Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 21/09/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: reconhecer-se pecador é a porta para encontrar Jesus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -  “A porta para encontrar Jesus é reconhecer-se pecador”, afirmou o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta quinta-feira, na Capela da Casa Santa Marta. 

Sua homilia repassa a conversão de São Mateus - festejado hoje pela Igreja - episódio retratado pelo pintor italiano Caravaggio em uma tela muito cara à Francisco.

Três as etapas do acontecido: encontro, festa e escândalo. Jesus havia curado um paralítico e encontra Mateus, sentado no banco dos impostos. Fazia o povo de Israel pagar os impostos para depois dá-los aos romanos e por isto era desprezado, considerado um traidor da pátria.

Jesus olhou para ele e disse: “Segue-me”. Ele levantou-se e o seguiu, como narra o Evangelho do dia.

De um lado, o olhar de São Mateus, um olhar desconfiado, olhava “de lado”. “Com um olho, Deus” e “com o outro o dinheiro”, “agarrado ao dinheiro como pintou Caravaggio”, e também com um olhar impertinente. De outro, o olhar misericordioso de Jesus que – disse o Papa – olhou para ele com tanto amor”.

A resistência daquele homem que queria o dinheiro “cai”: levantou-se e o seguiu. “É a luta entre a misericórdia e o pecado”, sintetiza o Papa.

O amor de Jesus pode entrar no coração daquele homem porque “sabia ser pecador”, sabia “não ser bem quisto por ninguém”, era desprezado.

E justamente “a consciência de pecador abriu a porta para a misericórdia de Jesus”. Assim, “deixou tudo e foi”. Este é o encontro entre o pecador e Jesus:

“É a primeira condição para ser salvo: sentir-se em perigo; a primeira condição para ser curado: sentir-se doente. E sentir-se pecador, é a primeira condição para receber este olhar de misericórdia. Mas pensemos no olhar de Jesus, tão bonito, tão bom, tão misericordioso. E também nós, quando rezamos, sentimos este olhar sobre nós; é o olhar de amor, o olhar da misericórdia, o olhar que nos salva. Não ter medo”.

Como Zaqueu, também Mateus, sentindo-se feliz, convidou depois Jesus para come em sua casa. A segunda etapa é justamente “a festa”.

Mateus convidou todos os amigos, “aqueles do mesmo sindicato”, pecadores e publicanos. Certamente à mesa, faziam perguntas ao Senhor e ele respondia.

Isto – observa o Papa – faz pensar naquilo que disse Jesus no capítulo 15 de Lucas: “Haverá mais festa no Céu por um pecador que se converta do que por cem justos que permanecem justos”.

Trata-se da festa do encontro do Pai, a festa da misericórdia”. Jesus, de fato, trata a todos com misericórdia sem limite, afirma Francisco.

Então, o terceiro momento, o do “escândalo”. Os fariseus vendo que publicanos e pecadores sentaram-se à mesa com Jesus, perguntavam  aos seus discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?”.

“Um escândalo sempre começa com esta frase: “Por que?””, explica o Papa. “Quando vocês ouvem esta frase, cheira” – sublinha – e “por trás vem o escândalo”.

Tratava-se, em substância, da “impureza de não seguir a lei”. Conheciam muito bem “a Doutrina”, sabiam como seguir “pelo caminho do Reino de Deus”, conheciam “melhor do que ninguém como se devia fazer”, mas “haviam esquecido o primeiro mandamento do amor”.

E assim, “fecharam-se na gaiola dos sacrifícios, quem sabe pensando: “Mas, façamos uma sacrifício a Deus”, façamos tudo o que se deve fazer, “assim, nos salvamos”. Em síntese, acreditavam que a salvação viesse deles próprios, sentiam-se seguros.

“Não! Deus nos salva, nos salva Jesus Cristo”, enfatizou o Papa:

“Aquele “por que” que tantas vezes ouvimos entre os fiéis católicos quando viam obras de misericórdia. “Por que?”  E Jesus é claro, é muito claro: “Ir e aprender”. E os mandou aprender, não? “Ide e aprendei o que quer dizer misericórdia - (aquilo que) eu quero – e não sacrifícios, porque eu não vim, de fato, para chamar os justos, mas os pecadores”. Se tu queres ser chamado por Jesus, reconhece-te pecador”.

Francisco exorta, portanto, a reconhecer-se pecadores, não de forma abstrata, mas “com pecados concretos”:  “todos nós os temos, tantos”, afirma.

