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Sumario del 09/11/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa Francisco: edificar, custodiar e purificar a Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou na manhã desta quinta-feira a missa na capela da Casa Santa Marta. O Pontífice dedicou sua homilia ao aniversário de Consagração da Basílica de São João de Latrão, que a liturgia celebra neste dia 9 de novembro. 

Inspirando-se nas leituras, o Papa falou de três palavras: edificar, custodiar e purificar a Igreja. Antes de tudo, “edificar a Igreja”. O seu fundamento, recordou Francisco, é Jesus Cristo:

Ele é a pedra angular neste edifício. Sem Jesus Cristo, a Igreja não existe. Por quê? Porque não há fundamento. E se construímos uma igreja – pensemos numa igreja material – sem fundamento, o que acontece? Cai. Cai inteira. Se não há Jesus Cristo vivo na Igreja, ela cai.

E nós, o que somos?, perguntou ainda o papa. “Somos pedras vivas”, não iguais, cada uma diferente, porque “esta é a riqueza da Igreja. Cada um de nós constrói segundo o dom que Deus deu. Não podemos pensar numa Igreja uniforme: isso não é Igreja”. Portanto, “custodiar a Igreja”, consciente do Espírito de Deus que habita em nós:

Quantos cristãos hoje sabem quem é Jesus Cristo, sabem quem é o Pai – porque rezam o Pai Nosso? Mas quando você fala do Espírito Santo... “Sim, sim... ah, é a pomba, a pomba” e para ali. Mas o Espírito Santo é a vida da Igreja, é a sua vida, é a minha vida.... Nós somos templo do Espírito Santo e devemos custodiar o Espírito Santo, a tal ponto que Paulo aconselha os cristãos “a não entristecê-lo”, isto é, não ter uma conduta contrária à harmonia que o Espírito Santo faz dentro de nós e na Igreja. Ele é a harmonia, ele faz a harmonia deste edifício.

Por fim, “purificar a Igreja”, a partir de nós mesmos:

E nós somos todos pecadores: todos. Todos. Se alguém de vocês não for, levante a mão, porque seria uma bela curiosidade. Todos somos pecadores. E por isso devemos purificar-nos continuamente. E purificar também a comunidade: a comunidade diocesana, a comunidade cristã, a comunidade universal da Igreja. Para fazê-la crescer. 

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Papa: O Evangelho é também colocado em prática na busca da justiça social

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu, nesta quinta-feira (09/11), na Sala Clementina, no Vaticano, cento e trinta membros da comunidade do Pontifício Colégio Ucraniano de São Josafá, em Roma. 

Após dar as boas-vindas aos presentes, o Pontífice recordou que este encontro se realiza há 85 anos da construção do colégio na colina do Gianicolo, a pedido do Papa Pio XI. 

“Ele foi o promotor de uma iniciativa que mostrava a atenção especial e concreta dos Sucessores de Pedro pelos fiéis da Igreja provenientes daquela área de sofrimento e perseguição, que desta forma podiam sentir-se aqui, em Roma, como filhos amados que moram e crescem numa casa, preparando-se para a missão apostólica como diáconos e sacerdotes.”
 
O Papa Francisco recordou que Pio XI, durante os anos de seu pontificado, enfrentou vários desafios da época, mas sempre levantou a sua voz firme na defesa da fé, da liberdade da Igreja e da dignidade de cada pessoa humana. 

“Condenou claramente, através de discursos e cartas, as ideologias ateias e desumanas que ensanguentaram o século XX. Evidenciou suas contradições, indicando à Igreja o caminho mestre do Evangelho, também colocado em prática na busca da justiça social, dimensão imprescindível do resgate humano de povos e nações. Como futuros sacerdotes, os convido a estudar a Doutrina Social da Igreja a fim de amadurecerem no discernimento e julgamento das realidades sociais em que vocês serão chamados a trabalhar.”

Francisco sublinhou que o mundo atual está ferido por guerras e violência, e que a Ucrânia vive o drama da guerra que cria sofrimentos enormes, sobretudo nas áreas atingidas que se tornaram ainda mais vulneráveis devido ao inverno rigoroso que se aproxima.
 
“A inspiração pela justiça e pela paz é forte, e proíbe toda forma de abuso, corrupção social e política, realidades em que são sempre os pobres a pagarem as consequências. Que Deus ajude e encoraje aqueles que trabalham por uma sociedade cada vez mais justa e solidária. Que eles sejam apoiados pelo compromisso concreto das Igrejas, dos fiéis e de todas as pessoas de boa vontade.” 

O Pontífice recordou em seu discurso o Santuário Nacional de Zarvanytsya e disse que Maria deseja que os sacerdotes de seu Filho sejam como as velas acesas nas noites de vigília neste santuário, para recordar a todos, especialmente aos pobres, aos sofredores, e aos que fazem o mal e semeiam violência e destruição, que «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso».

