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Sumario del 09/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: olhar de cima para baixo somente para ajudar o próximo a se levantar

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a missa matutina, nesta segunda-feira (09/10), na capela da Casa Santa Marta, na qual exortou a cuidar das pessoas feridas, conforme o Bom Samaritano, ajudar quem precisa a se levantar, como fez o próprio Jesus.

 
 

A reflexão nasce do Evangelho do dia em que Jesus conta a Parábola do Bom Samaritano que agiu de modo diferente do sacerdote e do levita. Ele para e socorre o homem ferido, espancado pelos assaltantes que o deixaram quase morto.
 
A Parábola do Bom Samaritano é a resposta que Jesus dá ao doutor da Lei que queria colocá-lo à prova, perguntando-lhe o que devia fazer para receber em herança a vida eterna. Jesus faz ele dizer o mandamento do amor a Deus e ao próximo, mas o doutor da Lei, que não sabia como sair da “pequena armadilha que Jesus lhe tinha feito”, perguntou-lhe: ‘Quem é o meu próximo?’ Então, Jesus respondeu com esta parábola.

Os personagens dessa narrativa são: os assaltantes, o homem ferido deixado quase morto, o sacerdote, o levita, o dono da pensão e o samaritano, um pagão que não fazia parte do povo judeu. Cristo sempre responde de “uma forma mais elevada”, evidenciou o Papa. Nesse caso, com uma parábola que pretende  explicar o seu próprio mistério, “o mistério de Jesus”. 

Os assaltantes foram-se embora felizes, pois tinham roubado dele “muitas coisas boas” e não se importaram com sua vida. O sacerdote, “que deveria ser o homem de Deus”, e o levita, que estava próximo à Lei, quando viram o homem ferido, quase morto, seguiram adiante pelo outro lado. O Papa descreveu essa atitude:

“Um comportamento habitual entre nós: olhar uma calamidade, olhar uma coisa feia e seguir adiante. Depois, ler sobre ela nos jornais, um pouco pintada de escândalo ou de sensacionalismo. Ao invés, esse pagão, pecador, que estava viajando, ‘viu e não seguiu adiante: sentiu compaixão’. O evangelista Lucas descreve bem: ‘Viu, sentiu compaixão, aproximou-se dele, não se distanciou, e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas’. Não o deixou ali: fiz a minha parte e vou-me embora. Não!”

Depois colocou o homem em seu próprio animal, levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, tendo os seus afazeres, pagou o dono da pensão para que cuidasse dele, dizendo-lhe que quando voltasse, pagaria o que tivesse gasto a mais. 

Este é o “mistério de Cristo” que “se fez servo, abaixou-se, aniquilou-se e morreu por nós”. Com este mistério, Jesus responde ao doutor da Lei que queria colocá-lo à prova. Jesus é o Bom Samaritano e convida aquele homem a fazer o mesmo. “Não é uma fábula para crianças”, disse Francisco aos fiéis presentes na Casa Santa Marta, mas “o mistério de Jesus Cristo”: 

“Olhando esta parábola, entenderemos profundamente, a amplitude do mistério de Jesus Cristo. O doutor da lei foi embora calado, cheio de vergonha, não entendeu. Não entendeu o mistério de Cristo. Talvez tenha compreendido aquele princípio humano que nos aproxima a entender o mistério de Cristo: que todo ser humano olhe outro ser humano de cima para baixo, somente quando deve ajudá-lo a se levantar. Se alguém faz isso está no bom caminho, está na estrada certa, rumo a Jesus.”

O Papa se referiu também ao dono da pensão que “não entendeu nada e ficou surpreso”, ficou admirado “pelo encontro com alguém que fazia coisas que nunca tinha ouvido falar”, disse o Pontífice, ou seja, a admiração do dono da pensão “é o encontro com Jesus”.

Francisco exortou a ler essa passagem do capítulo décimo do Evangelho de Lucas e a se perguntar: 

“O que eu faço? Sou um assaltante, enganador, corrupto? Sou um assaltante, ali? Sou um sacerdote que olha, vê e olha para o outro lado e segue adiante? Ou um líder católico que faz a mesma coisa? Ou sou um pecador? Uma pessoa que deve ser condenada pelos próprios pecados? Aproximo-me, cuido daquele que precisa? Como me comporto diante de tantas feridas, de tantas pessoas feridas com as quais me encontro todos os dias? Faço como Jesus? Assumo a forma de um servo? Nos fará bem esta reflexão, lendo e relendo essa passagem. Aqui se manifesta o mistério de Jesus Cristo, que sendo nós pecadores veio por nós, para nos curar e dar a vida por nós.”  

(MJ)

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Papa: garantir bons bispos para as Igrejas particulares

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (09/10), no Vaticano, os patriarcas e arcebispos maiores que participam da Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, iniciada esta segunda, por ocasião do centenário do dicastério e do Pontifício Instituto Oriental. 

