Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 05/11/2017

Papa e Santa Sé

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: a mártir Irmã Vattalil era a "Irmã sorriso"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Após a oração do Angelus neste domingo o Papa recordou que neste sábado, em Indore, na Índia foi proclamada Beata Regina Maria Vattalil, religiosa da Congregação das Irmãs Clarissas Franciscanas, assassinada por causa de sua fé cristã em 1995. 

“A Irmã Vattalil testemunhou Cristo no amor e na gentileza, e se une à longa fila de mártires do nosso tempo. O seu sacrifício seja uma semente de fé e de paz, especialmente na terra indiana”. Era tão boa que a chamavam de “a irmã sorriso””.

O Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, que presidiu a celebração falou à RV sobre o martírio da religiosa:

"Irmã Vattalil tinha fome e sede de justiça. Por isto foi morta, em 25 de fevereiro de 1995, enquanto viajava de ônibus para Bhopal. O assassino desferiu 54 golpes de faca em seu corpo. Foi um verdadeiro massacre. Enquanto era morta, a Irmã repetia o nome de Jesus". (SP)

 

 

inizio pagina

Papa Angelus: a autoridade seja serviço, se exercitada mal é opressão

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Fico triste em ver pessoas que psicologicamente vivem correndo atrás das honras. Não devemos de modo algum dominar os outros, olhá-los de cima para baixo. É uma atitude difusa na vida civil, mas também na vida eclesiástica. Entre nós deve existir a simplicidade”. Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus deste domingo, condenando com força o comportamento farisaico na Igreja, encarnado por aqueles, como diz o Evangelho, “amar­ram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo”. E continuou o Papa: 

“Esta atitude é um mau exercício da autoridade, que, em vez disso, deveria ter sua primeira força precisamente no bom exemplo, para ajudar os outros a praticarem o que é correto e apropriado, sustentando-os nas provas que se encontram no caminho do bem. A autoridade é uma ajuda, mas se for exercitada mal, torna-se opressiva, não deixa as pessoas crescerem e cria um clima de desconfiança e hostilidade. E leva até à corrupção”.

Na sua breve catequese que precedeu o Angelus o Papa Francisco recordou que no Evangelho deste domingo Jesus denuncia abertamente alguns comportamentos negativos dos escribas e dos fariseus que “gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sina­go­gas, de serem cumprimentados nas pra­ças­ pú­blicas”.

Esta – explicou o Papa - é uma tentação que corresponde ao orgulho humano e que nem sempre é fácil vencer. E recordou o que Jesus disse aos seus discípulos: “não vos façais chamar de ‘ra­bi’,­ pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos. Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo. Quem dentre vós é o maior deve ser aquele que vos serve”.

“Nós, discípulos de Jesus, não devemos buscar títulos de honra, de autoridade ou de supremacia. Eu digo a vocês que eu fico triste ver pessoas que psicologicamente vivem correndo atrás da vaidade das honras. Nós, discípulos, não devemos de modo algum fazer isso, pois entre nós deve existir uma atitude simples e fraterna. Somos todos irmãos e não devemos dominar os outros, olhá-los de cima para baixo. Não, somos todos irmãos”.

Se nós recebemos qualidades do Pai Celeste, - continuou o Papa -, devemos colocá-las ao serviço dos irmãos e não se aproveitar delas para a nossa satisfação pessoal. Não devemos nos considerar superiores aos outros; a modéstia é essencial para uma existência que deseja se conformar ao ensinamento de Jesus, que é gentil e humilde de coração. Ele veio não para ser servido mas para servir”.

