Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 06/11/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: é preciso deixar-se "misericordiar" por Deus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Quando Deus dá um dom, este é irrevogável. Isto é, não pode ser desfeito, não dá hoje e tira amanhã. Quando Deus chama, esta chamada permanece toda a vida. Assim tem início a homilia do Papa na Casa Santa Marta, inspirada pela “eleição de Deus”, presente na leitura do dia de São Paulo aos Romanos.

Na história da salvação, explicou o Papa, três foram os dons e os chamados de Deus ao seu povo. Todos irrevogáveis, porque Deus é fiel: “o dom da eleição, da promessa e da aliança”. Foi assim para Abraão, e é assim para cada um de nós:

“Cada um de nós é um eleito, uma eleita de Deus. Cada um de nós carrega uma promessa que o Senhor fez: ‘Caminha na minha presença, seja irrepreensível e eu lhe farei isso’. E cada um de nós faz alianças com o Senhor. Pode fazê-las, não quer fazê-las – é livre. Mas isso é um fato. E também deve ser uma pergunta: como sinto eu a eleição? Ou me sinto cristão por acaso? Como eu vivo a promessa, uma promessa de salvação no meu caminho, e como sou fiel à aliança? Como Ele é fiel?”.

Diante, portanto, da “própria fidelidade” que é Deus, podemos nos perguntar: nós sentimos o Seu “carinho”, o Seu “cuidar” de nós e o Seu “procurar-nos” quando nos afastamos?

E ainda, prosseguiu Francisco comentando a leitura de São Paulo: falando da eleição de Deus, o Apóstolo repete quatro vezes duas palavras: “desobediência” e “misericórdia”. Onde há uma, comentou o Papa, está a outra. Este é o nosso caminho de Salvação:

“Isso quer dizer que no caminho da eleição, rumo à promessa e à aliança, haverá pecados, haverá a desobediência, mas diante desta desobediência há sempre a misericórdia. É como a dinâmica do nosso caminhar rumo à maturidade: sempre há a misericórdia, porque Ele é fiel, Ele não revoga os seus dons. Os dons são irrevogáveis e isso tudo está interligado, por quê? Porque diante das nossas fraquezas, dos nossos pecados, há sempre a misericórdia e quando Paulo chega a esta reflexão, faz um passo a mais: não de explicação a nós, mas de adoração.”

Francisco recomendou adoração e louvor silencioso diante “deste mistério da desobediência e da misericórdia que nos faz livres e diante desta beleza dos dons irrevogáveis como são a eleição, a promessa e a aliança”: 

“Penso que pode nos fazer bem, a todos nós, pensar hoje na nossa eleição, nas promessas que o Senhor nos fez e como eu vivo a aliança com o Senhor. E como me deixo – permitam-me a palavra – misericordiar pelo Senhor, diante dos meus pecados, das minhas desobediências. E, no final, se eu sou capaz – como Paulo – de louvar Deus por aquilo que me deu, a cada um de nós: louvar e fazer aquele ato de adoração. Mas jamais se esquecer: os dons e a chamada de Deus são irrevogáveis”.

inizio pagina

Bangladesh prepara-se para viagem do Papa

◊  

Daca (RV) – Em Bangladesh, são intensos os preparativos para a iminente visita do Papa Francisco, de 30 de novembro a 2 de dezembro do corrente.

O Cardeal Patrick D’Rozario, Arcebispo da capital, explicou à Agência Asianews que “todos os católicos estão envolvidos neste grande acontecimento”, inscrevendo-se nos eventos, participando na organização dos encontros e do transporte que levará os fiéis aos locais onde estará o Papa, além de intensa preparação espiritual nas paróquias. 

Desde o início o Cardeal D’Rozario deu importância à esta preparação espiritual dos fiéis, sublinhando que “o Papa chegará em Bangladesh como peregrino, e é por isto que os fiéis locais estão vivendo a espera como uma forma de peregrinação”.

Em particular, o purpurado recomendou a cada paróquia organizar a oração comunitária do Terço, oferecer uma Missa, observar um momento de Adoração em comum e um dia de jejum. Cada comunidade local, no entanto, decidirá os tempos desta preparação, com base na disponibilidade e exigências particulares.

