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Sumario del 26/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa conversa com astronautas a 400 km da Terra: "O espaço é o futuro"

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Cidade do Vaticano (RV) – Filosofia, curiosidade, ciência e família: assim foi o colóquio do Papa Francisco com os astronautas da Estação Espacial Internacional na tarde desta quinta-feira (26/10). 

Numa conexão áudio e vídeo da Sala Paulo VI, o Papa conversou ao vivo com os tripulantes da missão 53, a bordo da Estação Espacial Internacional a 400 km da Terra.

Entre as perguntas feitas por Francisco, havia questões complexas, como, por exemplo, o “lugar” que o homem ocupa no universo, segundo a visão dos astronautas.

“É um discurso muito delicado, respondeu o astronauta italiano Dr. Paolo Nespoli. “Creio que o nosso objetivo aqui seja conhecer o nosso ser e o que está ao nosso redor. E se trata de algo interessante, porque mais conhecemos, mais percebemos que conhecemos pouco. Gostaria muito que pessoas como o senhor – teólogos, filósofos, poetas e escritores – pudessem vir aqui no espaço, e não somente físicos e engenheiros. Isso aqui será realmente o futuro; gostaria que viessem aqui para explorar o que significa ter um ser humano no espaço.”

Ver a Terra com os olhos de Deus

Sobre a perspectiva de admirar o planeta Terra do espaço, um membro russo da tripulação disse que é como “ter a possibilidade de ver a Terra um pouco com os olhos de Deus, e ver a beleza e incredulidade deste planeta”.

Na velocidade orbital de 10 km por segundo, “nós vemos a Terra com olhos diferentes: vemos uma Terra sem confins, vemos uma Terra onde a atmosfera é extremamente sútil e olhar a Terra deste modo nos permite pensar como seres humanos, de como todos deveríamos trabalhar juntos e colaborar por um futuro melhor”.  

O Papa e os astronautas falaram ainda da convivência “internacional” nas expedições, já que se trata de pelo menos nove nações europeias, mais Estados Unidos, Rússia, Japão e Canadá.

Francisco agradeceu a oportunidade desta conversa com este pequeno “Palácio de Vidro”, em referência à sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Já o Dr. Nespoli agradeceu em nome de toda a tripulação da Estação Espacial Internacional, afirmando que se trata de um local de muita pesquisa, “onde se vai atrás das coisas todos os dias”. “Eu lhe agradeço por ter estado conosco e por ter-nos levado ‘mais acima’ e por ter-nos tirado dessa mecanicidade cotidiana, por ter-nos feito pensar em coisas maiores do que nós”.

Tripulação

A tripulação é composta por: Randolph Bresnik (EUA), Comandante da NASA; Paolo Nespoli (Itália), Engenheiro de Programas de Observação da Terra (ESA); Mark T. Vande Hei (EUA), Engenheiro da NASA; Joseph Acaba, (EUA, de origem porto-riquenha), Engenheiro da NASA; Segey Ryazanskiy (Rússia), Engenheiro; e Alexander Misurkin (Rússia), Engenheiro.

Confira aqui o vídeo:

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Papa: a luta dos cristãos não leva à tranquilidade, mas à paz

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Cidade do Vaticano (RV) - “Jesus nos chama a mudar de vida, a mudar de rumo, nos chama à conversão”. Isso comporta lutar contra o mal, inclusive no nosso coração, “uma luta que não traz tranquilidade, mas paz”.

Assim disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, explicando – inspirado pelo Evangelho do dia – que este é o “fogo” que Jesus lança sobre a terra. Um fogo que requer transformação: 

“Mudar o modo de pensar, mudar o modo de sentir. O seu coração que era mundano, pagão, agora se torna cristão com a força de Cristo: mudar, esta é a conversão. E mudar no modo de agir: as suas obras devem mudar.”