“Que a Virgem Maria, - concluiu Francisco -, nos ajude com a sua materna intercessão, a fugir do orgulho e da vaidade e a sermos dóceis ao amor que vem de Deus, no serviço aos nossos irmãos para a alegria deles, que também será nossa”. (SP)

 

 

inizio pagina

Cardeal Vallini nomeado Legado Pontifício das Basílicas papais de Assis

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “Eu sou um apaixonado pelo santo de Assis”: foi o que afirmou o Cardeal Agostino Vallini, Vigário Geral emérito de Sua Santidade para a Diocese de Roma, nomeado neste sábado (04) pelo Papa, Legado Pontifício para as Basílicas de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos em Assis. O cardeal explica que não só no seu ministério pastoral a figura de São Francisco o acompanhou: sua primeira recordação remonta quando tinha oito anos e ele foi a Assis pela primeira vez acompanhado por sua mãe.

Para o Padre Enzo Fortunato, Diretor da Sala de Imprensa do Sagrado Convento de Assis, precisamente “esta primeira recordação do Cardeal Agostino Vallini revela o afeto dos italianos à figura do santo de Assis”, demonstrando que “uma igreja que tem como ponto de referência Francisco se torna sempre mais uma Igreja que ouve e vive o Evangelho, que está atenta ao último, que está atenta ao Homem. E hoje a primeira missão da Igreja é o Homem”.

A exprimir a alegria pela escolha do novo Legato, foram antes de tudo as famílias franciscanas dos Frades Menores Conventuais da Basílica de São Francisco de Assis e dos Frades Menores da Basílica da Porciúncula de Santa Maria dos Anjos com o seu Custódio, o Padre Mauro Gambetti e Padre Giuseppe Renda. (SP)

inizio pagina

Papa às Universidades Católicas: "pesquisa, ensinamento e promoção social"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (04/11), na Sala do Consistório, no Vaticano, 230 membros da Federação Internacional das Universidades Católicas, na conclusão do seu encontro, que acaba de se realizar em Roma, sobre o tema: “Refugiados e Migrantes em um mundo globalizado: responsabilidade e respostas das universidades”. 

O Papa iniciou seu discurso recordando as atividades deste organismo, que, em menos de um século, se propôs promover a formação católica, em nível superior, valendo-se da grande riqueza que deriva do encontro de tantas e diversas realidades universitárias.

Neste sentido, Francisco salientou o aspecto essencial desta formação que visa à responsabilidade social para a construção de um mundo mais justo e humano. E, congratulando-se com os membros do organismo, disse:

“Por isso, vocês se sentiram interpelados pela realidade global e complexa das migrações contemporâneas e, por conseguinte, impostaram uma reflexão científica, teológica e pedagógica, bem arraigada na Doutrina Social da Igreja, buscando superar os preconceitos e temores sobre o pouco conhecimento do fenômeno migratório”.

Aqui, o Santo Padre recordou a necessidade da contribuição dos membros desta Federação, colocando em evidência três âmbitos de sua competência: “pesquisa, ensinamento e promoção social”. Explicando cada um deles, Francisco disse sobre o primeiro, ou seja, sobre a pesquisa:

“As Universidades Católicas sempre buscaram harmonizar a pesquisa científica com a teológica, mantendo o diálogo entre fé e razão. No entanto, acho oportuno fazer ulteriores estudos sobre as causas remotas das migrações forçadas, individuando soluções práticas para assegurar às pessoas o direito de não terem que emigrar”.

Por outro lado, - acrescentou o Papa – é igualmente importante refletir sobre as reações negativas, às vezes até discriminatórias e xenófobas, que a chegada dos migrantes suscita nos países de antiga tradição cristã, promovendo itinerários de formação das consciências. Depois, sobre o segundo âmbito de competências do organismo, ou seja, o “ensinamento”, o Pontífice expressou seu desejo:

“Faço votos de que as Universidades Católicas possam adotar programas para favorecer a instrução dos refugiados, em vários níveis, seja através de cursos, mesmo à distância, para os que vivem em campos ou centros de assistência, seja através de bolsas de estudo, que lhes permitam uma digna reinserção”.

