das organizações criminosas” gerem esses tráficos, favorecidos pela falta de canais legais e seguros.

Trata-se de uma vulnerabilidade alimentada por um círculo vicioso formado por pobreza, ausência do Estado, desemprego, falta de instrução, discriminação das mulheres e das meninas.

Por isso, a Santa Sé, além de insistir sobre a importância de assegurar “quadros legais adequados e corredores seguros aos migrantes”, pede um empenho maior das sociedades civis “para reconhecer as forças da procura – como por exemplo pela prostituição ou o trabalho mal assalariado – que atuam nos Estados fazendo do tráfico de seres humanos uma atividade muito lucrativa” que continua em alarmante crescimento, como indicam estatísticas recentes sobre o fenômeno.

“A escravidão não pode ser um aspecto inevitável das atividades econômicas”, ressaltou o representante vaticano. Aliás, o combate e a prevenção a esta aberração deveria ser uma prioridade, acrescentou.

Entre os instrumentos propostos: investigações coordenadas a nível internacional, a partilha de informações, a entrega dos traficantes à justiça, a tutela jurídica dos migrantes, ajudas e assistência psicológica às vítimas do tráfico e, mais em geral, políticas para a proteção da dignidade das pessoas envolvidas. (RL/LZ)

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Formação



Pedal da fé na Itália: grupo de brasileiros católicos percorre Via Francigena

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Roma (RV) – Não são apenas peregrinos que percorrem a Via Francigena na Itália, uma estrada que liga a França até Roma, passando por países como Inglaterra e Suíça. A história nos lembra que, na época medieval, foi uma importante rota de peregrinação para quem queria visitar a Santa Sé e os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Um grupo de católicos, porém, que mistura uma parte de brasileiros e outro de italianos, decidiu percorre o trajeto na bike e no sentido inverso do tradicional: começou em Roma para chegar, nesta segunda-feira (4), no Lago de Garda, região de Verona. Evandro Anziliero, jovem empresário da cidade de Erechim/RS e presidente da entidade promotora do projeto, a Associação Veronesi nel Mondo, conta que decidiram partir de Roma, há uma semana, para acompanhar o Angelus e receber a bênção do “Papa que vem revolucionando a Igreja católica com suas ideias”, numa inspiração de fé e superação de dificuldades pelo caminho.

Evandro Anziliero - “Não é qualquer pessoa que tem essa oportunidade e bênção de ouvir a mensagem do Papa, que nos leva a refletir sobre muitas coisas, inclusive pra procurar ser sempre uma pessoa melhor e deixar algo melhor para aqueles que nos rodeiam. Poder receber a mensagem de um Papa tão carismático como é o Papa Francisco é muito emocionante e uma honra pra nós, poder ter visto uma pessoa que faz tanta diferença no mundo como o Papa Francisco.”

Nei Zulian também se disse emocionado em ter revisto o Papa, em plena Praça São Pedro: “como cursilhista e muito fã do Papa, já tinha visto ele na JMJ do Rio de Janeiro, mas, estando aqui no Vaticano, foi realmente emocionante. Chegaram a me correr lágrimas, ao expressar a sua bondade, a sua paz, para todo o povo que estava ali presente na Praça São Pedro.”

A cidade de Roma é apenas a primeira das oito etapas do projeto que está indo para seu quarto ano. A cada dia se percorre cerca de 100 km, aproveitando para contemplar as belezas naturais da Itália, mas também se superar com os obstáculos de todo peregrino, como calor, chuva, subidas longas, ventos contrários, estradas de chão, entre mar e montanhas. O grupo pôde conferir o quanto a estrada é utilizada pelos fiéis que se beneficiam da boa infraestrutura italiana, como comenta Evandro.

Evandro Anziliero - “Dá pra se ver o quanto a Itália tem uma estrutura bacana para o turista, pras pessoas que são peregrinos, pras pessoas que pedalam e que querem se aventurar por essas estradas. Se pudesse dar um conselho, que todos pudessem fazer esse percurso tanto a pé quanto de bicicleta, pra meditar, pra contemplar a natureza. Sem dúvida nenhuma, Jesus está do nosso lado, São Paulo nos protege.”

São Paulo e o Padre Edson Roberto Menegazi, da diocese de Cruz Alta/RS, estão dando a dupla proteção:

Pe. Edson Menegazi - “Para mim, então, como padre, sempre na partilha e na oração, sempre conseguindo ter uma certa tranquilidade, também, com a proteção divina para percorrer essa via que estamos fazendo. Uma experiência também para se fazer uma vida em comunidade e na amizade.”

Ouça a reportagem especial de Andressa Collet aqui:  

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Bispo de Brejo: integrar a religiosidade popular com o aprofundamento da fé

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “O Brasil na Missão Continental” continua trazendo a participação do bispo da Diocese de Brejo, Dom José Valdeci Mendes, com quem temos contado estes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Na edição de hoje o bispo desta Igreja particular do Maranhão nos traz um pouco da realidade de sua diocese no que diz respeito à piedade popular – traço característico da fé genuína de nossos povos latino-americanos.

