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Sumario del 20/09/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Na Audiência, Papa se dirige aos jovens: viva, ame, sonhe e acredite

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Cidade do Vaticano (RV) – Viva, ame, sonhe e acredite: a Audiência Geral desta quarta-feira (20/09) do Papa Francisco foi diferente.

A tradicional catequese deu lugar a uma “conversa imaginária” com um jovem ou com qualquer pessoa aberta ao aprendizado. Retomando o tema das catequeses precedentes – a esperança – o Pontífice inovou ao falar da “educação à esperança”, com uma série de exortações. 

A primeira delas é “não se renda às trevas”. O primeiro inimigo a combater não está fora de você, mas dentro. Portanto, não dê espaço aos pensamentos negativos; a luta que conduzimos aqui não é inútil, ao final da existência não nos espera o naufrágio: em nós palpita algo de absoluto. “Deus não desilude. Tudo nasce para florescer numa eterna primavera”, disse Francisco, que citou o diálogo entre o carvalho e a amendoeira. O carvalho pediu à amendoeira que falasse de Deus, e ela floresceu.

E o Papa exortou: “Onde quer que estiver, construa! Se estiver no chão, levante-se! Se estiver sentado, coloque-se em caminho! Se o tédio o paralisa, realize obras de bem! Se estiver desmoralizado, peça que o Espírito Santo possa preencher o seu vazio.”

O Pontífice prosseguiu convidando a atuar a paz em meio aos homens e a não ouvir a voz de quem espalha ódio e divisão. Por mais diferente que sejam, as pessoas foram criadas para viverem juntas: “ame os seres humanos. Cada criança que nasce é a promessa de uma vida que, mais uma vez, se demonstra mais forte do que a morte”.

“Jesus nos entregou uma luz que brilha nas trevas: proteja-a. Esta única chama é a maior riqueza confiada a sua vida.”

Outra exortação dirigida aos jovens é sonhar: “Sonhe, não tenha medo de sonhar, sonhe um mundo que ainda não se vê, mas que certamente chegará”. Os homens que cultivaram esperanças são também os que venceram a escravidão e promoveram melhores condições de vida sobre a terra.

Seja responsável por este mundo e pela vida de cada homem.” Toda injustiça contra um pobre é uma ferida aberta. A vida não acaba com a sua existência, neste mundo virão outras gerações.

Outro convite é pedir a Deus o dom da coragem. “O nosso inimigo mais insidioso nada pode contra a fé. Se um dia o medo o tomar, pense simplesmente que Jesus vive em você. Tenha sempre a coragem da verdade”, lembrando-se porém que não é superior a ninguém, levando no coração os sofrimentos de toda criatura.

Cultive os ideais – aconselhou ainda o Papa –; viva por algo que supere o homem. Se errar, levante-se: nada é mais humano do que cometer erros. O Filho de Deus não veio para os saudáveis, mas para os doentes.

Deus é seu amigo. Aprenda com a maravilha, cultive o estupor. Viva, ame, sonhe, acredite. E, com a graça de Deus, jamais se desespere.

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Sismo no México: a solidariedade do Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa manifestou sua solidariedade aos mexicanos depois do terremoto de 7.1 graus que devastou a nação.

Ao saudar os peregrinos de língua espanhola na Audiência Geral, Francisco disse: 

“Ontem, um terremoto terrível assolou o México – vi que há muitos mexicanos entre vocês -. Causou inúmeras vítimas e danos materiais. Neste momento de dor, quero manifestar a minha solidariedade e oração a toda querida população mexicana. Elevemos todos juntos a nossa oração a Deus para que acolha em seu seio os que perderam a vida, conforte os feridos, seus familiares e todos os afetados.”

O Papa pediu orações também por todos que trabalham no resgate das vítimas e a proteção de Nossa Senhora de Guadalupe.

Epicentro

O tremor foi sentido em 18 municípios, incluindo a Cidade do México, onde edifícios caíram e pessoas estão soterradas. O epicentro foi nos arredores de Axochiapan, no Estado de Morelos, a cerca de 120 km da capital. Segundo o Serviço Nacional mexicano, o terremoto foi registrado a 57 km de profundidade.

