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Sumario del 04/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Dom Aldemiro Sena dos Santos é bispo de Guarabira (PB)

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Cidade do Vaticano (RV) – O Padre Aldemiro Sena dos Santos é o novo bispo de Guarabira (PB), nomeado quarta-feira (04/10) pelo Papa Francisco.

Nativo de Ibirataia, diocese de Ilhéus (BA), Dom Aldemiro tem 53 anos e estudou seja Filosofia como Teologia em Ilhéus. Foi ordenado em 1992 e a partir de então foi Reitor do Seminário Menor, Pároco, Administrador do “Centro de treinamento de líderes” da diocese; Coordenador diocesano de Pastoral; Representante do clero diocesano. Também foi membro da Comissão do clero do Regional Nordeste 3 da CNBB. 

Atualmente é pároco de “São Jorge dos Ilhéus” e da Catedral de “São Sebastião”, Ecônomo diocesano, Membro do Colégio dos Consultores, e Administrador do Centro diocesano de pastoral.

Sua nova diocese, Guarabira, tem 58 mil habitantes e se localiza a 98km da capital paraibana, João Pessoa. É conhecida como "Rainha do Brejo" pelo fato de ser a principal cidade-polo desta região, caracterizada pela regularidade de chuvas. 

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Papa: quem crê, tem um pedaço de céu a mais sobre a cabeça

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Cidade do Vaticano (RV) - O cristão é um missionário de esperança, não um profeta de desgraças, como se tudo tivesse terminado no calvário ou na sepultura. O essencial do seu anúncio - com os fatos e o testemunho de vida - é Jesus, que depois de morto, ressuscitou na manhã de Páscoa. E "quem teve a graça de abraçar a ressurreição de Jesus, pode ainda esperar no inesperado". 

O Papa Francisco dedicou a sua Catequese da Audiência Geral desta quarta-feira  ao tema “missionários de esperança hoje”, ressaltando que o fazia com alegria no início deste mês, que a Igreja dedica “em particular à missão” e também no dia da Festa de São Francisco de Assis,  “um grande missionário de esperança”.

Dirigindo-se aos mais de 15 mil fiéis presentes na Praça São Pedro, o Papa recordou que os discípulos estavam abatidos depois da crucifixão e sepultamento de Jesus. Aquela pedra, rolada contra a entrada do sepulcro, pôs fim a três anos de vida esperançosa e entusiasmante na companhia do Mestre vindo de Nazaré. Parecia o fim de tudo, e alguns já começavam a deixar Jerusalém para regressar para suas casas.

“Mas Jesus ressuscita!”. Este fato inesperado transformou a mente e o coração dos discípulos, uma transformação que ficou completa quando receberam a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes. “Não terão somente uma bela notícia para levar a todos – sublinhou o Santo Padre -  mas estarão eles mesmos diferentes de antes, como renascidos para uma vida nova”:

Como é bonito pensar que se é anunciadores da ressurreição de Jesus, não somente com palavras, mas com os fatos e com o testemunho de vida! Jesus não quer discípulos capazes somente de repetir fórmulas aprendidas de memória. Quer testemunhos: pessoas que propagam esperança com o seu modo de acolher, de sorrir, de amar. Sobretudo de amar: porque a força da ressurreição torna os cristãos capazes de amar mesmo quando o amor parece ter perdido as suas razões”.

Existe um “a mais” que habita a existência cristã, inexplicável pela simples força de vontade ou por um cego otimismo. “A fé, a nossa esperança, não é somente um otimismo, diz o Papa. É outra coisa, é algo a mais! É como se os fiéis fossem pessoas com um “pedaço de céu a mais” sobre suas cabeças. É bonito isto, hein! Nós somos pessoas com um pedaço de céu sobre a cabeça, acompanhados de uma presença”, que o mundo sequer consegue intuir:

Assim a tarefa dos cristãos neste mundo é a de abrir espaços de salvação, como células de regeneração capazes de restituir a seiva vital àquilo que parecia perdido para sempre. Quando o céu se apresenta todo nublado, é uma bênção a pessoa que sabe falar do sol. Por isso, o verdadeiro cristão não é assim, lamuriento nem mal-humorado, mas convencido, pela força da ressurreição, de que nenhum mal é infinito, nenhuma noite é sem fim, nenhum homem é definitivamente errado, nenhum ódio é invencível diante do amor”.

Francisco falou então do alto preço que os discípulos terão que pagar “por esta esperança dada a eles por Jesus”:

Pensemos aos tantos cristãos que não abandonaram o seu povo, quando veio o tempo da perseguição. Ficaram ali, onde havia incerteza sobre o amanhã, onde não se podia fazer projetos de nenhum tipo, ficaram esperando em Deus. E pensemos em nossos irmãos, em nossas irmãs do Oriente Médio que dão testemunho de esperança e também oferecem a vida por este testemunho. Estes são verdadeiros cristãos! Eles trazem o céu no coração, olham além. Quem teve a graça de abraçar a ressurreição de Jesus, pode ainda esperar no inesperado”.