“Deixemo-nos olhar por Jesus com aquele olhar misericordioso cheio de amor”, prossegue.

E detendo-se ainda no escândalo, ressalta que existem tantos:

“Existem tantos, tantos. E sempre, também na Igreja hoje. Dizem: “Não, não se pode, é tudo claro, é tudo, não, não... eles são pecadores, devemos afastá-los”. Também tantos Santos são perseguidos ou se levanta suspeitas sobre eles. Pensemos em Santa Joana d’Arc, mandada para a fogueira, porque pensavam que fosse uma bruxa, pensem no Beato Rosmini. “Misericórdia eu quero, e não sacrifícios”. E a porta para encontrar Jesus é reconhecer-se como somos, a verdade. Pecadores. E ele vem, e nos encontramos. É tão bonito encontrar Jesus!” (JE)

inizio pagina

Papa: tolerância zero contra os abusos das crianças

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Tolerância zero contra os abusos”: este foi o princípio reiterado pelo Papa Francisco ao receber em audiência na manhã de quinta-feira (21/09) a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores. O Pontífice entregou o discurso e dirigiu aos membros algumas palavras improvisadas. 

Falando espontaneamente, ou seja, sem texto, o Santo Padre afirmou que a Igreja tomou tardiamente consciência do problema dos abusos contra menores perpetrados por expoentes do clero e “quando a consciência chega tarde os meios para resolver o problema chegam tarde”. 

“Mas graças a Deus o Senhor suscitou homens profetas na Igreja” para fazer emergir o problema “e encará-lo de frente”, acrescentou. Na Congregação para a Doutrina da Fé, que se ocupa dos abusos, “há muitos casos que não vão para frente” – reconheceu o Papa –, por conseguinte se está procurando colocar mais pessoas que possam estudar os dossiês.

Ademais, se há provas de um abuso isso é suficiente para não aceitar recursos – afirmou. Não por uma aversão – explicou –, mas simplesmente porque a pessoa que pratica esse delito é doente: se se arrepende é perdoada, “após dois anos cai novamente”. Por isso o Papa disse com decisão: jamais assinarei a graça.

Logo no início do seu discurso, o Pontífice compartilhou “a profunda dor que sente na alma pela situação das crianças abusadas”.

“O escândalo do abuso sexual é verdadeiramente uma ruína terrível para toda a humanidade, e que afeta muitas crianças, jovens e adultos vulneráveis em todos os países e em todas as sociedades. Também para a Igreja tem sido uma experiência muito dolorosa. Sentimos vergonha pelos abusos cometidos por ministros sagrados, que deveriam ser os mais dignos de confiança.”

Francisco prosseguiu reafirmando que o abuso sexual é um pecado “horrível”, completamente oposto e em contradição com o que Cristo e a Igreja ensinam.

O Papa considerou um “privilégio” a oportunidade que teve de ouvir as histórias das vítimas, que compartilharam abertamente os efeitos que o abuso sexual provocou em suas vidas e em de suas famílias.

“Por isso, reitero hoje uma vez mais que a Igreja, em todos os níveis, responderá com a aplicação das mais firmes medidas a todos aqueles que traíram seu chamado e abusaram dos filhos de Deus”, disse Francisco com veemência.

O Pontífice afirmou que as medidas disciplinares que as Igrejas particulares adotaram devem ser aplicadas a todos que trabalham nas instituições da Igreja. Todavia, acrescentou, a responsabilidade primordial é dos bispos, sacerdotes e religiosos, daqueles que receberam do Senhor a vocação de oferecer suas vidas. “Por esta razão, a Igreja irrevogavelmente e em todos os níveis pretende aplicar contra o abuso sexual de menores o princípio da ‘tolerância zero’”.

O Papa citou o motu proprio “Como uma mãe amorosa”, que aborda os casos de negligência por parte de autoridades eclesiásticas e o trabalho realizado pela Comissão há três anos para proteger os menores e os adultos vulneráveis.