Exatamente 32 anos atrás, no mesmo dia um sismo deixou milhares de mortos na capital mexicana. 

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Papa envia mensagem ao povo boliviano

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao encontrar na segunda-feira, 18, os Bispos bolivianos em visita ad limina apostolorum, o Papa Francisco dirigiu uma mensagem aos povo boliviano, que foi publicada no site da Conferência episcopal do país.

“Primeiro, que eu não me esqueço do que vi na Bolívia - , disse Francisco no início de sua mensagem - e os levo em meu coração”

“Segundo – continuou -  que não tenham medo, conservem a fé. A Igreja não tem Companhia de Seguros para a fé: ou a asseguram vocês, ou a perdem; ou seja, que nãos e deixem enganar, que conservem a fé”.

Dirigindo-se por fim aos jovens, pediu que “não se aposentem antes do tempo, que sigam em frente com ideais, com as recordações, que cuidem e conservem a fé, que não sejam acomodados, que não se acomodem. Tudo isto, através dos bispos, que são os que respondem ao Papa e estão em comunhão com o Papa e nos quais o Papa confia totalmente”.

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Apostolado do Mar contra escravidão dos pescadores

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi apresentado, nesta quarta-feira (20/09), na Sala de Imprensa da Santa Sé, o 24º Congresso Mundial do Apostolado do Mar que se realizará, em Kaohsiung, Taiwan, de 1° a 7 de outubro próximo.  

O tema desta edição é “Prisioneiro na rede” e os assuntos abordados dentro desse âmbito manifestam o zelo e a atenção do Apostolado do Mar não só pelos recursos naturais, mas, também e sobretudo pelos recursos  humanos. 

A temática refere-se aos pescadores e suas famílias, aos perigos aos quais estão expostos e às condições desumanas em que são obrigados a trabalhar. Infelizmente, a vida de muitos pescadores cai nas mãos do crime organizado.
 
“De um lado existem os armadores que querem ter cada vez mais lucro. De outro, há um número elevado de migrantes em busca de um trabalho a qualquer preço e a todo custo”, disse o delegado vaticano para o Apostolado do Mar, Pe. Bruno Ciceri, Oficial do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. 

Duas demandas que criam os pressupostos para uma realidade de exploração e escravidão em que permanecem engaiolados até mesmo os menores.

É frequente o caso de tripulações enganadas em relação ao salário, vítimas de abusos, criminalizadas injustamente por acidentes marítimos e abandonadas em portos estrangeiros.
 
“Um tráfico legalizado, se poderia dizer, e infelizmente, aceito por essas pessoas que são condenadas, caso contrário, a morrerem de fome”, concluiu Pe. Ciceri. 

(MJ/EC)

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Audiência Geral com o Papa: entre os fiéis, grupo de esportistas da bandeira

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Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 250 jovens representando a Federação Italiana dos Jogos Antigos e Esportes da Bandeira estiveram na Praça São Pedro na manhã desta quarta-feira (20) para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Ao percorrer o seu último trajeto a pé na rampa do átrio da Basílica, o Papa foi inclusive recepcionado por uma parte do grupo, vestido com trajes renascentistas.

Formando uma espécie de corredor, os jovens agitaram as suas bandeiras coloridas, rendendo uma homenagem ao Pontífice. Durante toda a audiência, enquanto o Papa prosseguia a catequese sobre o tema “educar para a esperança”, a praça ficou colorida e movimentada com o ritmo das bandeiras.

Esse patrimônio expressivo faz referência a inúmeras reconstituições históricas que nasceram com o objetivo de recuperar, em termos éticos e estéticos, a memória de territórios específicos da Itália. A federação, em especial, foi criada na década de 60 mas, nos últimos anos, a bandeira tem sido inserida, em fase experimental, em atividades físicas dentro das escolas de ensino fundamental e  médio. (AC)

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Michel Roy: Papa e Caritas juntos, partilhando o caminho dos migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) – “Shared the Journey” (“Partilhar a viagem”) é o tema da Campanha internacional da Caritas Internationalis que será lançada pelo Papa Francisco em 27 de setembro próximo, durante a Audiência Geral na Praça São Pedro. 

A iniciativa envolve as Caritas de todo o mundo e tem por objetivo promover a cultura do encontro por meio da partilha do caminho dos migrantes e refugiados.

