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Sumario del 17/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: quem não sabe escutar transforma a fé em ideologia

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Cidade do Vaticano (RV) – “Não cair na insensatez que consiste na incapacidade de escutar a Palavra de Deus e conduz à corrupção”. Foi o conceito expresso pelo Papa na homilia da missa matutina, presidida na Casa Santa Marta. Jesus chora com nostalgia – recorda o Papa – quando o povo amado se afasta, por insensatez, preferindo aparências, ídolos ou ideologias. 

A reflexão do Papa Francisco começa pela palavra ‘insensatos’, que consta duas vezes na Liturgia do dia. Jesus a diz aos fariseus e São Paulo aos pagãos. Mas também aos Gálatas, cristãos, o apóstolo dos gentios havia dito “tolos”. Esta palavra, além de uma condenação, é uma assinalação – afirma Francisco – porque mostra o caminho da insensatez, que conduz à corrupção. “Estes três grupos de insensatos são corruptos”, observa o Papa.

Aos doutores da lei, Jesus havia dito que pareciam sepulcros decorados: tornam-se corruptos porque se preocupavam apenas em embelezar ‘o exterior’ das coisas, mas não daquilo que estava dentro, onde está a corrupção. Eram, portanto, “corruptos pela vaidade, pela aparência, pela beleza exterior, pela justiça exterior”.

Os pagãos, ao contrário, têm a corrupção da idolatria: se tornaram corruptos porque trocaram a glória de Deus pelos ídolos. Existem também idolatrias de hoje, como o consumismo - nota o Papa –, procurar um deus ‘cômodo’.

Enfim, os Gálatas, os cristãos, que se deixaram corromper pelas ideologias, ou seja, deixaram de ser cristãos para serem ‘ideólogos do cristianismo’.

Todos os três grupos, por causa desta insensatez, acabam na corrupção. Francisco explica no que consiste esta insensatez:

“A insensatez é não escutar, literalmente ‘não saber’, ‘não ouvir’: a incapacidade de escutar a Palavra. Quando a Palavra não entra, eu a deixo entrar porque não a escuto. O tolo não escuta. Ele crê que ouve, mas não ouve, não escuta. Faz sempre como acha, sempre. E por isso, a Palavra de Deus não pode entrar no coração e não há lugar para o amor. E quando entra, entra destilada, transformada pela mia concepção da realidade. Os tolos não sabem ouvir. E esta surdez os leva à corrupção. Quando não entra a Palavra de Deus, não há lugar para o amor e enfim, não há espaço para a liberdade”. 

E eles se tornam escravos porque trocam “a verdade de Deus com a mentira” e adoram as criaturas em vez do Criador.

“Não são livres, e não escutam, essa surdez não deixa espaço para o amor nem para a liberdade: isso sempre nos leva à escravidão. Eu ouço a Palavra de Deus? Mas a deixo entrar? Esta Palavra, da qual ouvimos cantando o Aleluia, a Palavra de Deus é viva, eficaz, revela os sentimentos e os pensamentos do coração. Corta, vai para dentro. Esta Palavra, eu a deixo entrar ou sou surdo a essa palavra? E a transformo em aparência, a transformo em idolatria, hábitos idólatras ou a transformo em ideologia? E não entra ... Esta é a insensatez dos cristãos”.

O Papa exorta, em conclusão, a olhar para os “ícones dos tolos de hoje”: “há cristãos tolos e também pastores tolos”. “Santo Agostino - afirma -, “ataca-lhes duro, com força”, porque “a tolice dos pastores faz mal ao rebanho”. A referência é à “tolice do pastor corrupto”, à “insensatez do pastor satisfeito de si  mesmo, pagão”, e à “insensatez do ideólogo”.

“Olhemos o ícone dos cristãos tolos” - insiste o Papa – “e ao lado desta insensatez, olhamos para o Senhor que está sempre à porta”, ele bate e espera. Seu convite final é, portanto, de pensar na nostalgia do Senhor por nós: “do primeiro amor que ele teve conosco”:

“E se caímos nesta insensatez, nos afastamos dele e ele sente essa nostalgia. Nostalgia de nós. E Jesus com essa nostalgia chorou, chorou sobre Jerusalém: era precisamente a nostalgia de um povo que tinha escolhido, tinha amado, mas que tinha se afastado por insensatez, que tinha preferido as aparências, os ídolos ou as ideologias”. (CM-SP)

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Papa ressalta 800 anos da “aventura extraordinária” dos franciscanos na Terra Santa

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma mensagem aos franciscanos, que estão celebrando 800 anos de presença na Terra Santa.

