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Sumario del 25/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: o paraíso é o abraço com Deus, Amor infinito

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Cidade do Vaticano (RV) –  Com o tema “O paraíso, meta de nossa esperança”, o Papa Francisco concluiu esta quarta-feira sua série de catequeses sobre a esperança cristã.

Dirigindo-se aos 25 mil fiéis presentes na Praça São Pedro, o Papa começou recordando que “Paraíso é uma das últimas palavras pronunciadas por Jesus na cruz, dirigidas ao bom ladrão”. Diante de sua morte iminente, faz um pedido humilde a Jesus: «Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino». 

Essas palavras eram o reconhecimento humilde de alguém que sabia não ter feito nada de bom, mas se confia à misericórdia de Jesus. Ele se compadece e promete que, naquele mesmo dia, o ladrão arrependido estaria com Ele no Paraíso: 

“É lá, no Calvário, que Jesus tem o último encontro com um pecador, para escancarar também a ele as portas de seu Reino. É a única vez que a palavra “paraíso” aparece nos Evangelhos. Jesus o promete a um “pobre diabo” que no lenho da cruz teve a coragem de dirigir a ele o mais humilde dos pedidos: «Lembra-te de mim quando entrares no teu reino»". 

Deus sempre tem compaixão dos seus filhos e, mesmo que não tenhamos nada de bom para apresentar diante d’Ele, devemos sempre nos confiar à sua misericórdia. 

O bom ladrão, nos recorda nossa verdadeira condição diante de Deus: que somos seus filhos e que ele vem a nosso encontro, tendo compaixão de nós, que Ele está desarmado cada vez que manifestamos a ele a nostalgia de seu amor”:

“Nos quartos de tantos hospitais e nas celas das prisões, este milagre se repete inúmeras vezes: não existe pessoa, por pior que tenha sido em sua vida, a quem reste somente desespero e seja proibida a graça. Diante de Deus, nos apresentamos todos de mãos vazias”.

“E cada vez que um homem, fazendo o último exame de consciência da sua vida, descobre que as faltas superam em muito as obras de bem, não deve desencorajar-se, mas confiar-se à misericórdia de Deus. Isto nos dá esperança, abre o nosso coração".

"Deus é Pai, e até o fim espera o nosso retorno. E ao filho pródigo que retornou, que começa a confessar as suas culpas, o Pai fecha a boca com um abraço”.

O Paraíso – disse Francisco – “não é um lugar de fábula, e tampouco um jardim encantado. O paraíso é o abraço com Deus, Amor infinito”.
Por isso, certos de que, mesmo que nos sintamos sozinhos, Jesus está ao nosso lado, não devemos temer a morte, mas sim desejar o encontro final com Deus, onde o veremos “cara-a-cara”, vivendo o amor perfeito:

Se acreditamos nisto, a morte deixa de nos amedrontar, e podemos também esperar partir deste mundo em maneira serena, com tanta confiança. Quem conheceu Jesus, não tema mais nada”.

Ao final, ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, francisco dirigiu-se em particular aos “fiéis de Roraima acompanhados pelo seu Pastor e os diversos grupos do Brasil”. 

“Queridos amigos – disse - a fé na vida eterna nos leva a não ter medo dos desafios desta vida presente, fortalecidos pela esperança na vitória de Cristo sobre a morte. Que Deus vos abençoe”. 

 

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Reflexões do Papa sobre o Pai Nosso na TV dos bispos italianos

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Cidade do Vaticano (RV) – “Pai Nosso” é o nome do programa que vai ao ar no canal dos bispos italianos entre este 25 de outubro e 21 de novembro.

Trata-se de conversas entre o Capelão da Prisão de Pádua, Padre Marco Pozzo e diversos convidados  que falam sobre a Oração do Pai Nosso. A novidade, é a presença do Papa Francisco.

“É preciso coragem para rezar o Pai Nosso, é preciso coragem!” - começa dizendo o Pontífice – “acreditar que há um Pai que me acompanha, que me perdoa, que me dá o Pão, que está atento a tudo o que eu peço, que me veste melhor ainda do que as flores do campo”.

E para acreditar nisto, é preciso “ousar, mas todos juntos”,  por isto a importância de “rezar todos juntos, pois um ajuda o outro e ousamos”.

“Dizemos ser cristãos, dizemos ter um Pai, mas vivemos como... – não digo como animais – mas como incrédulos, sem fé e vivemos também fazendo o mal. Não no amor, mas no ódio, na competição, ou nas guerras”.

O Papa pergunta se o nome de Deus é santificado “nas jovens sequestradas pelo Boko Haram, se é santificado nos cristãos que lutam entre eles pelo poder, é santificado na vida daqueles que contratam um matador de aluguel para resolver uma situação? É santificado na vida daqueles que não cuidam dos próprios filhos? Não, Deus não é santificado ali”.

Francisco recorda os tempos de sua infância em que o pão jamais era colocado fora, pois o pão “é o símbolo desta unidade da humanidade, é símbolo do amor de Deus”. As mães, as avós, reaproveitavam de alguma forma ou outra o pão, mas jamais era jogado fora.