Francisco declara-se satisfeito em saber que as Conferências Episcopais e de Superiores Maiores procuram a Comissão acerca das Diretrizes a serem aplicadas, e o trabalho em equipe com outras instituições vaticanas na formação de novos bispos e em vários congressos internacionais

“A Igreja está chamada a ser um lugar de piedade e compaixão, especialmente para os que sofreram. Para todos nós, a Igreja Católica segue sendo um hospital de campanha que nos acompanha em nosso itinerário espiritual,” concluiu o Papa, afirmando que confia plenamente no trabalho da Comissão, agradecendo aos membros pelos conselhos e esforços realizados nesses três anos de atividades.

inizio pagina

Papa: tolerância zero contra abusos de crianças

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Tolerância zero contra os abusos”: este foi o princípio reiterado pelo Papa Francisco ao receber em audiência na manhã de quinta-feira (21/09) a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores. O Pontífice entregou o discurso e dirigiu aos membros algumas palavras improvisadas. 

Falando espontaneamente, ou seja, sem texto, o Santo Padre afirmou que a Igreja tomou tardiamente consciência do problema dos abusos contra menores perpetrados por expoentes do clero e “quando a consciência chega tarde os meios para resolver o problema chegam tarde”.

“Mas graças a Deus o Senhor suscitou homens profetas na Igreja” para fazer emergir o problema “e encará-lo de frente”, acrescentou. Na Congregação para a Doutrina da Fé, que se ocupa dos abusos, “há muitos casos que não vão para frente” – reconheceu o Papa –, por conseguinte se está procurando colocar mais pessoas que possam estudar os dossiês.

Ademais, se há provas de um abuso isso é suficiente para não aceitar recursos – afirmou. Não por uma aversão – explicou –, mas simplesmente porque a pessoa que pratica esse delito é doente: se se arrepende é perdoada, “após dois anos cai novamente”. Por isso o Papa disse com decisão: jamais assinarei a graça.

Logo no início do seu discurso, o Pontífice compartilhou “a profunda dor que sente na alma pela situação das crianças abusadas”.

“O escândalo do abuso sexual é verdadeiramente uma ruína terrível para toda a humanidade, e que afeta muitas crianças, jovens e adultos vulneráveis em todos os países e em todas as sociedades. Também para a Igreja tem sido uma experiência muito dolorosa. Sentimos vergonha pelos abusos cometidos por ministros sagrados, que deveriam ser os mais dignos de confiança.”

Francisco prosseguiu reafirmando que o abuso sexual é um pecado “horrível”, completamente oposto e em contradição com o que Cristo e a Igreja ensinam.

O Papa considerou um “privilégio” a oportunidade que teve de ouvir as histórias das vítimas, que compartilharam abertamente os efeitos que o abuso sexual provocou em suas vidas e em de suas famílias.

“Por isso, reitero hoje uma vez mais que a Igreja, em todos os níveis, responderá com a aplicação das mais firmes medidas a todos aqueles que traíram seu chamado e abusaram dos filhos de Deus”, disse Francisco com veemência.

O Pontífice afirmou que as medidas disciplinares que as Igrejas particulares adotaram devem ser aplicadas a todos que trabalham nas instituições da Igreja. Todavia, acrescentou, a responsabilidade primordial é dos bispos, sacerdotes e religiosos, daqueles que receberam do Senhor a vocação de oferecer suas vidas. “Por esta razão, a Igreja irrevogavelmente e em todos os níveis pretende aplicar contra o abuso sexual de menores o princípio da ‘tolerância zero’”.

O Papa citou o motu proprio “Como uma mãe amorosa”, que aborda os casos de negligência por parte de autoridades eclesiásticas e o trabalho realizado pela Comissão há três anos para proteger os menores e os adultos vulneráveis.

Francisco declara-se satisfeito em saber que as Conferências Episcopais e de Superiores Maiores procuram a Comissão acerca das Diretrizes a serem aplicadas, e o trabalho em equipe com outras instituições vaticanas na formação de novos bispos e em vários congressos internacionais

“A Igreja está chamada a ser um lugar de piedade e compaixão, especialmente para os que sofreram. Para todos nós, a Igreja Católica segue sendo um hospital de campanha que nos acompanha em nosso itinerário espiritual,” concluiu o Papa, afirmando que confia plenamente no trabalho da Comissão, agradecendo aos membros pelos conselhos e esforços realizados nesses três anos de atividades.

inizio pagina

Papa Francisco: a corrupção é um “habitus” construído sobre a idolatria do dinheiro

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira, no Vaticano os membros da Comissão Parlamentar italiana Antimáfia. 

