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Sumario del 10/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Um coração rígido não entende a misericórdia de Deus"

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Cidade do Vaticano (RV) – Pelo segundo dia consecutivo, a Liturgia nos faz refletir sobre o Livro de Jonas e a misericórdia de Deus que abre nossos corações, saindo vitoriosa. Assim o Papa resumiu a leitura do dia na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, nesta terça-feira (10/10). 

Francisco definiu o profeta “um teimoso que queria ensinar a Deus como se fazem as coisas”.

O Senhor pede a Jonas que converta a cidade de Nínive: na primeira vez, o profeta foge, se recusando a fazê-lo; na segunda o faz, com sucesso, mas – observou Francisco – fica “indignado”, “enraivado” diante do perdão que o Senhor concede às pessoas que abriram o coração e se mostraram arrependidas. Jonas – disse o Papa – era um “teimoso, intransigente”, tinha a alma “rígida”:

“Os teimosos de alma, rígidos, não entendem o que é a misericórdia de Deus. São como Jonas: ‘Devemos pregar isso, estes devem ser punidos porque fizeram o mal e que vão para o inferno...’. Os rígidos não sabem abrir o coração como o Senhor. Os rígidos são covardes, têm um coração fechado, apegados à justiça pura. E se esquecem que a justiça de Deus se fez carne em seu filho; se fez misericórdia, se fez perdão; que o coração de Deus está sempre aberto ao perdão”.

E o que os teimosos se esquecem – acrescentou Francisco – é precisamente que “a onipotência de Deus se expressa principalmente em sua misericórdia e no perdão”.

“Não é fácil entender a misericórdia de Deus, não é fácil. É preciso tanta oração para compreendê-la porque é uma graça; nós estamos acostumados com a justiça: ‘você me fez isso, agora paga’; mas Jesus pagou por nós e continua a pagar”.

Deus – voltou a repetir o Papa referindo-se ao episódio de Jonas – poderia ter abandonado o profeta à sua teimosia e à sua rigidez, mas foi conversar com ele e convencê-lo, o salvou como o fez com o povo de Nínive: é o “Deus da paciência, o Deus que sabe acariciar, que sabe abrir os corações”.

“Esta é a mensagem deste livro profético”, sublinhou ainda o Papa, concluindo: “Um diálogo entre a profecia, a penitência, a misericórdia e a covardia, ou teimosia, onde vence sempre a misericórdia de Deus, porque a sua onipotência se manifesta precisamente na misericórdia. Hoje, permito-me de aconselhá-los a pegar a Bíblia e ler o Livro de Jonas: é minúsculo, são três páginas. Vocês verão como age o Senhor, como é a misericórdia do Senhor, como o Senhor transforma nossos corações, e agradecerão ao Senhor por ser tão misericordioso”.

(gc/cm)

 

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Divulgado programa da viagem do Papa a Mianmar e Bangladesh

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Cidade do Vaticano (RV) – O programa da viagem do Papa Francisco a Mianmar e Bangladesh foi divulgado na manhã desta terça-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé. 

O Santo Padre parte do Aeroporto Fiumicino  às 21h40 do domingo, 26 de novembro, devendo chegar ao Aeroporto de Yangon, em Mianmar, às 13h30 da segunda-feira, onde haverá uma acolhida oficial.

Terça-feira, 28 de novembro

Às 14 horas o Papa parte do Aeroporto de Yagon para Nay Pyi Taw, onde será recebido às 15h10.

Às 15h50, a cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial, com a visita de cortesia ao Presidente às 16 horas, o encontro com os Conselheiros de Estado e Ministros dos Assuntos Externos, às 16h30.

O encontro com as autoridades, com a sociedade civil e o Corpo Diplomático às 17h15 no International Convention Centre, conclui as atividades do Pontífice em Nay Pyi Taw, que retorna para Yangon às 18h20, transferindo-se então para o Arcebispado.

Quarta-feira, 29 de novembro

Às 9h30 o Papa Francisco preside a celebração da Santa Missa no Kyaikkasan Ground.

Às 16h15 encontra o Conselho Supremo “Sangha” dos monges budistas no Kaba Aye Centre e às 17h15 os Bispos de Mianmar na Catedral de St. Mary.

Quinta-feira, 30 de novembro

Às 10h15 o Papa celebra a Missa com os jovens na Catedral de St. Mary e às 12h45 se despede de Mianmar no Aeroporto internacional de Yangon, de onde parte para a capital de Bangladesh às 13h05.

Ao chegar ao Aeroporto internacional de Daca, às 15 horas, o Papa Francisco participa da cerimônia de Boas-vindas.

Às 16 horas, visita o National Martyr’s Memorial de Savar e após, às 16h45, a homenagem ao Pai da Nação no Bangabandhu Memorial Museum, onde assina o Livro de Honra.

Às 17h30, Francisco realiza visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial, encontrando a seguir no mesmo local as autoridades, a sociedade civil e o Corpo Diplomático.

