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Sumario del 01/11/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Angelus: a santidade é para todos, não para super-homens

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quarta-feira (01/11), o Papa não realizou a tradicional Audiência Geral para rezar o Angelus na Solenidade de Todos os Santos (que no Brasil será celebrada no próximo domingo). 

Na alocução que precedeu a oração mariana, o Pontífice falou das características dos santos, afirmando não se tratar de “modelos perfeitos”, mas de pessoas tocadas por Deus. “Podemos compará-los com os vitrais das igrejas, que fazem entrar a luz em diferentes tonalidades de cor. Os santos são nossos irmãos e irmãs que acolheram a luz de Deus em seu coração e a transmitiram ao mundo, cada um segundo a própria ‘tonalidade’. Mas todos foram transparentes, lutaram para retirar as manchas e as obscuridades do pecado, de modo que a luz de Deus pudesse passar. Este é o objetivo da vida, também para nós.”

A felicidade, acrescentou o Papa, não está em ter ou se tornar alguém. A verdadeira felicidade é estar com o Senhor e viver por amor. Os ingredientes para a vida feliz se chamam bem-aventuranças: são beatos os simples, os humildes que dão lugar a Deus, que sabem chorar pelos outros e pelos próprios erros, permanecem mansos, lutam pela justiça, são misericordiosos com todos, trabalham pela paz , não odeiam e, mesmo quando sofrem, respondem ao mal com o bem.

“Eis as bem-aventuranças. Não requerem gestos extraordinários, não são para super-homens, mas para quem vive as provações e as fadigas de todos os dias. Os santos são assim: respiram como todos o ar poluído que há no mundo, mas no caminho jamais perdem de vista o percurso de Jesus, indicado nas bem-aventuranças, que são como o mapa da vida cristã.”

Hoje, disse ainda Francisco, é a festa daqueles que alcançaram a meta indicada por este mapa: não são só os santos do calendário, mas os muitos irmãos e irmãs “da porta ao lado”, que talvez tenhamos encontrado e conhecido. “É uma festa de família, de muitas pessoas simples e escondidas que, na realidade, ajudam Deus a levar avante o mundo. E quantas pessoas assim existem hoje!”, disse o Pontífice, pedindo um aplauso da multidão a esses santos.

De modo especial, o Papa falou de duas bem-aventuranças: “beatos os pobres em espírito” e “os mortos que morreram no Senhor”.

A primeira significa que não se vive pelo sucesso, pelo poder e o dinheiro, mas são bem-aventurados os que acreditam que o Senhor é o tesouro da vida. Já a segunda, que não se encontra no Evangelho, mas no final da Bíblia, é um convite a recordar com gratidão os nossos caros e a rezar por eles, como nos pede a festa de Finados.

“Que a Mãe de Deus, Rainha dos Santos e Porta dos Céus, interceda pelo nosso caminho de santidade e pelos nossos caros que nos precederam e já partiram para Pátria celeste”, foi a invocação de Francisco antes de rezar o Angelus.

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Somália, Afeganistão e NY: Papa condena "loucura homicida"

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Cidade do Vaticano (RV) – A conversão dos terroristas: foi o que pediu o Papa Francisco ao manifestar seu pesar pelos atentados dos últimos dias na Somália, no Afeganistão e nesta terça-feira, em Nova Iorque. 

Ao deplorar esses atos de violência, rezo pelos mortos, pelos feridos e por seus familiares. Peçamos ao Senhor que converta os corações dos terroristas e livre o mundo do ódio e da loucura homicida que abusa do nome de Deus para disseminar morte”, afirmou o Papa, declarando-se “profundamente entristecido”.

No dia 28 de outubro, na Somália, explosões em Mogadíscio mataram pelo menos 25 pessoas. No Afeganistão, cerca de 70 pessoas morreram no dia 21 de outubro em dois atentados contra mesquitas, uma em Cabul e outra na província de Ghor. Já em Nova Iorque, na última terça-feira, um cidadão uzbeque invadiu uma ciclovia matando 8 pessoas, das quais cinco argentinos de férias na cidade.

Organizações de matriz islâmica assumiram a autoria dos três atentados.