Uma “conversão que envolve tudo, corpo e alma, tudo”, destacou Francisco:

“É uma transformação, mas não é uma transformação que se faz com a maquiagem: é uma transformação que o Espírito Santo faz, dentro. E eu devo ajudar para que o Espírito Santo possa agir e isso significa luta, lutar!”

“Não existem cristãos tranquilos, que não lutam”, acrescentou o Papa, “estes não são cristãos, são ‘mornos’”. A tranquilidade para dormir “pode ser encontrada inclusive numa pastilha”, disse, “mas não existem pastilhas para a paz” interior.

“Somente o Espírito Santo” pode dar “aquela paz da alma que dá a fortaleza aos cristãos. “E nós devemos ajudar o Espirito Santo” – exortou o Papa – “abrindo espaço no nosso coração”: “E nisto, muito nos ajuda o exame de consciência, de todos os dias”, para “lutar contra as doenças do Espírito, aquelas que semeiam o inimigo e que são as doenças da mundanidade”.

“A luta que Jesus travou contra o diabo, contra o mal – recordou o Papa – não é algo antigo, é algo muito moderno, é algo de hoje, de todos os dias”, porque “aquele fogo que Jesus veio nos trazer está no nosso coração”. Por isso devemos deixá-lo entrar, e “perguntar-se todos os dias: como passei da mundanidade, do pecado, à graça, abri espaço para o Espírito Santo para que Ele pudesse agir?”

“As dificuldades na nossa vida não se resolvem aguando a verdade. A verdade é esta, Jesus trouxe fogo e luta, o que eu faço?”

Para a conversão, concluiu Francisco, é preciso “um coração generoso e fiel”: “generosidade, que sempre vem do amor, e fidelidade, fidelidade à Palavra de Deus”.

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Papa: prosseguir no ecumenismo é obrigatório diante do martírio dos cristãos

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Cidade do Vaticano (RV) – A série de audiências do Papa Francisco esta quinta-feira (26/10) começou com uma delegação escocesa, guiada pelo Moderador da Igreja da Escócia, Derek Browning. 

Este encontro – afirmou o Pontífice – se realiza em proximidade do quinto centenário da Reforma. “Agradeçamos ao Senhor pelo grande dom de conseguirmos viver este ano como verdadeiros irmãos, não mais como rivais, depois de demasiados séculos de desconfiança e conflito.”

Isso foi possível, acrescentou Francisco, graças ao caminho ecumênico empreendido, cujo um dos frutos foi a “purificação da memória”.

“No espírito do Evangelho, prossigamos agora no caminho da caridade humilde, que leva à superação das divisões e à cura das feridas.”

O Papa falou de modo especial do “ecumenismo de sangue”, citando os muitos cristãos que hoje sofrem graves provações e são perseguidos pelo nome de Jesus, chegando ao martírio. “O testemunho deles nos impõe ir avante com amor e coragem até ao fim. O nosso empenho em rezar uns pelos outros e a superar as feridas do passado são respostas devidas também a eles, dentro deste grande ‘nós’ da fé.”

O Papa concluiu fazendo votos de que o caminho rumo à unidade visível continue todos os dias e traga ricos frutos no futuro, como aconteceu no recente passado. Para isso, Francisco assegurou a plena colaboração da Igreja Católica, através do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, “que deseja continuar a avançar juntos”. 

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Papa: Universidade não é sinônimo de prestígio, mas de serviço

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã de quinta-feira (26/10) uma delegação da Universidade Católica Portuguesa, que está festejando 50 anos de fundação. 

“Longa vida à Universidade Católica Portuguesa!”, exclamou Francisco em seu discurso, discorrendo sobre a natureza e a missão do termo ‘universidade’, isto é, abraçar o universo do saber no seu significado humano e divino.

Por isso, para o Pontífice, é importante que os alunos não olhem o grau universitário como sinônimo de maior posição, de mais dinheiro ou maior prestígio social. Pelo contrário, estar numa universidade significa preparar-se a uma maior responsabilidade perante os problemas de hoje, perante o cuidado do mais pobre, perante o cuidado do meio ambiente.