“A solicitude por todas as Igrejas também se manifesta através da comunhão hierárquica com o Bispo de Roma, sucessor de São Pedro. O ser Bispo de Roma é o fundamento do ministério petrino, que é serviço de presidência à caridade e na caridade”, sublinhou Francisco.

O Papa disse estar “convencido de que é preciso impelir e valorizar na Igreja o vínculo que une a colegialidade ao primado petrino, a fim de exercer um ‘primado diaconal’, o de Servus servorum Dei”.

Dentre as tarefas do Sucessor de Pedro, como foi para a eleição do apóstolo Matias, “está a de garantir bons bispos para as Igrejas particulares espalhadas pelo mundo. "Peço-lhes para que colaborem nesse serviço tão importante a fim de encontrar homens adequados para esse ministério”, concluiu o Papa.

(MJ) 

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Papa recebe presidente da Alemanha: acolhimento e solidariedade

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (09/10), no Vaticano, o Presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Logo em seguida, o líder alemão entrevistou-se com o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher. 

A situação econômica e religiosa na Europa e no mundo, com referência particular ao fenômeno das migrações e à promoção de uma cultura de acolhimento e de solidariedade foram algumas das questões de interesse comum que nortearam o encontro, informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Durante os cordiais colóquios foi também expressa satisfação pelas boas relações e a profícua colaboração entre a Santa Sé e a Alemanha e entre a Igreja e as instituições do país. Foi igualmente manifestado apreço pelo positivo diálogo inter-religioso e ecumênico, em particular entre católicos e protestantes por ocasião da celebração do quinto centenário da reforma luterana.

Após o encontro com o Santo Padre o presidente alemão teve um encontro com os jornalistas aos quais fez a seguinte declaração:

Frank-Walter Steinmeier:- “Fiquei realmente impressionado. Impressionado com a sua pessoa, seu modo tão aberto de conduzir o diálogo, impressionado também com suas posições. Falamos, naturalmente, sobre a situação na Alemanha após as eleições: o Papa está bem informado sobre os resultados eleitorais, e a pergunta acerca dos efeitos sobre a Alemanha, sobre o papel da Alemanha no mundo, em particular, a questão dos refugiados e da migração ocuparam amplo espaço em nosso encontro, em nossa troca de ideias. O Pontífice manifestou sua apreciação frente ao modo em que a Alemanha assumiu sua responsabilidade na grande crise dos refugiados e expressou sua esperança de que a Alemanha não dê as costas a um problema que ainda continuará presente. Em particular, a África encontra-se entre suas preocupações e ele faz votos de que a Alemanha possa contribuir no sentido de que a solidariedade europeia nos leve a fazer mais para levar o desenvolvimento àquelas regiões da África das quais provém hoje a maior parte dos refugiados. Nesse contexto, o Papa Francisco recordou também que as mudanças climáticas e as destruições ambientais levaram a uma nova dinâmica no movimento dos refugiados; expressou também sua preocupação no sentido de que o Tratado de Paris sobre o clima possa ser mantido. Fez referência a seu esforço para buscar convencer também os EUA e o próprio presidente a não fazer nada que possa favorecer uma erosão daqueles acordos alcançados com tanta dificuldade. Falamos também sobre o papel das Igrejas e das religiões nos conflitos internacionais. De minha parte, disse que espero fortemente que as comunidades religiosas, e com elas o próprio Pontífice, mobilizem suas forças no sentido de contribuir para desativar os muitos conflitos ainda irresolutos que nos circundam e, quem sabe, propor também soluções que até o momento são inexistentes.” (RL)

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100 anos da Congregação para as Igrejas Orientais reúne Patriarcas com o Papa em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) -  "100 anos da Congregação para as Igrejas Orientais e 25 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais" é o tema da sessão plenária deste dicastério vaticano que tem início esta segunda-feira e se estenderá até o dia 12, reunindo no Palácio Apostólico, no Vaticano, Patriarcas, Arcebispos Maiores, Metropolitas sui iuris, 17 Cardeais, além de arcebispos e bispos membros do dicastério.

Territórios de origem e diáspora

A vida das Igrejas Orientais Católicas se desenvolve sobretudo nos respectivos territórios de origem: Síria, Iraque, Egito, Turquia, Líbano, Jordânia, Ucrânia, Armênia, Etiópia, Eritreia. Países cuja realidade remete à provações e sofrimentos para estas comunidades, provocadas por guerras e violências, mas também pelo desafio da pobreza, da carestia e dos fenômenos migratórios.

Por outro lado, os territórios de antiga ou recente emigração, conhecida como "diáspora",  apresentam o problema da acolhida, da adequada assistência pastoral, no preservar seu precioso patrimônio teológico, litúrgico, espiritual e disciplinar que os filhos e filhas do Oriente Católico levam consigo.