Porém, - disse o Papa – para responder adequadamente aos novos desafios migratórios, verdadeiros sinais dos tempos, outra tarefa urgente das Universidades Católicas é formar, de modo específico e profissional, os agentes de pastoral, que se dedicam à assistência dos migrantes e refugiados. E aqui, Francisco exortou:

“De modo geral, queria convidar os Ateneus Católicos a educarem seus estudantes, - alguns dos quais poderão se tornar líderes políticos, empresários e artífices da cultura, - como também a fazer uma leitura atenciosa do fenômeno migratório, em uma perspectiva de justiça, corresponsabilidade global e unidade nas diversidades culturais”.

O Papa recordou, a respeito do complexo mundo das migrações, a sugestão do Organismo Vaticano para o Desenvolvimento Humano Integral: trata-se de vinte “Meios de Ação” para contribuir com o processo, que levará à adoção, - na segunda metade de 2018 - por parte da Comunidade Internacional, de dois “Pactos Globais”, um sobre os migrantes e o outro sobre os refugiados. E Francisco concluiu:

“Nesta e em outras dimensões, as Universidades podem desempenhar um papel de destaque privilegiado também em campo social, como, por exemplo, incentivar o voluntariado entre os estudantes, mediante programas de assistência aos refugiados, aos que pedem asilo político e aos migrantes em geral”.

Francisco concluiu seu discurso aos membros da Federação Internacional das Universidades Católicas, dizendo que “todo este trabalho”, - no âmbito da pesquisa, do ensinamento e da promoção social – “encontra um ponto de referência seguro nas quatro pedras miliares da ação da Igreja” em relação aos migrantes: “acolhimento, proteção, promoção e integração”. (MT)

inizio pagina

Giovagnoli: Papa recorda a todos a tragédia da guerra

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A Comemoração de todos os fiéis defuntos foi celebrada esta quinta-feira pelo Papa Francisco com duas visitas intensas – caracterizadas pelo silêncio e pela oração – a dois lugares fortemente simbólicos para reiterar a estupidez da guerra, instrumento de morte e autodestruição. 

A esse propósito, a Rádio Vaticano – Secretaria para a Comunicação – ouviu o docente de História contemporânea da Universidade Católica de Milão, Prof. Agostino Giovagnoli, sobre o significado das visitas do Pontífice ao cemitério estadunidense de Netuno, onde celebrou a santa missa, e ao sacrário-monumento das Fossas Ardeatinas este 2 de novembro:

Prof. Giovagnoli:- “A escolha de celebrar o dia de memória dos fiéis defuntos visitando o cemitério estadunidense de Netuno e o Sacrário das Fossas Ardeatinas é muito indicativa da preocupação do Papa Francisco em recordar que a guerra é em primeiro lugar e sobretudo uma tragédia e, por conseguinte, uma causa de morte, embora muitas vezes se faça pouco caso, buscando criar um ‘novo mundo’, quase imaginando uma nova primavera, assim disse o Papa. Portanto, ele se dirige a uma humanidade não suficientemente assustada com a guerra, propriamente num momento em que, ao invés, há guerra: há em muitos lugares do mundo e se faz presente também como ameaça iminente de um conflito cada vez maior.”

RV: Há uma tentativa do Papa Francisco, inclusive com essas visitas, de purificação da memória – como fizeram seus imediatos predecessores – a fim de que os terríveis os erros do passado não se repitam?

Prof. Giovagnoli:- “O Papa insiste nessa trágica lição da guerra, que o mundo nunca aprende, ou melhor, não quer aprender – assim disse dias atrás e assim repetiu também esta quinta-feira. Há, portanto, a necessidade de reconquistar toda a consciência dramática daquilo que a guerra significa. Dias atrás falou do ‘suicídio da humanidade’ por exemplo no caso de uma guerra nuclear. Para o Papa é alarmante a pouca consciência que se tem hoje deste grande perigo.” (RL/AG)

inizio pagina

Formação



Espaço Interativo: domingo, 5 de novembro

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -   Domingo, 5 de novembro. Começa agora mais um Espaço Interativo, com os comentários sobre os posts da semana em nossa fanpage "Programa Brasileiro - Rádio Vaticano". 

