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Sumario del 06/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: a vergonha, caminho para chegar ao perdão e à cura

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Cidade do Vaticano (RV) - “Justiça a Deus e a nós, corar de vergonha”. Com estas palavras o Profeta Baruc nos fala na primeira leitura de hoje sobre a desobediência à lei de Deus, isto é, o pecado, e ao mesmo tempo também nos indica qual é “o verdadeiro caminho” para pedir o perdão. 

Este é o fio condutor da homilia do Papa na Missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Capela da Casa Santa Marta. Francisco repassa o texto litúrgico, concentrando-se antes de tudo na realidade do pecado que caracteriza todos os homens, como na profecia de Baruc: “sacerdotes, reis, príncipes e pais”.

“Ninguém pode dizer: “Eu sou justo” ou “eu não sou como aquele ou como aquela”. Eu sou pecador. Eu diria que é quase o primeiro nome que todos temos: pecadores. E depois, por que somos pecadores? Desobedecemos – sempre em relação com o Senhor: Ele disse uma coisa e nós fizemos outra. Não ouvimos a voz do Senhor. Ele nos falou tantas vezes. Na nossa vida, cada um pode pensar: “Quantas vezes o Senhor falou para mim... Quantas vezes não o escutei!”. Falou pelos pais, pela família, pelo catequista, na igreja, nas pregações, também falou no nosso coração”.

Mas nós nos rebelamos: este é o pecado portanto, é “rebelião”, é “obstinação” em seguir as “perversas inclinações do nosso coração”, caindo nas “pequenas idolatrias de cada dia”, “cobiça’, “inveja”, “ódio” e em particular, “maledicência”, aquele falar pelas costas que o Pontífice define como “a guerra do coração para destruir o outro”.

E é por causa do pecado – como está escrito na página de Baruc – que perseguem-nos tantas calamidades, porque “o pecado arruína o coração, arruína a vida, arruína a alma, enfraquece, adoece”, mas é sempre – precisa o Pontífice - um pecado em relação a Deus:

“Não é uma mancha para tirar. Se fosse uma mancha, bastaria ir à lavanderia para ser limpa... Não! O pecado é uma relação de rebelião contra o Senhor. É feio em si mesmo, mas feio contra o Senhor que é bom. E se eu penso assim os meus pecados, ao invés de entrar em depressão, tenho aquele grande sentimento: a vergonha, a desonra que diz o profeta Baruc. A vergonha é uma graça”.

A vergonha “abre a porta à cura”. Este é então o convite que o Papa dirige a todos, ao concluir sua reflexão: sentir vergonha diante do Senhor pelos nossos pecados e pedir para sermos curados:

“Quando o Senhor nos vê assim, envergonhados por aquilo que fizemos, e com humildade pedimos perdão, Ele é onipotente, apaga, nos abraça, nos acaricia e nos perdoa. Mas este é o caminho para chegar ao perdão, aquele que hoje o Profeta Baruc nos ensina. Louvemos hoje ao Senhor porque quis manifestar a onipotência justamente na misericórdia e no perdão; depois, também na criação do mundo, mas isto por segundo. Sobretudo na misericórdia e no perdão, e diante de um Deus assim tão bom, que perdoa tudo, que tem tanta misericórdia, peçamos a graça da vergonha”. (JE)

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Papa: colaboração é a chave para proteger os menores na internet

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Cidade do Vaticano (RV) – “Trabalhar juntos para ter sempre o direito, a coragem e alegria de olhar nos olhos as crianças do mundo.” Esta foi a exortação que o Papa Francisco fez aos participantes do Congresso Internacional “A dignidade do menor no mundo digital”, recebidos em audiência, no Vaticano, esta sexta-feira (06/10). 

Em seu longo discurso, o Pontífice definiu a vulnerabilidade dos menores na rede como um “problema novo e gravíssimo, característico do nosso tempo”.

De fato, observou o Papa, “vivemos num novo mundo, que quando éramos jovens não podíamos nem mesmo imaginar”. O mundo digital é fruto do progresso da ciência e da técnica e que transformou em poucas décadas o nosso ambiente de vida e o nosso modo de comunicar e de viver e está transformando inclusive o nosso modo de pensar e de ser.

De um lado, vivemos esta transformação com admiração e fascínio e, de outro, com medo e temor pelas consequências. Sentimentos contrastantes que nos levam a questionar se somos capazes de guiar os processos que nós mesmos criamos ou se estamos perdendo o controle. Para Francisco, esta é a pergunta existencial da humanidade de hoje diante dos diversos aspectos da crise global.

