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Sumario del 27/10/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Rio de Janeiro ganha novo Bispo Auxiliar

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Cidade do Vaticano – O Papa Francisco Nomeou Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastiao do Rio de Janeiro, o Sacerdote Paulo Celso Dias do Nascimento, padre da mesma diocese e até o presente momento Coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Saúde. 

S. E. Monsenhor Paulo Celso Dias do Nascimento, nasceu no dia 14 de abril de 1963 em Lagarto, na Diocese de Estancia no Estado do Sergipe. Concluiu os estudos de Filosofia na Faculdade Eclesiástica de Filosofia Joao Paulo II no Rio de Janeiro (1983-1984), na Universidade Estatal do Ceara (1985) e os estudos de Teologia na Universidade Católica de Salvador (1985-1988). Foi ordenado Sacerdote no dia 13 de maio de 1989 e incardinado na diocese de Estancia, na qual desenvolveu o encargo de Vigário Paroquial em Lagarto (1989-1992) e de Pároco de São Francisco de Assis, em Cristinápolis (1993-1996).

Em 1997 foi convidado a prosseguir os estudos no Rio de Janeiro, onde obteve o Mestrado em Direito Canônico no instituto Superior de Direito Canônico, e frequentando depois o curso de psicologia na Pontifícia Universidade Católica. Contemporaneamente exercitou o seu ministério como Vigário Paroquial na Paroquia de Nossa Senhora de Copacabana e como Capelão dos Hospitais da Beneficência Portuguesa e depois do Quinta d’Or.

Em 2012 foi incardinado na Arquidiocese do Rio de Janeiro, na qual atualmente é Coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Saúde e Capelão do Hospital Quinta d’Or.   (P. AR)

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Drogas, migração e meio ambiente: Papa conversa com latino-americanos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa deixou o Vaticano na tarde de quinta-feira (26/10) para visitar a sede romana de "Scholas Ocurrentes", fundação de direito pontifício que nasceu no empenho do então Arcebispo Bergoglio nas periferias de Buenos Aires. 

Francisco foi recebido por estudantes, além de empresários, jornalistas e voluntários da fundação. Na sede romana de Scholas, o Papa fez se conectou ao vivo com estudantes e inaugurou novas seções no Paraguai, México e Argentina.

Drogas, migração e o cuidado com meio ambiente foram alguns dos temas tratados pelo Pontífice. Com um grupo de crianças do México, o Papa ouviu as consequências do terremoto que atingiu o país nos dias 7 e 19 de setembro, que causou a morte de 471 pessoas.

Com um grupo de Porto Rico, os jovens relataram a Francisco o rastro de destruição provocado pelo furacão Maria há cerca de um mês. O Papa aproveitou a ocasião para encorajar os latino-americanos residentes no Texas (EUA), que sofreram recentemente com a passagem da tempestade tropical Harvey, e explicou a eles a importância de cuidar do meio ambiente para que se verifiquem menos catástrofes.

Em outro momento da conversa, Francisco se dirigiu a um grupo de mulheres presas numa penitenciária mexicana, encorajando-as a olharem sempre avante – uma mensagem repetida mais de uma vez pelo Papa no decorrer do encontro que durou cerca de duas horas.

Falou-se ainda da problemática do suicídio, já os jovens de Buenos Aires condenaram a violência e a guerra provocada pelo narcotráfico. Por sua vez, os do Paraguai relataram sua experiência na promoção da cultura do encontro.

Scholas Ocurrentes está presente atualmente em 190 países, congregando através de sua rede mais de 446.000 escolas.

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Papa Francisco supera 5 milhões de seguidores no Instagram

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Cidade do Vaticano - Cinco Milhões! A conta do Instagram do Papa Francisco superou nas ultimas horas 5 milhões de follower (seguidores). 

“Inicio um novo caminho para percorrer com vocês a via da misericórdia e da ternura de Deus”. Com esta mensagem no dia  19 de março de 2016, durante o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco inaugurou a sua conta no Instagram. Foram publicados 468 post com fotos e vídeos do Papa e um texto que acompanhava em varias línguas.

Segundo a Secretaria para Comunicação da Santa Sé, 65 % dos seguidores são mulheres, e 35% homens. A faixa etária da maioria dos seguidores no Social Media de imagens é de 18-24 anos e 25-34 anos. Os países com o maior numero de seguidores são: Brasil, Estados Unidos, Colômbia, Itália e México.