E os vídeos tem sido as postagens mais curtidas, visualizadas e compartilhadas por nossos seguidores. De forma sintética, trazemos em palavras e imagens a mensagem do Papa Francisco nas Audiências Gerais, no Angelus, na Missa na Casa Santa Marta, nas celebrações e pronunciamentos.

Assim, os vídeos com o Angelus do último domingo, e das Missas na Santa Marta de segunda e terça-feira foram os posts mais compartilhados:

"Que Nosso Deus, proteja nosso Papa, para que possa mostrar para os seguidores de Jesus Cristo, o que Ele nos pede e espera de cada um de nós". (Carmelita dos Santos)

"Que o Espírito Santo nos dê coragem de ser fermento para fazer crescer o Reino de Deus!" (Fátima Menezes)

Mas o post que despertou maior interesse esta semana foi aquele sobre a Declaração Conjunta sobre os atos ecumênicos que marcaram os 500 anos da Reforma Protestante, concluídos em 31 de outubro. Nele, católicos e luteranos se comprometem em seguir os esforços rumo à unidade, para assim superar as divisões ainda existentes. Os comentários se dividiram entre os que entenderam a proposta e aqueles que a condenaram.

"Somos seguidores de Jesus Cristo e Ele suplicou ao Pai a unidade. Então também nós devemos querer a unidade dos cristãos e reconhecer que a Igreja Católica, da qual também faço parte, errou naquele momento da história e precisava de uma reforma, mas se fechou em si mesma. Não fosse isso, não teria havido essa cisão que marcou para sempre a história da Igreja Católica. Se hoje podemos ler a Bíblia e além de tudo anunciar o Evangelho, ainda que só após o Concílio Vaticano II, devemos isso, em parte, a Lutero que deu o primeiro passo" (Maria Cristina Ávila)

"Quando a igreja adota esse ecumenismo com cheiro de politicamente correto, dá até Saudades de Papas como São Pio X e Leão XIII, entre tantos outros, que sim, aconselhariam pelo respeito mútuo, mas não cederiam a esse ecumenismo". (João Paulo Oliveira)

"Tenho certeza que as autoridades católicas daquele tempo estão pagando até hj por esse gravíssimo erro de ganância que levou à separação da Igreja ! E infelizmente Lutero estava certo em ver o erro, denunciar. Só que exagerou em tirar os livros da Bíblia e os Sacramentos e mexer nos dogmas da Igreja! A partir daí, deu-se uma proliferação de Igrejas e seitas evangélicas que deixaram a essência e já não estão ligadas à videira Jesus Cristo !" (Erica Ribeiro)

"Não acredito em ecumenismo onde há desencontros Teológicos, onde um ranço religioso está sempre presente. Não dá pra comemorar a divisão dos filhos de Deus. Não é isso que Ele quer, e sim ver seus filhos unidos em um só corpo que é a Igreja que Jesus instituiu: "Pedro tu és pedra e sobre está pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Pedro é o dono da chave da Igreja e o Papa é seu substituto na continuação da história". (Manoel Viana Neto)

Dentro do mesma tema causou muita polêmica o lançamento de um selo pelo Departamento Filatélico do Vaticano que recordava, justamente os 500 anos da Reforma. Iniciativa compreendida e louvada por alguns e condenada por outros.

"Às vezes eu durmo em oração. Sinto-me criança nas mãos de Deus", foi uma postagem de quinta-feira muito curtida e compartilhada, na qual o Papa falou sobre a Oração do Pai Nosso ao canal dos bispos italianos. E muitos de nossos amigos compartilharam suas experiências de oração:

"Deus é Maravilhoso! Usa o Santo Papa Francisco pra falar conosco através do face. Quantas vezes adormeço rezando e me sinto culpada, peço perdão, e começo a rezar de novo e torno a adormecer e fico pensando que estou pecando, que é o inimigo que me adormece. Agora sei que não é assim . Deus nos entende como uma mãe que conta historinhas e fica feliz e cheia de amor quando o filho adormece em seus braços e nem termina de ouvir a historinha. Te amo Meu Deus! !!" (Elza Miranda)