Para a ocasião, a Custódia organizou inúmeras iniciativas religiosas, pastorais e culturais para fazer memória do Capítulo realizado em 1217, quando São Francisco abriu a Ordem à dimensão “missionária e universal”, enviando os seus frades a todas as nações como testemunhas de fé, de fraternidade e de paz.

Este alargamento do horizonte de evangelização foi o início de uma aventura extraordinária, que levou oito séculos atrás os primeiros frades menores a desembarcarem em Acri”, escreve o Papa.

Assíduos na contemplação e na oração, simples e pobres, prosseguiu Francisco, os franciscanos estão empenhados também no presente em viver na Terra Santa ao lado de irmãos de diferentes culturas, etnias e religiões, semeando paz, fraternidade e respeito. “Não quero esquecer, além da custódia e da animação dos Santuários, o seu empenho a serviço da comunidade eclesial local”, ressalta o Papa, encorajando os franciscanos a perseveraram neste trabalhado a favor sobretudo dos mais pobres, dos jovens, idosos e enfermos, “vivendo concretamente no cotidiano as obras de misericórdia”.

O Papa renovou o mandato pontifício, unindo-se assim aos seus predecessores, a partir de Clemente VI, que com a Bula Gratias agimus confiou aos franciscanos a custódia dos Lugares Santos.

Francisco conclui sua carta citando o Santo de Assis, que exorta os irmãos pelo mundo “a não brigar e evitar as disputas de palavras; a não julgar os outros, mas a ser mansos, pacíficos e modestos, falando honestamente com todos”.

Entrevista

O Programa Brasileiro preparou uma série de reportagens para contar a história da presença franciscana na Terra Santa. O reitor e custódio da Basílica da Anunciação, em Nazaré, Fr. Bruno Varriano, narra a chegada dos primeiros frades e o contexto religioso e político que permitiu esta presença. De modo especial, o frade brasileiro faz memória da viagem que o Santo de Assis realizou para dialogar com o Sultão Al-Malik al-Kamil, na época das cruzadas.

Ouça aqui: 

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Papa: apresentação para nova edição do Catecismo da Igreja Católica

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Cidade do Vaticano (RV) - O jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, antecipa a apresentação escrita pelo Papa Francisco para a nova edição do “Catecismo da Igreja Católica”, publicada com um novo comentário teológico-pastoral e com a introdução do Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.

O Catecismo da Igreja Católica se apresenta como um caminho que, através de quatro etapas, ajuda a entender a dinâmica da fé. O documento abre-se com o desejo de cada ser humano que carrega consigo o anseio de Deus, e se conclui com a oração como expressão de um encontro em que o homem e Deus se olham, falam e escutam. 

“A vida da graça, expressa em particular nos Sete Sacramentos e o estilo de vida do fiel como uma vocação a ser vivida segundo o Espírito, são outras duas etapas necessárias para entender plenamente a identidade do fiel como discípulo missionário de Jesus Cristo”, destaca o Papa na apresentação.

Este mês, a Constituição Apostólica Fidei depositum completou 25 anos de publicação. Com esse documento, assinado em 11 de outubro de 1992, por São João Paulo II, no trigésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, entregava-se aos fiéis o Catecismo da Igreja Católica. “A publicação desta nova edição do Catecismo é de grande ajuda para compreender cada vez mais o mistério da fé.”

“Deste modo, o Catecismo da Igreja Católica se torna mais uma mediação através da qual promover e ajudar as Igrejas particulares, em todo o mundo, no compromisso de evangelização como instrumento eficaz para a formação sobretudo dos sacerdotes e catequistas. Desejo que possa ser divulgado e utilizado a fim de valorizar mais o grande patrimônio da fé desses dois mil anos de nossa história”, conclui o Papa.

(MJ)

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Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza: "Miséria não é uma fatalidade", diz Papa

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Cidade do Vaticano (RV) –  No Angelus do último domingo, 15 de outubro, após a Missa com as canonizações, o Papa Francisco recordou que esta terça-feira recorre o Dia internacional para a erradicação da pobreza. 

A miséria não é uma fatalidade, tem causas que devem ser reconhecidas e removidas para honrar a dignidade de tantos irmãos e irmãs, à exemplo dos Santos”.