Sexta-feira,  1º de dezembro

Às 10 horas o Santo Padre preside a Santa Missa e Ordenação Presbiteral no Suhrawardy Udyan Park.

Às 15h20 recebe a visita do Primeiro Ministro na Nunciatura Apostólica.

Às 16 horas visita a Catedral e logo a seguir, na Casa dos Sacerdotes idosos, encontra os Bispos de Bangladesh.

Às 17 horas, o Encontro Inter-religioso e Ecumênico pela Paz no Jardim do Arcebispado.

Sábado, 2 de dezembro

Às 10 horas, visita privada à Casa Madre Teresa de Tejgaon.

Às 10h45, o encontro com os sacerdotes, religiosos (as), consagrados, seminaristas e noviças na Igreja do Santo Rosário.

Às 11h45, o Papa visita o cemitério paroquial e a antiga Igreja do Santo Rosário.

Às 15h20 participa do Encontro com os Jovens no Notre Dame College de Daca, concluindo assim a 21ª Viagem Apostólica internacional de seu Pontificado. 

Às 17h05, o avião com o Papa Francisco parte do Aeroporto Internacional de Daca devendo chegar ao Aeroporto de Ciampino, em Roma, às 23 horas do mesmo dia.

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Papa reconhece virtudes heroicas do Pe. Donizetti Tavares de Lima

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (09/10), o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato. 

Na promulgação dos decretos, autorizada pelo Papa, consta um brasileiro, o venerável Servo de Deus Donizetti Tavares de Lima, sacerdote diocesano, nascido em 3 de janeiro de 1882, em Cássia (MG), falecido em 16 de junho de 1961, em Tambaú (SP), ao qual foram reconhecidas as virtudes heroicas.

O Papa reconheceu também o martírio dos Servos de Deus Tullio Maruzzo (no século Marcelo), sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores, e de Luigi Obdulio Arroyo Navarro, leigo, da Terceira Ordem de São Francisco, mortos por ódio à fé em 1° de julho de 1981, em Los Amates, Guatemala.

As virtudes heroicas do Servo de Deus Serafino Kaszuba (no século Luigi Casimiro), sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, nascido em 17 de junho de 1910, em Zamarstynów, perto de Lviv, na Ucrânia, falecido em 20 de setembro de 1977, em Lviv.

As virtudes heroicas do Servo de Deus Magín Morera y Feixas sacerdote professo da Congregação da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, nascido em 16 de novembro de 1908, em Sant Matu de Bages, na Espanha, e morto em 28 de junho de 1984, em Barcelona (Espanha).

As virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Lorenza Requenses in Longo, fundadora do Hospital dos Incuráveis de Nápoles e das Monjas Capuchinhas, nascida em 1463, em Lleida, na Espanha, e morta em 21 de dezembro de 1539, em Nápoles, Itália.

O Papa reconheceu também as virtudes heroicas da Serva de Deus Francisca do Espírito Santo (no século Carolina Baron), fundadora do Instituto da Terceira Ordem de São Francisco de Montpellier, nascida em 12 de dezembro de 1820, em Mailhac, na França, e morta em 28 de dezembro de 1882, em Saint-Chinian (França).

As virtudes heroicas da Serva de Deus de Isabel Rosa Czacka, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Servas da Cruz, nascida em 22 de outubro de 1876, em Biała Cerkiew, Ucrânia, e falecida em 15 de maio de 1961, em Laski, Polônia.

As virtudes heroicas do Servo de Deus Francesco Paolo Gravina, leigo, fundador da Congregação das Irmãs da Caridade de São Vicente, nascido em 5 de fevereiro de 1800, em Palermo, e morto em 15 de abril de 1854, em Palermo, Itália.

(MJ)

 

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Debate no Vaticano: Internet, direito humano para todos

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Cidade do Vaticano (RV) – Internet, de serviço comercial à utilidade pública. Hoje, a rede é o principal meio de capacitação para o aprendizado, divulgação de conhecimento, prestação de cuidados de saúde, agricultura, tutela do meio ambiente, geração de empregos e compreensão mútua. No entanto, 3 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm conexão.   

A conexão à Internet é um direito humano? 

O tema está em debate nesta terça-feira (10/10) na Casina Pio IV, no Vaticano, onde a Pontifícia Academia das Ciências convocou estudiosos e especialistas de vários países para um Simpósio.

A análise parte do pressuposto que a conectividade é um direito gratuito: a sociedade deve acessá-lo. 

Como as escolas públicas, as luzes das ruas, as estradas e as calçadas, é responsabilidade da sociedade civil gerenciar, manter, oferecer e subcontratar as partes envolvidas de uma maneira competitiva, inovadora e em um mercado livre. Do mesmo modo como os cuidados de saúde primários, a educação pública, o Estado de direito, as forças policiais e de defesa.