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No Angelus, Papa saúda maratonista da Corrida dos Santos

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Cidade do Vaticano (RV) – Após rezar a oração mariana do Angelus na Solenidade de Todos os Santos, o Papa Francisco saudou os peregrinos presentes na Praça São Pedro, em particular os participantes da Maratona dos Santos: 

“Uma saudação especial dirijo aos participantes da Corrida dos Santos, promovida pela Fundação “Dom Bosco no mundo”, por oferecer uma dimensão de festa popular à celebração religiosa de Todos os Santos. Obrigado pela bela iniciativa de vocês e pela vossa presença!”

De fato, muito mais do que um simples evento esportivo. A 10ª edição da Corrida dos Santos deste ano é em apoio ao projeto missionário salesiano na Índia de assistência às assim chamadas “esposas-crianças”.

O evento reúne 7.500 corredores provenientes de 38 nações, que participam nas modalidades competitiva e não competitiva, 10km e 3 km.

A largada do primeiro grupo foi às 10 horas da Praça São Pedro, também destino final da corrida para que os “competidores” possam participar do Angelus ao meio-dia com o Papa Francisco.

“A  corrida quer abraçar não somente os fiéis – explica Padre Tullio Orler, Presidente da Fundação “Dom Bosco no mundo”, organizador da iniciativa. É aberta a todos que compartilham a ideia de conjugar esporte, cultura e solidariedade”.

Entre os maratonistas estão 50 corredores da “Athletica Vaticana” – formada por funcionários da santa Sé de diversos setores -  que também correm para que  não seja mais negada violentamente a infância às crianças indianas, com a obrigação de casarem-se com homens idosos".

É precisamente "a solidariedade o motivo de existência da 'Athletica Vaticana'”explica Dom Melchor Sánchez de Toca, Secretário do Pontifício Conselho da Cultura, "alma" da equipe branca-amarela, ele próprio corredor de bom nível.

Assim, "após ter promovido os valores do diálogo inter-religioso na histórica competição em 17 de setembro, na 'Rome Half Marathon Via Pacis', "os maratonistas do Papa" - diz Mons. Sànchez - correm na Solenidade de Todos os Santos para relançar o projeto salesiano que denuncia o triste fenômeno das muitas meninas dadas em casamento a adultos e idosos na Índia".

É justamente contra esta tradição das "esposas-crianças" - que literalmente são privadas da infância - que lutam os missionários salesianos da Província de Bangalore, "colocando à disposição das pequenas vítimas a acolhida, a educação, assistência psicológica e formação sobre direitos".

Também por meio da Corrida dos Santos, a Fundação "Dom Bosco no mundo" decidiu relançar este concreto projeto missionário.

Além da corrida, também estão previstos "encontros técnicos, humanos e espirituais" com os atletas paraolímpicos e jovens "Special Olympics". (JE)

 

 

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Missa do Papa no Dia de Finados: acompanhe com a RV

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Cidade do Vaticano (RV) - Ao final da oração mariana nesta quarta-feira (01/11), o Pontífice recordou que na tarde de 2 de novembro, Dia de Finados, irá ao cemitério estadunidense de Nettuno, e na sequência, até às Fossas Ardeatinas. 

“Eu lhes peço que me acompanhem com a oração nessas duas etapas de memória e de sufrágio pelas vítimas da guerra e da violência”, disse o Papa aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a oração do Angelus na Solenidade de Todos os Santos, feriado na Itália e que substituiu a Audiência Geral.

“As guerras não produzem outra coisa senão cemitérios e morte. Eis o porquê quis dar este sinal num momento em que a nossa humanidade parece não ter aprendido a lição ou não querer aprendê-la.”

A Rádio Vaticano transmitirá a celebração no Dia de Finados ao vivo, com comentários em português, a partir das 12h10, no horário de Brasília. 

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Missa do Papa no cemitério de Netuno recordará caídos nas guerras

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Cidade do Vaticano (RV) - “O Santo Padre tem a convicção de que estamos numa situação de guerra e de que mais do que nunca é preciso uma palavra de paz.” Foi o que declarou ao jornal dos bispos italianos Avvenire o bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro, que acompanhará o Papa Francisco na quinta-feira,  2 de novembro – Comemoração de todos os fiéis defuntos –, na visita ao cemitério estadunidense de Netuno, situado na Diocese de Albano. 