O Papa também conta que quando era Bispo em Buenos Aires, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a capital argentina e foi celebrada uma Missa para os doentes em um grande estádio.

Ele atendia às confissões, quando ao final chegou uma senhora pequenina, portuguesa, muito simples, com “os olhos esplêndidos”. Ele disse a ela que ela que não tinha pecados e ela respondeu que todos pecamos, e que “Deus perdoa tudo”.

“E como a senhora sabe isto?”, perguntou Bergoglio. “Se Deus não perdoasse, o mundo não existiria!”, respondeu ela.

“Naquele momento tive vontade de dizer: “Mas a senhora estudou na Gregoriana?””.

Um presente inesperado!

“Quando falamos sobre isto a primeira vez – conta o Diretor da TV2000, Paolo Ruffini – ficamos fascinados com a ideia, e assustados. Fazer um programa sobre o Pai Nosso, sobre a oração com a qual Jesus respondeu aos discípulos que pediam a ele para “ensinar-nos a rezar””.

“Procurar restituir àquelas palavras, que conhecemos todos, o valor original. Tentar pela televisão refletir sobre esta oração, e redescobrir a beleza escondida, a profundidade, a atualidade. Buscar, por meio de uma série de encontros, de narrativas e histórias, os traços perdidos do Pai Nosso. Um caminho difícil. Mas sobre esta estrada temos encontros surpreendentes. E o mais surpreendente de todos foi aquele com o Santo Padre. Inesperado! Um verdadeiro presente”, disse por sua vez Padre Marco Pozza.

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Papa publicará seu primeiro livro sobre a América Latina

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco publicará no final de outubro seu primeiro livro sobre a América Latina, redigido a partir de uma série de entrevistas concedidas ao jornalista argentino Hernán Reyes.

O libro-entrevista será o primeiro publicado com um jornalista não-europeu e surge dos encontros com Francisco em julho e agosto passados na Casa Santa Marta, residência do Pontífice. 

“América Latina, conversas com Hernán Reyes Alcaide” celebra os dez anos da Conferência do Episcopado da América Latina e Caribe, realizada em Aparecida, e repassa temas como o papel da mulher na Igreja, a pastoral carcerária, as experiências de diálogo inter-religioso e ecumênico, o destino do que define como a “Pátria Grande” latino-americana e seus políticos.

É a primeira vez que o Papa se dedica a falar de seu continente e o faz respondendo às perguntas de um jovem compatriota, 33 anos, correspondente da agência Telam no Vaticano desde maio de 2015.

O livro se desenvolve em seis eixos temáticos que incluem “os desafios da e a partir da religião”, “o retrato do político católico latino-americano”, as crises econômicas e políticas na América Latina o papel do Vaticano nelas.

Editado por Planeta, o livro estará à venda na Argentina a partir de 30 de outubro e posteriormente em outros países latino-americanos.

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Vaticano: inauguração do Presépio e a iluminação da árvore de Natal

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Cidade do Vaticano (RV) – No próximo dia 7 de dezembro, às 16h30, hora local, será inaugurado o Presépio e a iluminação da árvore de Natal na Praça São Pedro. Será a Abadia Territorial de Montevergine a oferecer o Presépio que será montado para o Natal de 2017. 

O presépio em estilo do século 18, de acordo com a tradição napolitana, será construído por uma oficina de artesãos de Nápoles e será montado sobre uma grande superfície de aproximadamente 80 metros quadrados, com uma altura máxima de sete metros, inspirado nas obras da Misericórdia e representado por 20 figuras, com uma altura variável de dois metros. Os personagens terão suas cabeças e membros em Terracota policromada, olhos de cristal e vestidos de tecido.

A acompanhar o Presépio estará a já tradicional majestosa árvore doada, este ano, pela Arquidiocese de Elk, na Polônia. Será um imponente abeto vermelho, de 28 metros de altura, com uma circunferência máxima de 10 metros na base. O corte será realizado pelo Corpo Florestal local, que estará depois presente em Roma com uma sua delegação. A árvore será transportada em um percurso rodoviário de mais de 2.000 km que atravessará o centro da Europa. A ornamentação foi produzida por crianças internadas em divisões de oncologia de alguns hospitais italianos. Essas crianças, junto com seus pais, participaram de um programa de cerâmica-terapia recreativa em laboratórios hospitalares permanentes, idealizados, coordenados e administrados pela Fundação Condessa Lene Thun Onlus. As crianças produziram esferas e estrelas de argila que posteriormente foram reproduzidas em material sintético para a ornamentação.

Este ano, os pequenos artistas serão acompanhados pelos seus coetâneos das áreas atingidas pelo terremoto no centro da Itália, pertencentes à Arquidiocese de Spoleto-Norcia. Na manhã de 7 de dezembro, a delegação polonesa, a napolitana, junto com alguns pequenos artistas, serão recebidos em audiência pelo Santo Padre para a apresentação oficial dos presentes. À tarde, como de costume, na Praça São Pedro terá lugar uma breve cerimônia para a inauguração do Presépio e a iluminação da magnífica árvore de Natal com a prestigiosa ornamentação. A árvore e o Presépio permanecerão iluminados até a noite de domingo, 7 de janeiro de 2018, dia em que se comemora o Batismo do Senhor e se conclui, na liturgia, o Tempo do Natal. (SP)

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Vaticano na Maratona de Todos os Santos, contra "esposas-crianças" na Índia

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Cidade do Vaticano (RV) - Cinquenta maratonistas da "Athletica Vaticana" aderiram à Campanha da Fundação "Dom Bosco no mundo" contra as esposas-crianças na Índia.