O Papa citou também alguns dados: dos mais de três bilhões de usuários da internet, mais de 800 milhões são menores. “O que encontram na rede? E como são considerados por quem pode administrá-la?” Não entendemos nesses anos que esconder a realidade dos abusos sexuais é um gravíssimo erro e fonte de muitos males?”, questionou Francisco.

Por isso, é preciso manter os olhos bem abertos e enfrentar o aspecto obscuro da rede, que se tornou um lugar propício para os seguintes crimes: pornografia, bullying, tráfico online de pessoas, prostituição, transmissão ao vivo de estupros e novos fenômenos como “sexting” (divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de celulares) e “sextortion” (extorquir através da exploração sexual sem coerção física).

Diante de tudo isso, afirmou o Papa, permanecemos certamente horrorizados, mas também, infelizmente, desorientados. A isso, se acrescenta o difícil diálogo entre a antiga e a nova geração digital.

As palavras de Francisco são, portanto, de encorajamento e de mobilização conjunta. E para que seja eficaz, o Papa convida a combater três possíveis erros de perspectiva.

O primeiro é não subestimar o dano que esses crimes provocam nos menores e inclusive nos próprios adultos.

“Seria uma grave ilusão pensar que uma sociedade em que o consumo aberrante do sexo se expande entre os adultos seja depois capaz de proteger de modo eficaz os menores.” O segundo erro é pensar que as soluções técnicas automáticas, como os filtros do computador para identificar e bloquear a difusão de imagens, sejam suficientes para combater o problema. “Certamente essas soluções são necessárias, mas também é necessário a força da exigência ética.” O terceiro erro é pensar a rede como o reino da liberdade sem limites, quando – na verdade – também necessita ser gerida por leis, com a colaboração de governos e da polícia.

Francisco manifesta seu apoio à Declaração redigida pelos participantes do Congresso e pede a colaboração também das lideranças religiosas, garantindo a disponibilidade e o empenho dos católicos.

Neste ponto, o Pontífice afirma que a Igreja Católica se tornou sempre mais consciente nos últimos anos do fato de não ter protegido suficientemente os menores dentro de suas instituições: “Vieram à luz fatos gravíssimos dos quais tivemos que reconhecer as responsabilidades diante de Deus, das vítimas e da opinião pública. Justamente por isso, a Igreja sente hoje um dever particularmente grave de se empenhar de modo sempre mais profundo para proteção dos menores e de sua dignidade”.

O Papa concluiu falando de quando os seus olhos cruzam o olhar de inúmeras crianças em suas audiências e viagens:

“Ser visto pelos olhos das crianças é um experiência que todos conhecemos e que nos toca profundamente no coração, e que nos obriga também a um exame de consciência. O que nós fazemos para que essas crianças possam nos olhar sorrindo?  O que fazemos para que esses olhos não sejam corrompidos por aquilo que encontrarão na rede? Trabalhemos portanto para ter sempre o direito, a coragem e a alegria de olhar nos olhos as crianças do mundo.” 

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LEV leva "A Teologia do Papa Francisco" para Feira do Livro de Frankfurt

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Cidade do Vaticano (RV) – A Livraria Editora Vaticana (LEV) estará presente na 71ª edição da Frankfurter Buchmess - a grande feira internacional de editoria que se realiza em Frankfurt, Alemanha, de 11 a 15 de outubro. No mesmo estande, também a presença dos Museus Vaticanos e da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

A LEV leva o melhor de sua mais recente produção e dos próximos lançamentos. Entre os volumes em preparação: “Um abbraccio di speranza”, de Edmondo Caruana e Lorenzo Tagliaferri, que apresenta uma coletânea das palavras do Papa Francisco dedicadas aos doentes, desde o início de seu pontificado.

Segue-se “Il cammino dela sperança”, o 15º volume da Coleção “As palavras do Papa Francisco”, que reúne as Catequeses das Audiências Gerais das quartas-feiras do Pontífice desde 1º de março até 27 de setembro de 2017.

E “Dal chiodo alla chiave. La teologia fondamentale di Papa Francesco”, de Michelina Tenace, que oferece uma contribuição de nove professores do Departamento de Teologia Fundamental da Pontifícia Universidade Gregoriana, que procuram responder à uma pergunta fundamental: “De qual teologia a Igreja tem necessidade?”.