Na ocasião da abertura da conta, o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Monsenhor Dario Edoardo Viganò, sublinhou que a iniciativa é voltar a “contar um pontificado através de imagens, para entrar nos gestos da ternura e da misericórdia todas as pessoas que desejam acompanhar ou que são desejosos de conhecer o Pontificado do Papa Francisco”.

A Secretaria informou ainda, que por desejo do Pontífice, a coordenação das contas papais no Twitter @Pontifex e no Instagram @Franciscus, foi confiado a Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, em colaboração com a Secretaria de Estado. (P.Arnaldo)

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Celebrados os 75 anos de relações diplomáticas entre Santa Sé e Taiwan

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Taipei (RV) – Os 75 anos das relações diplomáticas entre República da China (Taiwan) e a Santa Sé foram celebrados na quinta-feira, 26 de outubro, junto com os quatro anos de Pontificado do Papa Francisco.

Organizado na sede do Arcebispado pela Nunciatura Apostólica, pela Conferência Episcopal Regional Chinesa (Bispos de Taiwan) e pela Universidade Católica Fu Jen, o evento teve início com as saudações do Encarregado da Nunciatura Apostólica, Dom Slađan Ćosić; do Arcebispo de Taipei e Presidente da Conferência Episcopal, Dom John Shan-Chuan Hung; da Sra Anna Kao, Diretora Geral do Departamento do Ministério do Exterior para as relações com a Europa e pelo Presidente da Universidade Católica Fu Jen, Dr. Vincent Han-Sun Chiang.

Seguiram-se os pronunciamentos da religiosa Beatriz Leung (docente e pesquisadora na Universidade de línguas estrangeiras Wenzhao, das Irmãs Ursulinas), do Padre Jac Kuepers (vice-Presidente para a missão do novo Hospital da Universidade Fu Jen) e do Padre Louis Gendron, Decano da Faculdade de Teologia São Roberto Belarmino, de Nova Taipei.

Os palestrantes trataram de temas como o caminho das relações entre Taiwan e o Vaticano, as estatísticas atuais das atividades católicas no país e uma retrospectiva da missão de evangelização não somente na ilha, mas em todos países e locais onde se fala o chinês.

Na parte da tarde, pronunciou-se o Núncio Apostólico na Austrália, Dom Adolfo Tito Yllana - que renovou a mensagem de colaboração por parte do Papa Francisco, com “o objetivo de construir pontes entre culturas e pessoas de diversas proveniências” – e o Ministro do Exterior David Tawei Lee, que sublinhou a importância de relações voltadas aos crescimento da convivência humana com particular atenção a quem é desfavorecido”.

As atividades do dia foram concluídas com a Celebração Eucarística presidida por Dom Adolfo Tito Yllana.

Em Roma

As celebrações pelo 75° aniversário em Taipei seguiram aquelas realizadas em Roma. Em 5 de outubro, por exemplo, o aniversário foi celebrado na Pontifícia Universidade Urbaniana, na presença do Embaixador de Taiwan Matthew Lee e do Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

“Valorizamos muito a amizade com a Santa Sé – afirmou o Embaixador Lee - e as nossas ligações são marcadas por uma estreita e crescente amizade que se reflete nos nossos projetos humanitários, nos intercâmbios culturais, nos programas educativos, no diálogo inter-religioso, nas visitas recíprocas, na promoção de conferências católicas internacionais,  iniciativas contra a reciclagem de dinheiros, compromissos contra o tráfico de seres humanos, um papel como “Igreja-ponte” ’[com a China] e a nossa dedicação em proteger o ambiente”.

O Embaixador sublinhou que nas relações com Pequim “nós permanecemos decididos em seguir os seguintes princípios por um pacífico empenho com o Continente: não mudar as nossas promessas, não mudar a nossa boa vontade, nunca dobrar-nos às pressões e não voltar ao velho caminho do confronto [armado]. O nosso propósito não é somente manter a paz na região, mas também encorajar a China a ganhar uma posição como respeitada superpotência”.