Visita ao sacrário-monumento “Fosse Ardeatine”

Ali, às 15h15 locais (12h15 do horário de Brasília), celebrará a santa missa por todos os caídos nas guerras. Em seguida, por volta das 17h locais, o Pontífice visitará o sacrário-monumento nacional italiano “Fosse Ardeatine”, onde se deterá brevemente em oração pelas vítimas do excídio de 24 de março de 1944, no qual 335 civis e militares italianos foram trucidados pelas tropas de ocupação alemãs.

A guerra produz sempre morte e destruição

O Papa “quer recordar a todos que a guerra produz sempre morte e destruição. Francisco tem a peito os homens que sofrem violência, sejam de qualquer nacionalidade, credo ou etnia” – acrescentou Dom Semeraro.

Também soldados judeus sepultados em Netuno

“Por isso – continuou o bispo de Albano –, em sua chegada ao cemitério o Santo Padre fará outro gesto emblemático, detendo-se em recolhimento diante de alguns túmulos de caídos de diferentes credos. De fato, no cemitério de Netuno não estão sepultados somente cristãos, mas também vários soldados judeus.”

Invocação de Francisco em favor da paz

O Papa dirigirá idealmente uma invocação de paz aos responsáveis pela comunidade internacional. O Pontífice “se preocupa muito com o contexto violento de nossos dias, esta guerra espalhada em diferentes lugares”, afirmou ele.

Transmissão da Rádio Vaticano em língua portuguesa

Esta quinta-feira, 2 de novembro, a Rádio Vaticano estará transmitindo ao vivo, via-satélite, para todo o Brasil e demais países de língua portuguesa cujas emissoras nos retransmitem, a partir das 12h10 (horário de Brasília), a Santa Missa presidida pelo Papa Francisco no cemitério de Nettuno. (RL)

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Papa no Twitter: o mundo precisa de Santos. Não tenham medo!

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Cidade do Vaticano (RV)  - “Queridos amigos, o mundo precisa de santos e todos nós, sem exceção, somos chamados à santidade. Não tenham medo!” 

Assim o Papa Francisco recordou em seu Twitter a Solenidade de Todos os Santos, celebrada em 1º de novembro. Seguindo suas palavras, podemos pensar e até mesmo nos perguntar: o que é ser santo? Quem pode ser santo? Como faço para me tornar Santo?

A vida de santidade não é somente uma iniciativa nossa, mas acima de tudo uma inspiração e um dom de Deus. Buscar a santidade, é uma resposta a este convite pessoal de Deus a nós. Desde o nosso batismo, quando nos tornamos filhos de Deus, recebemos este grande presente e esta herança de ter em mãos o convite a participar desta grande festa.

Com muita frequência, ao olharmos os santos, imaginamos que esta vida de santidade é representada somente nas imagens que vemos nos altares, isso significaria que só seria possível vive-la noutra vida. Certamente estamos sobre a proteção daqueles que hoje já estão na gloria e  contemplam a Deus, intercedendo por nos, porem como disse o Papa, somos também chamados a viver este modo de vida aqui neste mundo.

Nossa visão deve contemplar o paraíso, para viver na comunhão dos santos no céu, porem este caminho deve começar aqui, neste mundo: agora.  O Catecismo da Igreja Católica nos diz que “o homem só vive uma vida plenamente humana se viver livremente sua relação com Deus.” (CIC 44) Este o nosso caminho de santidade, uma vida plena de sentidos numa relação livre com Deus, que refletirá na minha relação com o próximo e com o mundo.

Ao olharmos os grandes santos da historia da Igreja – mártires, papas, padres, freiras, mães, pais, jovens, crianças -, devemos conhecer suas vidas, para que com nossa historia possamos também imita-los no que é comum a todos eles: o desejo de amar e ser fiel a Deus. Os santos e Santas de Deus, são homens e mulheres reais, que viveram e sofreram as tribulações de cada dia, e com a Graça de Deus souberam dar um significado a sua existência. Por isso seja santo, ou seja, de um testemunho,  em casa, no trabalho, na universidade, com seu vizinho, com aqueles que causam dificuldades, nas relações hostis, em todos os lugares.