O Papa disse aos seminaristas e sacerdotes da Igreja greco-católica ucraniana que conserva e venera um pequeno ícone ucraniano de Nossa Senhora da Ternura, presente que lhe foi dado quanto estava em Buenos Aires. Francisco os abençoou, invocando a paz e a harmonia ecumênica para a Ucrânia. 

(MJ)

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Papa recebe Presidente do Paraguai: educação e promoção social

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência esta quinta-feira (09/11), no Vaticano, o Presidente do Paraguai, Horacio Manuel Cartes Jara, o qual encontrou em seguida o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher. 

Realizados num clima de cordialidade, os colóquios se detiveram principalmente sobre os temas da educação e da promoção social, bem como sobre algumas questões regionais – lê-se num comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

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Mensagem de Francisco ao Simpósio "Paulo VI, o Papa da modernidade"

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Cidade do Vaticano (RV) - O Pontífice dirigiu uma mensagem aos participantes do Simpósio realizado esta quinta-feira (09/11) na Basílica papal de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, dedicado a “Paulo VI, o Papa da modernidade”, por ocasião do 50º aniversário da encíclica social “Populorum Progressio”. 

Francisco recorda que a Carta encíclica quer ser um “apelo solene a uma ação concertada em favor do desenvolvimento integral do homem” e pelo “desenvolvimento solidário da humanidade.

Eliminar as injustiças para construir a paz

Tal apelo ressoa urgente também em nossos dias, afirma o Papa, em que a pobreza se expande e cotidianamente não se vive a paz em muitas partes do mundo. Para construí-la é necessário eliminar as causas de discórdia, propriamente, “a começar pelas injustiças”.

A paz é fruto da justiça

De fato, a paz entre os homens é “obra da justiça”, recorda Francisco ressaltando, por isso mesmo, ser particularmente atual a reflexão deles centralizada na “justiça entre os povos”. Ela se inspira naquele “Evangelho do caminho” que pede que a caridade, a fé e a esperança cristãs sejam levadas ao encontro do homem nas estradas de hoje. (RL)

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Papa reconhece as virtudes heroicas de João Paulo I

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus João Paulo I. O Papa Albino Luciani esteve à frente da Igreja Católica somente por 33 dias, no ano de 1978. 

O reconhecimento das virtudes ocorreu na quarta-feira (08/11), durante a audiência que Francisco concedeu ao Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato.

João Paulo I nasceu em 17 de outubro de 1912, em Forno di Canale (Itália) e morreu em 28 de setembro de 1978, no Palácio Apostólico no Vaticano. Ele foi eleito Papa no conclave de 26 de agosto daquele mesmo ano.

O Papa Francisco autorizou ainda a promulgação dos seguintes decretos:

- o martírio do Servo de Deus João Brenner, Sacerdote diocesano; nascido na Hungria, morreu no país em 1957;

- o martírio da Serva de Deus Leonella Sgorbati, irmã  professa do Instituto das Missionárias da Consolata. Ela nasce una Itália e morreu em 17 de setembro de 2006 a Mogadíscio (Somália);

- as virtudes heroicas do Beato Bernardo di Baden, Marquês de Baden; nasceu em 1428 na Alemanha e morreu em 1458 na (Itália);

- as virtudes heroicas do Servo de Deus Gregório Fioravanti, Sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores, fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias do Sagrado Coração; morreu na Itália 1894;

- as virtudes heroicas do Servo de Deus Tomás Morales Pérez, Sacerdote professo da Companhia de Jesus, fundador dos Institutos Seculares Cruzados e Cruzadas de Santa María; nasceu na Venezuela em 1908 e morreu na Espanha em 1994;

- as virtudes heroicas do Servo de Deus Marcellino da Capradosso, leigo professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; morreu na Itália em 1909;

- as virtudes heroicas da Serva de Deus Teresa Fardella, viúva De Blasi, fundadora do Instituto das Irmãs Pobres, nasceu nos Estados Unidos em 1867 e morreu em 1957 em Trapani (Itália).

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Papa decide proibir venda de tabaco no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco decidiu que a partir de 2018, será proibida a venda de tabaco na Cidade do Vaticano. “A explicação – segundo o porta-voz da Santa Sé, Greg Burke – é simples: nenhum lucro pode ser legítimo se está custando a vida de pessoas”.

Lembrando que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco causa de mais de sete milhões de mortes ao ano no mundo, o porta-voz anunciou que “a Santa Sé não pode cooperar com uma prática que prejudica claramente a saúde das pessoas”.

Até agora, os funcionários e aposentados do Vaticano podiam comprar cigarros, charutos e tabaco com desconto no supermercado que se encontra no Estado pontifício, o que representa uma fonte de receita para a Santa Sé.

“No entanto, nenhum lucro pode ser legítimo se coloca em risco a vida das pessoas”, completou Greg Burke.