Temas da plenária

O caminho percorrido pela Congregação para as Igrejas Orientais ao longo destes cem anos, com a aquisição da consciência no seio da Igreja Católica de uma identidade "unida e plural será o fio condutor das reflexões destes dias.

Mas em particular, se falará também sobre o discernimento que leva à eleição dos candidatos ao episcopado, a gestão dos bens temporais, as novas figuras jurídicas para o cuidado pastoral dos fiéis, a missão ecumênica das Igrejas Orientais Católicas, a identidade dos presbíteros e os trabalhos da Comissão Litúrgica retomados pelo Papa Francisco em setembro de 2015.

Encontro reservado do Papa com Patriarcas

Esta segunda-feira, às 12 horas, o Santo Padre renovou o amável gesto de um encontro reservado  com os Patriarcas e Arcebispos Maiores, como já o havia feito em novembro de 2013, no sulco de seus predecessores. Um momento de escuta e partilha, no estilo que caracterizou as recentes visitas ad Limina.

Audiência Geral

Na quarta-feira, dia 11, os membros da Plenária e os Oficiais sacerdotes e leigos do dicastério participarão da Audiência Geral na Praça São Pedro.

Papa na comemoração conjunta com Pontifício Instituto Oriental

Na quinta-feira haverá por sua vez uma solene comemoração conjunta do centenário da Congregação para as Igrejas Orientais e do Pontifício Instituto Oriental (PIO).

O programa prevê um primeiro momento reservado, com a visita do Santo Padre ao Pontifício Instituto Oriental, onde será acolhido pelos Superiores do Dicastério, pelos Patriarcas, Superiores Maiores e Metropolitas sui iuris, pelo Prepósito Geral da Companhia de Jesus, pelo Padre Delegado para as Casas em Roma, pelo Reitor, docentes, estudantes, funcionários e benfeitores do PIO.

O Santo Padre seguirá depois com um grupo mais restrito até o pátio, onde abençoará uma árvore plantada por ocasião do centenário.

Após dirige-se à Aula Magna onde saudará os benfeitores do PIO e o pessoal não docente, após ter entregue ao Grande Chanceler a Carta Apostólica enviada por ocasião da comemoração centenária. O Papa inaugurará a pintura doada pelo artista Paul Mullay e então encontrará de forma reservada a comunidade dos jesuítas do PIO.

Celebração com o Papa na Basílica Santa Maria Maior

A seguir, por volta das 10h15, a Solene Celebração Eucarística do centenário na Basílica papal de Santa Maria Maior.

A animação litúrgica e os cantos estarão aos cuidados dos Colégios Orientais da cidade de Roma, sob a coordenação do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice e com a colaboração da Capela Musical Pontifícia. Os eventos da parte da manhã serão transmitidos pelo Centro Televisivo Vaticano.

Terminada a celebração litúrgica, o Santo Padre retorna ao Vaticano, enquanto no Pontifício Instituto Oriental será feita a leitura da Carta Pontifícia e será declarado aberto o Ano Acadêmico.

Emissão filatélica comemorativa

Por ocasião do Centenário da Congregação, o Departamento Filatélico e Numismático do Estado da Cidade do Vaticano emitiu um selo comemorativo.

O dicastério, por sua vez, vai publicar um Anuário em edição especial, que será distribuído aos membros da plenária, que também receberão a edição digital da nova edição da importante obra "O Oriente Católico", que será publicado em novembro. (JE)

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Papa canonizará Protomártires brasileiros e mexicanos no domingo

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Cidade do Vaticano (RV) – Esta é uma semana especial para os brasileiros, pois no dia 12 são celebrados os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul (RS) e no domingo, dia 15,o Papa Francisco canonizará os mártires de Cunhaú e Uruaçu.

No Vaticano, também serão canonizados na mesma data Cristóbal, Antonio e Juan, mortos por ódio à fé em 1527 e 1529, e considerados os Protomártires do México e de todo o continente americano.

Serão canonizados ainda o sacerdote espanhol Faustino Míguez, fundador do Instituto Calasanzio, Filhas da Divina da Divina Pastora,  e o Frade Menor Capuchinho italiano Angelo d’Acri.

Os Protomártires brasileiros e o martírio

A evangelização no Rio Grande do Norte foi iniciada em 1597 por missionários jesuítas e sacerdotes diocesanos, originários do reino católico de Portugal. Nas décadas seguintes, a chegada dos holandeses, de religião calvinista, provocou a restrição da liberdade de culto para os católicos que, a partir daquele momento, foram perseguidos. É neste contexto que se verifica o martírio dos Beatos, em dois episódios distintos.