“Não basta realizar análises, descrições da realidade; é necessário gerar espaços de verdadeira pesquisa, debates que gerem alternativas para as problemáticas de hoje. Como é necessário descer ao concreto!”, afirmou Francisco.

Isto é ainda mais importante numa instituição acadêmica católica, que se distingue justamente pela inspiração cristã dos indivíduos e das comunidades, consentindo incluir a dimensão moral, espiritual e religiosa na sua investigação e avaliar as conquistas da ciência e da técnica na perspectiva da totalidade da pessoa humana.

Por detrás do docente católico, fala uma comunidade de fiéis, acrescentou o Papa, na qual amadureceu uma determinada sabedoria da vida; “uma comunidade que guarda em si um tesouro de conhecimento e de experiência ética, que se revela importante para toda a humanidade”.

Francisco recordou sua peregrinação a Portugal em maio deste ano, ocasião em que foi venerar a Virgem Mãe e confiar-Lhe os seus filhos.

“Sob o seu manto não se perdem; dos seus braços virá a esperança e a paz de que necessitam”, disse o Papa, repetindo um trecho da homilia pronunciada em Fátima.

Para Francisco, a Universidade Católica Portuguesa é mais um sinal de esperança que a Igreja oferece ao país, ao colocar à disposição da nação uma instituição cultural “que é chamada precisamente a servir a causa do homem”.

“Fez-me muito bem à alma poder inserir-me na oração do bom povo português e demais filhos Dela”, concluiu o Pontífice, concedendo a sua bênção apostólica. 

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Papa em vídeo sobre o trabalho: "Comunhão vença sobre a competição"

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Cagliari (RV) – Confira abaixo a mensagem em vídeo enviada pelo Papa Francisco aos participantes da 48ª Semana Social dos Católicos Italianos, em andamento na cidade de Cagliari, na Sardenha. 

O tema do encontro, “O trabalho que queremos: livre, criativo, participativo e solidário”, é extraído do parágrafo 192 da exortação apostólica Evangelii Gaudium. Os adjetivos descrevem as condições para que o trabalho seja a atividade em que “o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida”.

Mencionando o exemplo do Bem-aventurado Giuseppe Toniolo, idealizador destas Semanas na Itália, Francisco inicia a mensagem recordando a sua visita a Cagliari em 2013 e o encontro na praça da cidade com os trabalhadores.

A ferida do precariado é mortal

“Sem trabalho não há dignidade”, mas nem todos os trabalhos são dignos. Alguns humilham a dignidade das pessoas: os que alimentam guerras construindo armas, os que vendem corpos na prostituição ou os que exploram menores”, frisa. “Também ofendem a dignidade do trabalhador atividades submersas, que discriminam mulheres e excluem portadores de deficiência. O trabalho precário também é uma ferida aberta. A precariedade é imoral e mata: mata a dignidade, a saúde, mata a família, mata a sociedade”, prossegue.

Depois de recordar a Encíclica Rerum novarum (1891) do Papa Leão XIII, Francisco dirige seu pensamento aos desempregados e subempregados: “Não percam a confiança; a Igreja atua em favor de uma economia que sirva a pessoa e reduza as desigualdades”.

Tutela social e ambiental, inclusive no serviço público

Em seguida, fala da crise financeira, econômica, social e ambiental que aposta no consumo sem se preocupar com a dignidade do trabalho e a tutela do meio ambiente: “É como andar de bicicleta com uma roda vazia; é perigoso! A dignidade e a tutela são mortificadas quando o trabalhador é considerado um item no balaço, quando o grito dos descartados fica ignorado”.

Francisco disse ainda que o serviço público também não é isento desta lógica: “Acreditando economizar e obter eficiência, acabam por trair a própria missão social a serviço das comunidades”.

As exceções

Mas ressalva: “É belo ver que a inovação social nasce também do encontro e das relações e que nem todos os bens são mercadorias. Existe confiança, respeito, amizade e amor”.  