De fato, estes e outros atletas participarão da Corrida dos Santos em 1° de novembro - com partida da Praça São Pedro -  para que "às crianças indianas não seja mais negada violentamente a infância, com a obrigação de casarem-se com homens idosos".

É precisamente "a solidariedade o motivo de existência da 'Athletica Vaticana', a comunidade de corredores formada por cidadãos e funcionários da Santa Sé", explica Dom Melchor Sánchez de Toca, Secretário do Pontifício Conselho da Cultura, "alma" da equipe branca-amarela, ele próprio corredor de bom nível.

Assim, "após ter promovido os valores do diálogo inter-religioso na histórica competição em 17 de setembro, na 'Rome Half Marathon Via Pacis', "os maratonistas do Papa" - diz Mons. Sànchez - correrão na Solenidade de Todos os Santos para relançar o projeto salesiano que denuncia o triste fenômeno das muitas meninas dadas em casamento na Índia a adultos e idosos".

É justamente contra esta tradição das "esposas-crianças" - que literalmente são privadas da infância - que os missionários salesianos da Província de Bangalore lutam, "colocando à disposição das pequenas vítimas a acolhida, a educação, assistência psicológica e formação sobre direitos".

Também por meio da Corrida dos Santos, a Fundação "Dom Bosco no mundo" decidiu relançar este concreto projeto missionário.

Assim, na defesa destas "pequenas mulheres", correrão lado a lado pelas ruas de Roma guardas suíços, bombeiros, gendarmes, farmacêuticos, jornalistas, funcionários dos Museus Vaticanos, da tipografia, da marcenaria, arquivistas, bibliotecários, empregados nos diversos serviços vaticanos, incluídos aqueles da Vila Pontifícia em Castel Gandolfo.

Homens e mulheres, religiosos e leigos, que compartilham a paixão pela corrida com a promoção concreta de iniciativas de solidariedade, relançando assim apelos e mensagens de seu "técnico espiritual", o Papa Francisco.

Além da corrida, também estão previstos "encontros técnicos, humanos e espirituais" com os atletas paraolímpicos e jovens "Special Olympics".

 

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Papa antecipa conversa com astronautas para falar com vítimas do terremoto no México

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa antecipou sua comunicação com os astronautas da Estação Espacial Internacional programada anteriormente para às 17 horas desta quinta-feira, 26 de outubro. 

O motivo, é que Francisco irá até a sede romana da Fundação Scholas Occurrentes, para participar de uma videoconferência com jovens mexicanos - vítimas dos terremotos de setembro passado - com início às 17 horas (horário italiano), mesma hora prevista inicialmente para a conversa com os astronautas. Assim, a conversa com os astronautas será às 15 horas.

Também deverão participar da videoconferência jovens da Argentina e Paraguai, e poderá ser incluído um grupo de detentas de um instituto penal.

A iniciativa é resultado do trabalho da "Scholas Occurrentes" no México, revelou o Diretor da Fundação, José María del Corral.

Sobre as ações da instituição após os terremotos no México, Corral comenta que muitas das crianças e jovens das regiões afetadas, ficarão meses ou mesmo at[e mais de um ano sem escolas.

"Creio que aqui está o desafio da Scholas, em como levar adiante este projeto de escolas sem escolas, esta proposta de aulas sem paredes, em um lugar onde as paredes literalmente não existem".

Para concretizar este projeto, prevê-se que ao final de outubro uma equipe especial da Fundação chegue ao México para capacitar quatro pessoas - duas espanholas e duas mexicanas - em ações para "curar as feridas interiores do alunos".

"O espacial tem a ver com o educativo, e que o jovem se sinta seguro depois de ter passado pelo trauma que passou, em uma tenda digna que o abrigue da chuva, onde possa estar, com luz e um banheiro para as pessoas, é necessário", indicou.

Há algumas semanas, Del Corral visitou o México, percorrendo algumas das localidades mais afetadas pelo sisma, como Jojutla, no Estado de Morelos, onde se planeja instalar cerca de sete "escolas-tenda".

 

 

 

 

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Família de ativista argentino encontrado morto com o Papa em dezembro

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco receberá em dezembro a família de Santiago Maldonado, o jovem argentino ativista dos direitos humanos, encontrado morto dois meses após um conflito com a Gendarmaria nacional.

Segundo o jornal "La Nación", o Pontífice receberá seus conterrâneos ao voltar de sua viagem a Bangladesh e Mianmar, a ser realizada entre 27 de novembro e 3 de dezembro de 2017.

O caso do artesão de 28 anos ganhou as manchetes dos jornais argentinos. O seu cadáver foi encontrado no Rio Chubut, 78 dias após seu desaparecimento. A autópsia realizada por peritos forenses revelou que sua morte não foi provocada por lesões diretas, circunstância que suspende o debate sobre eventuais responsabilidades das forças de segurança.