"Eu dormia, mas meu coração velava. Sim me acontece sempre e quando desperto parece me que continuei orando o tempo todo acho que o santo anjo quando dormirmos orando assume a oração". (Evandro Rodrigues)

Tirou um peso da minha consciência. ESSE PAPA É MESMO UMA FIGURA...carismática!!! (Lurdes Hadas)

Se você quiser acompanhar de pertinho as atividade do Papa e da Igreja em todo o mundo, entra no facebook e curta: Programa Brasileiro - Rádio Vaticano!

Você também pode acompanhar todas as nossas transmissões e os vídeos que produzimos sobre as Missas na Santa Marta, Audiências e encontro do Papa Francisco, inscrevendo-se em nosso canal youtube: https://www.youtube.com/vaticanbr.

E o nosso e-mail mudou, passando: brasil@spc.va

Hoje ficamos por aqui! Forte abraço e até a próxima!

inizio pagina

Solenidade de Todos os Santos; “Sede santos porque eu sou Santo!”

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - «Fomos criados à imagem do Santo, isto é, de Deus. Sendo assim nosso modo de ser e de pensar é afinado com o modo de pensar e de agir de Deus. O contrário é aberração, é antinatural. A natureza humana foi feita para receber a divina. 

Quando falamos de santos, estamos tendo como referencial o Santo, Deus. É santa aquela pessoa que amou, que fez o bem, que foi feliz. Exatamente por isso soube perdoar, interessou-se pelos demais. Podemos ter como ideário dos santos as Bem-Aventuranças. Viveram seu agir especialmente a partir dos valores apontados nesse discurso de Jesus.

Celebramos três momentos de santidade: o momento passado, o momento presente e o momento futuro.

A Santidade do tempo presente é medida pela vivência das Bem-Aventuranças. Por isso hoje é nosso dia também, dia daqueles que tem em cada uma das bem-aventuranças de Jesus os mandamentos de seu dia a dia.

Quando homenageamos alguém e o intitulamos santo, queremos reconhecer nele a ação da Graça Divina que se concretizou na configuração da imagem do Criador nessa criatura.

E nossa devoção vai muito além do que colocar flores e acender velas. Nossa devoção será imitar suas virtudes, seu testemunho de seguir Jesus Cristo.

Pouco importa a época em que tenham vivido e qual a vocação que Deus lhes tenha dado. Importa como viveram, como responderam aos chamados, como enfrentaram as dificuldades, como superaram seus próprios limites, como vivenciaram a fé, a esperança e o amor.

Fomos feitos à imagem do Santo, para sermos santos: “Sede santos porque eu sou Santo!”» (Lev 11, 44).

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para a solenidade de Todos os Santos)

inizio pagina

Editorial: O papel da sociedade civil

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “O aumento das desigualdades e a exploração do planeta”, o “trabalho não digno da pessoa humana”: essas são as principais causas que alimentam as exclusões e “as periferias existenciais”. Recebendo no último mês de outubro os participantes de um encontro promovido pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Francisco chamou a atenção, no âmbito de uma reflexão, para “novos modelos de cooperação entre o mercado, o Estado e a sociedade civil, apontando as causas e os desafios da sociedade atual. 

O Pontífice reafirmou que “desigualdade e exploração não são uma fatalidade, porque os mesmos dependem dos comportamentos individuais e das “regras econômicas que uma sociedade decide dar-se”. Uma referência a setores como o energético, bancário, da instrução, etc. que, advertiu o Papa, dependendo como foram projetados, geram consequências diversas sobre o modo em que as rendas e riquezas são repartidas.

Já sobre a causa da exclusão, que diz respeito à dignidade do trabalho, Francisco fez notar como a criação de novos empregos necessita de pessoas abertas e empreendedoras, de relações fraternas, de pesquisas e investimentos no desenvolvimento, por exemplo, de energia limpa para resolver os desafios da mudança climática.