O tema internacional deste ano, escolhido com o Comitê Internacional do 17 de Outubro e as Nações Unidas é: "Responder ao apelo do 17 de outubro para erradicar a pobreza: um caminho que nos leva a criar sociedades pacíficas e inclusivas."

No Dia Mundial da Alimentação celebrado esta segunda-feira (16/10), o Papa Francisco visitou a sede da FAO em Roma.  Ao fazer uma análise das causas da pobreza, o Pontífice  sugeriu a inserção da “categoria do amor” na linguagem da cooperação internacional, como forma de vencer a fome:

"Seria exagerado introduzir na linguagem da cooperação internacional a categoria do amor, conjugada como gratuidade, igualdade de tratamento, solidariedade, cultura do dom, fraternidade e misericórdia? Essas palavras efetivamente expressam o conteúdo prático do termo "humanitário", tão usado na atividade internacional. Amar os irmãos, tomando a iniciativa, sem esperar a ser correspondidos, é o princípio evangélico que encontra também  expressão em muitas culturas e religiões, convertendo-se em princípio de humanidade na linguagem das relações internacionais".

A ONU oficializou esta recorrência em 1992, mas sua origem remonta a 17 de outubro 1987, quando cem mil pessoas guiadas pelo Padre Joseph Wresinski , reuniram-se na Esplanada  onde foi assinada a Declaração dos Direitos do Homem, no Trocadéro, em Paris, para defender os direitos humanos de cada país, condição e origem.

O Padre Wresinski sintetizou o sentido desta data com estas palavras: “Onde os homens são condenados a viver na miséria, os direitos do homem são violados. Unir-se para que sejam respeitados é um dever sagrado”.

A erradicação da pobreza e da fome é um dos oito objetivos de desenvolvimento do milênio, definidos no ano de 2000 por 193 países membros das Nações Unidas e por várias organizações internacionais.

Os 10 países mais pobres do mundo são República Democrática do Congo, Zimbabwe, Burundi, Libéria, Eritreia, República Centro Africana Central, Níger, Malawi, Madagáscar, Afeganistão. (JE)

 

 

 

 

 

 

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Igreja no Brasil



CPT critica novo decreto de combate ao trabalho escravo

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Brasília (RV) - A Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade ligada à Igreja Católica engajada no combate ao trabalho escravo e aos conflitos no campo, criticou a portaria divulgada pelo governo segunda-feira (16/10), com novas regras para o combate à escravidão contemporânea. Segundo a CPT, a norma "acaba" com o livre exercício do Estado na fiscalização e punição desse tipo de crime.

Na prática, o decreto modifica a definição de trabalho escravo e deixa nas mãos do ministro a inclusão de empresas na chamada "lista suja", que engloba aqueles que desrespeitam os direitos trabalhistas.

Segundo o texto, publicado no Diário Oficial da União, apenas poderá ser considerada escravidão a submissão do trabalhador sob ameaça de castigo, a proibição de transporte obrigando ao isolamento geográfico, a vigilância armada para manter o trabalhador no local de trabalho e a retenção de documentos pessoais.

A Comissão Pastoral da Terra lamenta as mudanças em conceitos ligados à caracterização do trabalho escravo, como a que vincula a jornada exaustiva e o trabalho degradante ao impedimento de locomoção do trabalhador.  

Também a Organização Internacional do Trabalho (OIT) manifestou "preocupação" pelas mudanças em torno da definição e da fiscalização contra o trabalho escravo no Brasil, informou Antônio Rosa, representante da entidade em Brasília.

"O Brasil, a partir de hoje, deixa de ser referência no combate à escravidão que estava sendo na comunidade internacional", disse Rosa, que é coordenador do Programa de Combate ao Trabalho Escravo da OIT no país. O decreto estabelece um conceito "condicionado à situação de liberdade, e não é assim no mundo, a escravidão moderna não é caracterizada assim", lamentou.

Em Nota Pública, a CPT, através de sua Campanha de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, e a Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB, se manifestam sobre a Portaria do Ministério do Trabalho que "numa só canetada, elimina os principais entraves ao livre exercício do trabalho escravo tais quais estabelecidos por leis, normas e portarias anteriores". 

Confira a íntegra da nota, publicada em 16 de outubro de 2017.