A organização dos eventos foi confiada a um Comitê Central. O Cardeal escolheu pessoalmente os responsáveis, buscando elementos de unidade que possam dar atenção ao aspecto espiritual da visita.

Em nível local – acrescenta o Arcebispo de Daca – “20 Comitês estão em plena atividade, cada um deles sendo formado por 20-25 pessoas. Depois, existem outros oito Comitês diocesanos, que estão recebendo os pedidos de inscrição por parte das paróquias”.

Em relação ao programa da viagem, o Cardeal D’Rozario frisa em particular, cinco eventos: “A missa no Suhrawarddy Udyan Park, onde são esperados até 100 mil católicos e 10 mil fiéis de outras denominações cristãs; a visita à Catedral de Daca, em que estarão presentes cerca de 800 pessoas entre leigos, altos funcionários, benfeitores estrangeiros; o encontro inter-religioso e ecumênico pela paz – no qual se pronunciarão expoentes de quatro religiões: cristianismo, islamismo, hinduísmo e budismo – num total de cinco mil pessoas; o encontro com os jovens de todas as religiões, para o qual são esperadas 10 mil pessoas; e por fim o encontro com os cerca de 1.500 religiosos, sacerdotes e seminaristas”.

O purpurado conta que “há uma grande expectativa no país, até mesmo por parte da mídia secular, que se interessou pelo evento e tem intenção de transmiti-lo ao vivo nos canais de televisão”.

“Muitos esperam – acrescenta o purpurado – que o Papa se pronuncie sobre a questão dos refugiados Rohingya, que nos últimos tempos tem interessado tanto a Bangladesh como a Myanmar”, onde o Pontífice estará de 26 a 30 de novembro.

Em cada paróquia está em andamento a fase das inscrição das pessoas interessadas em participar dos eventos. Os nomes, depois, são enviados ao Comitê Central, que se certifica de que sejam pessoas conhecidas.

O Cardeal D’Rozario comenta: “Por ocasião de visita de um Chefe de Estado como o Papa, a segurança é confiada às forças locais, que já preveem um reforço na segurança. Não acredito, porém, que serão empregados outros agentes, além daqueles já previstos”. (JE/Asianews)

inizio pagina

Papa Francisco ordenará 16 sacerdotes em Bangladesh

◊  

Daca (RV) - O Papa Francisco ordenará 16 novos sacerdotes na iminente viagem apostólica que fará a Bangladesh, país do centro-sul da Ásia, de 30 de novembro a 2 de dezembro próximos. A agência AsiaNews falou com alguns deles. Todos afirmam aguardar com ansiedade o momento da consagração sacerdotal. 

Entre estes encontra-se Jashim Murmu, proveniente da Diocese de Dinajpur e de origem tribal santal, que afirma: “A primeira boa notícia é que o Papa Francisco virá a Bangladesh. A segunda é que me ordenará sacerdote”.

Ordenação sacerdotal em Daca, em 1º de dezembro

A ordenação dos diáconos terá lugar em 1º de dezembro, durante a missa que o Pontífice presidirá no Suhrawardy Udyan Park, na capital Daca. Cerca de cem mil pessoas estão sendo aguardadas para a ocasião. Entre os 16 futuros presbíteros, 10 são diocesanos, um é dos Oblatos de Maria e 5 são da Congregação da Santa Cruz.

O diácono Murmu será o primeiro sacerdote de seu vilarejo, inteiramente composto por tribais santal. Ele diz orgulhar-se muito por isso. Outro ordenando, Gracy Rozario (da Congregação da Santa Cruz), originário da Arquidiocese de Daca, diz: “Não vejo a hora de ser ordenado pelo Papa. Para mim é uma bênção o fato de ser consagrado por Pontífice. Por isso dou graças a Deus Todo-Poderoso”.

Ordenando: alegria imensa ser ordenado pelo Papa Francisco

Cizar Costa, da Diocese de Rajshahi, declara: “O Papa Francisco imporá suas mãos em minha cabeça e me ordenará me abençoando. É uma alegria imensa para mim. Só de pensar, sinto uma paz infinita em meu coração”.

Para o diácono é uma “grande graça poder ser consagrado pelo Santo Padre. Agradeço às autoridades eclesiásticas de Bangladesh por esta oportunidade. Agradeço também a meus pais e a toda a minha família, por terem me encorajado na opção pelo sacerdócio”.