Dom Paul Gallagher, por sua vez,  recordou a longa história de colaboração entre a ilha e a Santa Sé, entre “a esfera civil e eclesial em várias áreas da vida social e cultural”, “na área da educação, da pesquisa científica, da promoção cultural, como também em diferentes iniciativas para a cooperação humanitária, muitas vezes desenvolvida em situações de crise”.

O prelado também reiterou “a inutilidade da guerra como forma de resolver as controvérsias internacionais”, citando o Papa Francisco, que recentemente afirmou a importância de “dissociar-se das assim chamadas ‘razões da guerra’”.

E concluiu, assegurando que “a Santa Sé continuará a ser o vosso comprometido parceiro na família dos povos, apoiando cada iniciativa que contribua ao diálogo, promovendo uma verdadeira cultura de encontro e construindo pontes de fraternidade e paz para o bem de todos”. (JE/Asianews)

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Cardeal Tauran: é preciso uma solidariedade nova e universal

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Cidade do Vaticano (RV) - Num mundo desumanizado, no qual a “cultura da indiferença e da avidez devorou nossas relações”, é preciso “uma solidariedade nova e universal e um novo diálogo para modelar nosso futuro”.

É o que escreve o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, numa mensagem enviada aos participantes da Consulta Cristã-Confucionista que se realiza nos dias 27 e 28 de outubro em Seul, na Coréia do Sul, por iniciativa do Conselho Mundial de Igrejas. A saudação do purpurado foi lida na abertura dos trabalhos pelo subsecretário do dicastério vaticano, Pe. Indunil Kodithuwakku.

Jesus e Confúcio favoreceram respeito como pedra angular para a paz e a harmonia na sociedade

Manifestando apreço e gratidão pelo “empenho a promover compreensão recíproca, respeito e colaboração entre cristãos e confucionistas, o Cardeal Tauran evoca os ensinamentos de Jesus e de Confúcio. Os quais, vivendo também eles num tempo “de caos e de desordem” e, embora propondo “diferentes caminhos para a libertação do homem”, ambos “favoreceram o respeito como pedra angular para a paz e a harmonia na sociedade”.

Diálogo aberto e respeitoso ao mesmo tempo

A esse respeito, o purpurado francês evocou também as palavras recentemente proferidas pelo Papa Francisco no encontro com os líderes religiosos coreanos:

“O diálogo do qual precisamos não pode deixar de ser aberto e respeitoso ao mesmo tempo; somente assim será frutuoso. Aberto, ou seja, cordial e sincero, levado adiante por pessoas que aceitam caminhar juntas com estima e franqueza. Respeitoso, porque o respeito recíproco é a condição e, ao mesmo tempo, a finalidade do diálogo inter-religioso. De fato, é respeitando o direito à vida, à integridade física e às liberdades fundamentais, como a da consciência, de religião, de pensamento e de expressão, que se colocam as bases para construir a paz, pela qual cada um de nós é chamado a rezar e agir.”

Mundo de hoje em grande dificuldade

Segundo o Cardeal Tauran trata-se de uma atitude fundamental num mundo que “se encontra em grande dificuldade”, no qual “por causa da pobreza das relações sociais, não se vê o outro como irmãos e irmãs, mas como estrangeiros e inimigos”.

Um mundo desapropriado da sua humanidade “pela busca do lucro a todo custo, pela deplorável corrida armamentista, pela pobreza, pela crise ecológica, pelo terrorismo e pelo fundamentalismo".

Redescobrir nossos respectivos tesouros espirituais

Nessa situação, acrescenta, “temos a convicção de que as coisas podem ser mudadas porque Confúcio e Jesus, assim como seus verdadeiros seguidores, o fizeram ao longo da história humana”. Hoje “cabe a nós redescobrir nossos respectivos tesouros espirituais para levar uma esperança nova no nosso mundo”. (RL/L’Osservatore Romano)

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Igreja no Brasil



CNBB manifesta "apreensão e indignação" com a política brasileira

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Brasília (RV) - Por meio de nota, divulgada nesta quinta-feira, 26, a presidência da CNBB manifestou mais uma vez sua apreensão e indignação com a grave realidade político-social vivida pelo país, que afeta tanto a população quanto as instituições brasileiras. No texto, a entidade repudia a falta de ética que se instalou nas instituições públicas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, “traindo a missão para a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito”.