Com a “Shared Journey” – escreveu o Cardeal Luis Tagle, Presidente da Caritas Internationalis – “esperamos dissipar o medo e entender porque tantas pessoas estão deixando” o seu país neste momento histórico.

Sobre o objetivo desta campanha e o envolvimento pessoal do Papa Francisco, a Rádio Vaticano entrevistou o Secretário Geral da Caritas Internationalis, Michel Roy:

“O tema dos migrantes é um tema prioritário. Antes de tudo porque a migração é um fenômeno global. Em quase todos os países do planeta existem pessoas que se deslocam por causa dos desastres naturais, por causa da violência, da guerra. As pessoas se movimentam dentro e fora do país. Além disto, é um tema muito sensível: trata-se de pessoas, não de coisas! Fala-se de pessoas que sofreram muito e que continuam a sofrer. É uma questão viva. Então, pensamos que para além das questões políticas, é importante convidar todos a ter um olhar diferente em relação a estas pessoas”.

RV: Qual é o objetivo, qual é a esperança desta campanha da Caritas Internationalis?

”O objetivo é fazer de forma tal que em cada comunidade as pessoas deem, em nível individual ou coletivo, um passo em relação ao outro: o migrante. Não falamos de refugiados ou migrantes econômicos: falamos de pessoas, para que este contato, esta experiência que fazemos também com todos os pobres, ajude a mudar o olhar, o coração, a mente, a entender que por trás desta pessoa existe uma história de sofrimento”.

RV: O Papa é o primeiro a partilhar este caminho com vocês e com os migrantes e refugiados, por meio da “Shared the Journey”. Qual a importância disto?

“Para o Papa Francisco é um símbolo acolher, integrar, promover e proteger o estrangeiro. Pedi a ele se gostaria de inaugurar esta campanha. Nos disse que sim! Convidará todos a dar um passo em frente com os migrantes. Estamos nos preparando em todo o mundo para fazer de forma tal, que a mensagem do Papa, em 27 de setembro, possa ser conhecida ao máximo e que cada comunidade cristã se envolva nisto. Diante de um migrante não se pode começar a fazer “elucubrações políticas”... perguntar-se por que veio. É uma pessoa, não posso ignorá-lo. Penso que o Papa Francisco se coloca nesta posição. Quando chegamos ao nível político – o que fazer com os migrantes – é uma outra questão. Porém, quando as pessoas estão aqui, não podemos  ignorá-las”. (AG/JE)

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Sínodo é caminhar juntos para encontrar as respostas, diz jovem brasileiro

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco dedicou a Audiência Geral desta quarta-feira, 20, ao tema “Educar à esperança”, simulando em sua catequese um diálogo com um jovem ou “qualquer pessoa aberta a aprender”. 

Francisco dá vários conselhos ao seu interlocutor imaginário: viva, ame, sonhe, acredite, cultive ideais, seja paciente, sinta-se responsável por este mundo e pela vida de cada ser humano. Deus não decepciona. Tudo nasce para florescer numa eterna primavera. Confia em Deus Criador, confia no Espírito Santo que tudo move para o bem, confia no abraço de Cristo que espera cada pessoa no fim da sua existência.

Esta reflexão de Francisco chega uma semana após o Seminário Internacional em preparação ao Sínodo dos Bispos sobre os jovens a ser realizado em 2018, e que reuniu em Roma 82 convidados provenientes dos cinco continentes: 21 jovens, 17 especialistas de Universidades eclesiásticas, 15 especialistas de outras universidades, 20 formadores e agentes de pastoral juvenil e vocacional e 9 representantes de organismos da Santa Sé.

O Brasil também esteve representado no encontro por jovens e por sacerdotes. Entre estes, Vitor, da Comunidade Shalon, há 1 ano missionário em Roma, para quem a semana “foi muito enriquecedora, principalmente para os jovens”. Suas expectativas, inserem-se justamente na catequese do Papa:

Abordar temas como imigração, como política, os jovens e a Igreja, a Igreja que escuta os jovens, e os jovens que escutam a Igreja. E juntos a gente encontra...isto que é o Sínodo, caminhar juntos e juntos a gente vai encontrando as respostas. E é belo porque às vezes a gente pensa que é muito complexo entender o jovem, é muito complexo, um especialista vem explica uma coisa, vem outro e explica uma outra coisa que é diferente do que o outro diz, mas no final a gente percebe que o jovem é simples, que o jovem quer coisa grande, que o jovem quer ser protagonista e que o jovem quer ser amado e escutado.