O primeiro acontece em 16 de julho de 1645, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú. Decorria a Missa dominical celebrada pelo pároco, Padre André de Soveral, quando um grupo de soldados holandeses, com índios ao seu séquito, fez irrupção no lugar sagrado e massacrou os féis inermes.

O segundo episódio remonta a 3 de outubro do mesmo ano. Terrorizados pelo sucedido, os católicos de Natal procuraram pôr-se a salvo em abrigos improvisados, mas em vão. Feitos prisioneiros, juntamente com o seu pároco, o Padre Ambrósio Francisco Ferro, foram levados para perto de Uruaçu, onde os esperavam soldados holandeses e cerca de duzentos índios, cheios de aversão contra os católicos. Os féis e o seu pároco foram horrivelmente torturados e deixados morrer entre bárbaras mutilações.

Do numeroso grupo de féis assassinados, conseguiu-se identificar com certeza apenas trinta. São eles: P. André de Soveral e Domingos Carvalho, mortos em Cunhaú; P. Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela, o jovem, e sua filha, José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, João Lostão Navarro, Antônio Vilela Cid, Estêvão Machado de Miranda e duas filhas, Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, Antônio Ba - racho, João Martins e sete companheiros, Manuel Rodrigues Moura e sua esposa, uma filha de Francisco Dias, o jovem, mortos em Uruaçu.

Os Padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e 27 companheiros leigos foram beatificados pelo Papa João Paulo II, no dia 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro. Agora, serão os primeiros Santos mártires do Brasil.

Brasileiros e as celebrações em Roma

Mais de 400 potiguares embarcarão para Roma esta semana para participar da celebração na Praça São Pedro, que terá início às 10 horas, horário italiano (6 horas da manhã, horário brasileiro).

O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; o Arcebispo emérito, Dom Heitor de Araújo Sales, outros bispos do Brasil e vários sacerdotes da Arquidiocese de Natal também participarão da celebração.

Além da canonização no dia 15, serão realizadas outras duas celebrações em Roma.  No dia 14, às 17 horas, serão celebradas as Vésperas Solenes na capela do Pontifício Colégio Pio Brasileiro.

No dia 16, às 11 horas, no altar da Cátedra de São Pedro, na Basílica Vaticana, será celebrada missa em ação de graças, presidida pelo Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

(RV/Arquidiocese de Natal)

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Igreja no Brasil



Dom Wilmar Santin: "Igreja dá esperança aos povos indígenas"

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Itaituba (RV) – Povos indígenas da Bacia do Tapajós: Munduruku, Munduruku Cara Preta, Arapiun, Tupinambá, Sateré-Mawé, Manoki, Myky, Apiaka, Rikibaktsa, Kayabi, Arara Vermelha, Tupaiú, Borari, Juruna, Comunidade de São Luiz do Tapajós, Comunidade de São Francisco-Periquito, Movimento Tapajós Vivo, Franciscanos OFM, Membros da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), da Prelazia de Itaituba, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra/Prelazia de Itaituba (CPT), se reuniram de 06 a 08 de outubro no Centro de Formação São José Laranjal, em Itaituba, estado do Pará, para discutir estratégias e resistência na Bacia do Tapajós e ampliar as alianças na Pan-Amazônia.

Francisco (Chico) Loebens, membro do Cimi, Conselho Indigenista Missionário, entrevistado por Osnilda Lima, assessora de imprensa da Repam, explica os objetivos do encontro: aprofundar o diálogo entre os povos indígenas e ribeirinhos com a Igreja local, identificando estratégias de articulação e mobilização para construir juntos uma aliança e uma agenda em defesa da vida no Vale do Tapajós e na região.

A multiplicação dos projetos de construção de rodovias e hidrelétricas tem afetado diretamente a sobrevivência dos povos que vivem às beiras do Tapajós. O bispo de Itaituba, Dom Wilmar Santin, cita o exemplo de 2 povos indígenas que “sem a ajuda da Igreja, já teriam desaparecido, extintos”.  

E ainda trazemos o testemunho de Tipuici Manoki, jovem liderança do povo Manoki.  

Ouça a reportagem completa aqui: 

O encontro terminou com a publicação de uma carta

Aqui, um video promocional Repam:

(cm)

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Igreja no Mundo



Bispos EUA saúdam reconhecimento à objeção de consciência ao Obamacare

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Washington (RV) - “Um retorno ao bom senso, a uma prática federal antiga e à convivência pacífica entre Igreja e Estado.” Os bispos estadunidenses saúdam com satisfação o anúncio da Administração Trump, de 6 de outubro, da introdução de uma ampla “isenção moral e religiosa” das obrigações de asseguração previstas pelo Obamacare, a reforma da saúde feita pelo Presidente Obama.