E para a LEV, a pérola preciosa para esta edição da Feira internacional é justamente a coleção “La Teologia di Papa Francesco”, obra nascida com o objetivo de mostrar qual é a teologia subentendida nas palavras e nos gestos do Pontífice.

A coleção reúne 11 volumes, escritos em maneira cativante e capazes de mostrar com rigor e ao mesmo tempo simplicidade, as raízes profundas do pensamento e da ação do Papa Francisco.

O projeto editorial, coordenado por Roberto Repole, é enriquecido pela colaboração de teólogos de ponta do atual panorama eclesial, como Lucio Casula, Marinella Perroni, Peter Hünermann, Marko Ivan Rupnik, Aristide Fumagalli, Juan Carlos Scannone, Piero Coda, Santiago Madrigal Terrazas, Carlos Galli e Jürgen Werbick. (JE)

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Igreja no Mundo



Santa Sé e China devem ter relação de "tolerância", defende jesuíta chinês

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Cidade do Vaticano (RV) – “Atualmente está em andamento o diálogo entre a Santa Sé e o governo chinês: meus votos são de que a Santa Sé não desafie o governo com um ideal muito elevado ou irreal, o que nos forçaria a escolher entre a Igreja e o governo chinês”.

Foi o que afirmou ao Padre Antonio Spadaro o jesuíta chinês Joseph Shin, com 90 anos passados entre a China e Roma.

Na entrevista que abre a próxima edição da “Civiltà Cattolica”, o sacerdote que vive atualmente em Xangai revela os sentimentos dos católicos chineses e os problemas que a diplomacia deve enfrentar para manter um canal sempre aberto com Pequim, em vista da plena relação.

Entre os temas de interesse, a leitura que Padre Shih faz dos acontecimentos envolvendo o Bispo Ma Daquin, auxiliar de Xangai ordenado em 2012 com o aval do Papa, e hoje acusado de “colaboracionista” por alguns católicos.

“Embora esteja atualmente em prisão domiciliar – diz Padre Shih -  ele está tentando se aproximar de seu governo; faço votos de que a Santa Sé o apoie e o deixe tentar”.

“Sou otimista”, diz ele ao ser interpelado sobre o momento atual vivido pela comunidade católica na China. “Antes de tudo – explica - porque acredito em Deus”.

Perguntado sobre que tipo de relação deveria existir entre Santa Sé e China, respondeu: “A de oposição? Seria um suicídio! O acordo? Tampouco, porque a Igreja perderia a sua identidade. Assim, a única relação possível é a da recíproca tolerância. A tolerância é diferente do acordo. No acordo se cede algo ao outro, até o ponto que o outro fique satisfeito. A tolerância não cede, nem exige que o outro ceda”.

O convite ao otimismo da fé e à tolerância vai de encontro às afirmações feitas pelo Papa Francisco em diversas ocasiões sobre o diálogo, quer político como ecumênico e inter-religioso.

Para o jesuíta chinês, “é preciso ir além dos preconceitos e das aparências. Se não nos obstinarmos em nossos preconceitos e soubermos olhar para além das aparências, descobriremos que valores fundamentais do socialismo sonhados pelo governo chinês não são incompatíveis com o Evangelho em que acreditamos”.

“Poder-se-ia perguntar então: mas se a Santa Sé não se opõe ao governo, este último tolerará a Igreja na China? Podemos somente dizer – recorda o religioso – que a Igreja Católica na China existe e funciona. Isto significa que de uma forma ou outra, a tolerância já é vivida e experimentada”.

Como a Santa Sé e o governo chinês estão dialogando -  observa ainda Shin – “aqueles que se opõe, acentuando de modo exagerado e instrumental a diferença entre a ‘Igreja oficial’ e a ‘Igreja clandestina’, explorando este aspecto sem escrúpulos para impedir o processo em andamento”, não ajudam de fato, “a vida e a missão da Igreja na China”.

Desta forma Dom Ma Daqin, que nunca pode exercer o ministério episcopal pelas críticas feitas à Associação Patriótica em 2012 após a sua nomeação - e por isto está em prisão domiciliar desde então – hoje que tenta uma aproximação com o governo”, não trai suas convicções, nem se rende. (JE/Ansa)

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Como cristãos, devemos rezar continuamente pela paz na Síria, diz Custódio da Terra Santa

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Jerusalém (RV)- Ainda se combate na Síria, com muitos civis entre as vítimas. No últimos dois dias ao menos 130 deles morreram na região de Dayr az Zor - ainda controlada pelo Isis - durante um bombardeio da aviação russa e governamental.

O Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, retornou há poucos dias da Síria e relatou para a Rádio Vaticano o que viu:

“Vi uma melhoria na situação. Os nossos cristãos estão mais serenos neste momento, porque sentem que, provavelmente, o conflito esteja acabando. Esperam e rezam que acabe o mais rápido possível. Alguns sinais positivos são estes: por exemplo, agora começa a existir a eletricidade com maior frequência, se percebe também que existe o desejo de se começar a reconstruir. Algumas famílias – contou para mim o pároco – começam também a retornar. Penso que nós devemos continuar a apoiar todas as possíveis iniciativas de paz e penso que, como cristãos, antes de tudo, devemos nos esforçar para rezar constantemente”.

RV: Haveria algum encontro particularmente tocante que o senhor poderia nos relatar?

“Eu diria dois encontros muito breves vividos em Damasco. Um, com a abertura de uma pequena escola materna que foi reformada. Localiza-se precisamente junto ao Santuário da Conversão de São Paulo. Ver esta centena de crianças que faziam festa porque o ambiente onde eles a cada dia são acolhidos foi reformado, pintado, e poder fazer também um pouco de festa com eles, vê-los cantar, vê-los rezar juntos, é algo realmente tocante, porque aqueles que agora estão no maternal, são todas crianças nascidas durante estes anos de guerra, naturalmente. E o outro, o encontro com a paróquia dedicado à Conversão de São Paulo em Bab Touma: ver a igreja cheia de crianças e jovens - e não somente pessoas de idade adulta ou idosos, como acontece seguidamente quando se celebra na Itália - me fez tocar com as mão que existem sinais de esperança. Em uma comunidade reduzida, existem ainda crianças, jovens e também adultos que desejam fazer parte da Igreja, desejam comprometer-se na Igreja. Uma presença que deve ser sal e luz, porque quando se é em poucos, claramente é preciso ser extremamente significativos”.

RV: Entre outras coisas, também o Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira, falando de forma espontânea, quis expressar sua grande solidariedade pelos cristãos no Oriente Médio, elogiou aqueles que não abandonam o seu povo, a sua realidade, mesmo difícil...

“Certamente, a esperança é também que algum possa retornar às nossas comunidades para reavivá-las e para manter a continuidade também histórica com as primeiras comunidades cristãs, porque as comunidades cristãs que vivem em Israel, na Palestina e na Síria são de fato as comunidades cristãs mais antigas. Depois as comunidades cristãs da Síria - não esqueçamos disto - são aquelas de onde partiu a evangelização da Europa”.

RV: O Papa Francisco continuou a invocar o ius pacis, o direito à paz...

“É importante que o direito à paz seja reiterado um pouco em todas as áreas problemáticas, não somente do Oriente Médio, mas do mundo. Sabemos, porém, que para o Ius Pacis são necessários seguramente, homens de boa vontade ocupando os cargos de máxima responsabilidade”. (JE/AP)

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Atualidades



Exploração de menores na internet: problema global que requer solução global

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Roma (RV) - “A vida de cada criança é única, importante e preciosa, e cada criança tem direito à dignidade e à segurança. Hoje porém, a sociedade global está faltando profundamente no proteger as suas crianças. Milhões de menores são abusados e explorados nas formas mais trágicas e indescritíveis, em uma medida sem precedentes, em todo o mundo”.

Assim começa a “Declaração de Roma”, documento divulgado ao final do Congresso Global “A dignidade do menor no mundo digital”, que reuniu de 3 a 6 de outubro na Pontifícia Universidade Gregoriana, mais de 140 especialistas de diversas áreas, para debater a exploração de menores na internet.

Os participantes do encontro foram recebidos pelo Papa Francisco, no Vaticano, no final da manhã desta sexta-feira (6/10). Em seu longo discurso, o Pontífice definiu a vulnerabilidade dos menores na rede como um “problema novo e gravíssimo, característico do nosso tempo”.

Combater este “lado obscuro” no progresso tecnológico

A Declaração destaca que os progressos tecnológicos exponenciais estão mudando bem mais do que simplesmente “o que fazemos e como fazemos”, estão mudando “o que somos”.

Não obstante o impacto positivo desta mudança, existe “um lado obscuro” que está trazendo grandes males sociais, “capazes de ferir os membros mais vulneráveis da sociedade”.