Os mártires de todos os tempos, com a sua fidelidade a Cristo – observa o Papa – confirmam que “a injustiça não é a última palavra na vida. Em Cristo ressuscitado, podemos continuar a esperar”:

Os homens e as mulheres que têm um “porque” viver, resistem mais do que os outros nos tempos de infortúnio. Mas quem tem Cristo ao seu lado, realmente não teme nada. E por isto os cristãos, os verdadeiros cristãos, nunca são homens fáceis e acomodados. A brandura deles não deve ser confundida com um sentimento de insegurança e de submissão (…). Caídos, se reerguem sempre.

Este é o motivo – conclui o Papa – porque o cristão é um missionário de esperança. “Não por mérito seu, mas graças a Jesus, o grão de trigo que, caído em terra, morreu e deu muito fruto”. (JE)

 

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Papa convida jovens para Reunião pré-sinodal

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Cidade do Vaticano (RV) - Antes de concluir a Audiência Geral nesta quarta-feira na Praça São Pedro, o Papa Francisco anunciou que de 19 a 24 de março de 2018, a Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos convocou uma reunião pré-sinodal à qual estão convidados jovens de diferentes partes do mundo: jovens católicos e jovens de diversas confissões cristãs e de outras religiões; também jovens não crentes.

"Esta iniciativa se insere no caminho de preparação para a próxima Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos, que será sobre o tema  “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” em outubro de 2018. Com tal caminho, a Igreja quer colocar-se à escuta da voz, da sensibilidade, da fé e também das dúvidas e críticas dos jovens. Por isso, as conclusões da Reunião de março serão transmitidas aos Padres Sinodais".

Em uma nota a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos afirma que esta iniciativa permitirá aos jovens de exprimir as suas expectativas e seus desejos, como também as suas incertezas e preocupações nas complexas situações do mundo de hoje. 

A Reunião pré-sinodal – afirma ainda a nota – contribuirá para enriquecer a fase de consultação já iniciada com a publicação do “Documento Preparatório” e o relativo “Questionário”, com a abertura do site online onde estão inseridos um Questionário para os jovens e informações do Seminário Internacional sobre a condição do mundo juvenil, realizado no último mês de setembro. O Fruto dos trabalhos da Reunião será oferecido aos Padre Sinodais, junto com outra documentação, para favorecer a sua reflexão e aprofundamento.

A data do encontro foi escolhido para permitir a participação de todos, na conclusão dos trabalhos, na celebração Eucarística do Domingo de Ramos com o Santo Padre na Praça São Pedro por ocasião do 23º Dia Mundial da Juventude de 2018 sobre o tema: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus”. (SP)

 

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Arcebispo sírio Jeanbart: "obrigado Papa Francisco por suas palavras!"

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Aleppo (RV) - Chegaram a Aleppo, cidade mártir da Síria, as palavras do Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira: “Pensamos em nossos irmãos e irmãs do Oriente Médio que dão testemunho de esperança, e também oferecem a vida por este testemunho... Esses são verdadeiros cristãos, eles carregam o céu no coração, olham além, sempre além!” 

“Obrigado Papa Francisco por suas palavras” – declara à agência Sir o arcebispo greco-melquita de Aleppo, Dom Jean Clement Jeanbart. “O Santo Padre nos conforta e nos anima a permanecer, mesmo em meio a tantas dificuldades, para continuar dando testemunho.”

Terra onde o cristianismo e a Igreja nasceram

“Durante estes anos de guerra conforta-nos a Palavra de Jesus: ‘Se Deus é por nós quem será contra nós?’ Robustecidos por isso podemos resistir aqui onde o cristianismo e a Igreja nasceram”, acrescentou o arcebispo.

“Por esse motivo pedimos aos cristãos do mundo inteiro que nos ajudem a permanecer e a não deixar nossas terras. Aqui nascemos, deem-nos a possibilidade de resistir em nossas terras abençoadas por milhões de mártires e de santos. Essa é uma terra santa. Aceitamos a injustiça porque cremos em Jesus Cristo, Ele está sempre ao nosso lado”, ressaltou.

"Cristo está conosco, não tenhamos medo"

“Tempos atrás – conta Dom Jeanbart – quando estávamos reformando uma residência episcopal encontramos numa parede uma antiga inscrição de 1800 que recitava ‘Cristo está conosco, não tenhamos medo’. Palavras que se encontram em muitas casas cristãs daqueles tempos difíceis, como os de hoje.”