Futuros sacerdotes formados no Seminário maior do Espírito Santo

Todos os 16 diáconos estudaram no Seminário maior do Espírito Santo, único seminário de Bangladesh. O reitor, Pe. Emmanuel Kanon Rozario, afirma que no momento o seminário acolhe 400 estudantes. Trata-se de uma situação contra a tendência em relação ao panorama ocidental e europeu, onde se verifica uma diminuição das vocações religiosas.

Retiro espiritual em preparação para a ordenação

A propósito dos futuros sacerdotes, acrescenta: “Nós os estamos ajudando na preparação espiritual. Como fase final da preparação, eles participarão de um retiro de oração que se realizará de 14 a 20 de novembro”.

Segundo o reitor do seminário, “tornar-se sacerdote é somente o primeiro passo do ministério presbiteral”. “Nós os preparamos de modo adequado e espero que se  tornem sacerdotes santos para a Igreja católica”, conclui Pe. Emmanuel. (RL/AsiaNews)

inizio pagina

“Francisco vai conseguir?”, pergunta feita por católicos e leigos que virou livro

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “O Papa vai conseguir fazer a reforma?”, é a pergunta que muitos se fazem e que expressa o título do livro de Pe. Rocco Ambrosio, professor italiano que se ocupa de análise institucional e aborda o caso da Igreja católica no Pontificado de Francisco, baseando-se nos seus estudos. É dessa forma que o autor introduz a obra, disponível em português, ao examinar os movimentos atuais do Papa para tentar entender se essa reforma terá ou não sucesso. 

Segundo Pe. Rocco, Francisco trata muito de corrupção, por exemplo, – e com muita liberdade em falar e lutar contra ela, antes mesmo de ser eleito Sucessor de Pedro. O Papa usa de dinâmicas antropológicas da corrupção que acabam valendo tanto para a Igreja, como para o mundo político, social e econômico. Mas é importante perceber que a figura de Francisco, porém, é vista com diferentes olhos em diversas partes do mundo.

18:48 “É óbvio que o Papa é Papa com toda a sua força, é um bispo da América Latina e vem de uma história da América Latina. Aquela história, pra nós ocidentais, talvez europeus (porque não quero falar dos outros), causa surpresa. Porém, para um da América Latina, é normal. O que deve fazer um bispo se não aquilo que o Papa está fazendo? Mas está aqui o problema da reforma, isto é, existem dois modelos de Igreja. Dou um exemplo europeu: as Igrejas com maior dificuldade para compreender o modelo de Francisco são da Itália e da Espanha, porque são Igrejas que trabalharam em temáticas muito distantes da sensibilidade da América Latina.”  

A reforma do Pontificado do Papa Francisco, segundo Pe. Rocco, é direcionada em dois importantes pontos: a referência ao Concílio Vaticano II (novo estilo de presença da Igreja no mundo, a missão, a opção preferencial pelos pobres, novo movimento ecumênico e a reforma da Cúria) e o problema dos escândalos (desde aquele pior para a Igreja, como a pedofilia, àquele da administração econômica da Santa Sé – mas também das dioceses e das Ordens Religiosas; e do “carreirismo”, a relação com o poder).

O Papa busca, assim, “a beleza da verdade”. E se diversos autores descrevem o conceito de verdade como um tapa, um soco, indepedente do contexto inserido, Pe. Rocco enxerga diversamente quando conduzida por Francisco: neste Pontificado, a verdade é um carinho.

28:10 “As palavras precisam se transformar em carinho. Pode-se dizer coisas duras e difíceis, inclusive mais sérias, mas não temos nenhuma autoridade para atingir os outros porque Deus é misericórdia, também quando critica, Ele é bom. E também quando age na justiça sã, inclusive dessa forma, é um modelo de Igreja. Aqui, misericórdia e justiça não são opostas, mas uma completa a outra. A misericórdia de Deus é justa, e a justiça de Deus é misericordiosa.”

O livro “Francisco vai conseguir? O desafio da reforma da Igreja”, de Rocco d’Ambrosio, pode ser adquirido através da Editora católica das Livrarias Paulinas (www.paulinas.org.br).