(cm)

 

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Igreja no Mundo



Roma: vigília missionária diocesana em São João de Latrão

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Roma (RV) - Realizar-se-á na próxima quinta-feira (19/10), na Basílica de São João de Latrão, em Roma, a vigília missionária diocesana presidida pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Dom Angelo De Donatis. 

O evento tem como tema “Ouvi o grito do meu povo”, extraído do livro do Êxodo 3, 7. Durante o encontro, o arcebispo dará o mandato missionário a alguns irmãos e irmãs da Diocese de Roma que partirão, este ano, para levar o Evangelho ao mundo. 

Promovida pelo Centro diocesano de cooperação missionária entre as Igrejas, a vigília será uma introdução do Dia Mundial das Missões que a Igreja celebrará no próximo domingo, 22.

No encontro de quinta-feira próxima, se rezará pelo Pe. Maurizio Pallù sacerdote florentino da Diocese de Roma sequestrado na última quinta-feira, dia 12, na Nigéria, por uma milícia armada. 

Além disso, dois missionários darão o próprio testemunho. Trata-se do Bispo de Djibuti, Dom Giorgio Bertin, Administrador Apostólico de Mogadíscio, na Somália, onde foi perpetrado o mais grave atentado da história do país, no último sábado (14/10), que causou mais de 300 vítimas e vários feridos. Italiano de Galzignano Terme, Província de Pádua, e franciscano, Dom Bertin desempenhou seu ministério na Somália junto com o Bispo Pietro Salvatore Colombo, assassinado em 1989. No final de seu testemunho, o bispo rezará com a Igreja romana pelo povo da Somália. 

Despois, segue o testemunho do missionário do PIME Pe. Daniele Mazza, romano, que desde 2008 vive na Tailândia. Além do profícuo diálogo com os budistas, ele realiza atividades ligadas à educação e assistência às crianças abandonadas, deficientes e idosos. 

Na mensagem para o Dia Mundial das Missões deste ano, sobre o tema “A missão no coração da fé cristã”, o Papa escreve: “Este Dia nos convida a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De fato a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando duma associação entre muitas outras, que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, num mundo baralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas, que injustamente atingem sobretudo os inocentes”.

Seguindo essa exortação, o Centro diocesano de cooperação missionária entre as Igrejas irá propor um percurso de reflexão em cinco encontros que, a partir do mês de novembro, terá como tema menores, migração, tráfico de pessoas, desafios para a missão da Igreja e para a cidade de Roma. 

A coleta do Dia Mundial das Missões será destinada às Pontifícias Obras Missionárias, através do Centro Missionário Diocesano que irá  distribui-la segundo as exigências dos vários países. 

(MJ)

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Alemanha: entregue Prêmio Católico para a mídia

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Bonn (RV) – “A digitalização permeia tudo e diz respeito realmente a todos. Ao progresso indiscutível e ao aumento das liberdades, se somam difíceis desafios”, entre os quais, “a perda da segurança e da orientação, o aumento do medo”.

A afirmação é do Bispo de Rottenberg-Stoccarda e Presidente da Comissão publicitária da Conferência Episcopal Alemã, Dom Gebhart Fürst, durante a entrega do Prêmio católico para a mídia,  evento realizado em Bonn na segunda-feira (16/10).

Em sua saudação – refere uma nota da Conferência Episcopal citada pela Agência SIR – o prelado insistiu na necessidade de uma “cultura do encontro”, alimentada por uma “comunicação construtiva”, para “olhar para a realidade com uma confiança consciente”.

O Bispo encorajou os vencedores dos prêmios a esta “comunicação construtiva”.

Na categoria “mídias eletrônicas”, o reconhecimento foi para Jeanne Turczynski pela sua transmissão “O risco do aborto tardio. Uma decisão entre a vida e a morte”.

Claas Relotius com o seu artigo “O filho do rei” - publicado no Der Spiegel em julho de 2016 - venceu o Prêmio Imprensa. O jornalista narra os acontecimentos envolvendo duas irmãs de 12 e 13 anos que deixaram Aleppo para se refugiar na Turquia, dando assim “um rosto a um evento que envolve 60 milhões de pessoas”.