O arcebispo de Aleppo tem consciência de que “apesar de todas as vicissitudes e perseguições devemos testemunhar que estamos vivos, cremos no Senhor da Esperança, na Ressurreição. O que será do Oriente Médio quando estiver desprovido de cristãos? Por isso apelo ao mundo inteiro: ajudem-nos a permanecer, a não ir embora!”, reiterou. (RL/Sir)

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Card. Parolin: "Abusar de crianças é sacrilégio e profanação"

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Roma (RV) – Com o discurso de boas-vindas do Padre Hans Zollner, presidente do Centro de Proteção de Menores, abriu-se terça-feira (03/10) na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, o Congresso “A dignidade do menor no mundo digital”. 

Até dia 5, especialistas, professores, empresários, lideranças civis, políticas e religiosas de todo o mundo debatem sobre como proteger os menores de bullying e abusos na Internet.

O pronunciamento do Card. Parolin

No primeiro dia do Seminário, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, tomou a palavra e afirmou que “desprezar a infância e abusar de crianças é para os cristãos não só um crime, mas também um sacrilégio, ou seja, uma profanação daquilo que é sagrado: a presença de Deus em todo ser humano”.

“Os fenômenos que observamos alcançam níveis de gravidade alarmante; sua dimensão e velocidade de difusão superam a nossa imaginação. Nas muitas formas de violência contra crianças, a horrível realidade do abuso sexual está praticamente sempre presente, como aspecto comum e consequência de uma violência multiforme e difundida, que ignora o respeito do corpo e da alma, da sensibilidade profunda e da dignidade de cada criança, de cada jovem, a qualquer povo pertença”.

O apelo ao controle

“Devemos nos esforçar – apelou o cardeal italiano – para retomar o controle do desenvolvimento do mundo digital, para que esteja a serviço da dignidade dos menores e assim, de toda a humanidade de amanhã”.

Para o Secretário de Estado, a capacidade de pais e professores de incidir na formação das novas gerações é bem menor hoje do que no passado, e muitas vezes é anulada pela contínua onda de mensagens e imagens que os menores absorvem no contato com as novas mídias. Neste sentido, exortou a fazer todo o esforço possível para ajudá-los a desempenhar seu papel ante os riscos e desafios do mundo digital”. 

(cm)

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Nomeações do Papa para a Congregação para a Evangelização dos Povos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre nomeou esta quarta-feira (04/10) membros da Congregação para a Evangelização dos Povos os Cardeais Beniamino Stella, Prefeito da Congregação para o Clero; Giuseppe Versaldi, Prefeito da Congregação  para a Educação Católica; Dominique Mamberti, Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica; Jean Zerbo, Arcebispo de Bamako (Mali); Louis Marie Ling Mangkhanekhoun, Vigário Apostólico de Paksé (Laos).

Também Dom Giuseppe Lazzarotto, Arcebispo  titular de Numana, Núncio Apostólico; Mario Giordana, Arcebispo titular di Minori, Núncio Apostólico; Adriano Bernardini, Arcebispo titular de Faleri, Núncio Apostólico; Vincenzo Paglia, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida.

Tribunal da Assinatura Apostólica

No último sábado, o Pontífice havia nomeado membros do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica os Cardeais Agostino Vallini, Edoardo Menichelli, Raymond Leo Burke e os Bispos  Frans Daneels, Johannes Willibrordus Maria Hendriks.

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Tuíte do Papa: "Como São Francisco para viver na pobreza e na alegria"

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Cidade do Vaticano (RV) - “Como São Francisco de Assis, deixemo-nos transformar pelo amor de Cristo para viver na pobreza e na alegria.”

Com este tuíte o Papa Francisco recorda um santo muito amado que Igreja celebra nesta quarta-feira (04/10). 

Canonizado após dois anos de sua morte pelo Papa Gregório IX e proclamado por Pio XII, em 1939, junto com Santa Catarina de Sena, Padroeiro da Itália, São Francisco foi “a imitação de Cristo pobre e nu sobre a cruz. Por isso, ele rejeitou toda forma de força  e poder. A pobreza foi o sinal dessa rejeição”, segundo as palavras do histórico Franco Cardini.

São Francisco foi e é ainda uma das figuras de grande inspiração para fiéis e não fiéis, estudiosos e artistas que continuam se confrontando. Poeta, grande comunicador, fundador da Ordem dos Frades Menores viveu plenamente as palavras do capítulo 10 do Evangelho de Mateus: “Não levem nos cintos moedas de ouro, de prata ou de cobre; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu alimento.”

São Francisco confiou plenamente em Deus e viveu o seu tempo enfrentando os desafios. A coragem e o ardor o levaram ao Egito na presença do Sultão al-Malik al-Kamil a fim de encontrar um caminho de paz entre cruzados e muçulmanos.

Em 2019, se completarão oito séculos daquele encontro que os frades franciscanos, no Egito, iniciaram a celebrar, nesta terça-feira (03/10), com um ano de antecedência.

Na Itália, são várias as realidades que, com eventos e programações, recordam este santo que carregava na carne os sinais do sofrimento de Cristo.