(SP/AC)

inizio pagina

Pe. Zollner: luta contra abusos será longa, mas está na direção certa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “As feridas espirituais causadas pelos abusos sexuais” é o título de um longo artigo do Padre jesuíta Hans Zollner, publicado na última edição da revista “Civiltà Cattolica”.

Nele, o Presidente do Centro para a Proteção de Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana aprofunda o tema das terríveis consequências dos abusos contra menores, em particular, quando cometidos por sacerdotes e  religiosos.

“Se alguém é abusado pelo pai – observa o jesuíta alemão – existe sempre um outro a quem dirigir-se para pedir ajuda: Deus. Porém se é um sacerdote que comete o abuso”, “então a imagem de Deus fica obscurecida e pode-se cair em uma escuridão e em uma solidão abismal”.

Padre Zollner, que é membro da Comissão para a Proteção dos Menores instituída pelo Papa Francisco, concentra-se justamente na “perspectiva” e no “sofrimento” das vítimas dos abusos, sublinhando o “trauma espiritual”, além do psíquico e físico, que é provocado quando o abusador é um representante da Igreja.

O sacerdote chama a atenção, então, para a “mentalidade de trincheira” que muitas vezes foi adotada pela Igreja, com a intenção de “resolver as coisas internamente, excluindo a dimensão pública, por temer pela própria reputação ou por aquela da própria Instituição”.

O resultado – adverte Padre Zollner – é que “se esquece quer o sofrimento das vítimas (que devem ser mantidas em silêncio), quer uma lei da mídia que afirma: “Cedo ou tarde as coisas vem à tona. Tome a iniciativa, reconheça o erro, desculpe-se honestamente e terás credibilidade”.

O artigo dedica um amplo espaço às “exigências” e “aos esforços” que hoje os católicos devem enfrentar em relação a este tema que – observa o jesuíta – pede um renovado compromisso e até mesmo de “rever o nosso modo de ser Igreja”.

O Papa Bento XVI – ressalta Padre Zollner - que com coerência tomou providências contra os autores de abusos, mesmo em altos escalões, com a sua renúncia deu um excelente exemplo de como é possível administrar o poder (na Igreja)”.

O Papa Francisco, por sua vez, “não se cansa de estigmatizar as doenças do clericalismo e de uma vida cômoda, e de pregar um retorno à simplicidade e a urgência do Evangelho”.

A luta contra os abusos – escreve ainda o Padre Zollner – terá ainda uma longa duração, sendo necessário por isto dizer adeus à ilusão, de que a simples introdução de regras ou de linhas guias, seja a solução para isto”. Esta – adverte – “implica uma conversão radical e uma atitude decidida para fazer justiça às vítimas e para a prevenção total”.

Certo – admite – “ninguém é capaz de derrotar definitivamente o mal, nem mesmo o de abusos contra os menores – o que seria uma presunção fatal – mas se pode fazer muito para reduzir o máximo possível o risco e aumentar a prevenção”.

Para o jesuíta, “hoje na Igreja  universal o ponteiro da balança tende, lentamente mas com decisão, para a direção correta”.

O Papa Francisco – conclui Padre Zollner – continuou e fortaleceu a linha de seu predecessor, sobretudo com a instituição da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores. Ele criou assim, a nível de Igreja universal, as condições estruturais e materiais para poder acelerar com eficiência a tutela da infância em toda a Igreja Católica”. (JE/AG)

inizio pagina

Igreja no Brasil



14º Intereclesial “CEBs e os desafios no mundo urbano”

◊  

Londrina (RV) - Os Encontros Intereclesiais das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), de acordo com o Documento 92 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) intitulado “Mensagem ao povo de Deus sobre as comunidades eclesiais de base” são definidos como patrimônio teológico e pastoral da Igreja no Brasil. Desde a realização do primeiro, em 1975, em Vitória (ES) reúnem-se diversas dioceses para troca de experiências e reflexão teológica e pastoral sobre a caminhada das CEBs. O evento congrega bispos, religiosos, assessores e animadores das comunidades.