O Prêmio Especial do Júri foi para Christina Fee Moebus pelo documentário “Processo para o navio dos fantasmas”, que revela uma parte da trágica história de Bremen nos anos do nacional-socialismo “sem comentários moralistas”, imbuída de “respeito pelas vítimas”, mas também honesta sobre “a culpa do Levita que passa além” e depois até mesmo “perjura não ter sentido nada”. (JE/SIR)

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Caritas Portuguesa disponibiliza 150 mil euros para vítimas de incêncios

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Lisboa (RV)  - A Caritas Portuguesa anunciou na segunda-feira (16/10) que vai disponibilizar 150 mil euros para ajuda de emergência às populações atingidas pelos incêndios deste domingo, que provocaram pelo menos 31 mortos e consideráveis danos materiais.

“A Caritas Portuguesa disponibiliza, dos seus próprios meios financeiros, a verba de 150 mil euros. Esta importância ficará, desde já, à disposição das Caritas diocesanas para as necessidades mais urgentes das pessoas e famílias afetadas”, informa a organização católica, em comunicado enviado à Agência Ecclesia.

Eugénio Fonseca, Presidente da Caritas Portuguesa, fala num “flagelo nacional” e manifesta a sua plena solidariedade com todas as vítimas dos “terríveis incêndios”, de forma particular aos familiares daqueles que já perderam a vida nesta tragédia.

A organização católica associa-se aos sofrimentos dos que vivem esta “situação de profunda consternação e deixa também uma palavra de solidariedade para com os bombeiros e todos os outros operacionais no terreno.

“Desejamos, profundamente, que cesse este tão grande flagelo nacional que já deixou um terrível rasto de morte e destruição com gravíssimas repercussões no imediato e para as gerações futuras”, refere Eugénio Fonseca.

O presidente da  Caritas Portuguesa defende a união de esforços para que se encontrem caminhos mais seguros em ordem à “prevenção eficaz dos fogos florestais, repensando, o mais depressa possível, a estratégia nacional para o efeito”.

“A Caritas Portuguesa manifesta a sua disponibilidade para ser parte integrante na implementação dessa estratégia”, conclui.

Até ao momento há 31 mortos confirmados e mais de 50 feridos, estando disponível a linha telefônica  800 246 246  para responder a pedidos de informação.

O Governo português decretou situação de "calamidade pública" em todos os distritos a norte do Tejo para ajudar no combate às chamas.

(Agência Ecclesia)

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Fórum Internacional da Ação Católica tem novo coordenador

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Roma (RV) - O Fórum Internacional da Ação Católica (Fiac) tem um novo coordenador. Trata-se de Rafael Corso, escolhido recentemente, em Roma, pelos cinco membros do secretariado desse organismo.

Rafael tem 55 anos. É engenheiro de informática, casado e pai de dois filhos. É o presidente da Ação Católica Argentina como o seu predecessor, Emilio Inzaurraga, coordenador do Fiac de 2010-2017.

“O objetivo da Ação Católica é o de estar a serviço da pastoral ordinária de cada diocese ou Igreja particular trabalhando nas paróquias e em todos os ambientes da vida social e cotidiana. O nosso compromisso é o de ajudar as pessoas a se sentirem um dom de Deus, criadas por amor, e não casualmente. Somente sentindo-se amadas, as pessoas saberão dar o melhor de si na família, no trabalho e na comunidade, e conseguirão construir um mundo mais justo e em paz”, disse ele.

Durante o encontro realizado em Roma, os membros do Secretariado do Fiac, formado atualmente por Argentina, Burundi, Itália, Senegal, Espanha, se encontraram com o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, com o Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrell, e com o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, que os incentivou pelos trabalhos futuros.

O Secretariado do Fiac definiu as diretrizes para o quadriênio 2017-2021 que serão comunicadas nos encontros continentais, miradas na preparação do Sínodo dos Bispos de 2018, do Sínodo Pan-Amazônico de 2019, e do Dia Mundial da Juventude que se realizará no Panamá, em 2019.

“O caminho desses anos”, disse o novo coordenador do Fiac, “levou a um crescimento do organismo, formado, hoje, por 34 países membros e 37 países observadores de 4 continentes. É necessário agora reforçar o trabalho continental através da ação de equipes que trabalhem no âmbito local, de acordo com o secretariado, promovendo a realidade de Ação Católica”.

(MJ)

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Formação



D. Esmeraldo: "Alegria dos missionários brasileiros é notável"

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Cidade do Vaticano (RV) - Dom Esmeraldo Barreto de Farias, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e Padre Maurício da Silva Jardim, Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), encerram quarta-feira (18/10) sua visita a Moçambique.