Enfim, uma menção ao meio ambiente: “Nada se anteponha ao bem da pessoa e ao cuidado da Casa Comum, deturpada muitas vezes por modelos de desenvolvimento que geram dívidas ecológicas. A inovação tecnológica deve ser orientada pela consciência e princípios de subsidiariedade. O robô deve permanecer um meio e não se transformar em ídolo numa economia de poderosos: deve servir à pessoa e às suas necessidades”.

Em relação aos empregadores, “devem confiar talentos a seus colaboradores; a comunhão vença sobre a competição”.

Despedindo-se, o Papa Francisco fez votos que as reflexões destes dias se traduzam em fatos e compromissos para a sociedade; assegura suas orações e envia a todos a sua benção apostólica. 

(cm)

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Cardeal Filoni em Uganda pelos 50 anos da Arquidiocese de Campala

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Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, encontra-se em Uganda – situado na região dos Grandes Lagos africanos – para encerrar as celebrações do 50º aniversário da Arquidiocese de Campala. 

Em sua visita pastoral, de 26 a 30 de outubro, o prefeito de Propaganda Fide tem programado para esta sexta-feira, dia 27, na parte da manhã, encontro com crianças e jovens; em seguida, no Seminário maior nacional, em Ggaba, encontro com sacerdotes, religiosos e religiosas e seminaristas.

Museu memorial dedicado ao Papa Francisco

Na parte da tarde, encontro com o Presidente da República, ao qual se seguirá, na Catedral de Santa Maria, um encontro com casais de esposos e a bênção do museu memorial dedicado ao Papa Francisco.

O sábado, dia 28, terá início com um encontro com catequistas e professores no Santuário dos Mártires de Munyonyo, e prosseguirá com a missa de dedicação do Santuário. Na parte da tarde visitará os pobres em Kisenyi.

Encerramento do Jubileu da Arquidiocese de Campala

No domingo, dia 29, o Cardeal Filoni presidirá no Santuário dos Mártires Ugandenses à solene concelebração eucarística de conclusão dos festejos pelo Jubileu da Arquidiocese de Campala. Na segunda-feira, dia 30, o prefeito do dicastério missionário retornará para Roma.

Os Santos Mártires Ugandeses são um grupo de vinte e dois servos, pagos e funcionários do rei de Buganda (atual Uganda), convertidos ao catolicismo por obra dos Missionários da África (Padres Brancos), mortos por serem cristãos sob o reino de Mwanga II (1884-1903) entre 15 de novembro de 1885 e 27 de janeiro de 1887, tendo rejeitado abjurar a fé.

Mártires ugandenses canonizados por Paulo VI em 1964

Foram beatificados pelo Papa Bento XV em 1920 e canonizados pelo Papa Paulo VI em outubro de 1964, no Vaticano. Durante sua visita apostólica à África, em 1969, Paulo VI dedicou a eles o Santuário de Namugongo.

Em 7 de fevereiro de 1993 o Papa João Paulo II celebrou a Eucaristia nesse Santuário, no âmbito de sua visita pastoral ao Benin, Uganda e a Cartum (capital sudanesa). Também o Papa Francisco homenageou os Mártires ugandenses celebrando no Santuário de Namugongo em 28 de novembro de 2015.

Arquidiocese da capital ugandense tem mais de um milhão e meio de católicos

A Arquidiocese de Campala foi criada em 5 de agosto de 1966. Tem uma população de 4.242.000 habitantes, dos quais, 1.740.000 católicos. A circunscrição eclesiástica tem hoje 63 paróquias, 288 sacerdotes diocesanos e 72 sacerdotes religiosos, 160 seminaristas maiores, 285 religiosos não residentes e 666 irmãs. Administra 398 institutos educacionais e 69 centros de assistência e beneficência. (RL/Fides)

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Igreja na América Latina



O Papa no prefácio de um livro de Carriquiry: América latina vive em angústia

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Cidade do Vaticano (RV) - “Um longo período de depressão causada pela crise econômica mundial marcou uma transição até o momento atual, no qual a América Latina parece viver na angústia e na incerteza, com estruturas políticas rachadas, com um novo aumento da pobreza e dos abismos da exclusão social para muitos”. É quanto escreve o Papa Francisco no prefácio da nova edição do livro “Memória, Coragem e Esperança. À luz do Bicentenário da Independência da América Latina”. O autor da obra é Guzmán Carriquiry Lecour, vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. 