O caso teve origem nas manifestações de alguns membros da comunidade Mapuche Pu Lof de Cushamen que reivindicavam a propriedade de algumas terras no coração da Patagônia, em área que há tempos é de propriedade da Benetton.  Justamente o uso abusivo da força pela Gendarmaria que havia colocado sob pressão o governo.

As últimas notícias de Maldonado em vida remontam a 1° de agosto, dia em que participava de uma manifestação.

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Sacerdotes devem evitar "dinheiro, vaidade, orgulho", diz Card. Stella

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Cidade do Vaticano (RV) - Na ação do padre não podem e não devem existir "compartimentos estanques", a ponto de dividir aquilo que é "pastoral" daquilo que é "administrativo". Trata-se de compromissos de tipo diverso, mas mesmo assim "incluídos dentro da caridade pastoral".

Foi o que sublinhou o Cardeal Beniamino Stella, ao pronunciar-se no encontro realizado por ocasião do centenário da Federação entre as Associações do Clero na Itália (FACI), realizado em Assis na manhã de 24 de outubro.

Em síntese, enquanto pastores "tudo aquilo que o padre faz e vive é pastoral, porque é voltado às pessoas, é de fato o seu rebanho, a sua família, e as envolve de uma forma ou outra".

Aprofundando os "aspectos pastorais-administrativos na espiritualidade presbiteral, o Prefeito da Congregação para o Clero ofereceu algumas indicações sobre temas de grande atualidade eclesial, a começar pela reforma dos processos de declaração de nulidade dos matrimônios introduzida pelo Papa Francisco com os Motu proprio Mitis iudex Dominus Iesus e Mitis et Misericors Iesus, de 15 de agosto.

O papel dos párocos

Hoje - disse Dom Stella - estamos diante de "uma reforma eclesial com características diferentes daquelas do passado",  uma reforma que pretende "voltar-se não somente aos agentes do direito e aos especialistas, destinatários naturais de disposições de tal gênero", mas também, e em medida importante, aos párocos e sacerdotes.

Sobressai, de fato, "a relevância jurídica da atividade pastoral dos párocos e o papel ativo a que eles são chamados a desempenhar na implementação de tal reforma".

Com efeito - observou o purpurado - tal reforma "tem profundas raízes pastorais, mesmo permanecendo uma matéria de natureza jurídica e técnica". Raízes que nascem "da semente da renovação pastoral e da atenção às "periferias" de todo tipo, sempre levadas em frente pelo Papa Francisco".

E para a vida das comunidades - observou - "talvez em muitos casos, as situações assim chamadas "irregulares", foram consideradas no passado periferias quase inatingíveis" e o instrumento do processo para a declaração de nulidade matrimonial "um castelo de muros altíssimos, onde somente poucos sortudos, ou privilegiados, poderiam penetrar".

Entre os agentes envolvidos, com competências não exclusivamente jurídico-canônicas, é de fato "mencionado, em primeiro lugar, o pároco".

Deste modo, é preenchido "o abismo muitas vezes existido entre vida cotidiana dos fiéis e o tribunal eclesiástico, percebido facilmente como entidade "abstrata" e distante".

Neste sentido, o pároco desenvolve em primeiro lugar "um ministério de escuta e de acolhida", deixando-se encontrar "por quem o procura e partindo da própria vontade a iniciativa de fazer-se próximo destes, de quem veio a conhecer a condição de divorciados recasados, ou daqueles que, pelos motivos mais diversas, chegaram a duvidar da validade do próprio matrimônio, mesmo não sendo separados ou divorciados".

Nesta fase, ao seu "faro pastoral", é "confiado o discernimento sobre o caminho pelo qual conduzir o diálogo com as pessoas envolvidas", ou seja, "o caminho da reconciliação, idealmente sempre o primeiro a ser tentado"; ou, em segundo lugar, aquele em direção "ao processo de nulidade matrimonial", lançando uma "ponte entre as pessoas e o tribunal eclesiástico".

Este ministério de acolhida - observou o Prefeito da Congregação para o Clero - é também "um ministério de discernimento, considerando que o pároco é e permanece sendo um pastor".

Administração dos bens

Outro aspecto importante para a atividade pastoral-administrativa do sacerdote, é aquele da administração dos bens. O Cardeal recordou a este propósito que na sua pregação, diversas vezes o Papa Francisco "voltou ao tema do dinheiro e da possibilidade de testemunho evangélico, ou do escândalo que pode derivar disto, ambientando o discurso em um horizonte antes de tudo espiritual".

Para estabelecer uma correta relação com o âmbito econômico, é necessário para isto "guardar-se de ceder à tentação de idolatrar o dinheiro", como disse o Pontífice na homilia matutina na Casa Santa Marta em 20 de setembro de 2013.

Do magistério do Papa Francisco - sublinhou o purpurado - podem ser extraídas duas importantes advertências para o serviço a ser prestado à Igreja por meio dos bens eclesiásticos.

Por um lado, se é chamado "a administrar os bens da Igreja antes de tudo com zelo evangelizador e espírito missionário".