A visita se realiza no âmbito de uma parceria com a Conferência Episcopal de Moçambique, no sentido de ajudar com o envio de material e pessoas para a formação para a missão e a iniciação à vida cristã.

Os representantes da CNBB e das POM se reuniram com os missionários brasileiros (leigos/as, religiosos/as e padres diocesanos) da Diocese de Pemba e da Arquidiocese de Nampula.

O contexto social de Moçambique é um grande campo de trabalho para os missionários. Entre as dificuldades enfrentadas na missão, estão a exploração em minas de ouro, rubis, grafite, mármore e a realidade das injustiças sociais, especialmente ligadas à desvalorização da mulher, ao descaso na saúde e na educação e a falta de saneamento básico e acesso à água.

Em entrevista à RV, Dom Esmeraldo destaca os sinais de esperança e alegria na missão, agradece Dom Luiz Fernando Lisboa e Dom Inácio Saúre e fala sobre os encontros, as escutas e as visitas a seminaristas e comunidades:

 Ouça aqui a entrevista na íntegra: 

“Foi um momento muito importante de escuta do trabalho que aqui realizam,  do significado de sua presença e ao mesmo tempo, das realidades  em que vivem e dos desafios que encontram.

Tivemos também a oportunidade de visitar seminaristas e algumas comunidades. A alegria dos missionários que vieram do Brasil é notável. Agradecemos muito a Deus pela disponibilidade de cada um destes missionários e missionárias que aqui se colocam a serviço do Evangelho, proclamando sempre a presença de Jesus Cristo que nos ama e que nos convida a construir o Reino de Deus.

Queria ainda destacar a alegria do povo, que no meio de todas as dificuldades e sofrimentos, sempre manifesta alegria: no olhar, nos cantos, danças e como rezam.

Os missionários e missionárias brasileiras que aqui se encontram não só acolhem, mas vão mostrando aos jovens a importância de descobrirem o chamado de Deus para o ingresso no Seminário e também o trabalho de formadores de comunidades com os ministérios e outros serviços, no sentido que cada pessoa possa descobrir que a partir do batismo,  é chamada a ser discípula e missionária de Jesus Cristo”.

(cm)

 

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Doação da medula óssea: incentivar a fazer teste de compatibilidade

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa com a Dra. Gabriela Mesquita do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro, sobre a doação de medula óssea. 

O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea foi celebrado recentemente sobre tema “Agradecimento ao Doador”. 

A medula óssea é um líquido gelatinoso constituído pelas células hematopoiéticas que são as precursoras de todas as nossas células sanguíneas. A doação da medula óssea consiste na retirada desse líquido gelatinoso.

Hoje, ela nos explica o que é a compatibilidade necessária para o transplante de medula óssea.

(MJ)

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Atualidades



Mons. Arellano sobre discurso do Papa na Fao: corajoso e original

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Cidade do Vaticano (RV) - “Corajoso” e “original”: com esses dois adjetivos, o observador permanente da Santa Sé junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, Mons. Fernando Chica Arellano, define o discurso do Papa na Fao esta segunda-feira (16/10), por ocasião do Dia Mundial da Alimentação. 

A coragem de falar de “amor” como parte integrante das “relações internacionais” e de insistir na importância da “vontade” no contexto do combate à fome: “agir, mas com amor” – foi a síntese feita pelo representante vaticano.

Ademais, referindo-se sobre a relevância dada pelo Papa acerca da mais que necessária “distribuição equânime dos frutos da terra”, mas, sobretudo, acerca do “direito de todo ser humano a alimentar-se segundo as próprias necessidades, o observador permanente da Santa Sé fala de conceitos revolucionários neste mundo marcado por tantas desigualdades.

Mons. Fernando Chica Arellano:- “Parece-me ter sido um discurso corajoso, com os pés no chão; um discurso muito original, porque o Papa dirigiu um grande apelo à comunidade internacional a fim de que nas relações internacionais apareça a palavra ‘amor’. Muitas vezes, quando pensamos no amor cremos tratar-se de uma virtude somente para as micro relações, para as relações domésticas ou para uma relação muito circunscrita. Ao invés, o Papa falou da caridade, do amor como chave da ‘relação internacional’. O amor – explicou o Papa – não é uma palavra intimista, não é um sentimento ‘teórico’; o amor deve levar a realmente derrotar a fome, a acabar com esta migração forçada, obrigada, onde as pessoas fogem porque não têm o pão de cada dia para suas crianças, seus entes queridos, para si mesmos.”