Com o tema “CEBs e os desafios no mundo urbano” e o lema “Eu ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los” (Ex 3,7), o 14º Intereclesial das CEBs ocorrerá em Londrina (PR), nos dias 23 a 27 de janeiro de 2018. O evento pretende reunir representantes de todas as regiões do Brasil, de países da América e de outros lugares para celebrar a diversidade e a beleza de viver o Evangelho de Jesus de Nazaré. Nele também se objetiva a expressão da comunhão entre os fiéis e seus pastores.

Segundo o Arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, anfitrião do próximo encontro, a iniciativa já conta com mais de duas mil pessoas inscritas. Para ele, a temática do evento, que trata a questão da realidade urbana, é necessária e urgente e, por isso, atraiu um grande número de participantes. “Hoje já temos um percentual de mais de 80% dos brasileiros vivendo em cidades, os que nelas não habitam vivem a cultura urbana de qualquer jeito, seja através da televisão, do rádio, da internet, e isso está tomando conta do nosso país”, afirma.

Para Dom Geremias, a Igreja vem de encontro à temática, uma vez que quer debater junto à sociedade a questão dos direitos. “Queremos debater o assunto para que de fato o povo que vive nas cidades possa ter a sua dignidade humana respeitada e acima de tudo possa viver bem e para que isso aconteça entra a questão de uma série de direitos a ser conquistados, como é o caso do acesso à educação, ao transporte, à segurança pública, então são essas as questões que nós estamos enfrentando hoje”, complementa.

Subsídios

Rumo ao 14º Intereclesial das CEBs, o secretariado do evento apresentou os subsídios que irão animar a caminhada das comunidades em 2018. O texto-base que tem como título “CEBs e os Desafios do Mundo Urbano” é dividido no método ver, julgar e agir e, como o próprio nome indica, oferece uma reflexão sobre os desafios vividos no mundo urbano.

O primeiro capítulo do livro traz uma abordagem do processo de urbanização no Brasil, contextualizando a origem das cidades brasileiras, suas dinâmicas e culturas. No segundo capítulo, o texto-base traz uma fundamentação teológica para a ação das CEBs em relação aos desafios da cidade. Já no último capítulo são apontados os problemas mais graves ou mais urgentes pelos animadores de CEBs no Brasil, como a questão da moradia, violência, saúde, educação.

Além do texto-base, também já estão disponíveis para download o cartaz do evento, o cancioneiro e a oração que conduzirá o 14º Intereclesial. Confira no site www.cebsdobrasil.com.br. (SP-CNBB)

 

 

 

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Sínodo 2018: Bispos alemães analisam respostas dos jovens

◊  

Berlim (RV) – A Sessão Plenária de outono da Conferência Episcopal Alemã (DBK) analisou recentemente as respostas dadas pelos jovens católicos alemães ao questionário do Vaticano em preparação à 15ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, a ser realizado em outubro de 2018, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. 

As respostas foram enviadas até 1º de maio de 2017 e foram avaliadas e agrupadas por temas.

O Presidente da Comissão para os Serviços Eclesiásticos, o Bispo de Münster, Dom Feliz Genn,  e o Presidente da Comissão da Juventude da Conferência Episcopal Alemã, o Bispo de Passau, Dom Stefan Oster, publicaram os resultados no site da conferência na última sexta-feira.

“Agradecemos a todas as partes envolvidas na pesquisa, as dioceses, os escritórios para a Pastoral Juvenil e os Centros Diocesanos Vocacionais, que contribuíram para esta pesquisa sobre os jovens e a vocação na Alemanha – escrevem os prelados, citados pela Agência Sir. Será um importante ponto de partida para a discussão dos temas do Sínodo sobre jovens, quer na Alemanha como em Roma”.

Dom Genn e Dom Oster enfatizaram que “as respostas indicaram claramente que há muitos jovens com o olhar voltado ao Sínodo. Os valores e o significado da Igreja oferecem autenticidade e relevância à vida”.

Pelas respostas ao questionário, constatou-se que atualmente os jovens na Alemanha têm grandes oportunidades, mas ao mesmo tempo muitos desafios.