Segundo a Academia, “a educação, um caso especial e importante, é o caminho mais rápido para a dignidade e a liberdade. E não pode ser uma estrada com pedágio”

Internet nas escolas para todos

“Uma escola sem conectividade não é uma escola para o século 21”; todos os alunos e professores têm o direito de se conectar. E o mesmo se aplica para idosos e pobres, que são os mais excluídos dos recursos digitais.

Custo para unir o mundo é irrisório e seria decisivo

Ainda segundo estudiosos, o custo para conectar os seres humanos em todo o mundo é inferior a 0,1% da despesa destinada atualmente às guerras. Uma dádiva para eliminar a ignorância, aliviar a pobreza, compartilhar conhecimentos básicos e trabalhar para a paz mundial, com um melhor entendimento recíproco. 

A Academia

O trabalho da Pontifícia Academia das Ciências compreende seis grandes áreas: ciência fundamental, ciência e tecnologia de problemas globais; ciência para os problemas do mundo em desenvolvimento, política científica; bioética, epistemologia.

(cm)

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Papa vai falar com astronautas de Estação Espacial em órbita

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco entrará em comunicação com os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional. A conexão será direta da Sala Paulo VI, no Vaticano, no dia 26 de outubro, às 17h locais (12h de Brasília). 

A tripulação é composta por 3 estadunidenses, dois russos e um italiano e a nave espacial estará em órbita a uma altura de cera de 360 km da Terra, segundo o site da NASA.  

Não foram divulgados outros detalhes sobre o evento. Francisco tem apoiado bastante o trabalho da Academia Pontifícia das Ciências, que regularmente reúne no Vaticano cientistas de todo o mundo para Simpósios sobre temas como as mudanças climáticas. 

Ele não é o primeiro Papa a falar com o espaço: em 21 de maio de 2011, Bento XVI se comunicou com os astronautas de uma missão da Estação Espacial Internacional, e os definiu “representantes da humanidade numa exploração que abre novos espaços e possibilidades de futuro”.

Na conversa via satélite, o Papa emérito disse ainda “estar convencido de que aquela missão tinha como finalidade colocar os resultados à disposição do bem comum”. 

(cm)

 

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"Reconciliar a diversidade": Cardeal Koch e os desafios do ecumenismo

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Cidade do Vaticano (RV) – Em 31 de outubro concluem-se as celebrações dos 500 anos da Reforma Protestante, que em muitos lugares contou com a participação da Igreja Católica, incluindo o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Em entrevista ao jornalista Roland Juchem, do “Katholische Kirche in Deutschland” (www.katholisch.de), o purpurado fez um balanço desta celebração ecumênica, com o olhar voltado para os desafios futuros do ecumenismo.

P: Cardeal Koch, o ano jubilar dos 500 anos da Reforma está por terminar. Que balanço se poderia fazer desta celebração?

“É muito positivo que uma comemoração comum seja celebrada com poucos tons polêmicos, como costumava acontecer no passado. Neste caso, concentrou-se naquilo que existe de comum, para celebrar juntos uma festa de Cristo, assim como foi decidido na Alemanha. Para mim, esta foi a melhor ideia ecumênica”.

P: Aconteceu esta festa de Cristo?

No decorrer dos dez anos de preparação foi sempre melhor. No início se tinha um pouco a impressão que tudo girava ao redor de Lutero. No ano comemorativo, pelo contrário, acentuou-se mais, sobretudo, o que nos une: a fé em Jesus Cristo”.

P: O senhor participou desta comemoração em diversos países. Quais são os aspectos mais importantes que poderiam ser destacados?

“Diferentes, porque não se tratava somente da Reforma na Alemanha. Aquela na Suíça, por exemplo, era diferente daquela alemã. Além disso, era diferente também nos países do norte, onde a Reforma não foi um movimento de povo, mas a decisão de autoridades do Estado. Para mim, o ponto alto foi em Lund, na Suécia, em 31 de outubro de 2016, quando o Papa Francisco, o Presidente e o Secretário Geral da Federação Luterana Mundial, presidiram juntos a cerimônia de comemoração. Foi um forte sinal ecumênico”.

P: O Cardeal Rainer Maria Woelki criticou recentemente a situação do ecumenismo. Segundo o Cardeal Woelki, querer interpretar as diferenças de fundo, simplesmente como “dimensões que enriquecem reciprocamente, é “uma falsa etiqueta””. O senhor compartilha deste juízo?

Ao comemorar a Reforma, acentuou-se sobretudo aquilo que temos em comum; mas permanecem, quer antes como depois, problemas abertos. Eu mesmo propus que depois da Declaração Conjunta sobre a Justificação, deveríamos chegar a uma nova declaração conjunta sobre a Igreja, a Eucaristia, o ministério. Sou grato que esta iniciativa tenha sido acolhida por muitas partes de forma positiva. O diálogo na América entre luteranos e católicos já produziu um documento do gênero; e recentemente encontrei sobre minha escrivaninha um novo, longo escrito da Finlândia. Aos temas pertinente à Igreja, à Eucaristia e ao ministério, é preciso acrescentar os éticos, que devem ser mais aprofundados para elaborar também sobre eles uma visão comum. Estes são os problemas que também o Cardeal Woelki levantou”.