Não existe nada maior do que Deus neste mundo, e Ele nos convida a dar estes sinais concretos de santidade num mundo tão carente de “ternura”, “verdade” e “caridade”. Não nos deixemos levar pelo temor ou desanimo, mas unidos a oração (Deus), sejamos corajosos e esperançosos. Sigamos as palavras do Papa Francisco: “Não tenha medo!” (P. Arnaldo Rodrigues)

 

 

 

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Igreja no Brasil



Encontro Nacional para o Desencarceramento: a voz das vítimas

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Olinda (RV) - A Faculdade de Olinda foi teatro recentemente do II Encontro Nacional para o Desencarceramento. O evento teve como objetivo promover a articulação e ações de enfrentamento ao encarceramento em massa e violações de Direitos Humanos no sistema prisional e socioeducativo brasileiros. 

O primeiro encontro foi realizado no ano passado em São Paulo, na Casa de Oração do Povo de Rua, onde diversos movimentos sociais, organizações de direitos humanos, pastorais sociais de diversos estados discutiram e atualizaram a Agenda Nacional pelo Desencarceramento. Este documento, elaborado em 2013, contém uma série de propostas amplamente discutidas, apresentando saídas concretas para reverter a lógica punitivista com que opera o sistema de justiça criminal brasileiro. 

Este segundo encontro, que faz memória dos 25 anos do massacre do Carandiru, tem também como objetivo relançar a Agenda atualizada pelo Desencarceramento, hoje assinada por 43 entidades, entre pastorais, grupos, associações de todo o país, entre elas a de familiares de pessoas privadas de liberdade. 

O vice-coordenador da Pastoral Carcerária Nacional, Pe. Gianfranco Graziola, colheu o testemunho de Maria Railda Silva, da Associação de Amigos e Familiares de Presos (Amparar), que relata o sofrimento das famílias: 

Já a Presidente do Grupo de Amigos e familiares de pessoas em privação de Liberdade, de Belo Horizonte  (MG), Maria Teresa dos Santos, faz uma crítica  à privatização dos cárceres: 

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Igreja no Mundo



Fundação João Paulo II: "A Loja do Ourives" para ajudar cristãos sírios

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Roma (RV) - Retorna ao teatro a peça “A Loja do Ourives”, escrita por Karol Wojtyla, que apresenta a situação de um casal atormentado, para o qual o divórcio não é uma opção.

Segundo Agensir, a iniciativa pretende apoiar a “Campanha cristãos na Síria”, promovida pela Fundação João Paulo II para o diálogo, a cooperação e o desenvolvimento dos países do Oriente Médio e outras áreas do mundo desfavorecidas. 

A peça teatral do Papa polonês será encenada no teatro Torrino de Roma, no próximo dia 10, por Chiara Graziano e Filippo Velardi, guiados pelo diretor teatral Antonio Tarallo. Eles irão representar o texto de São João Paulo II, encenado, em 2015, na conclusão do Sínodo dos Bispos sobre a Família. O espetáculo foi apresentado em várias igrejas da capital italiana.

O texto de Wojtyla examina o amor do casal em suas diversas facetas. A adaptação proposta também quer destacar um discurso mais amplo: a possibilidade de criar um mundo melhor e mais bonito, através da força inesgotável do Amor”, ressalta um  comunicado da Fundação. 

Nesse sentido, um amor encenado no teatro. Um teatro que salva, que reflete e faz refletir sobre o hoje. No próximo dia 10, a Fundação São João Paulo II irá chamar a atenção da opinião pública sobre o drama que a Síria está vivendo.
 
Há muito tempo, através das ajudas provenientes de várias campanhas de coleta de fundos que a Fundação João Paulo II promoveu, foram realizadas várias obras de acolhimento e promoção social nessa terra martirizada pela guerra. 