No seu discurso aos presentes o Santo Padre dirigiu primeiramente o seu pensamento a todas as pessoas que na Itália pagaram com a vida a sua luta contra as máfias. Francisco recordou então em particular três magistrados: o servo de Deus Rosário Livatino, assassinado em 21 de setembro de 1990; Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, assassinados 25 anos atrás.

Depois de recordar as palavras de Jesus que “o que sai do homem é o que torna o homem impuro” destacou que o ponto de partida permanece sempre o coração do homem, as suas relações, os seus apegos.

Nunca seremos suficientemente vigilantes neste abismo onde a pessoa está exposta a tentações de oportunismo, engano e fraude, tornada mais perigosa ao recusar a se questionar. Quando você se fecha na autossuficiência, chega-se facilmente ao prazer de si mesmo e à pretensão de ser a norma de tudo e de todos. É sinal disso também uma política desviante, inclinada a interesses de parte e acordos pouco claros. Então, chega-se a sufocar os apelos da consciência, a banalizar o mal, confundir a verdade com a mentira e a aproveitar-se do papel de responsabilidade pública que possui.

Francisco afirmou em seguida: “A política autêntica, a que reconhecemos como uma forma eminente de caridade trabalha, em vez disso, para assegurar um futuro de esperança e promover a dignidade de cada um. É precisamente por isso que vê a luta contra as máfias como uma prioridade, pois roubaram o bem comum, removendo esperança e dignidade das pessoas”.

Para este fim, torna-se decisivo opor-se de todos os modos ao grave problema da corrupção, que, no desprezo do interesse geral, representa o terreno fértil no qual as máfias se envolvem e se desenvolvem.

“A corrupção, - disse Francisco - sempre encontra o modo para se justificar, apresentando-se como a condição “normal”, a solução de quem “esperto”, o caminho para atingir os seus objetivos. Tem uma natureza contagiosa e parasitária, porque não se nutre do que de bom produz, mas do que subtrai e rouba. É uma raiz venenosa que altera a sã concorrência e afasta os investimentos. Enfim, a corrupção é um “habitus” construído sobre a idolatria do dinheiro e da mercantilização da dignidade humana, por isso deve ser combatida com medidas não menos incisivas do que as previstas na luta contra as máfias”.

O Papa afirmou que combater as máfias significa não só reprimir. Significa também recuperar, transformar, construir, e isso implica um compromisso em dois níveis. O primeiro é o político, através de uma maior justiça social, porque as máfias têm facilidade em proporem-se como um sistema alternativo precisamente sobre o território onde faltam direitos e oportunidades: trabalho, lar, educação e assistência sanitária.

O segundo nível de compromisso é econômico, através da correção ou supressão de mecanismos que geram em todos os lugares desigualdade e pobreza. Hoje, não podemos mais falar sobre lutar contra as máfias sem elevar o enorme problema de uma economia soberana sobre as regras democráticas através das quais as realidades criminosas investem e multiplicam os já ingentes lucros dos seus tráficos como drogas, armas, tráfico de pessoas, eliminação de resíduos tóxicos, condicionamentos de grandes contratos de obras, jogos de azar.

Estes dois níveis, político e econômico, - disse ainda o Papa - pressupõem outro não menos essencial, que é a construção de uma nova consciência civil, a única que pode levar à verdadeira libertação das máfias. Serve – afirmou Francisco -, educar e educar-se a uma constante vigilância sobre si mesmo e sobre o contexto em que se vive, aumentando a percepção dos fenômenos de corrupção e trabalhando para um modo novo de ser cidadão, que inclua o cuidado e a responsabilidade pelos outros e pelo bem comum.

Enfim, o Papa Francisco disse que não se pode esquecer que a luta contra as máfias atravessa a tutela e a valorização das testemunhas da justiça, pessoas expostas a riscos sérios que escolheram denunciar as violências das quais foram testemunhas. Deve ser encontrado um caminho que permita a uma pessoa correta, mas pertencente a famílias ou contextos mafiosos, mudar sem sofrer vinganças e retaliações. Há muitas mulheres, especialmente as mães que estão tentando fazê-lo, recusando a lógica criminosa, desejando garantir aos seus filhos um futuro diferente, concluiu o Santo Padre. (SP)

inizio pagina

Igreja no Brasil



Pe Zezinho com o Papa nos 51 anos de ordenação sacerdotal

◊  

Cidade do Vaticano (RV) –  José Fernandes de Oliveira, SCJ, ou simplesmente Padre Zezinho, completa este 21 de setembro 51 anos de ordenação sacerdotal. A data foi celebrada na Missa presidida pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta. 