P: Poder-se-ia definir o estado atual do ecumenismo desta maneira: sobre Deus somos concordes. Mas, e sobre a Igreja?

“Gostaria de responder em maneira teológica e bíblica. Somos concordes sobre Cristo, mas não sobre seu Corpo, ou seja, sobre a Igreja. Ambos formam um todo inseparável, porque Cristo no seu Corpo quer estar presente, e o é. A relação entre Cristo e o seu Corpo continua, todavia, a ser um problema aberto”.

P: O obstáculo maior do ecumenismo é frequentemente identificado no fato de que os evangélicos e os católicos não têm uma ideia comum, sobre o objetivo do ecumenismo. Como o senhor definiria este objetivo?

De fato, este é o problema principal. Chegamos a um consenso a respeito de muitos problemas que dizem respeito à fé, mas ainda não sobre qual é o objetivo. Sem uma meta comum, torna-se algo difícil de colher as sucessivas etapas do caminho. O problema está no fato de que ambas as partes, hoje, usam a mesma fórmula, mas num sentido diverso”.

P: A “diversidade reconciliada”?

Exatamente. Para muitos cristãos evangélicos, como ouço dizer, a atual situação é assim entendida: já estamos reconciliados, mas permanecemos diferentes, deveríamos então somente nos reconhecer reciprocamente como Igreja, assim teria sido alcançado o objetivo. Do ponto de vista católico, a “diversidade reconciliada” é o objetivo: devemos trabalhar em cima dos problemas ainda abertos, de modo que não sejam mais motivo de divisões do ponto de vista eclesial. Uma vez que estes estejam reconciliados, podem permanecer então, também as diversidades”.

P: Na tradição católica, conhecemos a influência da liturgia e da fé vivida sobre o desenvolvimento dos dogmas: por exemplo, na fórmula do batismo e da doutrina trinitária, na devoção a Nossa Senhora e nos dogmas marianos. Existe algo do gênero no ecumenismo?

O consenso sobre problemas de fé, a vida de fé na cotidianidade e a liturgia, mesmo do ponto de vista ecumênico, estão ligados entre si. Mais as pessoas vivem e celebram juntas a fé, mais chegam a ter sobre ela visões comuns. Importante é sobretudo, não separar as duas realidades segundo o dito: ‘decisivo é aquilo que vivemos e não aquilo que se encontra no Credo”’.

P: A partir Reforma desenvolveu-se um dinamismo evangélico interno pelas livres Igrejas em nível mundial. Estas comunidades constituem uma forma mais apropriada, ou ao menos mais atraentes, de viver o cristianismo em relação às Igreja tradicionais?

À primeira vista, parece assim. De fato, constatamos um grande crescimento destas Igrejas, em particular nos movimentos pentecostais. O pentecostalismo constitui hoje a segunda maior realidade cristã depois da Igreja Católica romana. Se poderia falar de uma pentecostalização do cristianismo ou de uma quarta modalidade de ser cristãos: católicos, ortodoxos, protestantes e agora pentecostais. Não acredito, todavia, que estes movimentos no futuro se tornem a única forma de cristianismo. Também eles derivam, de fato, das grandes Igrejas históricas e não podem simplesmente substituí-las”.

P: Deste movimento, o que poderia ser frutuoso para a Igreja Católica?

Para as Igrejas pentecostais são centrais a experiência concreta da fé na vida cotidiana e sobretudo na ação do Espírito Santo.  Isto não se pode dizer, certamente, do mesmo modo da tradição ocidental. Neste sentido, podemos, sem sombra de dúvida, aprender alguma coisa”.

P: Nos últimos anos se falou muito de um “ecumenismo dos mártires”, ou seja, os cristãos são perseguidos e mortos independente de sua Confissão religiosa. Onde o senhor pode perceber isto de maneira particularmente forte”?

O ecumenismo dos mártires é também para mim o desafio mais central do ecumenismo, sobretudo hoje em que 80% de todos aqueles que são perseguidos, o são por causa da fé. O ecumenismo dos mártires já constituía um tema importante com João Paulo II, o qual, durante a ditadura (...) experimentou como nós cristãos nos pertencemos uns aos outros. Este tema encontra hoje uma continuação no Papa Francisco, que recorda frequentemente os mártires de Lubecca (vítimas do nazismo). Ele formulou assim o desafio dos mártires: “Se os ditadores unem nós cristãos na morte, como podemos nós chegar a nos separar em vida”? (JE/RJ)

 

 

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Igreja no Brasil



Papa dá de presente Rosa de Ouro ao Santuário de Aparecida

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Aparecida (RV) – Estamos nos aproximando da grande festa dos 300 anos do encontra da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul. Ontem nono e último dia de preparação para este evento, viveu-se um momento muito especial com a presença do Delegado do Santo Padre para a comemoração, Cardeal Giovanni Battista Re, que entregou ao Santuário Nacional a Rosa de Ouro, presente do Papa Francisco. Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida recebeu a honraria que representa a predileção do Pontífice por personalidades, Santuários e o reconhecimento de fatos históricos, importantes para a Igreja.