Por outro, existe sempre o risco do "grande escândalo que hoje pode derivar de um uso imprudente ou desonesto do dinheiro", porque "o povo de Deus não te perdoa se tu és um pastor apegado ao dinheiro".

De fato, "dinheiro, vaidade e orgulho" são os "três degraus que nos conduzem a todos os pecados".

Quanto à "espiritualidade administrativa" a que cada presbítero é chamado a cultivar - o Cardeal convidou os padres a exercerem as suas funções "com a diligência de um bom pai de família" e com prudência e sabedoria.

De fato, um sacerdote "bom pai de família" pensa no futuro dos próprios "filhos", "não de forma ingênua e sonhadora, mas concreta e razoável".

Ele não "individa a "família" seguindo projetos pessoais, quem sabe bons, mas irreais, conhece o valor do dinheiro e se sente responsável pelos bens que a Igreja confiou aos seus cuidados", para que um dia "ele possa restitui-los a quem vier depois dele".

Um ulterior tema ligado à gestão dos bens é o da oferta recebida dos fiéis para a celebração de missas. A este respeito, o Prefeito mencionou o Decreto Mos iugiter de 1991, com as suas normas e com os convites à prudência que contém.

Por fim, o Cardeal Beniamino Stella recordou outro elemento administrativo com importantes consequências pastorais para o ministério do pároco: a possibilidade de dispensar os fieis da obrigação de observar o dia festivo por uma justa causa, conforme as disposições do bispo diocesano.

"Trata-se - explicou - de um exercício concreto da misericórdia divina, que por meio da Igreja e os seus ministro, chega aos fiéis".

(JE - L'Osservatore Romano)

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Igreja no Brasil



Papa nomeia bispo para Propriá (SE): Dom Vitor de Menezes

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quarta-feira (25/10), a Diocese de Propriá (SE) ganhou um novo bispo. O Papa nomeou o Padre Vítor Agnaldo de Menezes, do clero de Jequié, (BA), em substituição de Dom Mario Rino Sivieri, 75, que ocupava o cargo há 20 anos. 

O novo bispo, 49, nascido em Curaçá, na diocese de Juazeiro (BA) é o Pároco de “Nossa Senhora das Graças”, em Maracás (BA).

Estudos

É formado em Filosofia pelo Institutum Sapientiae, em Anápolis (GO) e em Teologia pela Universidade Católica de Salvador, na Bahia. Também tem especialização em Espiritualidade Sacerdotal e Missionária. Foi ordenado sacerdote em 18 de abril de 1998.

Cargos ocupados

Entre as funções que exerceu estão a de pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Jequié (BA); reitor do Seminário Maior Diocesano; diretor Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, de 2006 a 2010; pároco da Paróquia Catedral de Santo Antônio, em Jequié, de 2011 a 2016 e até agora, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças.

CNBB saúda o novo bispo

“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se alegra com sua nomeação como bispo da diocese sergipana de Propriá. Com sua nomeação, Papa Francisco manifesta, mais uma vez, cuidado e zelo para com a Igreja no Brasil, nomeando-o como o sucessor de Dom Mário Rino Sivieri.

Sua trajetória como sacerdote no campo da pastoral e da formação do clero nos faz lembrar que se trata da ação da Providência em vista do que a Igreja iria lhe confiar.

São João Paulo II, recentemente celebrado na memória litúrgica da Igreja, por ocasião da visita Ad Limina dos bispos do nordeste do Brasil, em 1995, disse: “Os votos que vos faço, Bispos do Brasil, é que encontreis em vossos fiéis a colaboração construtiva para serdes sustentados no cumprimento da responsabilidade que vos foi confiada”. Com estas palavras, saudamos sua chegada ao episcopado para servir a Igreja no nordeste brasileiro.

Pedimos que o Irmão leve o nosso abraço de gratidão a dom Mário Rino Sivieri. O lema episcopal “Omnium Servus – servo para todos” nos deixa antever, com alegria, a grande força do ministério dele realizado por 20 anos em Propriá. Enviamos nossos melhores votos de saúde e de paz em seu tempo de emeritude que agora tem início.

Desejamos que seu pastoreio seja fecundo!

A nota é assinada pelo Secretário-Geral da CNBB,  Dom Leonardo Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília.

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Crise dos presídios no Brasil: a revolução da justiça restaurativa e do perdão

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Santo Domingo (RV) – A violência é um dos problemas mais graves da América Latina, afirma o idealizador das Escolas de Perdão e Reconciliação (ESPERE), Padre Leonel Narváez Gómez. No Brasil, segundo a Pastoral Carcerária, é o principal produto do sistema prisional no país, junto à indignidade das pessoas e o número de mortes. 

Os massacres registrados no mês de janeiro deste ano nas penitenciárias de Manaus (AM), Roraima e Rio Grande do Norte, com quase 120 mortes, ratificam a fragilidade instaurada no setor. Só no ano passado, cerca de 379 pessoas morreram violentamente dentro das prisões brasileiras (fonte: G1). Os grandes percentuais de homicídios, segundo o Pe. Leonel, acontecem por ajuste de contas e vingança entre pessoas.