Seu pai era violeiro e foi dele que herdou o amor pela música. Quando criança, José Fernandes passou a conviver com os padres, que davam assistência à sua família. Zezinho é o mais jovem de seis irmãos. Quando tinha dois anos de idade, sua família mudou-se de Machado para Taubaté, depois de seu pai ter sofrido um acidente e ficar paralítico. Aos onze anos, ingressou no seminário dos padres dehonianos.

Ordenado padre aos 25 anos de idade, em 1966 nos Estados Unidos, adotou no ano seguinte o teatro e a música como meios de evangelização e, em 1969, também os meios de comunicação com este propósito.

Em visita à Rádio Vaticano na manhã desta quinta-feira, o Padre Zezinho falou sobre sua participação na celebração e, naturalmente, sobre sua vocação:

Ele tem uma maneira muito bonita  de falar, de orar. Participar da Missa com ele é realmente uma aula de como se celebrar uma Missa. Ele é realmente uma pessoa totalmente entregue ao altar. Fiquei encantado! Não dá para assistir Missa dele, tem que participar!  E também o sermão foi espetacular, em todo o sentido. Realmente ele é um mestre de comunicação. E para mim que dei aula 32 anos como comunicador e padre e professor, foi mais uma aula que eu gostei de receber do Papa”.

RV: Depois de 51 anos, o que o senhor aprendeu então do Papa hoje?

Hoje ele falou de São Mateus, aquele que era traidor da pátria, porque ele pegava dinheiro do povo para mandar para um outro país  e falou também ... imagina se ele não estava falando com a gente... E depois ele disse também uma coisa que me marcou, muito várias vezes: “Mas como é que é? Como é que é?”,  o comportamento das pessoas quando veem alguém que se converteu e que não é mais o pecador que eu era. Então ele disse que as pessoas depois,  vendo a mudança de Mateus, perguntavam: “Como é que é? Como que é que é? O que houve que aconteceu com ele?  O que foi?  O que é? O que é?,  várias vezes. Como por dizer assim: as pessoas não estão prontas para enfrentar alguém que se converte.  Ele mostrou também, acentuou muito o olhar de Jesus. Segundo o Papa, ele acha que o que mudou mesmo o Mateus que estava ali naquela  arcada coletando impostos não foi nada, foi somente o olhar, porque daquele momento – diz ele – ele deve ter visto o olhar de Jesus que nunca tinha ouvido e visto e naquele momento alguma coisa aconteceu, o Papa diz foi o olhar de Jesus. Ele olhou com amor! E isso também me marcou muito, porque o Papa faz a mesma coisa, né. Ele mira no olho e fala. Então eu até acredito que foi mesmo isso palavras, porque não foram palavras, foi  “Vem, seguem-me!”. Então eu acho que o quadro é bem este: você conversa com alguém, mas antes de mandar “siga-me!”, ele deve ter olhado bem nos olhos e disse: eu te conheço!”.

RV: 51 anos atrás o senhor também recebeu também este olhar. O senhor teve alguns momentos nestes 51 anos em que disse “não, acho que este olhar não era para mim?”

Felizmente não! Eu desde criança queria ser padre, e sempre quis isso. Sofrimento houve, mas não por causa disto. Dúvida sobre Jesus, tive uma ou outra, mas muito pouco. E dúvida de que eu gostaria de ser padre, nunca houve não. Eu queria, eu queria, eu queira. E quando era difícil eu disse: mas eu quis isso. Quando houve momentos difíceis  de calúnias, agressões, deturpações, eu disse: mas eu quis isso! Eu sabia muito bem que poderia acontecer isto. Então não houve decepção. Eu acho que quem pega a sua cruz e segue Jesus, ele sabe que vai ser crucificado. Então não me assustou nem um pouco. Todas as agressões, todas as dificuldades, dentro e fora da Igreja, não atrapalharam não. Eu acho que eu consegui entender que eu queria ser padre, custasse o que custasse, eu queria isso. Então fazia parte do sacerdócio. Eu cantei várias vezes isso também”. (SP)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Terremoto: Igreja mexicana convoca coleta em prol das vítimas

◊  

Cidade do México (RV) – Após o terremoto que matou mais de 240 pessoas no México, os bispos do país lançam “um profundo apelo à esperança”. 