E o protagonismo do jovem se dá quando “se coloca ele no centro e confia coisas a ele, aos jovens, que é o que a Igreja está fazendo. Confiou a alguns jovens - que aqui estão trabalhando - também a oportunidade de falar, de se expressar. De falar, então eu acredito que o protagonismo se dá quando a Igreja vai em saída para encontrar os jovens. E encontrando os jovens, fala da experiência de Cristo que o jovem, mesmo os mais distantes, tem sede de escutar. E o jovem se sente atraído por isto e quer também dar a vida por isto”.

Entre os tantos temas abordados no encontro, “o jovem e a transcendência”:

Um tema muito bom, muito, muito importante hoje em dia. A gente escutou que a experiência espiritual, um jovem hoje, procura esta experiência, não é que o jovem quer viver longe de uma experiência espiritual, ele procura. Às vezes até na droga ele vai procurar uma experiência de certa forma espiritual. E a linguagem que a Igreja vai buscando hoje, dar uma linguagem nova, uma oportunidade nova, uma experiência nova espiritual, acho que tenha atraído e ainda vai atrair muitos outros jovens”.

Mesmo com os erros, “confiar coisas aos jovens” é uma das expectativas do Vítor para este Sínodo, “e de chegarmos juntos a uma renovação, a Igreja vai se renovando sempre, é belo ver que Deus conduz a Igreja. E hoje Deus conduz a Igreja, também quer conduzir primeiro dos jovens, de um diálogo com os jovens, então esta é a minha expectativa, de uma renovação jovem na Igreja e de uma linguagem jovem”.

A gente precisa rezar pelos jovens, pelo Sínodo, pela Igreja, pelo Cardeal Baldisseri e a sua equipe, que estão com uma grande responsabilidade de escutar os jovens, de adaptar esta linguagem, de encontrar um ponto comum. Então acho que só Deus consegue fazer isto”. (JE)

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Igreja no Brasil



Novos Bispos para Borba (AM) e Sete Lagoas (MG)

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Prelazia territorial de Borba (AM), apresentada por Dom Elói Roggia, S.A.C. Ele será sucedido pelo Coadjutor da mesma Prelazia, Dom. Zenildo Luiz Pereira da Silva, C.SS.R.. 

Sete Lagoas

A Diocese mineira de Sete Lagoas também tem novo Bispo: o Pontífice aceitou a renúncia apresentada por Dom Guilherme Porto. Como seu sucessor, o Papa nomeou Dom Aloísio Jorge Pena Vitral, transferindo-o da Diocese de Teófilo Otoni (MG).

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Aplicativo oferece material da Campanha Missionária 2017

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Recife (RV) – Com uma celebração presidida por Dom Antonio Fernando Saburido, arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, encerrou-se domingo (10/09) em Recife o 4º Congresso Missionário Nacional. A missa celebrada no final da manhã no ginásio de esportes do Colégio Damas, sede do evento, reuniu os 700 congressistas, famílias que os receberam, além de colaboradores das equipes de serviço e profissionais de suporte da organização.

Uma das novidades do evento foi a utilização do aplicativo ‘Zappar’ para smartphones, através do qual pode-se acessar ao material, vídeos e conteúdos da Campanha Missionária que se inicia em outubro.

Padre Maurício da Silva Jardim, Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), explica

“É a primeira vez que lançamos, dentro do Congresso Missionário, a Campanha Missionária, que é no mês de outubro. Isto teve uma repercussão positiva porque não vai haver descontinuidade entre a temática do Congresso e a temática do mês missionário. As perspectivas são que saindo do Congresso, as pessoas estejam animadas e os coordenadores dos vários Conselhos Missionários diocesanos deem continuidade a este trabalho no mês Missionário”.