Este ano, a Região da Ligúria doou o óleo para alimentar a lâmpada votiva sobre o túmulo de São Francisco, na Basílica Superior de Assis.

(MJ)

 

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Igreja na América Latina



Repam: momento anual de avaliação e prospecção de horizontes

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Santarém (RV) - O Comitê Executivo e o Comitê Ampliado da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) estão reunidos desde terça-feira (03/10), até quinta-feira (05/10), na Catedral Metropolitana de Santarém, no Pará, para a reunião anual.

Participam representantes da Repam dos nove países com floresta amazônica em seu território: Brasil, que cuja área representa cerca de 60% da Floresta Amazônica; Peru, com aproximadamente 13% seguido da Colômbia, com cerca de 10% e Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, que juntos detém cerca de 17% da floresta Amazônica.

Amazônia Legal

No Brasil, a Repam atua na Região da Amazônia Legal que corresponde à área dos Estados da Região Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, acrescidos Estado de Mato Grosso e dos municípios do Estado do Maranhão situados a oeste do meridiano 44º O.

Os objetivos do encontro são a avaliação da caminhada da Rede nos países Pan-Amazônicos e prospecção dos horizontes da mesma a partir de seus eixos de atuação que correspondem a: Justiça Socioambiental e Bem Viver, Povos Indígenas e Grupos em Vulnerabilidade, Formação e Métodos Pastorais em Perspectiva Amazônica, Igreja de Fronteira, Direitos Humanos, Redes Internacionais, Mapeamento e Comunicação para a Transformação Social.

Povos indígenas, Povos Tradicionais e Igreja Católica

Em seguida, de 6 a 8 de outubro, o grupo segue à cidade de Itaituba, no Pará, para o Encontro de diálogo da Repam/Igreja com os povos indígenas da Bacia do Rio Tapajós. O objetivo é aprofundar, na Bacia do Tapajós, o diálogo entre a Igreja Católica e os Povos Indígenas e Comunidade tradicionais, para juntos, possivelmente, construir uma agenda comum em defesa da vida na Amazônia e do Planeta bem como discutir como deve ser a presença da Igreja para fortalecer seus projetos de vida no Tapajós; Identificar estratégias de articulação e mobilização entres os povos ao longo de toda Bacia e construir alianças.

Também refletir a propósito de os grandes empreendimentos na região e os seus impactos sobre os Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e seus territórios na Bacia do Tapajós, projetos esses, como:  as hidrelétricas, hidrovias, mineração, agronegócio, ferro-grão, e exploração madeireira. Será assunto da pauta também a questão dos povos indígenas isolados e uma visão geral da Amazônia inserindo as temáticas das mudanças climáticas. Com isso buscar-se-á caminhos de fortalecimentos e intercâmbio de experiências de luta e resistência entre os povos e comunidades do Tapajós e a Igreja.

Repam

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) foi fundada oficialmente em setembro de 2014. No Brasil, no decorrer de 2016 e 2017, a Repam realizou 15 Seminários sobre a Carta Encíclica do Papa Francisco Laudato Sì. Nos Seminários se discutiu a partir da iluminação da Encíclica a realidade em que vivem os povos da Amazônia, na busca de ações conjuntas no cuidado e defesa da região.

A Amazônia é um dos maiores berços de biodiversidade ecológica e cultural do Planeta. A preocupação da Igreja Católica, do Papa Francisco com esta região é histórica e volta-se para o cuidado e proteção desta grande Casa Comum.

Entenda como este patrimônio está sendo destruído no breve vídeo abaixo:

(repam/cm)

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SOS México: faça sua doação

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Brasília (RV) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançaram na segunda-feira a Campanha de Solidariedade “SOS México”.

Os recursos arrecadados serão destinados a ações de socorro imediato (água potável, alimentos, cobertores, kits de higiene e tendas). A prioridade neste atendimento emergencial será para as pessoas que estão em abrigos improvisados, mulheres grávidas e crianças, além de adultos com deficiência física. Este apoio financeiro do Brasil, por meio da CNBB e da Cáritas Brasileira, também vai ajudar na reconstrução de casas, escolas e outras estruturas para melhorar as condições de vida da população.

Faça a sua doação

A CNBB e a Cáritas Brasileira enviaram uma carta convocatória para todas as paróquias e comunidades da Igreja no Brasil: “Conclamamos as dioceses, paróquias, comunidades, congregações, colégios e todas as pessoas de boa vontade, para uma grande corrente de oração e de solidariedade, em favor das pessoas atingidas pelo terremoto, fazendo memória de tantas mães, pais e filhos falecidos nesta tragédia”. As doações poderão ser realizadas através de depósitos bancários.

Consequências

Em 19 de setembro 2017, um tremor de magnitude 7,1 graus na Escala Richter foi registrado no país. O epicentro foi a 51 km de profundidade, na região central, a 120 km de Cidade do México.