Nosso convidado destaca o município de Milagres, onde há uma religiosidade muito forte, onde se celebra Nossa Senhora dos Milagres. Destaca também na cidade de São Bernardo o Santuário diocesano dedicado a este santo, para onde acorrem fiéis de tantos lugares da diocese, mas também até de outro Estado e de outras dioceses.

Dom José afirma ser isso que sustenta a caminhada de nosso povo evidenciando, porém, a necessidade de integrar essa religiosidade com o aprofundamento da fé. “Aproveitar tudo aquilo que é de valor quem vem de nossa religiosidade popular, dos nossos pais, mas ao mesmo tempo ajudando com uma reflexão bíblica para encararmos também os desafios atuais”, afirma. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Mês da Bíblia: anunciar o Evangelho e dar a própria vida

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Juiz de Fora (RV) - Setembro vem chegando florido e, para nós católicos, é o mês dedicado à Bíblia. Mais algumas pessoas me indagaram porque um mês para a Bíblia? A finalidade  deste mês temático é para que povo católico se aproxime mais das Sagradas Escrituras, no cotidiano e no trabalho a leia e medite, a conheça e aprofunde os seus conhecimentos bíblicos, promovendo cursos bíblicos, etc..

São Pedro ensinou que: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2 Pd 1,20-21). A Carta aos Hebreus nos lembra de que que “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).

O mês da Bíblia de 2017 é dedicado ao estudo da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses. Tem como fundamento anunciar o Evangelho e dar a própria vida. Tema: para que n´Ele nossos povos tenham vida – Primeira Carta aos Tessalonicenses. O tema do mês da Bíblia é “Ser Discípulos Missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida”, em sintonia com o Documento de Aparecida.

Lema: Anunciar o Evangelho e doar a própria vida (cf. 1Ts 2, 8). 

Uma sugestão seria a realização de quatro encontros comunitários neste mês. Pode-se acessar o site https://www.paulinas.org.br/loja/anunciar-o-evangelho-e-doar-a-propria-vida e baixar gratuitamente o subsídio. “Este fascículo tem como objetivo proporcionar aos grupos de reflexão e círculos bíblicos um encontro pessoal e comunitário com a Palavra, a partir da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses. O subsídio contém quatro encontros precedidos por um texto preparatório sobre o texto bíblico abordado.  O primeiro encontro reflete sobre a identidade cristã, que é revelada a partir da fé, da esperança e do amor, virtudes que sustentam a vida pessoal e da comunidade (1Ts 1,2-10). O tema da edificação do trabalho como dignidade para a vida (1Ts 4,9-12) é abordado no segundo encontro. A vinda do Senhor e a crença na ressurreição são os temas do terceiro encontro, elementos que revelam a esperança cristã (1Ts 4,13-5,11).

O quarto encontro retrata a comunidade cristã, vivida na alegria, em oração e no discernimento (1Ts 5,12-22). O último encontro é reservado para a celebração de encerramento, fazendo memória dos quatro encontros anteriores”.

No estudo da Palavra de Deus, na sua leitura, na sua “lectio divina” Deus escuta aos homens e mulheres e responde às suas inquietudes. Nesse sentido é sempre bom lembrar o que nos ensina a Igreja: “Neste diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós mesmos e encontramos resposta para as perguntas mais profundas que habitam no nosso coração. De fato, a Palavra de Deus não se contrapõe ao homem, nem mortifica os seus anseios verdadeiros; pelo contrário, ilumina-os, purifica-os e realiza-os. Como é importante, para o nosso tempo, descobrir que só Deus responde à sede que está no coração de cada homem! Infelizmente na nossa época, sobretudo no Ocidente, difundiu-se a ideia de que Deus é alheio à vida e aos problemas do homem; pior ainda, de que a sua presença pode até ser uma ameaça à autonomia humana.

Na realidade, toda a economia da salvação mostra-nos que Deus fala e intervém na história a favor do homem e da sua salvação integral. Por conseguinte é decisivo, do ponto de vista pastoral, apresentar a Palavra de Deus na sua capacidade de dialogar com os problemas que o homem deve enfrentar na vida diária. Jesus apresenta-Se-nos precisamente como Aquele que veio para que pudéssemos ter a vida em abundância (cf. Jo 10, 10). Por isso, devemos fazer todo o esforço para mostrar a Palavra de Deus precisamente como abertura aos próprios problemas, como resposta às próprias perguntas, uma dilatação dos próprios valores e, conjuntamente, uma satisfação das próprias aspirações. A pastoral da Igreja deve ilustrar claramente como Deus ouve a necessidade do homem e o seu apelo. São Boaventura afirma no Breviloquium: «O fruto da Sagrada Escritura não é um fruto qualquer, mas a plenitude da felicidade eterna. De facto, a Sagrada Escritura é precisamente o livro no qual estão escritas palavras de vida eterna, porque não só acreditamos mas também possuímos a vida eterna, em que veremos, amaremos e serão realizados todos os nossos desejos”(cf. Verbum Domini, 23).