Sobre os momentos vividos no Santuário no dia de ontem nós conversamos com o Reitor do Santuário Nacional Padre João Batista de Almeida. 

Chegada do Delegado Pontifício

O Delegado Pontifício, Cardeal Giovanni Battista Re chegou ao Santuário Nacional na manhã de segunda-feira (9) e foi recepcionado pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Scherer, pelo Reitor do Santuário, Padre João Batista de Almeida, pelo ecônomo, Padre Daniel Antônio, pelo Prefeito de Igreja, Padre Rodrigo Arnoso e diversos Missionários Redentoristas.

Assim que chegou, o representante do Papa fez questão de visitar o nicho de Nossa Senhora Aparecida, onde rezou uma Ave Maria junto aos devotos que estavam visitando a Imagem.

Programação

Nos três dias de comemoração dos 300 anos de Aparecida o Legado Pontifício preside a celebração eucarística das 9h, neste dia 11 de outubro e no dia 12, a Missa Solene, às 9h30.

19H00  VIGÍLIA MARIANA

20H30  FESTIVAL DA PADROEIRA COM PADRE CANTORES

LOCAL: TRIBUNA PAPA BENTO XVI

GRATUITO

PARTICIPAÇÃO: PE. FÁBIO DE MELO, PE. ANTÔNIO MARIA, PE. REGINALDO MANZOTTI, PE. JUAREZ, PE. OMAR, PE. ZEZINHO, PE. JOÃOZINHO, PE. MARCOS E PE. PERIQUITO.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: DANIEL E ZIZA FERNANDES

Foi em clima de alegria e oração que o Santuário de Aparecida celebrou nesta segunda-feira (9), o último dia da Novena Solene em preparação as festividades do grande Jubileu dos 300 anos, que terá início nessa terça-feira, dia 10.

Os nove dias de celebração recordou os principais momentos dos três séculos de história da Padroeira do Brasil, homenageando as pessoas que fizeram parte da difusão da devoção à Mãe Aparecida.

“A novena esse ano foi bastante oracional e esse era o desejo nosso, que fosse um momento muito forte de oração do povo de Deus. Os pregadores vieram coroar esse momento oracional, colocando a devoção a Nossa Senhora como um grande louvor a Deus, mas também como um compromisso de fé e de vivência em sociedade, tanto a tarde com os bispos redentoristas, quanto à noite com os bispos convidados pelo Dom Orlando”, avaliou o Reitor do Santuário, Padre João Batista de Almeida.

O reitor frisou também, a importante participação dos devotos, que segundo ele, colocou o coração em oração. “O povo contribuiu e muito com a sua presença, com a sua animação e posso dizer com toda certeza também, com o seu momento de silêncio. O povo soube calar na hora em que precisava fazer silêncio para o coração rezar, e foi muito bonita a Novena esse ano.”

Durante os nove dias, foram mais de duzentos voluntários nas coreografias, 50 pessoas na produção dos carros andor, 17 bispos celebrantes, e diversos sacerdotes concelebrantes, além de toda a equipe de liturgia e colaboradores do Santuário Nacional que direta ou indiretamente estiveram envolvidos na organização de todas as celebrações, para que tudo saísse perfeito e o povo pudesse se preparar bem para as festividades nos dias 10, 11 e 12 de outubro.

Festa Jubilar

Nos próximos dias, o Santuário estará em festa com uma programação repleta de celebrações, procissões e shows em homenagem aos 300 anos de bênçãos e de graças do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Destaque para o dia 11, quando a Mãe Aparecida será presenteada com a revelação da Cúpula Central.

“No dia 11 nos queremos dar um grande presente a Nossa Senhora, que é a coroa do seu Santuário, a Cúpula, e vai ser para nós um momento bastante emocionante e um presente que vai ficar para a história”, afirmou padre Joao Batista.

No dia 12, o dia oficial da Padroeira do Brasil, os devotos recordaram o caminho que Nossa Senhora Aparecida fez até se tornar símbolo nacional da fé, com uma procissão saindo do Porto Itaguaçu até o Santuário. (SP-A12)

 

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Igreja no Mundo



Sínodo da Igreja Caldeia: cristãos iraquianos mantiveram viva a fé

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Roma (RV) – Em um momento “crítico e difícil” para o Iraque, a Igreja Caldeia manifesta seu “apreço” pelo papel desempenhado pelas forças armadas do país na luta contra os terroristas do Estado Islâmico e renova o convite ao diálogo para superar a crise entre Irbil e Bagdá, após o referendum sobre a independência do Curdistão iraquiano.