Milhares de pessoas foram afetadas: mais de 200 continuam desaparecidas, mais de 300 perderam a vida, quase 500 encontram-se feridas e mais de 15 mil habitações estão destruídas.

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Igreja no Mundo



Apresentado projeto de peregrinação aos lugares da Sagrada Família

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Cidade do Vaticano (RV) - Na Audiência Geral desta quarta-feira (04/10), o Papa Francisco saudou uma delegação egípcia que foi ao Vaticano para a bênção do ícone que descreve a fuga da Sagrada Família para o Egito.

Conforme notícias de algumas agências, dentre as quais a Fides, o Ministro egípcio do Turismo, Yahya Rashid, encontra-se, em Roma, nestes dias, para relançar o projeto de peregrinação ao longo do “Caminho da Sagrada Família”, itinerário egípcio que une os lugares onde Maria, José e o Menino Jesus passaram, segundo a tradição, fugindo da violência de Herodes.
 
A apresentação desse projeto será feita às 19h locais, desta quarta-feira (04/10), em Roma, na Via da Conciliação nº 51. Além do pronunciamento do Ministro Rashid, estão previstos também discursos dos embaixadores egípcios junto à Santa Sé, Seif Elnasr Hatem, e junto ao Estado italiano, Amr Mostafa Kamal Helmy. 

Participa do encontro uma delegação da Obra Romana de Peregrinações (Opera Romana Pellegrinaggi), corresponsável pelo projeto.

Na época de Jesus, as estradas que levavam da Palestina ao Egito eram três. Segundo algumas fontes históricas coptas, a Sagrada Família, com medo de ser reconhecida, não teria percorrido nenhum desses três itinerários e ao chegar, ao Egito, mudava constantemente, provavelmente por motivos de segurança. 

São muitos os lugares de culto cristãos ligados à passagem dos refugiados, a ponto de permitir um mapeamento: um itinerário que parte da costa mediterrânea, atravessa a área do Delta e do Nilo e segue o seu percurso, em direção ao sul, até a cidade atual de Assiut.

A tradição popular não especifica sempre se um determinado lugar foi visitado na ida ou na volta pela Sagrada Família. De qualquer maneira, as várias etapas são marcadas por capelas, santuários, mosteiros e até mesmo árvores, meta milenar de peregrinação dos fiéis coptas.

Alguns exemplos: o altar da antiga Igreja da Santa Virgem no Mosteiro de Al-Moharraq (Assiut) seria o berço esculpido na pedra onde o Menino Jesus teria dormindo por seis meses.

A Igreja da Virgem, em El-Mahamma, situada a 10 km do Cairo, foi o local onde Maria deu banho em Jesus. A Árvore de Maria, situada a 50 km do Cairo, teria sido o lugar em que Nossa Senhora se repousou, em Belbeis; a fonte de água que o Menino Jesus teria feito surgir, em El-Mataria: Maria, lavando as roupas de Jesus, derramou água no chão e ali brotou uma planta aromática usada ainda hoje para produzir o Óleo do Crisma.

A Sagrada Família teria passado também pelo sítio arqueológico que teria se tornado o Antigo Cairo onde se encontram vários mosteiros e santuários. Narra-se que a Sagrada Família ficou ali alguns dias. Por onde Jesus passava, caíam as estátuas dos ídolos. Herodes mandou matar o Menino Jesus e a Família se refugiou numa gruta, que se tornou depois a cripta da Igreja de Abu Serga (São Sérgio).

(MJ)

 

 

 

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Cardeal Bassetti: impossível conversão da Igreja sem sinodalidade

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Florença (RV) - “Sem sinodalidade, a conversão da Igreja é impossível!” Foi o que exclamou o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI) e arcebispo de Perugia, Cardeal Gualtiero Bassetti, na lectio magistralis proferida esta quarta-feira (04/10) em Florença na Faculdade teológica do centro da Itália. 

“Domingo passado, iniciando o ano pastoral, a Igreja em Florença retomou o caminho sinodal para o aprofundamento da Evangelii gaudium”, observou o purpurado a propósito da incumbência do Papa Francisco a toda a Igreja italiana, durante o Congresso eclesial nacional de Florença.

Cada comunidade cristã tem uma Galileia onde Jesus precede seus discípulos

“A saída missionária não é um slogan abstrato, mas um compromisso teologal ligado à vida concreta, especialmente da vida dos pobres”, prosseguiu. “Para cada comunidade cristã há uma Galileia onde Jesus precede seus discípulos missionários. É impossível descobri-la se não caminhamos juntos ouvindo a Palavra”, explicou ele.

Fruto de uma história que nos precedeu, da qual somos continuação

Porém, é preciso “também a humildade de reconhecer-se filhos, fruto de uma história que nos precedeu, e da qual somos continuação”.