A Conferência criticou também a apatia e o desinteresse pela política, que cresce cada dia mais no meio da população brasileira, inclusive nos movimentos sociais. Apesar de tudo, a entidade diz que é preciso vencer a tentação do desânimo, pois só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania é capaz de purificar a política e a esperança dos cidadãos que “parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto”.

Confira, abaixo, a nota na íntegra:

Nota da CNBB sobre o atual momento político

“Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido” (Is 1,17)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de seu Conselho Permanente, reunido em Brasília de 24 a 26 de outubro de 2017, manifesta, mais uma vez, sua apreensão e indignação com a grave realidade político-social vivida pelo País, afetando tanto a população quanto as instituições brasileiras.

Repudiamos a falta de ética, que há décadas, se instalou e continua instalada em instituições públicas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, traindo a missão para a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito. A barganha na liberação de emendas parlamentares pelo Governo é uma afronta aos brasileiros. A retirada de indispensáveis recursos da saúde, da educação, dos programas sociais consolidados, do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), do Programa de Cisternas no Nordeste, aprofunda o drama da pobreza de milhões de pessoas. O divórcio entre o mundo político e a sociedade brasileira é grave.

A apatia, o desencanto e o desinteresse pela política, que vemos crescer dia a dia no meio da população brasileira, inclusive nos movimentos sociais, têm sua raiz mais profunda em práticas políticas que comprometem a busca do bem comum, privilegiando interesses particulares. Tais práticas ferem a política e a esperança dos cidadãos que parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto. É grave tirar a esperança de um povo. Urge ficar atentos, pois, situações como esta abrem espaço para salvadores da pátria, radicalismos e fundamentalismos que aumentam a crise e o sofrimento, especialmente dos mais pobres, além de ameaçar a democracia no País.

Apesar de tudo, é preciso vencer a tentação do desânimo. Só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que seguem o caminho da corrupção e do desprezo pelo bem comum. Incentivamos a população a ser protagonista das mudanças de que o Brasil precisa, manifestando-se, de forma pacífica, sempre que seus direitos e conquistas forem ameaçados.

Chamados a “esperar contra toda esperança” (Rm 4,18) e certos de que Deus não nos abandona, contamos com a atuação dos políticos que honram seu mandato, buscando o bem comum.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, anime e encoraje seus filhos e filhas no compromisso de construir um País justo, solidário e fraterno.

Brasília, 26 de outubro de 2017

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Arquidiocese de Curitiba promove Álbum Catequético-Litúrgico 2017/2018

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Curitiba (RV) – A Arquidiocese de Curitiba está divulgando o Álbum Catequético-Litúrgico 2017/2018 – Ano B. O documento organizado pela Comissão da Animação Bíblico Catequética, através da pastoral Catequética, apresenta uma proposta de reflexão do recente documento da CNBB sobre a Iniciação à Vida Cristã.

O Álbum Catequético-Litúrgico deseja inspirar a uma catequese mais celebrativa, orante e simbólica, onde a catequese e a liturgia possam caminhar juntas e unidas. “O mistério de Cristo anunciado na catequese é o mesmo celebrado na liturgia e vivido na história”, escreveu a Comissão da Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese, em uma carta enviada a todos os párocos e coordenadores de catequese. E afirmam: “será um promotor para a conversão de muitas famílias, gerando com as atividades propostas um compromisso com Jesus Cristo e com a Igreja”.

Segundo a comissão, este álbum leva a descobrir, celebrar e viver o Mistério Pascal de Jesus Cristo, pela Sagrada Escritura e pela Sagrada Liturgia da Igreja, e apresenta três caminhos a serem percorridos neste percurso de 2017/2018: é um subsídio através do qual o catequizando e seus familiares vão desvendando os mistérios de Jesus Cristo durante o Ano Litúrgico; é um subsídio que motiva reunir semanalmente a família para meditar o Evangelho dominical, criando um rito familiar; deve ser utilizado a partir do primeiro domingo do advento. Sugere-se uma entrega solene da obra ao catequizando e à sua família antes dessa data.

A Arquidiocese convida a todas as paróquias a inserirem este subsídio em seu itinerário catequético, e afirma que desta experiência se poderá colher muitos e bons frutos para a Igreja.