“A novidade é que este ano temos um aplicativo que pode ser baixado no celular gratuitamente, que se chama Zappar, e com este aplicativo, apontamos para a arte, tanto da Novena Missionária como a Oração Missionária, o cartaz, e o celular o lê e abre um vídeo de apresentação da Campanha e as pessoas podem acessar todo o material, inclusive os nove testemunhos: tudo aí dentro do aplicativo”. 

(pom/cm)

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Igreja no Mundo



Cracóvia: encontro internacional de jovens europeus

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Cracóvia (RV) - Terá início nesta quinta-feira (21/09), em Cracóvia, na Polônia, a 5ª edição do Encontro Internacional “Jovens europeus por um mundo sem violência”, promovido pela Comunidade Romana de Santo Egídio. 

Participarão do encontro, que prossegue até o próximo dia 24, mais de 500 jovens provenientes da República Tcheca, Polônia, Romênia, Rússia, Eslováquia, Ucrânia e Hungria. 

Os jovens recordarão o horror da II Guerra Mundial, o abismo da Shoah e do Porrajmos, holocausto cigano, convencidos de que esses fatos continuem sendo uma referência decisiva para o futuro da Europa a fim de construir a civilização da convivência e sociedades inclusivas, caminhando na direção oposta aos fenômenos do fechamento e da divisão vividos atualmente em muitos países.

Os jovens ouvirão o testemunho de  Rita Prigmore, cigana  de Würzburg, na Alemanha, vítimas de experimentos médicos nazistas. 

Na sexta-feira 22, os jovens visitarão o museu do campo de concentração de Auschwitz e farão uma marcha silenciosa pelo campo de extermínio de Birkenau, com a deposição de coroas de flores no memorial das vítimas. Esses gestos serão a expressão do compromisso de combater toda forma de violência e racismo.

Esta mobilização pela paz está em continuidade com o encontro internacional de jovens europeus pela paz “More Youth, More Peace” realizado, em Barcelona, na Espanha, de 25 a 27 de agosto passado, e com o encontro internacional de oração pela paz “Paths of Peace” promovido recentemente pela Comunidade de Santo Egídio em Münster-Osnabrück, na Alemanha, com mais de 300 líderes religiosos, representantes políticos, pessoas do mundo da cultura e uma grande participação popular. 

Em vários países da Europa os “Jovens pela Paz”, movimento juvenil da Comunidade de Santo Egídio presente em vários países europeus e outros continentes, estão engajados no trabalho concreto de solidariedade aos sem-teto, idosos, ciganos, e crianças nas Escolas de Paz. 

Manifestam a superação da lógica dos muros e da exclusão de quem é pobre ou considerado diferente. Uma alternativa de paz diante das contraposições violentas que se verificam dentro das sociedades dos países de proveniência e a guerra que afeta dolorosamente as regiões orientais da Ucrânia há mais de três anos.

(MJ)

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Atualidades



A solidariedade do mundo ao México em mais um momento de provação

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Cidade do México (RV) – Mensagens de condolências do mundo inteiro estão sendo enviadas ao povo mexicano que, em quase duas semanas, sofre com o segundo terremoto que dissemina mortes, feridos e destruição. 

O terremoto desta terça-feira (19), que aconteceu justamente no dia do aniversário daquele desastroso abalo sísmico de 1985, teve magnitude de 7,1 graus, com epicentro na região central do México, com tremor de terra sentido na Cidade do México. De fato, dezenas de prédios desabaram na capital, a energia elétrica foi interrompida e as autoridades continuam contabilizando o número de mortos e feridos com a tragédia. Num balanço ainda provisório, já são centenas de mortos e milhares de desabrigados no país e, na capital, uma escola desabou matando professores e mais de 30 crianças.

Da Espanha, os bispos transmitem ao povo mexicano e aos irmãos da Conferência Episcopal do México “sinceros sentimentos de dor pela catástrofe ocorrida e de esperança pela rápida restauração”. O Cardeal Ricardo Blázquez Pérez, presidente da Conferência Espanhola, prega por Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México, e deseja que o “mistério de Cristo, morto e ressuscitado, ilumine todos na escuridão deste difícil momento”.

Da Itália, a solidariedade também vem da Caritas que ajuda a Igreja mexicana desde a tragédia da década de 80, através de projetos de emergência, reconstrução e desenvolvimento. Com apoio da rede internacional, a entidade já está dando respostas concretas aos mais necessitados do terremoto desta terça.