“Nenhuma Igreja local deveria acolher o convite à conversão pastoral sem recorrer à própria história – advertiu o Cardeal Bassetti –, mas Florença e a sua Faculdade teológica têm uma responsabilidade especial: refiro-me às raízes do Séc. XX eclesial toscano. Elas não estão relegadas ao passado e precisam da seiva generosa da Igreja de hoje para uma síntese intensa com os desafios do momento presente”.

É tempo de memória partilhada

“Os frutos maduros do Séc. XX eclesial florentino e toscano ainda devem ser acolhidos completamente”, afirmou o presidente dos bispos italianos, para o qual “é tempo de memória partilhada, e jamais como agora essa memória é urgente e finalmente possível!”

“Considero a visita do Papa Francisco ao túmulo de Pe. Lorenzo Milani (figura histórica da Arquidiocese de Florença, ndr) um sinal dos tempos”, exclamou o Cardeal Bassetti como comprovação de suas afirmações. (RL/Sir)

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Itália: valorizar os avós com progressivo envelhecimento da população

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Roma (RV) – Os italianos com idade superior a 65 anos representam 22,3% da população total, isto é, um exército de 13,5 milhões, quase um idoso para cada 4 pessoas que vivem no país. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (Istat) foram divulgados nesta segunda-feira (2), data de comemoração do Dia dos Avós, instituído por lei na Itália.

A Coldiretti, maior associação do país que representa os agricultores, analisou os números que registram ainda uma diminuição nos nascimentos em 2016 (473.438), um valor mínimo histórico desde 2008: se assiste “a um progressivo envelhecimento da população por causa do prolongamento da vida que atingiu o recorde de 80,6 anos para os homens e de 85,1 anos para as mulheres, com os avós que voltaram a exercer um papel determinante dentro das famílias e da sociedade”.

O Papa Francisco já enaltecia essa dedicação dos idosos em casa, em ocasião das comemorações da data italiana em outubro do ano passado, no Vaticano. “Quantos avós cuidam dos netos, transmitindo com simplicidade aos pequenos a experiência de vida, os valores espirituais e culturais de uma comunidade e de um povo!”, afirmava o Pontífice diante de um público formado exclusivamente por avós.

A Igreja, segundo o Papa, olha para as pessoas idosas com afeto, reconhecimento e grande estima por ajudar, sobretudo, os mais jovens: “elas são parte essencial da comunidade cristã e da sociedade, em especial, representam as raízes e a memória de um povo. A sua maturidade e sabedoria, acumulada nos anos, podem ajudar os mais jovens, sustentá-los no caminho do crescimento e da abertura ao futuro”.

Além da contribuição rica de valores, a presença dos avós em casa está sendo considerada um privilégio para a maioria das famílias, também em aspectos práticos, pela contribuição econômica e social que conseguem oferecer – registrando uma real inversão de tendência ao distinguir o papel dos idosos de hoje em relação àquele do passado. Segundo a associação italiana, “a presença do avô é geralmente determinante para contribuir na renda familiar, mas é também uma ajuda válida para ajudar os netos quando não estão nas escolas”, por exemplo. (AC/SIR)

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Irmãos maristas elegem mexicano como novo Superior-Geral

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Rionegro (RV) - Os Irmãos Maristas têm um novo Superior-Geral: o mexicano Ir. Ernesto Sánchez Barba. Ir. Ernesto é o XIV superior da congregação e a guiará durante os próximos 8 anos, substituindo o Ir. Emili Turú. Ele foi eleito durante o XXII Capítulo Geral dos Irmãos, que se realiza em Rionegro, na Colômbia, no dia 3 de outubro. Com Ir. Ernesto, foi eleito também como Vigário-Geral o Ir. Luis Carlos Gutiérrez Blanco, da Guatemala.

Capítulo histórico

É a primeira vez na história do Instituto que acontece fora da Casa Geral, em Roma. O Conselho Geral fez essa escolha para expressar, com um gesto concreto, o desejo do Instituto de acolher o convite do Papa Francisco para sair em direção às periferias do mundo. A mensagem que sairá do Capítulo, de fato, enfatizará a necessidade do Instituto de deixar as “zonas de conforto” e criar um novo paradigma em relação àquilo que Deus pede para os Maristas de Champagnat serem e fazerem.

Os capitulares são 79 e representam cerca de 3.000 irmãos presentes e 81 países. Há vários anos também os leigos se sentem chamados a viver o Carisma de Champagnat e partilham com os Irmãos vida e missão. Como aconteceu em outros capítulos, também dessa vez 8 leigos foram convidados para participar da assembleia na Colômbia. O capítulo termina no dia 20 de novembro.

Audiência Geral

Na Audiência Geral de quarta-feira (04/10), na Praça S. Pedro, o Papa Francisco saudou os Irmãs Maristas em capítulo.