A Igreja local promove no próximo final de semana, 23 e 24 de setembro, uma coleta nacional para garantir a “solidariedade aos irmãos que sofrem com os desastres naturais”.

“Não há dúvida de que quando de um mal fazemos emergir a oportunidade de fazer o bem, o coração se renova e se alarga”, escreve a presidência da Conferência Episcopal Mexicana. Os bispos, em colaboração com a Caritas, montaram um central operativa para coordenar as ajudas e a reconstrução, organizada em duas modalidades.

Em primeiro lugar, nas dioceses atingidas bispos, sacerdotes e leigos se organizam para enfrentar esta fase de emergência colocando à disposição paróquias e seminários como centros de acolhimento. Em segundo lugar, destaca-se a rápida mobilização de outras dioceses, que prontamente expressaram solidariedade e ajuda às populações afetadas. Por fim, os bispos reiteram o importante papel de apoio espiritual e psicológico dos sacerdotes às vítimas.

inizio pagina

Igreja no Mundo



Dom Jurkovič: respeitar direitos e culturas dos povos indígenas

◊  

Genebra (RV) - Respeitar os direitos e as culturas dos povos indígenas. Este foi o apelo lançado, nesta quarta-feira (20/09), pelo Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Genebra, Suíça, Dom Ivan Jurkovič, durante a 36ª sessão do Conselho de Direitos Humanos dedicada aos povos indígenas.

“Todos devem ser protagonistas do próprio destino. O desenvolvimento humano integral e o exercício pleno da dignidade humana não podem ser impostos, mas todo indivíduo, toda família deve ter a possibilidade de se desenvolver”, sublinhou o arcebispo esloveno.

“O conceito de qualidade de vida não pode ser imposto de fora, mas conforme os costumes de cada grupo humano”, reiterou o representante da Santa Sé, citando as palavras do Papa Francisco.

Dom Jurkovič pediu para que “a tutela e a promoção da vida cultural, social e econômica dos povos indígenas sejam reconhecidas por todos como um serviço em prol da família humana e das gerações futuras”. 

O prelado ressaltou que a “a Santa Sé promove a colaboração com as populações indígenas”, através, por exemplo, da “compilação de livros de gramática e traduções em línguas muitas vezes em risco de extinção” e do apoio “na defesa dos direitos culturais, sociais, políticos e econômicos”.

O arcebispo convidou a “favorecer a tutela e a participação das comunidades indígenas nos contextos nacionais e internacionais”, e sublinhou que “o respeito pelo conhecimento, as culturas e práticas tradicionais indígenas contribuem para o desenvolvimento igual e sustentável e a correta gestão do ambiente”.

“As comunidades indígenas não somente são uma minoria entre as outras, mas deveriam ser os parceiros principais do diálogo quando são propostos grandes projetos que interessam suas terras de origem”, disse ainda Dom Jurkovič.

Nessa ótica, o Observador Permanente da Santa Sé evidenciou que “a Santa Sé defende que a relação problemática entre as companhias internacionais e os povos indígenas, especialmente nas áreas de extração, deve ser enfrentada”, pois “um diálogo verdadeiro, transparente e sincero deve ser estabelecido entre as partes interessadas a fim de obter o seu consentimento livre, preventivo e informado”. Tudo isso em prol do “desenvolvimento humano integral e autêntico”.

(MJ)

inizio pagina

Semana Mundial da Paz promovida pelo CMI: paz na Terra Santa

◊  

Jerusalém (RV) - “As tragédias da história judaica ensinaram aos cristãos os perigos da hostilidade contra quem consideramos diferente, enquanto a Sagrada Escritura comum de judeus e cristãos fala muitas vezes e de forma eloquente do amor de Deus e da proteção ao estrangeiro.”
 
É o que escreve o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Olav Fykse Tveit, na mensagem para a festa de Rosh Hashanah, ano novo judeu, que teve início, nesta quarta-feira (20/09), e se concluirá na próxima sexta, 22. 

Segundo o jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, o texto ressalta que essa festa caiu num momento difícil para a paz e a convivência entre os povos. 

Está em andamento a ‘Semana Mundial da Paz’ promovida pelo CMI e o Rev. Tveit fez um convite em prol da colaboração entre judeus e cristãos para a paz na Palestina e Israel. 

A iniciativa do CMI vive, nesta quinta-feira (21/09), o seu momento central com a celebração do Dia mundial de oração pela paz. 