O evento “A Loja do Ourives” quer ser outra artéria dessas atividades que veem no coração o ensinamento de São João Paulo II: “O amor não pode ser ensinado, mas é a coisa mais importante que deve ser aprendida”. 

Portanto, eis a decisão de encenar a peça do pontífice polonês. 

(MJ)

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Populorum Progressio: unidade entre compromisso missionario e social

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Bolonha (RV) - A Populorum Progressio – cuja mensagem é de impressionante atualidade – “é marcada por um forte valor missionário: compromisso em favor dos pobres, com a justiça e anúncio da fé não estão separados; há unidade entre compromisso missionário e compromisso social e o cristianismo não pode colocar limites à caridade”. 

Foi o que disse o bispo de Reggio Emilia-Guastalla – norte da Itália –, Dom Massimo Camisasca, num encontro promovido por ocasião do 50º aniversário de publicação da encíclica Populorum Progressio de Paulo VI.

Pertinência eclesial e pastoral da encíclica social

O prelado ressaltou a importância eclesial e pastoral da Carta encíclica, repercorrendo as peculiaridades do magistério social da Igreja, da Rerum Novarum (primeira encíclica social, 1891, de Leão XIII, ndr) até hoje. E reiterou que o documento magisterial de Paulo VI quer responder a preocupações e situações concretas com um novo olhar sobre o mundo.

Contexto em que nasceu a Populorum Progressio

“Consciência de que nenhum Estado pode viver de modo isolado; globalização ante litteram, descolonização, conflitos internos, discrepâncias entre primeiro e terceiro mundo são o contexto em que nasceu a encíclica escrita por um Papa que viajou bastante e entrou em contato com muitas realidades difíceis”, destacou o bispo italiano.

Desigualdades sociais constituem ameaça para a paz

Também se pronunciou o docente de Economia da Universidade de Modena e Reggio Emilia, Stefano Zamagni, o qual ressaltou que “as insuportáveis desigualdades, ou seja, as distâncias cada vez maiores entre um grupo social e o outro, constituem uma grave e real ameaça para a paz”. Por fim, o catedrático evidenciou “a centralidade do papel da economia civil, no qual é inerente o conceito de fraternidade”. (RL/Sir)

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Formação



A ciência faz história no Vaticano: conheça a Academia Científica

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Cidade do Vaticano (RV) – Um seleto grupo da Pontifícia Academia das Ciências se reúne esta semana, no Vaticano, para decidir o tema da próxima plenária, a ser realizada em 2018.

Entre os renomados cientistas do grupo de consultores, há um brasileiro: Dr. Vanderlei S. Bagnato, da Universidade de São Paulo.

O professor da USP é o sucessor de Carlos Chagas Filho, único brasileiro a presidir da Academia de Ciências do Vaticano. À frente da instituição, Chagas criou a Pontifícia Academia para a América Latina.

Essas e outras curiosidades quem nos conta é Vandelei Bagnato, que deixou a Física de lado para dar uma aula de História aos nossos ouvintes: 

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Reforma Litúrgica: o valor da Assembleia Litúrgica

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar no programa de hoje sobre a renovação litúrgica trazida pelo Concílio. 

No programa passado, o Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso sobre os documentos conciliares, nos apresentou 10 aspectos da renovação litúrgica propostos pela Constituição Sacrosanctum Concilium. Na edição de hoje deste nosso espaço, o sacerdote nos traz uma breve reflexão sobre o primeiro ponto: “O valor da Assembleia Litúrgica”:

“Na reforma LITÚRGICA do Concilio Vaticano II, percebemos 10 aspectos de renovação, a partir da constituição Sacrossanctum Concilium, que aqui enumeramos na oportunidade anterior:

1.  O valor da Assembleia Litúrgica – CIC 1141; 1142; SC 07
2.  O uso da Língua Vernácula – SC 36; 63
3.  A importância das duas espécies eucarísticas - Pão e Vinho – SC 55 – Missal romano 240, 241, 14, 283.
4.  O entendimento do Ofertório -  não somente como sacrifício pessoal – SC 48
5.  A participação ativa dos fiéis – SC 48,14,19,30,50
6.  A verdadeiro sentido da Presença real – não simplesmente como adoração penitente, mas presença alegre e festiva - SC 07
7.  A valorização da Palavra e do Ambão (Mesa da Palavra) – SC 35
8.  A importância da Oração Universal – as Preces – SC 53 Missal 46
9.  A valorização da Vigilia Pascal – SC 102
10. O Mistério Pascal como centro – SC 47, 05,06