200 anos a serviço da educação

Fundado há 200 anos em La Valla, na França, por São Marcelino Champagnat, o Instituto acolhe irmãos consagrados a Deus, que seguem Jesus do jeito de Maria, que vivem em comunidade e que se dedicam especialmente à educação das crianças e dos jovens.

 

 

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Formação



Card. Scherer sobre conjuntura no Brasil: "Estamos na boa direção"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, está em Roma para participar da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização (já encerrada) e uma reunião da Congregação para o Clero. No primeiro evento, os membros do Conselho fizeram uma avaliação do Ano Santo da Misericórdia e analisaram o novo diretório catequético. No encontro da Congregação para o Clero, serão debatidas as diretrizes da Santa Sé para a formação sacerdotal.

Em visita à RV, Dom Odilo falou também a Silvonei José sobre a atual conjuntura no Brasil. Para ele, este é um momento difícil, mas com a esperança em Deus, podemos interpretar esta realidade como necessária para corrigir os erros do passado. “É um índice de que estamos na boa direção”.

Inicialmente, ele revela os motivos de sua estadia em Roma. Ouça aqui:

  

(cm/sp)

 

 

 

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Artigo: São Francisco de Assis

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Juiz de Fora (RV) - Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”. Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado? ”.

Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado? ”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.

Em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes.

A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.

Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224. Enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas.

O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.

Na vida de São Francisco percebemos várias atitudes de misericórdia e de acolhimento ao próximo. Posso citar aqui um episódio em sua vida. Em 1206, passeando a cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença sempre lhe havia causado invencível nojo. A partir dalí passou a visitar os hospitais e a servir os doentes, distribuindo entre os pobres ora as vestes, ora o dinheiro. Beijava as mãos de cada leproso a quem entregava uma esmola, conseguindo vitória total sobre si mesmo. Tornou-se tão amigo e familiar que gostava de ficar entre eles e servi-los.

Mas, então, como que movido por uma força superior, apeou do cavalo, e, colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro, aplicou ao leproso um beijo de amizade. Talvez a motivação para este nobre e significativo gesto tenha sido a recordação daquela frase do Evangelho: “Tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 10,42).        

São Francisco também é conhecido como o protetor dos animais e da natureza. “Toda a forma de vida é uma manifestação de Deus e está sob os nossos cuidados. Proteja o que é seu- sua fauna sua flora. As plantas e os animais embelezam a terra. São úteis ao homem e representam a riqueza da pátria.

Nunca se deve mutilar, destruir ou deixar que destruam estes bens. Vamos amar nossos animais domésticos. Vamos dar aos selvagens a paz que eles têm direito. Permitamos que enfeitem nossas florestas. Vamos amar os pássaros puros e belos, cantando nas ramagens, voando no espaço ilimitado, como verdadeiros símbolos de liberdade” (São Francisco de Assis).

Francisco também foi conhecido como homem da humidade. A humildade é garantia e honra de todas as virtudes. Ela deve estar na base de tudo. Por isso queria Francisco que seus confrades fossem “menores”, humildes servos de todos. Ele conseguiu ser o mínimo entre os menores!  A humildade é o ponto central do espírito franciscano. Ela é a raiz da santidade profunda de Francisco.

Apesar de ser tão querido, famoso e tratado por muita gente como santo, Francisco achava-se um miserável diante de Deus e dos homens. Na sua humildade, costumava dizer que, se Deus tivesse dado os mesmos dons a um outro pecador, este, na certa, seria dez vezes melhor do que ele. Aos seus próprios olhos considerava-se apenas um pobre pecador.

Que a vida de São Francisco nos motive a olhar e cuidar das criaturas e da nossa própria vida tendo presente que ela é um dom de Deus. Que possamos também acolher os mais necessitados e aqueles que vivem à margem na sociedade e acolher. Que nós, os servidores ordenados do Evangelho, nos façamos menores, homens da misericórdia e arautos da caridade, para que o “Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor” continue sendo louvado, bendito e anunciado com grande humanidade para que todos conheçam a salvação e a paz! São Francisco de Assis, rogai por nós!

+ Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG

 

 

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Atualidades



CIMI: 836 territórios indígenas ainda não demarcados no Brasil

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Brasília (RV) – As disputas políticas e o recrudescimento da ofensiva sobre os direitos indígenas em 2016 refletiram-se em graves ações de violência e violações em aldeias em todo o país. Esta é uma das constatações do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – Dados 2016, uma publicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) que será lançado quinta-feira, 5 de outubro, às 14h30, na nova sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

Povos indígenas devem ter suas terras demarcadas

Chama atenção novamente neste Relatório a quantidade de casos de suicídio, assassinatos, mortalidade na infância e de invasões e exploração ilegal de bens comuns, principalmente madeira. O desrespeito do Estado ao direito dos indígenas de viverem nas suas terras ancestrais é um dos focos centrais da publicação, que traz um resumo da situação geral das terras indígenas no Brasil, atualizado no dia 25 de setembro de 2017. Uma extensa tabela que apresenta os 836 territórios não demarcados, divididos por estado, e a situação de cada um deles no procedimento demarcatório é um dos destaques desta publicação.