Orgulho dos cristãos iraquianos

É o que sublinha o Patriarcado caldeu em nota divulgada na conclusão do Sínodo realizado em Roma de 4 a 8 de outubro. No documento, os expoentes da Igreja Caldeia expressaram  “solidariedade e orgulho” pela  comunidade cristã, que soube manter viva a própria fé, em meio a tantos desafios.

No comunicado – assinado pelo Patriarca Louis Raphael I Sako  e pelos bispos presentes – são sublinhados os “resultados” das forças armadas iraquianas e as recentes vitórias contra os jihadistas do Isis.

Nossos votos – escrevem - é de que em breve “se possa celebrar a libertação de todo o território iraquiano”.

Os desafios

Nas “circunstância difíceis” em que está mergulhado o Oriente Médio – em particular Iraque e Síria – os bispos traçam uma “visão realista de todos os desafios” que devem ser enfrentados “pelos países, a nossa Igreja e os cristãos da região”.

Entre estes está o da “emigração” e o esforço comum para promover políticas e planos que assegurem a permanência das atuais famílias – de deslocados ou não – e favorecer o retorno daqueles que, no passado, escolheram emigrar”.

Firmes na fé

“Apesar das perseguições experimentadas, mantivemos firme a chama da fé e a esperança nos corações, sem fanatismos, mas com profundo respeito pelas outras comunidades cristãs (assíria, siríaca, armênia). E firmes na pertença à nossa Igreja, à nossa família, em um espírito de solidariedade, sacrifício, amor recíproco”.

Aos fiéis, os expoentes da Igreja iraquiana pedem orações “para alimentar as vocações” sacerdotais e monásticas em um período de crise do clero.

Encontro com Francisco

Nestes dias, os bispos caldeus e o Patriarca Sako encontraram o Papa Francisco, que renovou o convite à Igreja no Iraque para atuar como elemento de paz e estabilidade no país e no mundo. Um compromisso ainda mais urgente em um período de dificuldades e divisões no seio das próprias instituições iraquianas, que ameaçam a unidade nacional.

Curdistão iraquiano

A referência é ao referendum pela independência promovido pelo Curdistão iraquiano em 25 de setembro passado. A votação foi realizada também no conturbado território de Kirkuk. O resultado foi uma vitória esmagadora do “sim”, com cerca de 90% dos votos.

“Vivemos com grande preocupação – explica a nota patriarcal – o desdobramento da situação política no país, em particular a crise ligada ao referendum”.

“Convidamos todas as partes à calma”, renovando o empenho “ao diálogo corajoso” como único “caminho seguro” para superar a crise”.

(JE/Asianews)

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Luteranos e pentecostais buscam caminho comum para a missão

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Wittenberg (RV) - Definir as modalidades de um testemunho cristão comum e adquirir uma melhor compreensão das recíprocas tradições teológicas e espirituais tanto a nível local quanto internacional: foram esses os principais objetivos do segundo encontro anual da Comissão internacional de diálogo entre luteranos e pentecostais que, significativamente no quinto centenário da Reforma, se realizou dias atrás na Alemanha, em Wittenberg, a cidade de Martinho Lutero

Copresidida por Jean-Daniel Plüss, da missão pentecostal suíça, e pelo Rev. Walter Altmann, da Igreja evangélica-luterana no Brasil, a Comissão reúne membros da Federação Luterana Mundial e representantes das várias comunidades pentecostais.

Estiveram no centro dos trabalhos o tema da identidade cristã, à luz de uma passagem evangélica: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

Em particular, a reflexão concentrou-se sobre a necessidade de buscar um caminho comum para a missão. O grupo se reunirá novamente em outubro de 2018 na América Latina. Em 2020, na conclusão da fase atual do diálogo, será publicado um documento comum. (RL/L’Osservatore Romano)

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Formação



Medula óssea: pode ser doada mais de uma vez

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Cidade do Vaticano - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa com a Dra. Gabriela Mesquita do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro, sobre a doação de medula óssea

O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea foi celebrado recentemente sobre tema “Agradecimento ao Doador”. 

“A medula óssea é um líquido gelatinoso constituído pelas células hematopoiéticas que são as precursoras de todas as nossas células sanguíneas. A doação da medula óssea consiste na retirada desse líquido gelatinoso. Existem três formas de obter esse líquido: filtragem das células hematopoiéticas do sangue periférico. Outra forma é a punção óssea e a coleta a partir do cordão umbilical”, disse a Dra. Gabriela.

(MJ)

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Artigo: A alegria da partilha

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Uberaba (RV) - É mais feliz quem partilha com os necessitados do que quem se enriquece com a exploração e o sacrifício dos outros. Como dizia Santa Tereza de Calcutá: “A pessoa era tão pobre, tão pobre, que só tinha dinheiro”. Era egoísta e não se preocupava com as necessidades das pessoas ao seu redor. Parece que isso caracteriza a cultura capitalista selvagem, que só pensa em riqueza e mais riqueza.