Para mais informações em como adquirir este subsídio, contate album@arquidiocesecwb.org.br. (PeAR)

                

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Igreja no Mundo



Cruz em monumento dedicado à S. João Paulo II viola Constituição francesa

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Paris (RV) – A cruz colocada no alto do monumento construído em memória a São João Paulo II, em uma cidadezinha da Bretanha, deverá ser removida por determinação do máximo Tribunal Administrativo francês.  A cruz – diz a sentença -  viola a Lei de 1905 sobre a separação entre Estado e Igreja.

Presente do artista russo de origem georgiana  Zurab Tsereteli, a estátua foi colocada em 2006 em uma Praça da pequena cidade de Ploermel.  O monumento compreende um arco de pedra sobre a estátua do Papa polonês, tendo no alto uma cruz.

Segundo o Conselho de Estado – que acolheu um recurso da Federação dos Livres Pensadores de Morbihan – o arco e a estátua podem permanecer, mas a cruz deverá ser removida, pois a Lei de 1905 proíbe a construção de monumentos em locais públicos, à exceção de museus, cemitérios e locais de culto.

Já em abril de 2015 o Tribunal Administrativo de Rennes havia decretado que a escultura era incompatível com a Constituição e com a Lei de 1905 sobre a separação entre Igreja e Estado, tratando-se de uma “obra muito vistosa”, e portanto, deveria ser removida em seis meses pela Prefeitura. A decisão acabou sendo anulada em dezembro de 2015 pelo Tribunal de Apelação de Nantes.

Por fim, chegou a nova decisão do Conselho de Estado, que argumenta que a cruz, “diferentemente do arco, constitui um emblema religioso, o que contraria o Artigo 28 da Lei de 9 de dezembro de 1905”.

Ao final de 2014, a mesma agremiação laicista já havia conseguido a remoção de presépios montados em  locais públicos. (JE/SIR)

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Encontrado corpo de religiosa assassinada no Zimbábue

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Harare (RV) – O corpo da Irmã Plaxedes Kamundiya foi encontrado na última quarta-feira em uma barragem em Mutemwa por um grupo que realizava buscas desde seu desaparecimento no domingo.

A religiosa, de 49 anos, ensinava na Fartman House, no Colégio de St George em Harare,  Zimbábue. Ela era muito conhecida na região onde estava comprometida com a educação e iniciativas de solidariedade.

No domingo, 22 de outubro, a religiosa foi até a Comunidade Mãe da Paz, em Mutoko, para preparar um dia de ensino. Ela dirigiu-se até o Santuário da Cruz Gloriosa da Vida para rezar, justamente o local onde, segundo algumas testemunhas, teria ocorrido a agressão.

A Irmã foi assassinada com um tiro na cabeça e provavelmente sofreu violências sexuais. A polícia prendeu um suspeito, Enock Potani, de 20 anos, no povoado de Chouriri, que confessou ser o autor do assassinato.

Irmã Plaxedes Kamundiya aumenta a triste lista dos 9 agentes pastorais assassinados na África em 2017 enquanto cumpriam sua missão. (JE)

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Formação



Card. Hummes: clero autóctone e ecologia integral na Amazônia

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Cidade do Vaticano (RV) – A questão indígena em geral, ao lado da necessidade de um clero autóctone para acompanhar estes povos, certamente será central no Sínodo Pan-Amazônico, convocado pelo Papa Francisco para outubro de 2019, em Roma.

“O objetivo principal será discernir novos caminhos para a evangelização desta porção do povo de Deus, os índios, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, bem como as causas da crise da floresta amazônica, pulmão da maior importância para o nosso planeta”, disse Francisco, em 15 de outubro passado, no Vaticano.

Esta temática, acompanhada do desafio da evangelização de uma forma nova e com um novo entusiasmo missionário; e da problemática socioambiental, ligada à ecologia integral, serão, no parecer de Dom Cláudio Hummes, o cardeal Presidente da Rede Eclesial Pan-amazônica, os três eixos principais do Sínodo de 2019.

Depois de algum tempo afastado dos compromissos públicos, o cardeal se revela muito feliz por ter recebido a notícia da convocação do Sínodo diretamente do Papa, na Praça São Pedro: uma graça recebida dos médicos e de todos os que rezaram e continuam orando por Dom Cláudio. Ouça aqui: 

 

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Pe. João Schiavo: dedicação e amor ao próximo

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Cidade do Vaticano (RV) - O venerável Servo de Deus Pe. João Schiavo será beatificado, neste sábado (28/10), em Caxias do Sul (RS).