Apresentando o livro, o Santo Padre levanta questões cruciais: o que - pergunta - está acontecendo na América Latina? O que permaneceu da denominação “continente da esperança”? Estamos de volta às ideologias que levaram a insucessos econômicos e devastações humanas? Depois de ter feito essas perguntas, o Papa Francisco aponta para desafios e prioridades: “urge poder definir e buscar grandes objetivos nacionais e latino-americanos, com consensos fortes e mobilizações populares, para além de ambições e interesses mundanos”.

Lembrando também a mensagem à sua “amada pátria” por ocasião em 2016 do bicentenário da independência da Argentina, o Papa acrescenta: “precisamos - escreve - de avós sonhadores que empurrem os jovens, que - inspirados por esses mesmos sonhos - avancem com a criatividade da profecia”. “Essa mesma criatividade da profecia - observa – pede-se aos pastores da Igreja na América Latina, fora de qualquer clericalismo desarraigado e abstrato”.

O Pontífice também ressalta que “os gestos patrióticos da emancipação americana, como também nas nossas origens, as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe no quadro de uma epopeia missionária e de uma miscigenação lacerada, estão entre os eventos fundadores da nossa grande pátria latino-americana”. “Os povos, especialmente os pobres e simples – escreve -, mantêm suas boas razões para viver e conviver, para amar e sacrificar-se, para rezar e conservar viva a esperança. E também para lutar por grandes causas”. “Portanto – conclui – interessa-me reunir-me regularmente com movimentos populares, porta-voz da sacrossanta palavra de ordem de ‘casa, terra e trabalho’ para todos”.

O livro, lançado por ocasião do bicentenário da independência latino-americana, será apresentado no dia 16 de novembro na “sala magna” da Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (Lumsa). Entre as intervenções, está prevista a do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin. Em 2011, na primeira edição do livro, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio escrevera no prólogo que “a pátria significa defender o que foi recebido, não para colocá-la em conserva, mas para entregá-la íntegra em sua essência”. (SP)

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Igreja no Mundo



Trabalho é tema da Semana Social dos Católicos Italianos

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Cagliari (RV) – Com o tema “O trabalho que queremos: livre, criativo, participativo e solidário”, começa nesta quinta-feira (26/10) na cidade de Cagliari, na ilha da Sardenha, a 48ª Semana Social dos católicos italianos.  O evento, que termina domingo (29/10) será aberto, pela primeira vez, com uma vídeo-mensagem do Papa Francisco

E é precisamente a sua exortação apostólica que inspira o tema. Os quatro adjetivos são utilizados pelo Papa Francisco para descrever as condições para que o trabalho seja a atividade em que “o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida” (192).

Os objetivos destes quatro dias de encontro são:

- denunciar as situações de exploração, ilegalidade, insegurança e desemprego (principalmente juvenil) e os problemas ligados ao mundo dos migrantes;

- difundir boas iniciativas nos âmbitos empresarial, territorial e institucional para buscar novas soluções;

- construir propostas para superar as dificuldades de acesso ao trabalho, garantindo condições dignas.

As Semanas Sociais nasceram em 1907 e o debate se desenvolve em quatro âmbitos: denúncia, boas iniciativas, escuta e propostas.