Nesse espaço - Memória Histórica do Concilio - aprofundamos cada um desses aspectos valorizados pela Sacrosanctum Concilium. Hoje falamos do primeiro aspecto: O VALOR DA ASSEMBLÉIA LITÚRGICA. Fazemos nos valer aqui também da reforma litúrgica do Missal Romano e também do Catecismo da Igreja Católica, ambos renovados e atualizados depois do Concilio, já com as devidas inovações e orientações dos padres conciliares.

O Catecismo da Igreja Católica, aplicando na prática a renovação litúrgica, foi publicado no Pontificado de João Paulo II. Era um desejo dos padres conciliares compor um compêndio que elencasse toda a doutrina católica. No número 1136 do Catecismo, fala da celebração Litúrgica: quem celebra, como se celebra e tantos outros aspectos. Sobre o ponto destacado da assembleia litúrgica, o catecismo diz assim:

CIC 1140 - É toda a comunidade, o corpo de Cristo unido à sua Cabeça, que celebra. “As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é o 'sacramento da unidade', isto é, o povo santo, unido e ordenado sob a direção dos Bispos. Por isso, estas celebrações pertencem a todo o corpo da Igreja, influem sobre ele e o manifestam; mas atingem a cada um de seus membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofícios e da participação atual efetiva.” É por isso que “todas as vezes que os ritos, de acordo com sua própria natureza, admitem uma celebração comunitária, com assistência e participação ativa dos fiéis, seja inculcado que na medida do possível, ela deve ser preferida à celebração individual ou quase privada”.

Nenhuma liturgia, por mais privada que seja, em qualquer eremitério ou nas pequenas comunidades longínquas, sempre terá um aspecto comunitário e universal. É toda a Igreja que celebra o mistério pascal. A celebração individual, mesmo sem assembleia, é permitida aos sacerdotes, pela necessidade de celebrar todos os dias, pelo direito Canônico. Mas deve-se preferir a celebração com a assembleia, nessa nova visão conciliar. Todos somos celebrantes. O padre é tão somente o celebrante principal”. 

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Atualidades



Unicef: a cada sete minutos morre um adolescente por violência

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Cidade do Vaticano (RV) - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou, nesta quarta-feira (01/11), um novo relatório sobre a violência infantil em todo o mundo, intitulado “Um rosto familiar: a violência na vida de crianças e adolescentes”. 

Segundo o documento, “a cada sete minutos um adolescente morre por causa de um ato de violência”. 

O relatório assinala também as agressões físicas ou psicológicas vividas em casa por três quartos das crianças em todo o mundo, cerca de 300 milhões, com idade de 2 a 4 anos.

O texto ressalta que 6 crianças a cada 10 de um ano de idade, em trinta países cujos dados foram disponibilizados, são vítimas de uma educação violenta. Cerca de um quarto das crianças de um ano são punidas com puxões e 1 a cada 10 recebe bofetões ou é atingida no rosto, na cabeça ou nas orelhas. 

No mundo, cerca de 15 milhões de garotas adolescentes, de 15 a 19 anos, foram obrigadas a ter relações sexuais ou sofreram outros tipos de violência sexual durante sua vida. Somente 1% delas declarou ter pedido ajuda a um especialista. 

“Para acabar com a violência contra a criança, o Unicef pede aos governos para adotar medidas nacionais coordenados entre as instituições; modificar os costumes dos adultos e identificar os fatores que contribuem; concentrar as políticas nacionais na redução dos comportamentos violentos e na limitação do acesso a armas de fogo ou outros tipos de arma”, ressalta o documento. 

O Unicef espera que sejam construídos “sistemas de serviços sociais e que pessoas sejam formadas a fim de garantir apoio às crianças que sofreram violência”. 

(MJ)

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