O critério dos países não privilegia a partilha. Ele está centrado no conceito de crescer cada vez mais. O referencial é o mercado internacional e o domínio econômico. Para isso usam de todos os meios, lícitos e ilícitos, passam por cima das próprias leis e exploram a natureza de forma irracional. Creio que precisam crescer menos para que as pessoas sejam mais felizes.

A partilha não é diferente de um banquete, onde deve reinar a alegria, a convivência e a fraternidade. Ali não cabe a participação de quem rejeita o verdadeiro amor e é incapaz de perceber o amor de Deus e suas bençãos. Parece como aquela pessoa do Evangelho, que foi para a festa sem a roupa adequada, isto é, que não tinha a disposição do coração para seguir os indicadores do momento.

Determinadas práticas comunitárias exigem das pessoas mudança de “veste”, de atitudes, para não ficar na superficialidade em suas ações e comprometer-se na construção do bem. Despirem-se principalmente do egoísmo, do individualismo e da falsa capacidade de vida nova. As riquezas do Brasil são como um grande banquete, onde muita gente fica apenas com migalhas.

Não ajuda o mundo ficar partilhando violência, vingança, desemprego, vícios e uma cultura sem ética e sem moral. As consequências não são saudáveis para ninguém e nem melhora a qualidade de vida das pessoas. Algum tipo de roupagem, que adorna a sociedade brasileira, precisa ser revisto. Há uma crosta de injustiça cobrindo o país, impedindo seu real desenvolvimento.

A maioria dos brasileiros caminha atropelada por altos e baixos, mas tem que viver em qualquer situação, de penúria ou de abundância, carregando o peso, ou não, do sofrimento causado alhures por todo o país. Por causa da estrutura histórica da nação, grande parte de sua população não experimenta a alegria de contar com o necessário para construir uma vida feliz.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba.

 

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Artigo: Zero violência, 100% ternura

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Maringá (RV) - A Pastoral da Criança participa de um programa, juntamente com a Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) e a World Vision, denominado "Centralidad de la Niñez". Esta aliança interinstitucional está desenvolvendo uma campanha continental, em parceria com a Cáritas América Latina e Caribe e a Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica (ALER), denominada "Zero violência, 100% ternura”.

A campanha "Zero Violência, 100% Ternura", que terá a duração de três anos, procura sensibilizar as famílias, escolas, igrejas e indivíduos para eliminar este flagelo, cujos números oficiais mostram que um em cada cinco homicídios na América Latina e no Caribe tira a vida de uma criança. A iniciativa pretende promover também a eliminação de outras formas de violência contra crianças, incluindo o trabalho infantil forçado, abuso sexual e castigo físico e humilhante na família.

Um dos objetivos principais da campanha, que já foi lançada no Equador, Venezuela e El Salvador, é posicionar a ternura como modelo de criação, envolvendo toda a sociedade na promoção de um tratamento de respeito e amor e condenando todas as formas de violência contra crianças.

Como diz o Coordenador Internacional da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann, “o principal caminho para acabar com a violência é o fortalecimento das famílias. Não apenas em relação ao acesso à informação sobre os cuidados com a criança, mas também seu empoderamento através de redes de famílias e comunidades que não somente exigem do Estado mas, principalmente, fazem o que está ao seu alcance”.

Neste mês de outubro em que celebramos o Dia das Crianças, vamos propor um novo pacto de defesa das nossas crianças. Precisamos resgatar valores, valorizar a vida, o direito de brincar e preservar as crianças de todos os tipos de violência. Nossas crianças não podem ficar desprotegidas, expostas a conteúdos impróprios. Lutamos tanto para dar vida às crianças e agora não podemos deixar de protegê-las. Vamos valorizar os Conselhos Tutelares e toda a rede de assistência voltada às crianças.

Compartilho aqui o telefone do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes: 100

O serviço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Por meio do 100, o usuário pode denunciar violências contra crianças e adolescentes, colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de pessoas – independentemente da idade da vítima – e obter informações sobre os Conselhos Tutelares. O serviço funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo.

Pedimos que a Mãe Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossos pequenos. Quero convidar a todos para participarem da grande festa com as nossas crianças e a padroeira do Brasil, no dia 12 de outubro a partir das 13h no parque de exposições de Maringá. No Cenáculo com Maria, vamos celebrar a nossa fé e rezar pelas nossas famílias.

Dom Anuar Battisti

Arcebispo de Maringá

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Atualidades



"Super Papa" vira emblema oficial de camiseta com fins caritativos

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Cidade do Vaticano (RV) - O famoso grafite do Papa Francisco como Superman, levando os valores do cristianismo pelo mundo, tornou-se o emblema oficial de uma iniciativa voltada a recolher fundos para a caridade do Papa. 

De fato, um percentual do valor de 19 euros pago pela camiseta será destinado às Obras de Misericórdia do Óbolo de São Pedro, como explica o site http://www.superpope.it (em italiano, inglês, espanhol e polonês) onde poderão ser feitas as encomendadas em diferentes cores, bem como em versões masculina e feminina.