RV: O Santo Padre disse que “a fome não é uma doença incurável”; é preciso buscar distribuir as riquezas porque a produção mundial é enorme...

Mons. Fernando Chica Arellano:- “Com certeza, e o Papa disse isso muito bem: não é uma doença incurável; a fome é a origem de muitas doenças, mas se pode debelar. Basta apenas uma coisa: querer isso. Falta boa vontade. Faltando isso, a fome continuará sendo um flagelo que está aí, que espezinha todas as pessoas, sobretudo os mais pobres. Foi um grande apelo a passar das palavras às obras. É tempo de agir com amor, buscando o bem-estar de todos, não somente de um pequeno grupo.”

RV: Muitas guerras são feitas por causa da falta de alimento. Essas guerras são feitas também por porções de território. Tem-se a impressão de que curando a fome, se curam, ao mesmo tempo, muitas guerras...

Mons. Fernando Chica Arellano:- “Pior ainda. Muitas vezes a fome é uma arma de guerra. É uma coisa verdadeiramente assustadora. Para acabar com a fome é preciso investir na paz. Com a paz tudo pode ser alcançado. A paz é como um imã que atrai muitos bens; a guerra é um imã que atrai muitos, muitos males.” (RL/FP)

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Segundo a FAO, fome aumenta em cinco países da América Latina

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Roma (RV) -  O relatório “Panorama da Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2017” - recém divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FA) e a Pan American Health Organization (OPS) - revela que de 2014 a 2016 a fome aumentou em cinco países latino-americanos: Argentina, Equador, El Salvador, Peru e Venezuela.

Assim, em relação ao triênio precedente, 2,4 milhões de latino-americanos a mais, passaram a sofrer com a fome na região, chegando a um total de 42,5 milhões de “famintos”, “pessoas que não têm alimento suficiente para satisfazer suas necessidades calóricas cotidianas básicas”, lê-se na síntese do relatório.

O documento evidencia o caso da Venezuela como “o mais significativo”. “Neste país, a má nutrição aumentou 3,9 pontos percentuais em relação ao triênio imediatamente precedente”.

Todavia, os dados em nível de país confirmam a heterogeneidade da região, já que em 21 nações do continente latino-americano, a subnutrição teve uma redução entre 2014 e 2016.

Brasil, Uruguai e Cuba são os países com o percentual mais baixo de pessoas subnutridas, com menos de 2,5% de sua população, percentual que se manteve invariável desde 2010.

A Argentina, o Chile e o México seguem com um percentual inferior a 5%, ainda que na Argentina – como revela o relatório – o número de pessoas subnutridas tenha aumentado de 3,4 para 3,6%, alcançando o mesmo nível de cinco anos atrás.

Na outra extremidade da lista está o Haiti, onde o percentual de pessoas subnutridas diminuiu de 48,2% para 46,8%. O país é seguido pela Bolívia, com 20,2%, Nicarágua com 17% e Honduras com 14,8%.

Mesmo que 21 países da região tenham reduzido a taxa de subnutrição no último triênio, caso se amplie o arco temporal de comparação com as cifras de um decênio atrás, encontram-se casos em que a situação é pior.

Existem quatro países na América Latina onde hoje existem mais pessoas famintas do que há dez anos: Costa Rica, que passou de 5,4 a 5,6%, El Salvador, que passou de 10,7 a 12,3%, o Paraguai, de 11,9 a 12%, a Venezuela, onde a subnutrição aumentou de 10,5 para 13%, ou seja, 1,3 milhões de pessoas em cifra absoluta, a maior diferença negativa na região, o que explica mais da metade do aumento registrado em toda a América do Sul.

(JE com OperaMundi)

 

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Igreja em Malta condena atentado que matou jornalista

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La Valeta (RV) – O arcebispo de Malta, Charles Scicluna, manifestou a sua firme condenação ao homicídio de Daphne Caruana Galizia, 53, a jornalista e blogueira maltesa morta segunda-feira (16/10) na explosão de um carro-bomba em Bidnija. Quinze dias atrás, Daphne havia registrado denúncia à polícia por ter recebido ameaças de morte.