A Conferência Episcopal do México, enfim, convida todos à oração e à solidariedade com as pessoas atingidas, agradecendo, em especial, os milhares de voluntários que, “unindo as suas mãos, formaram uma rede de vida”. (AC)

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Cardeal Filoni: anúncio do Evangelho não é doutrinamento ideológico

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Hiroshima (RV) - O anúncio do Evangelho “não é um doutrinamento nem uma imposição ou uma contorção das mentes e dos corações”. Adere-se ao Evangelho não por “proselitismo ideológico”, mas por “atração”, com a “liberdade interior de quem descobre ser filho de Deus”. 

Com estas palavras, que aludem ao ensinamento de Bento XVI e do Papa Francisco, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, evocou o dinamismo próprio da difusão do cristianismo no mundo, que o distingue de toda forma de propaganda cultural ou religiosa.

Etapa Hiroshima na visita pastoral do Cardeal Filoni

O purpurado fez essas considerações na homilia da missa celebrada na Catedral de Hiroshima, na noite desta quarta-feira (20/09), no quarto dia de sua visita ao Japão. Durante a homilia, o prefeito de Propaganda Fide referiu-se também à experiência dos mártires coreanos André Kim Taegŏn, Paulo Chông Hasang e seus companheiros de martírio, cuja memória litúrgica é celebrada este 20 de setembro.

“A história da evangelização na Coreia recorda-nos que, fascinados pela verdade do Evangelho, alguns eruditos do Confucionismo começaram a estudar sozinhos a doutrina católica e os textos bíblicos, considerando-os extraordinários; depois enviaram um deles a Pequim para ser batizado”, recordou o prefeito do Dicastério vaticano missionário.

Nascimento da Igreja coreana no signo do martírio

Tendo voltado à pátria, este primeiro batizado – depois também ele mártir – batizou os outros membros do grupo, nascendo assim a Igreja coreana, sem nenhuma colaboração que viesse de fora.

Após aquele feliz início a história da Igreja católica na Coreia “foi, ao invés, banhada pelo sangue de inúmeros mártires (...). Não diferentemente, também nesta querida terra do Japão os testemunhos de sangue dos mártires foram muitos. Como Jesus foi vítima do ódio e da injustiça, assim os mártires deste país foram vítimas de um ódio sem uma justa razão”, acrescentou o Cardeal Filoni.

No Japão, anúncio do Evangelho marcado por perseguições

O primeiro anúncio do Evangelho em terra japonesa foi contrastado e desencadeou perseguições “porque considerado subversivo pelo estado social então estabelecido”, observou ele.

Talvez hoje, disse o cardeal referindo-se à situação presente, “existam outros graves impedimentos não menos graves: a mentalidade secular, o hedonismo, a indiferença, a idolatria do bem-estar e do dinheiro, o sentido da nossa vida que nos é roubado”.

Agradecimento ao Senhor por aqueles que acolhem mensagem do Evangelho

E também  hoje “anunciar a Boa Nova representa “uma altíssima obra de caridade, e é sempre motivo de alegria e de agradecimento ao Senhor por aqueles que acolhem a mensagem do Evangelho com boa vontade”, afirmou ainda. A visita pastoral do Cardeal Filoni  ao País do Sol Nascente prosseguirá até a próxima terça-feira, 26 de setembro. (RL/Fides)

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Dia da Paz: “Trump de um lado, nós do outro”, sugere entidade italiana

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Roma (RV) – Em véspera de Dia Internacional da Paz, instituído pela ONU como uma data de cessar-fogo e de não violência no mundo, uma entidade italiana lança “um novo apelo pelo empenho de cada um contra a submissão, a indiferença e a hipocrisia”. A “Tavola della Pace” reúne centenas de associações, organismos leigos e religiosos para promover a paz, os direitos humanos e a solidariedade. 

Para este 21 de setembro a entidade enfatiza que, “perante àquilo que está acontecendo no mundo, não servem mais apenas as denúncias, mas uma nova e ampla postura de responsabilidade”. Num período marcado por tanto horror e pelo arbítrio do mais fortes, enfatiza o apelo, “devemos pegar novamente a bússola dos direitos humanos nas mãos e reafirmar com força aquilo que está escrito na Carta Comum da Humanidade: todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e devem agir uns pelos outros com espírito de irmandade”.