Após uma longa queda-de-braço que envolveu também o Supremo Tribunal Federal (Corte Suprema), as entidades e as organizações confessionais não serão mais obrigadas a subscrever planos de saúde para seus funcionários que preveem também o reembolso de assistências abortivas e contraceptivas, indo desse modo contra seus princípios éticos.

Anomalia normativa que jamais deveria ter existido e que não deve repetir-se

Para os bispos a medida anunciada não é uma inovação, mas “corrige uma anomalia normativa que jamais deveria ter existido e que não deve repetir-se”. Nesse sentido, se expressa uma nota assinada pelo arcebispo de Galveston-Houston e presidente da Conferência episcopal estadunidense (Usccb), Cardeal Daniel Nicholas DiNardo, e pelo arcebispo de Baltimor e presidente da Comissão episcopal para a liberdade religiosa, Dom William E. Lori.

Nova medida é boa notícia para todos

A nota ressalta que a nova medida é uma boa notícia não somente para as organizações envolvidas, mas para todos os estadunidenses: “Uma medida coercitiva de um governo que obriga as pessoas a fazer uma escolha impossível entre a objeção à própria consciência e a obediência ao chamado a servir aos pobres é prejudicial não somente para os católicos, mas para o bem comum. A liberdade religiosa é um direito fundamental para todos e quando é ameaçada para alguns, é ameaçada para todos”, acrescenta. (RL/L’Osservatore Romano)

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Sínodo dos Jovens do Principado de Mônaco em dezembro

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Cidade de Mônaco (RV) - "Contentar-se em querer repetir o passado ou de dizer "sempre fizemos assim", não é o melhor modo para evangelizar o mundo de hoje", adverte o Arcebispo de Mônaco, Dom Bernard Barsi, no editorial da revista da Diocese.

"Energia nova para ser uma Igreja alegre, missionária e irradiadora da própria fé" são os votos do Arcebispo, enquanto todas as paróquias, os serviços diocesanos e as capelanias estão empenhados em redigir  um "projeto pastoral missionário" para os próximos anos.

Na vida pastoral em andamento ocupa lugar de destaque a preparação para o próximo Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens.

Neste sentido, Mônaco decidiu preparar-se para o encontro "fazendo uma reflexão sobre a juventude no Principado, por meio de um Sínodo dos jovens, que terá lugar no próximo dia 3 de dezembro em Mônaco".

Em setembro foi lançado um site que, entre outros, traz o questionário do Sínodo. Em outubro, serão recolhidas as respostas e o Serviço Diocesano para os Jovens começará a elaboração das respostas para apresentar um relatório sobre as "expectativas dos jovens".

E em dezembro, o grande encontro do Sínodo dos Jovens no Principado, durante o qual, entre outros, serão apresentadas as propostas concretas elaboradas com base nas respostas ao questionário. (JE)

 

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Santuário de Emaús: nasce fraternidade entre os filhos espirituais de São Francisco

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Jerusalém (RV) - Segundo a narrativa dos Evangelhos, os discípulos de Emaús eram incapazes de reconhecer a ressurreição de Jesus, mas o Senhor os acompanhou no caminho para dar novamente a eles a esperança e tornar os seus olhos capazes de reconhecê-lo ao partir o pão.

"É o que pode acontecer a nós se o convidarmos para estar conosco", sublinhou o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, ao explicar o significado do nascimento - justamente em Emmaus Al-Qubeibeh, a poucos quilômetros de Jerusalém - de uma fraternidade  "interobediential" entre os filhos espirituais de São Francisco.

Formada por frades menores e menores conventuais, a nova comunidade foi apresentada nos dias passados - como informa o site da Custódia da Terra Santa - durante uma missa celebrada na festa de São Simão e Cleófas, os dois discípulos de Emaús.

Padre Patton explicou durante a homilia o particular significado adquirido em 2017 pela festa dos dois discípulos, pois marca os 150 anos da presença franciscana em Emaús. Uma recorrência que deu impulso ao nascimento desta nova fraternidade, que se dedicará sobretudo à acolhida dos freis que quiserem passar juntos no Santuário um período de oração, reflexão e formação.

"Trata-se sobretudo - acrescentou - de um testemunho de comunhão, depois de 150 anos daquele evento doloroso que foi a divisão da nossa Ordem em 1517. Será uma graça para os frades que virão aqui, se entrarem no espírito deste lugar, se entrarem no espírito dos discípulos de Emaús".

A mesma visão é compartilhada pelo Vigário Geral dos Frades menores conventuais, Padre Jerzy Norel, ao obser que "a comunidade de Emaús nasce no signo da comunhão franciscana: viver juntos, habitar a mesma terra, acolher os outros para que vivam a comunhão".

Também o Vigário Geral dos Frades menores, Padre Júlio César Bunader, falou da nova fraternidade, inserindo-a em uma nova perspectiva: "Há 500 anos do aniversário da Bula Ite vos, queríamos dar passos juntos, em nível de vida, fraternidade e missão".