A explosão, que ocorreu às 15h hora local (11h em Brasília), destruiu o carro em que viajava a jornalista perto de sua casa. A polícia explicou que a bomba era muito forte e que o veículo, um Peugeot 108, ficou despedaçado e espalhado pela área.

Em mensagem publicada no site da Igreja maltesa, Scicluna diz estar rezando pela vítima e sua família e expressa solidariedade a todos os jornalistas, encorajando-os a defender a verdade, sem medo de ninguém, em seu serviço de amor ao povo e à democracia.

Daphne trabalhou no caso ‘MaltaFiles’, investigação internacional que aponta a ilha como o Estado mediterrâneo que atua como ‘base-pirata’ para a evasão fiscal na União Europeia. O trabalho da jornalista foi fundamental na revelação do escândalo.

O primeiro-ministro Joseph Muscat, classificou em uma coletiva de imprensa o assassinato como um ato de “barbárie” e ordenou que os serviços de segurança dediquem os maiores recursos possíveis para a investigação.

Ela deixa marido e três filhos, um dos quais, Matthew, membro do Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo, recebeu o prêmio Pulitzer pelo trabalho sobre ‘Panamá papers’, e de modo especial, sobre o envolvimento de personalidades locais, e também sobre as relações entre Azerbaijão e o Governo de Malta.

O Arcebispo Scicluna, em sua mensagem, convida também os malteses a não ceder às polêmicas: “Este não é o momento de desencadear guerras entre nós e mover acusações recíprocas. Nosso povo deve despertar, deter os ataques recíprocos e defender o grande valor da democracia, passando das palavras aos fatos”. 

(cm)

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Comovida, comunidade egípcia condena assassinato de sacerdote copta

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Cairo (RV) – O assassino de Sam'an Shehata, sacerdote copta ortodoxo egípcio, esfaqueado até a morte em 12 de outubro, é “um criminoso conhecido das forças de ordem”, chamado Mohamed Sonbaty.

É o que afirma em uma nota o Bispo de Beba, Abba Estiganous, ao comentar que por  trás do “martírio” do sacerdote poderiam existir elementos de matriz confessional.

No Egito ainda é forte a comoção pelo bárbaro assassinato do sacerdote copta-ortodoxo, ocorrido em uma área periférica da capital. Nas redes sociais circulou um vídeo que mostra o suspeito seguindo o sacerdote e depois desferindo golpes em seu rosto e pelo corpo.

A Igreja Copta Ortodoxa no Egito já definiu Sam'an Shehata como “mártir”, morto “por ódio à fé”, ao mesmo tempo que lançou um apelo às autoridades de governo para que transformem “a cultura de uma nação, envenenada pelo extremismo”.

Os funerais foram realizados no dia 13 de outubro, um dia após o assassinato, em Beni Suef, a cerca de 115 km al sul do Cairo. Personalidades da comunidade local, sacerdotes e numerosos fiéis participaram das exéquias.

Também a Igreja Católica egípcia participou do luto que se abateu mais uma vez sobre a minoria copta.

Em nota enviada à Agência Asianews, o porta-voz Padre Rafic Greiche expressa “dor” e “proximidade” pela morte “do mártir”, assegurando “a oração” de toda a comunidade católica pela sua família “e pela paz” no país.

Mohamed Sonbaty está sob custódia. As autoridades estão verificando eventuais ligações com grupos fundamentalistas ativos no Egito. No passado ele já havia agredido os próprios familiares e incendiado a casa onde moravam. Segundo declaração de alguns vizinhos - sob anonimato, por medo de represálias - ele seria um “conhecido radical” islâmico.

Também o Grão Mufti do Egito, Xeique Shawki Allam, condenou o atentado, definindo-o como “terrorismo brutal”, que não faz distinção “entre militares, civis, ou entre um muçulmano e um cristão copta”.

Ele lança um apelo ao país, para que a população esteja unida diante da ameaça de “grupos que querem desestabilizar”.

Outro líder muçulmano, o pregador Xeique Samir Hashish, classifica os responsáveis por este e outros ataques como “não-muçulmanos” e “infiéis”, que devem ser punidos “com severidade”.

Nos últimos meses a comunidade cristã egípcia foi alvo de uma série de ataques, como aquele contra um ônibus de peregrinos coptas em maio, que provocou a morte de dezenas de pessoas.

Desde dezembro de 2016, já chega quase a cem os membros da minoria religiosa copta, mortos em ataques terroristas. (JE/Asianews)

 

 

 

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