O missionário era membro da Congregação de São José, fundada por São Leonardo Murialdo. Nasceu em Sant’Urbano di Montecchio Maggiore (VI), na Itália, em 8 de julho de 1903 e desde criança desejava ser sacerdote. 

Além da Congregação das Irmãs Murialdinas, o missionário italiano fundou diversas obras em favor de crianças e jovens pobres: Abrigo de Menores São José, em Caxias do Sul; Obra Social Educacional, em Porto Alegre; Abrigo de Menores em Pelotas e Rio Grande (RS); Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá (SC). 

Foi o primeiro Superior dos Josefinos da então Vice-Província no Brasil de 1937 a 1946 e Provincial de 1947 a 1956. A ele se deve o desenvolvimento das Obras Josefinas no Brasil, o reconhecimento oficial das escolas e a formação religiosa dos primeiros confrades brasileiros.


Pe. João Schiavo faleceu em 27 de janeiro de 1967, com fama de santidade. 

O milagre para a beatificação do missionário italiano ocorreu em outubro de 1997, quando Juvelino Carra, de Caxias do Sul (RS), sentindo uma dor intestinal aguda, foi encaminhado para uma cirurgia de emergência (laparotomia). 

O médico cirurgião constatou que se tratava de uma trombose venosa superior aguda, envolvendo todo o intestino delgado. 

Após atenta observação, averiguação e avaliação, foi tomada a decisão de desistir da cirurgia, fechar o abdômen e encaminhar o paciente à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ser acompanhado até à morte iminente. Ao receber a notícia de que nada poderia ser feito, a esposa de Juvelino, agarrou com força um santinho de João Schiavo e rezou para que o padre intercedesse pela saúde de seu marido. Uma vez na UTI, Juvelino começava a dar evidentes sinais de melhora, para surpresa de todos. Em sete dias teve alta hospitalar, sem apresentar problemas ou sequelas. 

Para falar sobre esse grande evento que se realizará neste sábado, em Caxias do Sul, nós contatamos o Bispo Dom Alessandro Ruffinoni que nos fala sobre como a sua diocese está se preparando para a beatificação do Pe. João Schiavo. 

(MJ/POM)

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Artigo: A missão do bispo

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Rio de Janeiro (RV) - Hoje, dia 27 de outubro de 2017, o Papa Francisco nomeou um novo Bispo Auxiliar para a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro: Mons. Paulo Celso Dias do Nascimento!

Ele nasceu em 14 de abril de 1963, na cidade de Lagarto, no Estado do Sergipe. De família católica, foi coroinha e fez parte da Cruzada Eucarística. Inicialmente queria ser piloto de avião, mas o exemplo de seu pároco, o italiano Mario Rino Sivieri, hoje Bispo Emérito da Diocese de Própria (SE), fez aflorar sua vocação. Por não ter seminário em sua diocese, seus estudos acadêmicos foram realizados em vários lugares. Nos primeiros três anos, fez o seminário menor na capital Aracajú. Em 1983, veio para o Rio de Janeiro para cursar filosofia e teologia no Seminário Arquidiocesano de São José, e posteriormente seus estudos foram concluídos nos seminários arquidiocesanos de Maceió (AL) e Salvador (BA).

No dia 13 de maio de 1989 - memória de Nossa Senhora de Fátima -, já com 26 anos, foi ordenado sacerdote na sua paróquia de origem, o Santuário Nossa Senhora da Piedade, de Lagarto, pelo então Bispo Diocesano de Estância (SE), Dom Hildebrando Mendes Costa. Depois de um estágio com seu antigo pároco, dirigiu por quatro anos a Paróquia São Francisco de Assis, na cidade vizinha de Cristinápolis. Enviado pelo seu bispo para estudar Direito Canônico, chegou novamente ao Rio de Janeiro a 15 de janeiro de 1997. Enquanto auxiliava na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, cursou psicologia na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio).

Depois de fazer um estágio por dois anos na Beneficência Portuguesa, na Glória, assumiu em 4 de agosto de 2003 (Dia do Padre) a capelania do Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, oficio que ocupa até a presente data. Desde 2016, é o coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Saúde.