Vivamos o mês da Bíblia anunciando o Evangelho, testemunhando a Palavra de Salvação com a coerência de nossa vida iluminada sempre pelas escrituras sagradas. Que Deus assim nos ajude!

+ Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG

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Atualidades



Madre Teresa: um ano de santidade

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Cidade do Vaticano (RV) – Exatamente um ano atrás, no dia 4 de setembro, a Praça S. Pedro ficou lotada para canonização de Madre Teresa de Calcutá. 

Mais de 120 mil fiéis participaram da cerimônia e ouviram do Papa Francisco as seguintes palavras: “Hoje entrego a todo o mundo do voluntariado esta figura emblemática de mulher e de consagrada: que ela seja o vosso modelo de santidade! Parece-me que, talvez, teremos um pouco de dificuldade de chamá-la de Santa Teresa: a sua santidade é tão próxima de nós, tão tenra e fecunda, que espontaneamente continuaremos a chamá-la de ‘Madre Teresa’”.

Celebração na Albânia

Em sua terra natal, na Albânia, a Igreja está celebrando o primeiro aniversário de canonização com iniciativas que começaram no dia 26 de agosto (nascimento de Madre Teresa) e se concluirão no dia 5 de setembro, data da sua morte e memória litúrgica.

Entre os eventos, houve a consagração do Bispo de Rrëshen, Dom Gjergj Meta e a dedicação da Catedral reconstruída de Antivari de Montenegro a São Pedro. Já no dia 5 haverá a consagração do Santuário dedicado a Madre Teresa em Prishtina, Kosovo. A missa será celebrada pelo enviado do Papa Francisco, o Cardeal Ernest Troshani, sobrevivente da perseguição comunista.

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Na próxima quarta, lançamento do livro de sociólogo francês realizado com o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco está no centro do livro ‘Política e sociedade’, do sociólogo francês Dominique Wolton, com quem aborda temas como aborto, casamento, abusos sexuais, migrações e o papel das mulheres em sua vida. 

A obra, com mais de 400 páginas, será lançada, na França, na próxima quarta-feira (06/09), e alguns excertos do livro foram dados a conhecer pelo jornal ‘Le Figaro’, abrindo as portas a um “diálogo inédito” que decorreu em várias sessões, ao longo de dois anos.

Francisco reforça a condenação do aborto como um pecado “grave” que implica o “homicídio de um inocente”, sublinhando que a existência de um pecado deve levar as pessoas a procurar o “perdão”, justificando assim o alargamento da faculdade de absolvição do mesmo.

Em relação ao casamento, o Papa defende que este se limita às relações “entre um homem e uma mulher”, pela “natureza das coisas” e pela história da humanidade, pelo que defende que uniões entre pessoas do mesmo sexo sejam chamadas “uniões civis”.

“Não brinquemos com a verdade”, adverte, apontando o dedo para a ideologia de gênero.

O pontífice retoma as suas preocupações com as condições dos migrantes e refugiados, recordando que esta foi uma condição do “próprio Jesus”, e manifesta preocupação com uma Europa “fechada” na qual faltam grandes lideranças.
Francisco diz que o Velho Continente “explorou” a África, por exemplo, deixando muitas pessoas sem trabalho e à mercê das guerras.

A este respeito, o Papa rejeita a expressão “guerra justa”, por considerar que a única solução justa é a paz.

O livro aborda a questão dos abusos sexuais de menores por membros do clero, considerando que se um padre é um abusador “está doente”, além de deixar elogios à política seguida desde o pontificado de Bento XVI de “enfrentar o problema”.
Francisco fala da influência das mulheres da sua vida, desde a sua avó a “pequenos namoros”, passando por consultas a uma psicoterapeuta, entre 1978 e 1979, quando o então padre Jorge Mario Bergoglio tinha 42 anos.

A entrevista rejeita que o secularismo transforme as religiões em “subculturas” e lamenta que países muçulmanos não aceitem o “princípio da reciprocidade” em relação ao direito de liberdade de culto.

O Papa lamenta a “rigidez” de alguns membros da Igreja, em particular aos que centram o discurso em questões de moralidade sexual, esquecendo as questões sociais.

Francisco fala numa “tentação” de uniformizar regras para situações diferentes e dá como exemplo o tema das famílias em dificuldade, abordado na sua exortação apostólica pós-sinodal ‘Amoris Laetitia’.

O pontífice sublinha que o discurso da proibição, do “não, não, não” é o mesmo que se encontra nos diálogos de Jesus com os fariseus, nos Evangelhos, deixando votos de que seja possível “ver mais além”.

(MJ/Agência Ecclesia)

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