Impacto deletério nas mentes maleáveis das crianças

Diariamente, “conteúdos cada vez mais extremos e desumanizantes estão literalmente ao alcance das crianças”. “Um grande número de imagens de abuso sexual de crianças e jovens  está disponível online e cresce sem cessar”.

Males aos quais as crianças ficam expostas, sofrendo “um deletério impacto em suas mentes maleáveis”.

Proteção dos menores: valor não negociável

Mesmo defendendo uma internet acessível a todos, o documento considera que isto deve comportar também “o reconhecimento do valor não negociável da proteção de todos os menores”.

Neste sentido, é feito um chamado para um trabalho conjunto que envolva a responsabilidade de todos, a fim de que “todos os menores tenham um acesso seguro à internet, para enriquecer a sua formação, a sua comunicação e as suas relações”.

Responsabilidade dos governos e empresas das novas tecnologias

Também são chamados em causa os governos e as empresas de novas tecnologias para assumirem um papel-chave nesta batalha, com o compromisso de realizar contínuas inovações que garantam uma melhor proteção dos menores.

Erradicação da violência contra menores

O documento destaca ainda as diversas iniciativas já existentes, fazendo particular referência ao “Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável 16.2” que pretende erradicar a violência contra as crianças até 2030, especialmente por meio da parceria global “End Violence Against Children”.

Problema global que requer solução global

“Trata-se de um problema – sublinha o texto – que não pode ser resolvido sozinho por uma nação, uma empresa ou uma religião. É um problema global que requer soluções globais”.

Apelo

Neste sentido, o documento lança um apelo em  14 pontos, dirigido  entre outros às autoridades civis e religiosas, governos, parlamentos, líderes de empresas tecnológicas, agências governamentais, forças de ordem, instituições médicas, para que se levantem em defesa da dignidade dos menores.

Nesta era da internet – conclui o texto -  o mundo enfrenta desafios sem precedentes para poder tutelar os direitos e a dignidade das crianças e protegê-las do abuso e da exploração. Estes desafios requerem um novo modo de pensar e novas abordagens, uma maior consciência em nível global e uma liderança inspirada. (JE)

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Menores na internet: pobreza no Brasil facilita exploração

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Cidade do Vaticano (RV) – A audiência com o Papa Francisco na manhã de sexta-feira (06/10) encerrou o Congresso Internacional “A dignidade do menor no mundo digital”, realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Entre os cerca de 300 participantes recebidos no Vaticano, estava também a juíza federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, titular da 35ª Vara Criminal da Seção Judiciária de Minas Gerais.

Em entrevista ao Programa Brasileiro, a juíza faz um balanço do Congresso e fala de um aspecto a mais que envolve os jovens brasileiros na rede: a vulnerabilidade social. Entre outros temas, a Dra. Lemos Fernandes comenta a importância da atuação dos pais na proteção dos filhos e o empenho do Papa Francisco neste campo como um catalisador global: 

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Papa recebe premier da Lituânia: acolhimento aos migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência esta sexta-feira (06/10), no Vaticano, o primeiro-ministro da Lituânia, Saulius Skavernelis, o qual, sucessivamente, encontrou-se com o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, e o subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri. 

Durante os cordiais colóquios foi manifestado apreço pelo bom estado das relações bilaterais e pela contribuição positiva da Igreja católica à sociedade lituana ao longo dos séculos, destaca um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Nesse contexto, foi mencionada a recente beatificação do Arcebispo Teófilo Matulionis. Em seguida, foram examinados alguns temas de interesse comum, como as perspectivas para o futuro desenvolvimento da integração europeia, a emigração dos jovens e o acolhimento aos migrantes, bem como a paz e a segurança a nível regional e internacional. (RL)

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Papa Francisco: oceanos são herança comum da família humana

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma Carta, assinada pelo secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, para a IV Conferência “O nosso oceano. Um oceano para a vida”, que se concluiu esta sexta-feira (06/10) em Malta. 

O documento foi entregue ao núncio Silvano Maria Tomasi, membro do dicastério vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral,  que participou dos trabalhos da Conferência.

Na Carta o Pontífice encoraja os esforços para enfrentar uma série de questões urgentes como o tráfico de seres humanos, a escravidão, as condições desumanas de trabalho na indústria da pesca e do transporte comercial, as oportunidades de desenvolvimento das comunidades costeiras e das famílias dos pescadores e a dramática situação das ilhas ameaçadas pela elevação do nível do mar.