Devido às muitas possibilidades de escolha de uma profissão e de uma forte pressão na escola, muitos jovens gostariam de ser acompanhados em seu projeto de vida pessoal”. (JE/SIR)

inizio pagina

Em andamento, nas Filipinas, a Jornada nacional da Juventude

◊  

Manila (RV) - Teve início esta segunda-feira (06/11), a Jornada nacional da Juventude nas Filipinas. Mais de 2.300 jovens provenientes de todo o país do sudeste asiático participam da chamada “JMJ nacional”, que durará de 6 a 10 de novembro. O tema escolhido foi extraído do Magnificat: “O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome (Lc 1,49)”. 

Os participantes são jovens de 13 a 39 anos que durante vários encontros e celebrações desta edição refletirão sobre temas e questões relevantes para a vida dos jovens como os desafios sociais, os meios de comunicação, o tráfico de seres humanos, a promoção da educação social, a arte e a cultura, entre outros. O encontro volta à ilha de Mindanao após 11 anos. De fato, a última vez deu-se em 2006 em Davao City.

O evento tem a profícua colaboração da comunidade católica com as autoridades civis locais, numa fase em que na ilha de Mindanao vige ainda a Lei marcial, proclamada pelo Presidente Duterte após a crise de Marawi.

Desejo dos jovens de abraçar a missão de Cristo entre seus coetâneos

“É uma oportunidade para expressar o desejo dos jovens de abraçar a missão de Cristo entre seus coetâneos”, disse a prefeita de Zamboanga, a católica Maria Isabelle Climaco-Salazar, oferecendo pleno apoio organizativo ao evento.

A Arquidiocese de Zamboanga, organizadora do evento junto com a Comissão para a Pastoral da Juventude na Conferência episcopal, predispôs um programa detalhado de atividades: no dia de abertura, desfile dos jovens, num colorido e pacífico cortejo de oração, canto e festa pelas ruas da cidade, mostrando sua presença a toda a população. Outras procissões e cortejos públicos na terça-feira (dedicada a Nossa Senhora) e em 9 de novembro.

Igreja local feliz por acolher evento juvenil

Os outros dias serão marcados por encontros de oração, celebrações litúrgicas, representações artísticas e musicais e momentos de partilha. “A Igreja local sente-se muito feliz por acolher o evento”, ressalta o coordenador da Comissão para a Pastoral da Juventude na Arquidiocese de Zamboanga, Anthony Saavedra.

Desejo de conhecer melhor Deus e de tornar-se peregrinos e apóstolos

“Minha esperança é que Jornada da Juventude permita que jovens de diferentes lugares se encontrem a fim de que possam anunciar ao mundo aquilo que há de belo, preciso e vital na juventude deles. Os jovens participam com o desejo de conhecer melhor Deus e de tornar-se peregrinos e apóstolos, para partilhar com os outros a relação com o Senhor”, disse Dom Romulo T. de la Cruz, à agência missionária Fides.

Esse evento – prossegue o arcebispo de Zamboanga – contribui para reforçar a Pastoral da Juventude. Todos se tornam cada vez mais conscientes e apreciam o papel dos jovens na Igreja. A Jornada da Juventude oferece oportunidade de expressar o desejo dos jovens de abraçar a missão de Cristo. Celebra um dom, o dom de ser jovens e seguidores de Cristo.

Atentos aos sinais dos tempos

“Convida nossos responsáveis da Pastoral da Juventude a estar atentos aos sinais dos nossos tempos, e a serem envolvidos e comprometidos nas obras de bem promovidas pela Igreja”, acrescenta.

“A Jornada é um modo para acompanhar os jovens em seu caminho de vida, a fim de que se deixem amar por Cristo”, explica por sua vez Pe. William Garcia, sacerdote participante.

Zamboanga, área histórica de missão para a Igreja filipina

A cidade de Zamboanga tem muito a oferecer aos jovens peregrinos: tradições culturais, étnicas e religiosas coloridas e diversificadas, provenientes de três comunidades – a cristã, a islâmica e a indígena. A península de Zamboanga é uma área histórica de missão para a Igreja filipina: nessa cidade, os missionários cristãos desempenharam um papel fundamental na promoção da fé e da justiça.

Jovens, agentes de transformação para a Igreja e o país

“Ao término desta celebração de cinco dias, nosso sonho é que os jovens se reconheçam como ‘agentes de transformação’ para a nossa Igreja e para o nosso país. Portanto, é nossa esperança que este encontro contribua para formar nossos jovens como futuros líderes e como missionários do Evangelho no mundo, para a edificação do Reino de Deus”, observa Pe. Wilfredo Samsom, sacerdote local.