Grande alegria foi expressa ainda pelo guardião da fraternidade de Emaús, Padre Salem: "Como dizia São Francisco, cada frei é um dom do Senhor. Assim para nós, os frades que virão para habitar no convento são um dom".

(JE - L'Osservatore Romano)

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Fátima: Peregrinação Aniversária vai contar com projeção multimédia «Fátima-Tempo de Luz»

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Fátima (RV) – A próxima Peregrinação Internacional Aniversária no Santuário de Fátima, em Portugal, nos dias 12 e 13 de outubro, vai ser presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e inclui um programa cultural adicional e encerra as comemorações do centenário. 

Conforme comunicado enviado no último sábado à Agência Ecclesia, para última grande Peregrinação Internacional Aniversária do Centenário, sob o tema “Maria Estrela da Evangelização”, o santuário preparou um programa cultural adicional para acolher os peregrinos.

“A projeção multimédia, “Fátima-Tempo de Luz”, produzida pela empresa espanhola Acciona Producciones y Design, pode ser vista na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima nas noites de 12, 13 e 14 de outubro, e combina mapeamento de projeção, efeitos de iluminação e trilha sonora original”.

A projeção é idealizada a partir da experiência de milhares de peregrinos que todos os anos visitam o Santuário e é composta por sete cenas: “O reflexo da luz de Deus”; “O Coração de Maria, imaculado e triunfante, conduz até Deus “; “A Igreja canta a Mensagem de Fátima”; “Os caminhos dos peregrinos”; “Em Fátima ouvimos uma mensagem de paz para o mundo”; “Em Fátima celebramos o Deus que está próximo do ser humano” e “Em Fátima iluminamos o nosso coração”.

No dia 13 de outubro acontece a Solene de Encerramento das Celebrações do Centenário das Aparições que vai contar com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto.

A sessão citada integra ainda um concerto realizado pela Orquestra e pelo Coro Gulbenkian, dirigidos por Joana Carneiro que no seu alinhamento vai apresentar duas obras encomendadas aos compositores James MacMillan e Eurico Carrapatoso: The Sun Danced e Salve Regina, respetivamente.

O Concerto terá também transmissão AO VIVO para o Recinto de Oração para que todos os peregrinos possam usufruir de mais este momento musical.

Este singular concerto conta, ainda, com a participação da soprano Elisabete Matos.

Por questões de ordem logística o Santuário de Fátima já informou que, entre as 9h00 do dia 12 de outubro, e durante todo o dia 13, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima estará encerrada, ficando impossibilitada a habitual visita aos túmulos dos pastorinhos. Nesse dia também não será feita a recitação do Rosário, às 18h30, na Capelinha das Aparições.

(Agência Ecclesia)

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Bispos australianos: urge desenvolver economia inclusiva e sustentável

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Sydney (RV) - “Uma questão que diz respeito a todos: desenvolver uma economia inclusiva e sustentável”, assim se intitula o novo relatório da Comissão “Justiça e Paz” dos bispos católicos australianos que constitui o tema norteador da reflexão para este ano 2017-2018.

Partindo de uma passagem do Evangelho segundo Mateus (Mt 20,1-16), os bispos se dizem preocupados com a crescente desigualdade e, sobretudo, com a situação dos mais vulneráveis.

Sistema econômico que traga benefícios e bem-estar para todos

O texto pede o retorno a uma maior “inclusão” e faz votos de “uma nova abordagem”, capaz de construir um sistema econômico que traga benefícios e bem-estar para todos, não somente para as elites ricas.

Os bispos indicam alguns critérios fundamentais a fim de que o sistema econômico seja mais inclusivo: é preciso partir da consideração de que as pessoas e a natureza não são “simples instrumentos de produção”, passando pela urgência de tomar consciência de que “o crescimento econômico sozinho não pode assegurar um desenvolvimento global e sustentável”.

Princípio da equidade social nas dinâmicas econômicas

Os bispos ressaltam que no coração das dinâmicas econômicas deve residir “o princípio da equidade social”, ao mesmo tempo, “as empresas devem beneficiar toda a sociedade, não somente os acionistas”.

Ademais, é preciso ter a peito, no processo das decisões políticas, fenômenos como “a exclusão e a vulnerabilidade”. Em tudo isso, faz-se referência também à natureza, mediante a urgência de sensibilizar o aumento da tomada de consciência sobre a necessidade de práticas econômicas e produtivas sustentáveis.