O Santo Padre foi contundente, exortando a se desvincular das pressões de “lobbies” públicos e privados e superar as formas de “preguiça espiritual”, para que a ação política seja verdadeiramente colocada a serviço da pessoa humana, do bem comum e do respeito pela natureza.

Eis, portanto, que o desafio a ser acolhido e aceito consiste em pedir ao mercado não somente que seja eficaz na produção de riqueza e assegurar um crescimento sustentável, mas também de colocar-se ao serviço do desenvolvimento.

O Santo Padre afirmou que o Estado não pode pretender ser o único e exclusivo titular do bem comum não permitindo a outros corpos da sociedade civil de exprimirem, com liberdade, todo o seu potencial. Para Francisco seria uma violação do princípio de subsidiariedade que, junto com o da solidariedade, constitui uma coluna fundamental da doutrina social da Igreja. Aqui está então o desafio, como conectar os direitos individuais ao bem comum.

Neste sentido o Papa fez votos de um “repensamento da figura e do papel do Estado-nação”, relançando no seu interno o papel específico da sociedade civil, chamada a impulsionar o Estado e o mercado, a fim de que repensem a sua razão de ser e o seu modo de atuar. (Silvonei José)

 

inizio pagina

Crônica: Maria, símbolo de união entre cristãos e muçulmanos

◊  

Dubai (RV*) - Amigas e amigos, é com alegria que os saúdo, desejando a paz e harmonia entre as religiões.

Para decepção nossa, constatamos que a Mãe de Jesus e nossa, é um fator de discórdia e, até de ódio, entre nós cristãos. 

Contudo, nesse tempo que exerço a missão nos Emirados Árabes Unidos, um país muçulmano, estou me convencendo de que a figura de Maria deveria receber mais destaque, no diálogo entre o Cristianismo é o Islã. Existem motivos para isso. Vejamos.

A Mãe de Jesus é venerada pelas duas grandes religiões. No Alcorão ela é mencionada 40 vezes aproximadamente: 16 de forma explícita e mais 24 nas afirmações de que Jesus é seu filho.

Tanto no Alcorão como nas tradições islâmicas, Maria é respeitada. A ela é dado o título honorífico “Sayyidatuna que significa” Nossa Senhora".

A devoção a Maria está presente, em diversos lugares, em países de maioria islâmica.   No Egito, milhares de cristãos e muçulmanos peregrinam ao santuário sobre o Monte Al Tir, na província de Al Minya, no dia da comemoração do nascimento de Maria. Diz a tradição que a Sagrada Família viveu lá, quando fugiu da matança promovida pelo Rei Herodes.

No Paquistão, Maria é nome de cidade, Mariamabad, que atrai muitos cristãos e muçulmanos.

Qualquer pessoa que visitar o Santuário de Nossa Senhora do Líbano em Harissa, no Líbano, verá muitos muçulmanos entre os peregrinos.

Turistas que chegam às Igrejas católicas, nos países do Golfo Pérsico, constatarão uma gruta com a Imagem de Maria à entrada do complexo. Com frequência, principalmente, mulheres muçulmanas, vestidas tipicamente, são vistas venerando Maria, especialmente às quartas-feiras, quando é rezada a novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

No ano de 2010, o dia 25 de março, Festa da Anunciação, foi declarado feriado nacional no Líbano. O fato curioso é que um dos promotores mais fortes foi um muçulmano, Cheque Moamé Nokkari, professor de estudos islâmico- cristãos. Cheque Moamé Nokkari declarou: “Tenho alguma coisa em meu coração dizendo que Maria é aquela que vai nos unir”.

São suas também as palavras: “Deus deu-nos Eva, como mãe da humanidade. Ele também nos deu outra mãe, a carinhosa e unificadora mãe que é nossa Mãe Maria.”.

*Missionário Pe. Olmes Milani, CS. Das Arábias para a Rádio Vaticano.

inizio pagina