Em vista do evento, a Caritas italiana publicou o dossiê “Por um trabalho digno. Bem comum e direitos na Ásia e no mundo”, com dados e testemunhos que certificam que hoje quase 25 milhões de pessoas estão em situação de trabalho forçado. Destas, a grande maioria está na Ásia, continente de  enorme potencial e profundas contradições: 500 milhões de trabalhadores desempregados ou subempregados e122 milhões de crianças de 5 a 14 anos obrigadas a trabalhar para sobreviver.

Nas Américas, os trabalhadores ‘escravos’ são 1 milhão e 300 mil.

Como em todo o mundo, os desafios maiores são cinco: segurança, condições de trabalho, salários baixos demais, emprego infantil, fenômenos de expropriação de terras e disparidade de tratamento entre homens e mulheres”. 

(cm)

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Formação



Sínodo 2019: "Um apelo do Espírito Santo à Amazônia"

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Cidade do Vaticano (RV) – Transnacionalidade, eclesialidade e proteção da vida: são três características da REPAM, a Rede Eclesial  Pan-amazônica.

Reunindo as Igrejas de nove nações sul-americanas que têm a floresta Amazônica em seu território (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), a rede articula ações de combate aos desafios comuns de povos, comunidades e dioceses de toda a região. São 30 milhões de pessoas que falam 240 línguas diferentes, pertencentes a 49 ramos linguísticos, ameaçadas pela poluição, pelas mudanças no ecossistema do qual dependem e pela falta de proteção de seus direitos humanos fundamentais.

Megaprojetos e seus impactos

Isso ocorre quando, por exemplo, o desmatamento avança sem controle, ou quando projetos de mineração e de agricultura intensiva são iniciados sem consultar, muito menos envolver, as populações locais, no respeito da sua dignidade.

A REPAM, fundada em 2014, trabalha em sintonia com a Santa Sé, Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Secretariado da América Latina e Caribe de Caritas (SELACC) e Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR).

Um trabalho de rede que certamente favoreceu a realização do Sínodo Pan-Amazônico”, opina o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da REPAM, em relação à Assembleia Especial convocada pelo Papa Francisco em 15 de outubro passado, a se realizar em outubro de 2019, em Roma.

Segundo Dom Cláudio, “já na carta programática Evangelii Gaudium, o Papa Francisco expressava seu desejo de transformar a Igreja numa Igreja missionária”.

“Neste sentido, a REPAM sempre teve o apoio e o entusiasmo do Papa, que compreendeu o seu papel importante de articular comunidades, dioceses, o povo; de promover uma Igreja encarnada em meio ao povo, aonde dores, clamores e conquistas são vividos em conexão, em rede”.

“Hoje, existe uma consciência crescente de que estamos juntos diante de um grande apelo do Espírito Santo à Igreja da Amazônia, apelo feito por meio do Papa Francisco”.

Ouça a entrevista com Dom Cláudio Hummes aqui: 

Quem faz parte da REPAM? Quer aderir?

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Bispo de Viana: Comunidades eclesiais abertas à sociedade em que vivemos

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, prosseguimos em nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” com a participação do bispo da Diocese de Viana, Dom Sebastião Lima Duarte, nosso convidado deste dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Em suas considerações sobre a Igreja na América Latina na esteira do Concílio ecumênico Vaticano II, o bispo de Viana falou-nos, na edição passada, sobre a eclesialidade latino-americana e a contribuição que esta tem a dar com sua práxis sendo proposta para a Igreja no mundo inteiro em tempos do Papa Francisco.

Na edição de hoje Dom Sebastião volta seu olhar para a Igreja no Brasil, em geral, e sua diocese, em particular, atendo-se às comunidades eclesiais citando o Documento 100 da CNBB, “Comunidade de comunidades”, em que se insere também a questão das Comunidades eclesiais de base (Cebs).

Esta comunidade eclesial feita de rede de comunidades “está aberta a outra comunidade maior que é a própria sociedade com seus conflitos e seus desafios”, afirma nosso convidado acrescentando que esta rede eclesial assume a situação em que vivemos, reflete sobre sua comunidade, “realidades de sofrimento, de violências, de falta de estradas, falta de saúde” e outros males. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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