O evento solicita as instituições religiosas e homens de fé a promoverem gestos, orações e atividades em todo o mundo por uma solução pacífica do conflito israelense-palestino, convencidos de que reacender e alimentar o fogo da esperança por uma convivência pacífica e reconciliada na Terra Santa é sempre possível.
 
“A Semana Mundial da Paz é uma ocasião para recordar ao mundo o conflito ainda sem solução entre Palestina e Israel, e manifestar solidariedade às pessoas em busca da paz.” 

Dentre as iniciativas programas para a Semana Mundial da Paz que se concluirá no próximo domingo, 24, a abertura da mostra “Doze rostos de esperança”, no Centro Ecumênico de Genebra. A exposição recolhe testemunhos de pessoas que sofrem cotidianamente as consequências da experiência dramática do conflito. 

A mostra, que também faz parte de uma campanha pela paz e a justiça na Terra Santa lançada pelo CMI nas redes sociais, foi realizada, em Beit Sahour, na Palestina, em junho passado, por ocasião de um encontro que reuniu dezenas de líderes cristãos e representantes de organizações religiosas comprometidas com a paz. 

“Este ano, oferece uma série de oportunidades para evidenciar a situação trágica na Terra Santa e conscientizar a opinião pública sobre as injustiças e sofrimentos que as pessoas sofreram durante esses cinquenta anos”, disse a responsável pelas comunicações do CMI, Marianne Ejdersten.

“Poder ouvir expressões de esperança da parte de pessoas que vivem na própria pele o conflito é mais um incentivo a não resignar-se à guerra. Nesse sentido, a mostra se insere na peregrinação pela justiça e a paz, promovida pelo CMI”, ressaltou ela. 

A situação dramática e ainda sem solução do conflito que envolve os povos da Terra Santa foi também o cerne de um documento redigido, em junho passado, pelo comitê executivo do CMI há cinquenta anos da “Guerra dos seis dias”. O texto lamenta o falimento contínuo das partes na busca de uma paz justa. 

(MJ)

inizio pagina

Formação



Bispo de Brejo: com Francisco, sermos Igreja comprometida com os fracos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição passada do nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” recordávamos uma das afirmações do nosso convidado destes dias, o bispo da Diocese de Brejo, Dom José Valdeci Mendes, de que o Concílio constituiu uma grande abertura para a caminhada da Igreja na América Latina. 

Falando-nos sobre o magistério do Papa Bergoglio, o bispo desta Igreja particular do Maranhão ressaltou que Francisco quer exatamente nos ajudar a compreender, a vivenciar sempre mais o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”, a encarnar e vivenciar o espírito do Evangelho.

Nessa mesma linha, na edição de hoje Dom José Valdeci fala-nos da sua experiência ao ter participado recentemente de um encontro da Comissão para a Caridade, Justiça e Paz (Comissão nacional da CNBB), da qual é membro, na qual se refletiu sobre os 50 anos da Conferência de Medellín (1968) – os quais serão celebrados propriamente no próximo ano.

“Foi interessante essa reflexão ligando a própria caminhada da nossa Igreja agora com o testemunho do Papa Francisco, propondo-nos sempre a sermos uma Igreja em saída”, diz-nos o bispo de Brejo, acrescentando:

“Essa inspiração que ele nos dá, que sejamos uma Igreja mais aberta, que sejamos uma Igreja que vai ao encontro do povo, tem essa sensibilidade com os que mais sofrem, com os pobres.”

Inspira-nos a “sermos Igreja povo de Deus, comprometidos com a missão, com a vida, com os fracos, aqueles que mais necessitam da nossa ajuda”, reitera. Vamos ouvir (ouça mclicando acima).

(RL)

inizio pagina

Atualidades



Secretaria para Comunicação e jesuítas selam nova forma de colaboração

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Foi assinado na manhã de quinta-feira (21/09) o Acordo entre a Secretaria para a Comunicação e a Companhia de Jesus. 

“Esta assinatura ocorre poucos dias depois dos cem anos do padre Stefanizzi – declarou o Prefeito do dicastério vaticano, Mons. Dario Edoardo Viganò. “Padre Stefanizzi – recordou – foi diretor da Rádio Vaticana durante os anos do Concílio Vaticano II: um evento que devia ser narrado às pessoas que não conheciam nem o latim nem a teologia.

"User first"

Deste ponto de vista, padre Stefanizzi percorreu o modelo “user first”, isto é, a atenção prioritária aos destinatários da comunicação, hoje no centro da reforma da mídia vaticana desejada pelo Papa Francesco.