Modelo econômico deixou três milhões de australianos na pobreza

“Essa reflexão chega num momento crítico em que a Austrália, após ter experimentado ao longo período de 25 anos um crescimento econômico ininterrupto, se dá conta de que quase três milhões de australianos, entre os quais 730 mil crianças, vivem na pobreza. Como pessoas de fé, somos pessoas de esperança e somos também chamados a ser pessoas de ação”, disse o responsável do Setor “Justiça, ecologia e desenvolvimento”, do Conselho católico australiano para a justiça social.

Neoliberalismo promoveu profunda desigualdade

“O racionalismo econômico que seguimos nos últimos 40 anos corroeu esses ideais e criou uma economia altamente individualista que favorece aqueles que têm disponibilidade de recursos e de influência política. O neoliberalismo promoveu uma profunda desigualdade”, observa um comentário do fórum dos Redentoristas australianos, recordando os alarmantes fenômenos sociais como emprego pouco retribuído e inseguro, e um número cada vez maior de sem-teto e de aborígenes no limiar da pobreza.

“Deveriam ser levadas em consideração medidas como a extensão das pensões para as viúvas e os desempregados, bem como o desenvolvimento de medidas fiscais segundo o critério progressivo”, acrescenta.

Inspirar políticas que permitam superar exclusão social

O texto dos bispos desafia todos os australianos, dos líderes políticos a todos os cidadãos, a reencontrar aquela “sensibilidade igualitária” que inspire políticas de justiça social e permita superar a exclusão social.

O texto, lançado e difundido no último domingo de setembro (chamado na Austrália o “Dia da justiça social”), foi dado para ser lido e estudado em todas as dioceses e comunidades, a fim de dar início a um percurso de debate e reflexão que se auspicia se torne fecundo de propostas e projetos. (RL/Fides)

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Formação



Pe. Zezinho em caminho com os jovens para o Sínodo dos Bispos

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Cidade do Vaticano (RV) – A partir desta segunda-feira (9), começamos a construir juntos o percurso que nos levará ao Sínodo dos Bispos de outubro de 2018, de tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Para nos ajudar nesta preparação, contaremos com reflexões semanais de Padre Zezinho, profundo conhecedor e atuante no mundo juvenil com a publicação de livros e CDs, que nos conduzirá inclusive a seguir o pedido do “mestre de comunicação”, o Papa Francisco, feito na última quarta-feira (4), durante a Audiência Geral no Vaticano, quando disse: “a Igreja quer colocar-se à escuta da voz, da sensibilidade, da fé e também das dúvidas e críticas dos jovens”. 

Pe. Zezinho - “O Brasil, nas suas dioceses, começa a preocupar-se com o ano dedicado à juventude, o Sínodo dos Jovens. Aqui e acolá, os grupos se organizam, os bispos incentivam e, a partir deste fim de ano, os grupos jovens começam a responder os inquéritos sobre como vai a situação da juventude nas suas dioceses, nas suas cidades e, também, nas suas escolas. Será um jeito, de fato, escutar e auscultar o jovem brasileiro. Evidentemente vai demorar uma resposta, mas, o interessante é que os jovens estão muito encantados, sobretudo, porque ouviram – eu conversei com eles também, depois que eu voltei de Roma, a proposta do Santo Padre de que, nós, especialistas, não devamos dizer muito.”

O Pe. Zezinho (José Fernandes de Oliveira, SCJ) esteve em Roma para o Seminário Internacional sobre a condição do mundo juvenil, no final do mês de setembro. Na semana em que ficou na Itália, completou 51 anos de ordenação sacerdotal em missa presidida pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta, no Vaticano.

Discípulo do sociólogo Padre Dehon, Pe. Zezinho é professor, escritor e músico (um dos pioneiros da música cristã), e já usou inclusive do teatro como meio de evangelização. Atualmente, depois de se recuperar de problemas importantes de saúde, também é ativo no ambiente digital e seguido por milhares de followers nas redes sociais com o mesmo propósito evangelizador.

Com essa motivação, as reflexões semanais do Pe. Zezinho sobre a vida juvenil serão divulgadas por diferentes plataformas da redação brasileira da Secretaria para a Comunicação do Vaticano: os podcasts, vídeos e transcrições do material serão veiculados pela internet nos espaços do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano no Facebook e no Youtube, além do canal de transmissão on line pelo Whatsapp. O ambiente será de contínua colaboração para estimular o pensamento criativo e coletivo ao partilhar diferentes temas que envolvem a juventude, seus desafios, histórias e conquistas.

Uma iniciativa que se desenvolve paralelamente às intenções do Papa Francisco ao anunciar uma reunião pré-sinodal para o período de 19 a 24 de março de 2018. Segundo a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, a convocação de jovens do mundo inteiro para o encontro na Itália irá permitir que a juventude expresse suas expectativas e desejos, incertezas e preocupações nas complexas situações do mundo de hoje. Jovens católicos, de outras confissões cristãs e religiões, e também jovens não crentes, estão convidados a participar do encontro. (AC)

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Diocese de Viana: ser no mundo sinal de Deus junto aos excluídos

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, a edição de hoje do quadro “O Brasil na Missão Continental” dá continuidade à precedente, na qual o bispo da Diocese de Viana, Dom Sebastião Lima Duarte, traçou-nos um quadro desta circunscrição trazendo-nos um pouco da realidade eclesial desta Igreja particular do Maranhão. 