Os oceanos são a herança comum da família humana – escreve o Papa. O cuidado com esta herança não pode deixar-nos ignorar a poluição dos oceanos com o plástico e o microplástico que entra na cadeia alimentar causando graves consequências para a saúde da vida marinha e do homem.

Retomando a Laudato si, o Papa Francisco afirma que não podemos ficar indiferentes diante do desaparecimento das barreiras coralinas – lugares privilegiados da biodiversidade marinha – “transformadas num cemitério submerso desprovido de cor e de vida”.

Francisco recorda que na natureza tudo está interligado e que os oceanos podem tornar-se um “recurso fundamental no combate à pobreza e às mudanças climáticas”, dois fenômenos estreitamente ligados entre si.

Em seguida, recorda a negligência do homem que se desfaz do lixo tóxico jogando-o nos oceanos e utiliza meios sofisticados para as extrações minerárias do fundo marinho.

Francisco conclui sua Mensagem retomando a Laudatos si. Os oceanos nos recordam a necessidade de educar a humanidade e o ambiente à comunhão e de formar os jovens a fim de que cuidem dos oceanos, bem como, ajudá-los a crescer no conhecimento e na contemplação de sua vastidão e grandeza. (RL/RP)

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“Presos na rede”: as dificuldades das famílias de pescadores

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Kaohsiung (RV) - De dia 1º a dia 7 de outubro, está sendo realizado em Kaohsiung, Taiwan, o XXIV Congresso do Apostolado do Mar, braço de pastoral da Igreja Católica para ir ao encontro dos marítimos e pescadores. 

Essa pastoral faz parte do novo  Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, criado pelo Papa Francisco. 

O tema do congresso é “presos na rede”, por ser dedicado à problemática da pesca e aos pescadores no mundo.

Na cerimônia de abertura fizeram uso da palavra o Presidente do Discastério, Cardeal Turkson, o vice-presidente de Taiwan, Chien Chien–jen, católico, e outras personalidades eclesiásticas, gente do governo local, e o Monsenhor Sladan Cosic, encarregado dos assuntos da Santa Sé no país, que leu a mensagem enviada pelo Papa Francisco.

Diversos especialistas e organismos internacionais e nacionais discorreram sobre os problemas dos pescadores a bordo de barcos de pesca em alto mar e dos dramas que os pescadores artesanais vivem por causa das intervenções predatórias na natureza da qual tiram o sustento para as suas famílias.

Mereceu destaque o assunto das famílias dos pescadores de alto mar que, na maior parte do ano, vivem sem a presença do esposo e pai, sobrecarregando as mulheres que, além de exercer seu papel de mães e esposas, devem assumir também aquelas dos esposos.

Transcorrendo o 97º. Ano de fundação do Apostolado do Mar no dia 4 de outubro, foi celebrada a missa de agradecimento na Catedral de Kaohsiung, seguida de uma apresentação cultural no salão onde os delegados de mais de 50 países estão participando do congresso.

Missionário Pe. Olmes Milani

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Pronunciamentos do Papa Francisco contra as armas nucleares

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Cidade do Vaticano (RV) - A organização internacional contra as armas nucleares “Ican” é a vencedora do Prêmio Nobel 2017. Em várias ocasiões o Papa Francisco pronunciou-se sobre a questão. Em 26 de setembro próximo passado, por ocasião do Dia Internacional da Onu para a eliminação total das armas nucleares, lançou um apelo com um tuíte:

“Comprometamo-nos por um mundo sem armas nucleares, aplicando o Tratado de não-proliferação para abolir estes instrumentos de morte.”

Em março passado, numa Mensagem aos participantes da Conferência da Onu para a aprovação de um Tratado sobre a proibição das armas nucleares, reiterou a urgência de se alcançar o objetivo de um mundo livre destas armas de destruição em massa.

“Devemos também perguntar-nos quanto possa ser sustentável um equilíbrio baseado no medo, quando este tende de fato a aumentar o medo e a minar as relações de confiança entre os povos.” “O objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário”, ressalta o Pontífice na referida Mensagem.

Em 7 de dezembro de 2014, Francisco enviou uma Mensagem para a Conferência de Viena, na Áustria, sobre o impacto humanitário das armas nucleares, explicando que “gastar em armas nucleares dilapida a riqueza das nações” e “quando tais recursos são dilapidados, os pobres e os fracos que vivem à margem da sociedade pagam o seu preço”.

Também em 25 de setembro de 2015, em seu discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York, e em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1º de janeiro de 2017 expressou-se contra as armas nucleares. (RL/SC)

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