Quando foi criada, em 1931, a Rádio Vaticana foi confiada aos jesuítas. Por isso, o Prefeito da Secretaria para a Comunicação expressou gratidão à Companhia de Jesus, com a qual, no último ano e meio, iniciou um trabalho de discernimento e reformulação da presença dos jesuítas não mais dentro da Rádio Vaticano, mas dentro de uma realidade muito maior.

Disponibilidade

Com a assinatura deste Acordo, a Companhia se disponibiliza a este serviço segundo a missão apostólica no mundo da comunicação. Mons. Viganò referiu ainda a gratidão e a satisfação do Papa Francisco por esta nova forma de colaboração dentro do processo de reforma.

“Estamos realizando um ato de obediência ao Santo Padre em relação aos critérios indicados por ele”, concluiu o Prefeito. A nova colaboração dará muito fruto, porque quando se vive um serviço à Igreja, se vai além da gratificação pessoal: não somos só profissionais, mas profissionais transfigurados na experiência do mistério de Deus”.

Novos tempos

“Os tempos mudam”, declarou por sua vez o delegado da Companhia de Jesus, Padre Juan Antonio Guerrero Alves: “faz parte da vocação da Companhia de Jesus servir a Igreja, como a Igreja pede. A nossa contribuição no âmbito da comunicação nos torna felizes, porque podemos contribuir para as reformas desejadas pelo Santo Padre”. 

inizio pagina

Papa envia ajuda ao México atingido por violento terremoto

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Após o violento terremoto que atingiu o México, causando – segundo dados verificados, mas ainda não definitivos – aos menos 250 vítimas, além de ingentes danos materiais, o Papa Francisco dispôs, mediante o Dicastétrio para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, o envio de uma primeira contribuição de 150 mil dólares para o socorro às populações nesta fase de emergência, lê-se num comunicado. 

Expressão do sentimento de proximidade espiritual e paterno encorajamento do Santo Padre

Em colaboração com a Nunciatura Apostólica, a soma será dividida entre as dioceses mais atingidas pela calamidade. O aporte será utilizado em obras de assistência às vítimas do terremoto e quer ser uma imediata expressão do sentimento de proximidade espiritual e paterno encorajamento para as pessoas e os territórios atingidos, manifestados pelo Santo Padre na audiência geral desta quarta-feira, 20 de setembro.

Auxílio é parte das ajudas de toda a Igreja católica em favor da amada população mexicana

Ainda segundo o comunicado do referido Dicastério vaticano, essa contribuição, que acompanha a oração – especialmente dirigida a Nossa Senhora de Guadalupe – como apoio à amada população mexicana, é parte das ajudas que estão sendo ativadas em toda a Igreja católica e que envolvem, além de várias Conferências episcopais, numerosos organismos de caridade. (RL)

inizio pagina

Vaticano e Liga Muçulmana Mundial contra o fundamentalismo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O secretário geral da Liga Muçulmana Mundial, Muhammad Al-Issa, em visita ao Vaticano encontrou na quarta-feira o Papa Francisco e esta quinta-feira (21/09) teve um cordial encontro na sede Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso com o Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Dicastério.

Durante o encontro com o purpurado foi reiterado que: religião e violência são incompatíveis; as religiões têm recursos morais capazes de contribuir para a fraternidade e a paz; o fenômeno do fundamentalismo, em particular o fundamentalismo violento, é preocupante e necessita de um esforço conjunto para contrastá-lo.

Ademais, existem situações nas quais a liberdade de consciência e a liberdade de religião não são plenamente respeitadas e tuteladas. Daí, a urgência de remediar tais situações, renovando o “discurso religioso” e revendo os textos escolares. As partes concordaram estabelecer num futuro próximo um comitê permanente conjunto. (RL)

inizio pagina

Campanha Missionária 2017 começa em outubro!

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Outubro é o Mês das Missões, período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”. É o tema escolhido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) para a Campanha Missionária de 2017, em sintonia como o ensinamento do Papa Francisco: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontraram com Jesus”.  

Essa alegria precisa ser anunciada pela Igreja que caminha unida, em todos os tempos e lugares, e em perspectiva ad gentes. Mas como vivenciar a Campanha? Dando cada um o seu testemunho. É o que afirma Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo auxiliar de São Luís e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB.

 

(cm)

inizio pagina