Com esse espírito, o coordenador da Tavola della Pace, Flavio Lotti, convida todos a assinar o apelo intitulado “Em espírito de irmandade” e a aderir ao Comitê Nacional para o 70° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer nos conduzir pra guerra. Nós vamos pelo lado contrário”, afirmou Lotti, acrescentando que a ideia é promover uma grande ação de educação, formação, informação e empenho em favor da paz e dos direitos humanos até 10 de dezembro de 2018.

Para a adesão ao projeto estão sendo convidadas associações, escolas, universidades, a mídia e as organizações leigas e religiosas. Basta entrar no site www.perlapace.it e assinar o apelo pela paz. (AC)

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Santa Sé: diálogo na Rep. Centro-Africana e combate ao tráfico de pessoas

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Nova York (RV) - A urgência do diálogo em busca do alcance da paz na República Centro-Africana e a necessidade de um esforço coletivo para contrastar o tráfico de seres humanos, o trabalho forçado e as escravidões modernas.

Esses foram os pontos nodais de dois pronunciamentos, esta terça-feira (19/09), do secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher, na sede da Onu, em Nova York, onde está se realizando a 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

A visita pastoral do Papa Francisco a Bangui em novembro de 2015 foi pano de fundo para o dúplice apelo do prelado, de um lado, à comunidade internacional a fim de que  favoreça e apoie o desenvolvimento democrático do país, e, de outro lado, ao governo centro-africano a fim de que tutele “o estado de direito, combata a corrupção e garanta o acesso e a assistência à saúde e educação para todos sem discriminações” de raça, credo religioso ou estratificação social.

“Diálogo” é a palavra chave. Segundo o arcebispo inglês para obter resultados profícuos são necessários: “um cessar-fogo entre as partes; o desarmamento de grupos armados e a reinserção de seus membros na comunidade civil; assegurar a justiça para as vítimas dos ataques atrozes à população inerme, o retorno dos refugiados – sejam eles cristãos ou muçulmanos – a uma vida serena em sua terra”.

Quanto às outras confissões religiosas, “a Igreja católica buscará em relação a elas aquilo que une, ao tempo em que se oporá àquilo que causa divisão ou contendas, porque a busca da paz está acima de qualquer outro bem”, disse o prelado.

As palavras de apreço que o representante vaticano dirigiu à MINUSCA – a missão de paz da Onu em Bangui – pelo trabalho realizado foram também ocasião para exortá-la à prioritária proteção da segurança dos mais vulneráveis, especialmente crianças e mulheres. Por conseguinte, o aumento do número de efetivos de forças de paz e a reorganização de suas operações são fundamentais.

O secretário das Relações com os Estados pediu que se tutele a dignidade dos mais fracos a fim de que estejam “livres de agressões armadas e de toda forma de abuso ou humilhação que possa degradar a dignidade destes”.

A dignidade humana esteve no centro também da declaração do prelado sobre o tráfico de pessoas. Para contrastá-lo, disse, é urgente a “promoção de instrumentos jurídicos eficazes” junto a “uma concreta colaboração em múltiplos níveis por parte de todos os grupos em questão”.

Já em 1965 – recordou – a Santa Sé condenou firmemente como infames a escravidão, a prostituição, a venda de mulheres e crianças e todos aqueles casos em que as pessoas são privadas de sua liberdade e tratadas como mercadoria”.

A erradicação do tráficos de seres humanos encontra-se também entre as principais preocupações do Pontificado do Papa Francisco, frisou Dom Gallagher. A esse propósito foram mencionados os vários exemplos de parcerias existentes entre a Igreja Católica e outras instituições, em particular o Grupo Santa Marta.

O desafio é grande e requer a colaboração de todos numa ótica de fraternidade e solidariedade. O secretário das Relações com os Estados reconheceu isso concluindo em seguida: “devemos responder às dezenas de milhões de vítimas, que nos olham com desesperada esperança por sua emancipação e o retorno a uma vida de dignidade e liberdade”. (RL/PO)

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