Seu entusiasmo por essa pastoral tem ajudado a uma presença maior da Igreja junto aos enfermos. A sua nomeação demonstra também o carinho do Santo Padre para com os trabalhos pastorais das várias pastorais e capelanias. Agora como Bispo Auxiliar, além dos demais trabalhos que exercerá, sem dúvida, deverá incrementar ainda mais essa pastoral que está em seu coração.

Ao acolher com o coração agradecido em nome de nossa arquidiocese, a nomeação feita pelo Papa Francisco, vamos percorrer um pouco as reflexões que o Santo Padre tem feito sobre a missão do epíscopo na Igreja de hoje.

A Igreja tem a missão de anunciar e propagar o Reino de Deus até os extremos confins da terra, a fim de que todos os homens creiam em Cristo e assim consignam a vida eterna. A Igreja é, portanto, também misericórdia. A missão que Cristo confiou à sua Igreja é de ordem à salvação, ou seja,  religiosa com todas as consequências existenciais e sociais. É dessa missão que brotam as tarefas, a luz e as forças que podem contribuir para construir e consolidar a comunidade dos homens segundo a Lei divina.

A Igreja é sacramento de salvação e, por meio da sua visibilidade, Cristo está presente, entre os homens que continua a sua missão, dando aos fiéis o seu Espírito Santo. O corpo da Igreja se distingue de todas as sociedades humanas; ela se rege não pelas capacidades pessoais de seus membros, mas pela íntima união com Cristo, da qual recebe e comunica aos homens a vida e energia.

A Igreja é comunhão, pois, nos diz o Vaticano II no decreto Unitatis Redintegratio n.15: os fiéis, unidos ao Bispo, têm acesso a Deus Pai por meio do seu Filho, Verbo encarnado, morto e glorificado, na efusão do Espírito Santo, e entram em comunhão com a Santíssima Trindade. A comunhão eclesial é comunhão de vida, de caridade e de verdade e, enquanto vínculo do homem com Deus funda uma nova relação entre os homens e manifesta a natureza sacramental da Igreja. A Igreja é a “casa e a escola da Comunhão” (Novo Millennio Ineunte, 43). Esta casa que se edifica em torno da Eucaristia, sacramento da comunhão eclesial, de onde “partindo realmente do Corpo do Senhor, somos elevados à comunhão com Ele e entre nós” (Lumen Gentium 3, 7 e 11). Ao mesmo tempo a Eucaristia é epifania da Igreja, onde se manifesta o seu caráter trinitário.

O Bispo, é o princípio visível de unidade na sua Igreja, é chamado a edificar incessantemente a Igreja particular na comunhão de todos os seus membros e, destes, com a Igreja universal, vigiando a fim de que os diversos dons e ministérios contribuam para a comum edificação dos crentes e com a difusão do Evangelho.

Como mestre da fé, santificador e guia espiritual, o Bispo sabe que pode contar com uma especial graça divina, conferida na ordem episcopal. Tal graça o sustenta no seu consumir-se pelo Reino de Deus, pela salvação eterna dos homens e também no seu empenho para construir a história com força do Evangelho, dando sentido ao caminho do homem no tempo.

O Bispo diante de si mesmo e dos seus deveres, deve ter presente como centro que delineia a sua identidade e a sua missão o mistério de Cristo e as características que o Senhor Jesus quer para a sua Igreja, “povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (LG, 4). É, de fato, à luz do mistério de Cristo, Pastor e Bispo das almas (cf. 1Pd 2,25), que o Bispo compreenderá sempre mais profundamente o mistério da Igreja, na qual a graça da consagração episcopal o colocou como mestre, sacerdote e pastor para guiá-la com a sua mesma autoridade.

Vigário do “grande Pastor das ovelhas” (Hb 13,20), o Bispo deve manifestar com sua vida e com o seu ministério episcopal a paternidade de Deus, a bondade, a solicitude, a misericórdia, a doçura e a confiança de Cristo, que veio para dar a vida e para fazer de todos os homens uma só família, reconciliada no amor do Pai. O Bispo deve manifestar também a perene vitalidade do Espírito Santo que anima a Igreja e sustenta diante da fraqueza humana, esta índole trinitária do ser e do agir do Bispo tem a sua raiz na mesma de Cristo. Ele é o Filho eterno e unigênito do pai desde sempre no seu seio (cf. Jo 1,18) e o ungido pelo Espírito Santo enviado ao mundo (cf. Mt 11,27; Jo 15,26; 16,13-14).