Tendo destacado a missão como eixo principal de toda sua ação evangelizadora, nesta edição nosso convidado apresenta as cinco grandes urgências da Igreja no Brasil transformadas em prioridades em sua diocese: Missão, Casa de Iniciação Cristã, Animação Bíblica, Dimensão comunitária e, por fim, a Dimensão sócio-transformadora.

“A gente tem se esforçado para ser uma presença no mundo junto aos sofredores, aos excluídos, procurando ser um sinal de Deus também nessa realidade”, ressalta nosso convidado ao ater-se à dimensão sócio-transformadora, dando, na ação evangelizadora, destaque também para as “Santas missões populares” e a atuação da “Legião de Maria”, um marco importante na Diocese de Viana. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Emergência humanitária em Bangladesh: mais de 500 mil rohingya fogem de Mianmar

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Daca (RV) – Desde 25 de agosto mais de 500 mil Rohingya atravessaram a fronteira com Bangladesh em direção à Cox’s Bazar, “uma tragédia humana com uma dimensão, uma complexidade e uma rapidez chocantes”, diz o Diretor Geral do UNICEF, Anthony Lake.

“As pessoas chegam amedrontadas, exaustas e famintas e com uma necessidade desesperada de ajuda imediata: de um abrigo, comida, água e serviços higiênicos. Eles trazem consigo histórias terríveis daquilo que viveram e sofreram, histórias de crianças assassinadas, mulheres maltratadas e povoados destruídos”, relatou Anthony Lake após retornar de Bangladesh.

O território total ocupado atualmente pelos refugiados é de 9,6 milhões de metros quadrados, equivalente a 889 campos de futebol.

Cerca de 60% das novas chegadas são de crianças, sendo  30% delas com menos de cinco anos. 7% são crianças com menos de 1 ano. 3% dos refugiados chegados recentemente são mulheres grávidas e 7% em fase de amamentação.

Um em cada cinco “chefes” de uma família refugiada é uma mulher, e em 5% dos casos uma criança.

90% dos migrantes chegados recentemente declaram fazer somente uma refeição ao dia. As taxas de segurança alimentar e má-nutrição já eram preocupantes ainda antes do fluxo  de migrantes.

No campo de refugiados de Balukhali, as taxas já eram superiores ao nível de emergência. Estima-se que uma criança a cada cinco sofra de má-nutrição aguda.

Foram identificadas e foi fornecido apoio a mais de 1.600 crianças desacompanhadas e separadas.

Este quadro fez o Diretor Geral do UNICEF, Anthony Lake e o Coordenador para as Ajudas de Emergência e Sub-Secretário das Nações Unidas para as Questões Humanitárias, Mark Lowcock, deixarem Bangladesh “tocados pelas histórias de sofrimento” que ouviram dos refugiados que fogem das violências em Myanmar e “ainda mais determinados a não medir esforços para que as Nações Unidas façam todo o possível para ajudar o governo de Bangladesh a enfrentar esta crise”.

O governo e a população de Bangladesh tem demonstrado um espírito de generosidade, abrindo as fronteiras do país e implementando ações voltadas a fornecer ajuda aos refugiados.

Para os responsáveis pelos organismos da ONU,  os bengaleses “deram ao mundo um exemplo de humanidade”, mas as necessidades estão crescendo em um ritmo mais veloz em relação às nossas capacidades.

Como os refugiados Rohingya vivem em barracas de bambu e plástico e sem nenhuma condição higiênica, aumenta sempre mais o risco de epidemias.

Estradas em condições precárias limitando o acesso à população de refugiados espalhada pelo território, as milhares de pessoas ainda em movimento e a falta de terras para montar abrigos e infraestruturas, são ulteriores impedimentos para a chegada das ajudas.

As Nações Unidas estimam ser necessários ao menos 430 milhões de dólares para ampliar as operações de apoio aos refugiados e às comunidades que os acolhem.

Anthony Lake lamenta que “esta terrível situação não acabou, pois as pessoas ainda estão atravessando a fronteira entre Myanmar e Bangladesh, fugindo para salvar a própria vida e necessitando de um apoio imediato”.

“Pedimos mais uma vez às autoridades de Myanmar – foi seu apelo – que permitam a plena retomada das ações humanitárias em todo o Estado de Rakhine e continuaremos a apoiar a criação de condições que permitam às pessoas retornarem para casa de modo seguro e voluntário”. (JE)

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