O grafite é do artista italiano Mauro Pallotta, feito em 2014 em uma viela próxima ao Borgo Pio, cercanias do Vaticano, e logo apagada pela Prefeitura de Roma.

Conforme anunciou na segunda-feira o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Mons. Dario Viganò, no verso da camiseta serão impressas algumas frases do Papa Francisco. A primeira delas será dedicada à misericórdia: “A misericórdia é o primeiro atributo de Deus. É o nome de Deus”.

A iniciativa foi apresentada ao público por ocasião do Romics, a Feira de Charges de Roma e foi muito bem acolhida.

A quem se surpreende com a razão de tanto sucesso, Mons. Viganò explica que “no contexto de um mundo em que tudo é gritado, tudo é cinza, tudo é zangado, o gesto que faz sorrir e revela um pouco de gentileza é realmente um antídoto a esta cultura do grito e da reivindicações”.

E quem vê no desenho do “Super Papa” uma dessacralização da figura do Pontífice, o Prefeito da Secretaria para a Comunicação recorda que “no fundo, o Papa Francisco, desde o primeiro momento, apresentou-se como um pastor, um guia que tem necessidade da oração de seu povo, para que Deus o possa abençoar. Optou logo pela atitude da proximidade com as pessoas”.

Sem esquecer que “o Papa Francisco volta seguidamente ao fato de que um carrancudo não pode ser cristão. Por que? Porque o mundo foi salvo por Jesus. Se alguém se coloca na linha de uma graça que recebeu por dom, não pode acontecer que os problemas com que se defronta tenham a última palavra, não são a experiência mais importante da vida, pois além das nuvens sempre tem o sol que resplandece. Uma humanidade marcada pela graça de Deus é mais colorida, mais jubilosa”.

A camiseta pode ser encomendada em diferentes cores, bem como em versões masculinas e femininas, ao preço de 19 euros, site http://www.superpope.it. (JE)

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Esforço conjunto das Igrejas Ortodoxa Russa e Católica para reconstruir igrejas na Síria

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Moscou (RV) – As Igrejas Ortodoxa Russa e Católica criaram um grupo de trabalho conjunto para reconstruir os templos cristãos destruídos durante o conflito na Síria, anunciou na segunda-feira o Patriarcado de Moscou.

“O grupo irá elaborar um catálogo das igrejas destruídas e contribuiremos para a restauração delas”, afirmou o Metropolita Hilarion, Presidente do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado.

O Metropolita lamentou que alguns templos tenham sido completamente destruídos, enquanto alguns mosteiros sofreram graves danos ou foram inutilizados.

Ortodoxos e católicos russos não se limitarão em reconstruir as igrejas, mas também ajudarão os sírios a reconstruir as suas casas, “o que exigirá tanto esforços do Estado como das Igrejas”.

“A primeira coisa que se deve fazer é criar condições para que as pessoas, incluindo os cristãos, se sintam seguras”, comentou.

A Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica não têm medido esforços para trabalhar conjuntamente em favor das minorias cristãs perseguidas por grupos jihadistas no Oriente Médio e no norte da África.

Por outro lado, o Patriarca Kirill deu  a sua bênção para as ações militares da Rússia na Síria, por ele definidas como inseridas em uma “guerra defensiva e justa”. (JE/EFE)

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Encontrados restos mortais de São Sérgio e São Baco

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Teerã (RV) – Os restos mortais de São Sérgio e São Baco foram encontrados na cidade de Urmia, norte do Irã, 1700 anos após terem sido martirizados.

O achado ocorreu em uma igreja cristã-assíria, construída no século IV, situada na periferia de Urmia.

“Trata-se de uma descoberta de grande importância, visto que há 1.500 anos - não obstante as várias pesquisas feitas – havia-se perdido os vestígios de seus restos mortais”, afirmou Silvano Vinceti, Presidente do Comitê e responsável pela pesquisa sobre o “proto-cristianismo” que está sendo realizada na região do oeste do Azerbaijão.

Sérgio e Baco eram dois soldados cristãos romanos do século IV, oficiais no exército de Galério, e que ocupavam alta posição na Corte de Maximiano Daia, Tetrarca do Oriente a partir de 305. Invejosos os denunciaram como cristãos. Ademais, recusaram-se a prestar culto a Júpter. 

Os dois foram brutalmente punidos, com Baco morrendo durante as torturas e Sérgio, decapitado. Porém, por conta de diversos anacronismos históricos, a hagiografia não é considerada um documento confiável.

O fato é que os dois foram Santos muito populares na Antiguidade Tardia e igrejas dedicadas a eles foram construídas em muitas cidades, incluindo Constantinopla e Roma. A amizade entre os dois é enfatizada de maneira tão incisiva em suas hagiografias e tradições, que Sérgio e Baco se tornaram um dos mais famosos casos de pares de Santos. (JE/Ansa)

 

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