Quando o Papa Francisco esteve no Brasil por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude, ele fez um discurso aos Bispos do Brasil, no dia 27/07/2013. Na ocasião, o Papa Francisco retomou o que disse há seis meses antes, em Roma, aos Núncios Apostólicos, sobre os critérios a seguir ao preparar as listas dos candidatos ao serviço do episcopado. Segundo o Papa Francisco: “Os Bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos. Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham “psicologia de príncipes” (Retirado do site https://goo.gl/U3GEJb)

O Papa prosseguiu dizendo que os Bispos “Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra”. “Homens capazes de vigiar sobre o rebanho que lhes foi confiado e cuidando de tudo aquilo que o mantém unido: vigiar sobre o seu povo, atento a eventuais perigos que o ameacem, mas, sobretudo para fazer crescer a esperança (o Bispo tem que cuidar da esperança do seu povo): que haja sol e luz nos corações. Homens capazes de sustentar com amor e paciência os passos de Deus em seu povo. E o lugar do Bispo para estar com o seu povo é triplo: ou à frente para indicar o caminho, ou no meio para mantê-lo unido e neutralizar as debandadas, ou então atrás para evitar que alguém se atrase, mas também, e fundamentalmente, porque o próprio rebanho tem o seu faro para encontrar novos caminhos”. (Retirado do site: https://goo.gl/JWbEju)

Depois de comentar longamente o episódio dos discípulos de Emaús, que Jesus – incógnito – acompanhou ao longo do caminho, aquecendo-lhes o coração com a explicação das Escrituras e e ajudando-os a reencontrar a fé e a esperança, o Santo Padre falou dos “desafios” que “a amada Igreja que está no Brasil” tem que enfrentar, indicando como máxima prioridade a formação de todos – Bispos, padres, religiosos, leigos.

Recentemente, ao receber os bispos de recém-nomeação, afirmou que: “Devemos esforçar-nos por crescer num discernimento encarnado e inclusivo, que dialogue com a consciência dos fiéis a qual deve ser formada e não substituída (cf. Exort. ap. pós-sin. Amoris laetitia, 37), num processo de acompanhamento paciente e corajoso, a fim de que possa amadurecer a capacidade de cada um — fiéis, famílias, presbíteros, comunidades e sociedade — todos chamados a progredir na liberdade de escolher e realizar o bem desejado por Deus.

Com efeito, a atividade de discernir não é destinada aos sábios, aos perspicazes e aos perfeitos. Aliás, Deus muitas vezes resiste aos soberbos e mostra-se aos humildes (cf. Mt 11, 25). O Pastor sabe que Deus é o caminho e confia na sua companhia; conhece e nunca duvida da sua verdade nem desespera da sua promessa de vida. Mas o Pastor apodera-se destas certezas na escuridão humilde da fé. Portanto, transmitir as mesmas ao rebanho não significa anunciar óbvias proclamações, mas introduzir na experiência de Deus que salva, apoiando e guiando os passos possíveis a serem dados.” (https://goo.gl/kH5GSV)

Nós Bispos, particularmente os bispos auxiliares que são colaboradores na missão comum, particularmente o bispo eleito que anunciamos hoje, Monsenhor Paulo Celso Dias do Nascimento, saibamos transmitir e ser para o povo a figura do Bom Pastor, ou seja, acolhendo, servindo, indo ao encontro das ovelhas desgarradas, perdidas, desanimadas ou extraviadas e, sobretudo colocando-as no caminho de Cristo Jesus.

Convidamos a todos para as orações pelo novo Bispo e para as próximas datas: fará seu juramento e profissão de fé no dia 24 de Dezembro, as 18 horas, na Missa da Vigília de Natal e para a ordenação episcopal no dia 6 de Janeiro, as 8:30 horas, ambas em nossa Catedral Metropolitana de São Sebastião. Que em tudo possamos amar e servir, como é o lema do nosso novo Bispo Auxiliar: “in omnia amare et servire”.

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

 

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