De 1987 a 1990 a Jornada nacional da Juventude se realizou sempre na capital Manila. Todavia, a partir de 1991 foi celebrada em várias dioceses do país. (RL/Fides)

inizio pagina

Formação



Dom Sebastião: realidade social e econômica da Diocese de Coroatá

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continua dando voz aos nossos pastores, trazendo-nos um pouco da realidade eclesial de suas Igrejas particulares. 

Na edição de hoje iniciamos a participação do bispo de Coroatá, Dom Sebastião Bandeira Coêlho, há sete anos à frente desta diocese maranhense. Nosso convidado nos apresenta a realidade geográfica-social na qual se encontra esta Igreja particular do nordeste do Maranhão, cujo estado pertence à Amazônia Legal, mas também com características do Nordeste, observa ele.

Diz tratar-se de uma diocese jovem que este ano está celebrando 40 anos, situada entre São Luís e Teresina, na Região dos Cocais, predominada pelo babaçu, cuja produção é fonte de subsistência para muitas pessoas.

Com uma população tendo como base de sobrevivência a agricultura familiar, a pecuária e o emprego no funcionalismo público municipal, destaca a expressiva presença de afrodescendentes com a presença também de comunidades quilombolas que mantêm muitas tradições de origem africana. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

inizio pagina

Atualidades



ONU Brasil lança campanha pelo fim da violência contra a juventude negra

◊  

Brasília (RV) - A Organização das Nações Unidas no Brasil lançará, nesta terça-feira dia 7 de novembro, em Brasília, a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros.

A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da equipe de país da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial.

Racismo

Para a ONU, o racismo é uma das principais causas históricas da situação de violência e letalidade a que a população negra está submetida. Atualmente, um homem negro tem até 12 vezes mais chance de ser vítima de homicídio no Brasil que um não negro, segundo o Mapa da Violência.

O lançamento, com divulgação de vídeos e materiais de campanha, terá início às 15h30, na Casa da ONU, em Brasília (DF), e contará com a presença do coordenador residente das Nações Unidas, Niky Fabiancic; de representantes do governo e da sociedade civil que atuam no tema; e do ator Érico Brás – apoiador da campanha “Vidas Negras” e participante dos vídeos e peças.

No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%.

Agenda 2030

“O Brasil é um dos 193 países comprometidos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos principais compromissos dessa nova agenda é não deixar ninguém para trás em relação às metas de desenvolvimento sustentável, incluindo jovens negros. Com a campanha Vidas Negras, a ONU convida brasileiras e brasileiros a se engajarem e promoverem ações que garantam o futuro de jovens negros”, comenta o coordenador residente da ONU, Niky Fabiancic.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. O dado revela o grau de indiferença com que os brasileiros têm encarado um problema que deveria ser de todos.

A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade. Além disso, deseja alertar sobre como o racismo tem restringido a cidadania de pessoas negras de diferentes formas.

Vítimas da violência

Segundo dados recentemente divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de cada 1 mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos.

Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado, segundo o Mapa da Violência. A campanha defende que esta morte precisa ser evitada e, para isso, é necessário que Estado e sociedade se comprometam com o fim do racismo — elemento-chave na definição do perfil das vítimas da violência.

Consciência Negra

As peças da campanha abordam diferentes facetas da questão, que vão da discriminação como obstáculo à cidadania plena; passam pelo tratamento desigual de pessoas negras em espaços públicos; e pelo vazio deixado pelos jovens assassinados nas famílias e comunidades; chegando até o problema da filtragem racial (escolha de suspeitos pela polícia, com base exclusivamente na cor da pele).

Participam dos vídeos e demais materiais, além de Érico Brás, Taís Araújo, Kenia Maria, Elisa Lucinda e o Dream Team do Passinho.

A campanha, principal ação do Sistema ONU Brasil no mês da Consciência Negra, não para por aí. Ela seguirá estimulando o debate sobre a necessidade urgente de medidas voltadas para superação do racismo nos diferentes segmentos da sociedade.

(MJ/ACNUR Brasil)

inizio pagina