Conflitos, morte e desassistência

Os dados do Relatório abrangem diferentes tipos de violência e violações, como conflitos relativos a direitos territoriais, ameaça de morte e desassistência nas áreas de saúde e educação, dentre outros. As informações sobre assassinatos também poderão ser visualizadas no mapa digital da plataforma Caci - Cartografia de Ataques Contra Indígenas, mapeadas de acordo com o município e a terra indígena em que ocorreram.

Apresentação em Brasília

Estarão presentes no evento cerca de quarenta indígenas dos estados do Maranhão, dos povos Apanikrã Kanela, Krepun, Memortumré Kanela, Krenyê e Gavião, e de Roraima, Macuxi e Wapichana. Dom Roque Paloschi, Presidente do Cimi e arcebispo de Porto Velho, Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, Cleber Buzatto, secretário executivo do Cimi, e Roberto Liebgotti, coordenador do Cimi Regional Sul e um dos responsáveis pela elaboração do relatório, irão compor a mesa de debates no evento.

Inconstitucionalidade do 'marco temporal'

Cabe ressaltar que, oportunamente, o lançamento será realizado no aniversário de 29 anos da promulgação da Constituição Federal. Desse modo pretende-se explicitar, além do desrespeito aos direitos originários dos indígenas estabelecidos pela Carta Magna, a inconstitucionalidade do “marco temporal”. Esta tese político-jurídica restringe o alcance do direito à demarcação das terras indígenas, já que vincula este direito à presença física, e não tradicional, das comunidades nos seus territórios ao dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.

(cm)

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Clima: coalizão católica diz 'não' a combustíveis fósseis

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Cidade do Vaticano (RV) - Quarenta instituições religiosas anunciaram o desinvestimento em combustíveis fósseis. Com a medida, a coalizão concretiza o maior anúncio conjunto de desinvestimento feito por organizações religiosas até o momento. As instituições estão localizadas nos cinco continentes e representam diferentes campos, desde locais sagrados até entidades financeiras da Igreja.

O porquê da decisão

A decisão das instituições religiosas de remover seu apoio aos combustíveis fósseis baseia-se tanto no seu valor compartilhado de proteção ambiental quanto na sabedoria financeira de se preparar para uma economia neutra em carbono.

Iniciativas em todo o mundo

Em Assis, Itália, terra de São Francisco e lugar profundamente significativo para os 1,2 bilhões de católicos do mundo, três instituições e um governo municipal desinvestiram. O grupo de Assis inclui o Sacro Convento, um complexo de mosteiros e o local sagrado que abriga o túmulo de São Francisco. O Sacro Convento é considerado o lar espiritual de irmãos e irmãs, Franciscanos e Franciscanas de todo o mundo.

Juntamente com o Sacro Convento, a diocese de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, com 80 mil habitantes, anunciou o desinvestimento. O Instituto Seráfico de Assis, um centro médico religioso que cuida de crianças especiais, também se uniu ao anúncio. E ainda, como complemento, o prefeito da cidade de Assis anunciou seu desenvolvimento em combustíveis fósseis.

Desinvestimento nos cinco continentes

Entidades da Igreja em todo o mundo estão se afastando dos combustíveis fósseis. Na África do Sul, a Arquidiocese de Cidade do Cabo investiu em fundos sociais e éticos. A Conferência Episcopal da Bélgica também desinvestiu e seus bispos se somam à diocese belga do Vicariato de Brabante em Mechelen.

Lideranças do mundo empresarial

Aos líderes espirituais se unem líderes empresariais. Duas instituições financeiras anunciaram seu desinvestimento: o Germany’s Bank für Kirche und Caritas eG (Banco da Igreja e Caritas) é um dos primeiros bancos católicos do mundo a desinvestir em combustíveis fósseis. O banco, que tem um balanço de 4,5 bilhões de euros, está rompendo com o mercado do carvão, além do petróleo de areias betuminosas e de xisto, por ser moralmente imperativo e fiscalmente responsável.

Neste anúncio também se juntou a Oikocredit Belgium, instituição financeira ecumênica e uma das maiores fontes de financiamento privado do mundo para microfinanças. A Oikocredit é acompanhada por outras 12 instituições belgas.

A iniciativa se insere no contexto da ação cristã para proteger o meio ambiente durante o Tempo da Criação. O Tempo da Criação é uma celebração de oração e ação pelo o meio ambiente e é abraçada por uma ampla comunidade ecumênica.

O Movimento Católico Global pelo Clima é uma comunidade de centenas de milhares de católicos e uma rede global de organizações membros que respondem ao apelo do Papa Francisco na Encíclica da Laudato Si’.

(mcgc/cm)

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