 “A convicção é cada vez maior de que este continente latino-americano segue sendo o continente mais desigual, mais violento e, também, paradoxalmente, mais católico. E, essas três palavras: desigual, violento e católico, brigam entre si. Então, dessa luta nos direcionamos ao conceito fundamental do Papa Francisco de que sem o perdão só existe uma vida infecunda e estéril, e é necessário voltar para o que é essencial.

Visando a necessidade de incrementar uma cultura política pela paz, inclusive para reverter a contínua degradação no sistema prisional, uma delegação brasileira participou da quinta edição do Encontro Internacional da ESPERE no início de outubro, em Santo Domingo, na República Dominicana. O Pe. Leonel foi um dos responsáveis em conduzir os participantes ao caminho do perdão como ferramenta da paz.

“A vingança tem sido o principal motivador dos homicídios na América Latina. E, essa palavra vingança – ou ajuste de contas – desafia profundamente nós que seguimos Jesus, em que o principal mandamento é o amor, e o amor inclusive aos inimigos. Nesse encontro falamos particularmente do perdão a si mesmo e da prática da autocompaixão, como exercícios poderosos para se recuperar dos traumas e das violências, enfim, para gerar comunidades de muita paz e convivência.”

O Brasil tem usado a metodologia da ESPERE para atuar com práticas de justiça restaurativa, através da Pastoral Carcerária. Segundo o Pe. Leonel, estimular o perdão nesse contexto fará com que as penas pelos crimes sejam cada vez menores, gerando um novo impacto na vida das pessoas.

“Nós estamos falando sobre a justiça restaurativa e o perdão como verdadeiros exercícios mais autorestauradores que podem existir. A primeira coisa que as pessoas que estão para sair dos presídios respondem quando questionadas sobre o que mais precisam pra sair é: o perdão. O perdão tem implicações muito importantes para nós, sobretudo em perspectiva futura, quando a justiça passa de punitiva a ser restaurativa. Nós estamos instaurando uma revolução importante no mundo, na Igreja e, em geral, na justiça que restaura, que recupera as pessoas, não na justiça que castiga para sempre. Então, no futuro, os presídios estarão cada vez mais vazios, irão fazer simplesmente recursos de emergência. Mas nunca chegarão a ter essas superlotações de pessoas, que expressam pouca compaixão e pouca capacidade para gerar leis novas que restaurem e recuperem os cidadãos.”

Pe. Leonel afirma ainda que a criminalidade só pode ser superada positivamente se há três componentes: favorabilidade penal, emprego e educação para paz.

“Começou uma nova era, ou época da humanidade, em que o castigo e as armas já são coisas do passado e que o futuro da humanidade está mais para a compaixão, a bondade e a misericórdia. Possivelmente esse seja um desafio muito grande ao futuro porque implicará, sem dúvidas, em mudanças culturais, mudanças pastorais na nossa organização católica, inclusive na formação dos sacerdotes. No entanto, acreditamos com muita esperança e otimismo, sobretudo por aquilo que estamos fazendo em vários países onde estamos trabalhando. Grandes objetivos nos movem para eliminar os presídios, a pena de morte e a reclusão solitária das pessoas que se convertem num tapa à dignidade das pessoas. Então, acreditamos, de verdade, que pouco a pouco, está sendo construído um futuro novo para a humanidade com base na misericórdia, na compaixão, no perdão e na reconciliação.”

Ouça a reportagem especial de Andressa Collet aqui:

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Igreja no Mundo



Iraque: combates obrigam milhares a fugir de Tuz Khurmatu

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Bagdá (RV) - A Anistia Internacional recolheu imagens de satélite, vídeos, fotografias e dezenas de testemunhos sobre a fuga em massa de dezenas de milhares de civis da cidade iraquiana de Tuz Khurmatu, após os combates de 16 de outubro entre as forças governamentais - apoiadas pelas milícias chamadas 'Unidades de Mobilização Popular' -  e os combatentes curdos "peshmerga".

Testemunhas indicam que ao menos 11 civis foram mortos pelos ataques indiscriminados, centenas de propriedades foram saqueadas, incendiadas e destruídas, naquele que pareceu ser um ataque planejado contra a área de maioria curda da cidade.

"Em poucas horas, as vidas de diversos homens, mulheres e crianças de Tuz Khurmatu foram devastadas. Milhares de pessoas perderam casas, negócios e tudo que possuíam e agora se encontram nos campos, nos povoados e nas cidades vizinhas, perguntando-se se algum dia poderão retornar", declarou Lynn Maalouf, Diretora para as pesquisas sobre o Oriente Médio da Anistia Internacional.

"As autoridades iraquianas no passado já haviam declarado que não tolerariam nenhum ataque contra os civis e chamariam em causa os responsáveis. Agora devem traduzir as suas palavras em ações e iniciar investigações imparciais sobre o que ocorreu em Tuz Khurmatu, de forma que as vítimas recebam total reparação e os responsáveis sejam levados diante da justiça", acrescentou Maalouf.

A Missão de  assistência das Nações Unidas para o Iraque (Unami) informou à Anistia Internacional que desde 16 de outubro, mais de 35 mil habitantes de Tuz Khurmatu deixaram a cidade. Muitos o fizeram entre às 2 e 6 da manhã daquele dia, assim que iniciaram os combates.

Até 16 de outubro, Tuz Khurmatu era uma cidade multiétnica com uma população de mais de cem mil habitantes, entre curdos, turcomenos e árabes, e estava sob controle conjunto das forças do Governo regional do Curdistão, das Unidades de Mobilização Popular e da Polícia local.

Foi quando em 16 de outubro, as forças regulares iraquianas, apoiadas pelas Unidades de Mobilização Populares, assumiram o controle da cidade.

 

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Coreia: mês missionário convocado pelo Papa renovará impulso apostólico

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Seul (RV) - O “Mês missionário extraordinário” – convocado pelo Papa Francisco para outubro de 2019 – renovará o impulso apostólico na comunidade católica coreana e será um estímulo a prosseguir na obra de anúncio do Evangelho, que na Coreia tem suas raízes na experiência dos mártires. Foi o que disse à agência missionária Fides o sacerdote da diocese sul-coreana de Daejeon, Pe. Agostino Han, recordando a história e a atualidade da evangelização da Igreja na Coreia. 

“Nossa história recorda a passagem evangélica de São Marcos, quando diz: o Reino de Deus é como um homem que lançou a semente na terra; ele dorme e acorda, de noite e de dia, mas a semente germina e cresce, sem que ele saiba como (Mc 4,26-27)”, ressaltou o sacerdote.

Florescimento do cristianismo na Coreia

Pe. Agostino repercorreu a história do florescimento do cristianismo em terra coreana: “No final do Séc. XVIII alguns eruditos entraram em contato com os livros bíblicos e com a obra ‘O verdadeiro significado do Senhor do céu’ de autoria de Pe. Matteo Ricci, em chinês, e começaram a estudar autonomamente a doutrina da Igreja”.

“Conquistados pela verdade explicada pelo missionário jesuíta, enviaram um deles a Pequim, para que recebesse o batismo. Sucessivamente, missionários chineses e franceses vieram à Coreia. Muitos deles foram martirizados professando a fé corajosamente”, continuou.

Protomártires na Coreia

“Alguns deles foram assassinados poucos meses após a chegada à península coreana: isso significa que foram mortos por ódio à fé (in odium fidei) após ter viajado durante mais de um ano, atravessando os oceanos. Muitos tinham somente trinta anos no momento do martírio”, acrescentou.

“Naquele momento – prosseguiu o sacerdote – teria sido muito difícil imaginar que a Igreja na Coreia alcançaria, séculos mais tarde, a admirável cifra de cinco milhões de pessoas que professam a fé católica, como hoje ocorre. Hoje é uma Igreja que envia aos quatro cantos do mundo mais de mil missionários entre sacerdotes, religiosos e leigos.”

Sacrifício não foi inútil

Pe. Agostino observou ainda: “Embora os missionários tenham sido martirizados após um breve tempo da obra de evangelização, o sacrifício deles não foi inútil. Foram homens que lançaram as sementes do Evangelho na terra coreana. Os frutos das sementes não se veem logo após a semeadura”.

“A missão de Jesus, bem como a dos missionários que vão a terras longínquas, não é realizar um grande projeto de caráter humano, mas fazer a vontade de Deus na própria vida, confiando totalmente na Providência de Deus.”

Deus é o Senhor da História

Hoje, nós cristãos coreanos, preparando e vivendo o Mês missionário extraordinário, devemos ter essa confiança na providência de Deus, como fundamento sólido de todas as nossas atividades evangelizadoras.

“Deus é o Senhor da história, quer a salvação de todos os povos e os atrai a si, mediante a colaboração de todo batizado, em sua Providência”, ponderou o sacerdote da diocese sul-coreana. (RL/Fides)

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Bispos italianos: sim a culturas sustentáveis no respeito pelo ambiente

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Roma (RV) - A terra é “uma realidade a ser protegida”. Daí, a importância do forte chamado da Carta encíclica Laudato si ao cuidado da casa comum, sua percepção de uma interdependência global que “nos obriga a pensar num único mundo, num projeto comum”, seu chamado a “programar uma agricultura sustentável e diversificada” (n. 164).

É uma passagem da mensagem que a Comissão episcopal para as questões sociais e o trabalho, a justiça e a paz, o cuidado da criação – da Conferência Episcopal Italiana (CEI) – elaborou por ocasião do 67º Dia nacional de ação de graças, que será celebrado no próximo dia 12 de novembro.

No documento, que estará publicado esta quinta-feira (26/10) no jornal do episcopado italiano “Avvenire”, os bispos evocam as razões “da promoção de uma renovada prática de cultivo da terra, no signo da atenção ao ambiente, intensificando as boas práticas já implementadas em muitas realidades do nosso território”, afirmam, favorecendo formas de produção de baixo impacto, atentas à biodiversidade, capazes de privilegiar as produções autóctones e sem variedade geneticamente modificadas.

“É também um modo de contrastar o desenvolvimento daquela mudança climática que tem alguns dos impactos mais devastadores justamente sobre a agricultura”, acrescentam.

Todo ano, observam os bispos italianos, este Dia “se caracteriza como convite a olhar para os frutos da terra – e para toda a realidade do mundo agrícola  - no signo da ação de graças”, bem como memória viva e eficaz da renovada resposta dos agricultores aos dons do Senhor”.

Daí, a importância de empresas agrícolas que “buscam reconciliar a família com a economia de mercado, superando a incompatibilidade com a ‘economia do descarte’ e promovendo desdobramentos de ‘economia civil’”. (RL/Sir)

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Formação



Dez aspectos da renovação litúrgica do Concílio Vaticano II

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje dos “dez aspectos da renovação litúrgica do Concílio”. 

Na edição de hoje deste nosso espaço damos continuidade ao tema da reforma litúrgica trazida pelo Concílio Vaticano II. O tema do programa passado foi “A excelência e a eficácia” da liturgia. Vimos como ela, como exercício da função sacerdotal de Cristo cabeça, realiza em modo próprio a cada um, a santificação dos homens, membros do Corpo Místico”.

Na edição de hoje, Padre Gerson Schmidt nos traz a reflexão sobre “Dez aspectos da renovação litúrgica do Concílio”:

"Na constituição dogmática Sacrosanctum Concilium se apresenta diversos aspectos para que a renovação litúrgica aconteça. Afirma-se no número 21 da SC: “A santa mãe Igreja, para permitir ao povo cristão o acesso mais seguro à abundância de graças que a liturgia contém, deseja fazer uma acurada reforma geral da liturgia". 

Na verdade, a liturgia compõe-se de uma parte imutável, porque de instituição divina, e de partes suscetíveis de mudanças. Estas, com o passar dos tempos, podem ou mesmo devem variar, se nelas se introduzirem elementos que menos correspondam à natureza íntima da própria liturgia, ou se estes se tenham tornado menos oportunos.

Nesta reforma, porém, o texto e as cerimônias devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas que eles significam e o povo cristão possa compreendê-las facilmente, à medida do possível, e também participar plena e ativamente da celebração comunitária. Nos interessa aqui de modo particular essa frase: o texto e as cerimônias (da liturgia) devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas.

Diante da controvérsia luterana, sabemos que na história, na liturgia, se acentuou demasiadamente no catolicismo o princípio da eficácia do sacramento, em detrimento aos sinais litúrgicos e celebrativos – dessa clareza pedida pela SC. Se acentuou muito a frase: “ex opera operatur” – frase latina que traduzida significa realizar com eficácia o que significa e simboliza o sacramento. Bastava o padre celebra ex opera operatur havendo matéria e forma do sacramento para que se realize o que opera pelo sacramento. Por causa dessa eficácia operante, não se deu mais tanta importância aos sinais litúrgicos e essa expressão mais clara das coisas santas (SC, 21), pedida pelo Concílio. 

Por isso, é possível entender o apelo dos padres conciliares: “Nesta reforma, porém, o texto e as cerimônias devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas que eles significam e o povo cristão possa compreendê-las facilmente, à medida do possível, e também participar plena e ativamente da celebração comunitária”. Ou seja, a importância dos SINAIS – não só da eficácia sacramental.

Nessa reforma do concilio, percebemos 10 aspectos de renovação, a partir da constituição dogmática Sacrosanctum Concilium, que aqui enumeramos:

1. O valor da Assembleia Litúrgica – CIC 1141; 1142; SC 07
2. O uso da Língua Vernácula – SC 36; 63
3. A importância das duas espécies eucarísticas - Pão e Vinho – SC 55 – Missal romano 240, 241, 14, 283.
4. O entendimento do Ofertório -  não somente como sacrifício pessoal – SC 48
5. A participação ativa dos fiéis – SC 48,14,19,30,50
6. A verdadeiro sentido da Presença real – não simplesmente como adoração penitente, mas presença alegre e festiva - SC 07
7. A valorização da Palavra e do Ambão (Mesa da Palavra) – SC 35
8. A importância da Oração Universal – as Preces – SC 53 Missal 46
9. A valorização da Vigilia Pascal – SC 102
10.O Mistério Pascal como centro – SC 47, 05,06

Nesse espaço memória histórica, queremos ir nos adentrando em cada um desses aspectos".

 

 

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Vírus zika em debate no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se esta semana, no Vaticano, o Workshop “Biologia Celular e Genética”, promovido pela Pontifícia Academia das Ciências e da Academia das Ciências da América Latina. 

O evento reuniu durante dois dias (23 e 24 de outubro) cientistas latino-americanos com o intuito de apresentar as recentes descobertas no âmbito da Biologia Celular e como superar os principais desafios da pesquisa na América Latina.

O Brasil foi representado por quatro cientistas: três convidados e o membro da Pontifícia Academia das Ciências, Prof. Vanderlei Bagnato.

O Dr. Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, falou sobre o vírus Zika e os avanços da pesquisa nos últimos 18 meses. O Prof. Elibio Rech, da Embrapa, foi encarregado de apresentar as inovações acerca das tecnologias de fronteira. Já o Prof. Luiz Davidovich, Presidente da Academia Brasileira de Ciências, coordenou no encontro uma sessão sobre cooperação internacional.

Ouça acima a reportagem completa e confira a entrevista com o Dr. Rehen.

 

 

 

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