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Igreja no Brasil



Como ser Igreja na rede? Seminário reúne a Igreja do Brasil

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Rio de Janeiro (RV) - “Ser Igreja na rede: a cultura digital como um recurso” é o tema da quarta edição do Seminário de Comunicação, em andamento desde terça-feira, (07/11) no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, no Rio de Janeiro. O evento reúne mais de 100 participantes de 40 dioceses e foi aberto pelo Cardeal Orani João Tempesta

“Essa é uma iniciativa que foi pensada primeiramente com a finalidade de preparar bem os padres, dar a oportunidade aos nossos sacerdotes de se atualizarem com questões ligadas à área. Com o interesse de muitos, logo abrimos para o Regional Leste 1 e, em seguida, para todo o Brasil, pois entendemos que temos a obrigação de servir não só a Igreja no Rio, mas toda a Igreja”, afirmou Dom Orani.

Difundir nas redes a linguagem do amor

O vigário episcopal para a Comunicação Social e Cultura da Arquidiocese do Rio, cônego Marcos William Bernardo, também participou da abertura do seminário e ressaltou a importância de não se perder a identidade cristã nas redes.

“Que consigamos refletir um pouco mais sobre as nossas interações junto às redes, para que elas não se tornem armas. Precisamos falar mais a partir do coração, difundir nas redes a linguagem do amor que é o próprio Cristo porque se não for assim não vale a pena ser cristão. Cristo não se rivaliza com a tecnologia e que nessa cultura não nos percamos, mas, pelo contrário, conservemos nossa integridade com Cristo, pois Ele foi, é e sempre será nossa grande motivação”.

Igreja na era digital

De acordo com Padre Arnaldo Rodrigues, um dos organizadores do seminário, a intenção do encontro é proporcionar um estudo da Igreja no ambiente das redes sociais e novas tecnologias nos dias atuais.

A Igreja está inserida nesse contexto. E quisemos fazer esse estudo trazendo alguns profissionais dessa área. Esses encontros nos ajudam inclusive a nos prepararmos para os momentos que virão na era digital”, afirmou o sacerdote.

Confira aqui a apresentação do Seminário, com Pe. Arnaldo:

Os conferencistas são: o secretário da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé (Dicastério para a Comunicação), monsenhor Lucio Ruiz; o vice-presidente executivo da Qualcomm Technologies, Inc. e presidente da Qualcomm CDMA Technologies (Califórnia, EUA), Cristiano Amon; o jornalista e professor das universidades Facha, Metropolitana do México, Escola Superior de Propaganda e Marketing e PUC-Rio, Fernando Morgado e o assessor da Comissão Episcopal para Comunicação da CNBB, padre Antônio Xavier.

Curta e acompanhe também a página do seminário no Facebook: Seminário de Comunicação Social.

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A Igreja e o advento da cultura digital: debate prossegue no Rio

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Rio de Janeiro (RV) - “Simplificação dos meios, o uso e a acessibilidade” foi o tema apresentado pelo assessor da Comissão Episcopal para Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Antônio Xavier, na noite de terça-feira (07/11) na abertura do 4º Seminário de Comunicação, em andamento até o dia 10 no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, no Rio de Janeiro.

Padre Antônio proferiu a primeira conferência do encontro recordando a história da Igreja com a comunicação e realizando um panorama dos dias atuais com o advento da cultura digital. 

“A mudança de paradigmas trazida pelas tecnologias muda os processos relacionais do ser humano. Assim como no tempo do automóvel e da energia elétrica, a internet gerou nas pessoas comportamentos distintos daqueles de um tempo, a ponto de distinguir gerações que antecedem e sucedem tais momentos”, disse.

Confira aqui o testemunho de Padre Antônio Xavier:

Acompanhe o 4º Seminário de Comunicação, ao vivo, através da página do Facebook da WebTV Redentor. Curta e acompanhe também a página do seminário no Facebook: Seminário de Comunicação Social

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"Igreja deve comunicar de forma ousada, ampla e integrada"

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Rio de Janeiro (RV) - “A Igreja pode ousar mais na utilização dos meios digitais. O céu é o limite”. No segundo dia (08/11) do 4º Seminário de Comunicação Social promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, o jornalista e professor Fernando Morgado estimulou os participantes para que, nas dioceses, comunidades e expressões, os comunicadores utilizem de forma ousada, ampla e integrada todas as possibilidades e mecanismos oferecidos pelos recursos tecnológicos. Tendo em vista que a Igreja não estaria presa às “amarras” do mercado de propagandas e patrocínios, ela teria o facilitador de se aproximar mais facilmente de seu público.

Ao ressaltar que, na atualidade, busca-se uma grande audiência nas redes sociais (por meio de curtidas, compartilhamentos e seguidores) em detrimento do conteúdo, Morgado destacou que a Igreja tem a vantagem de produzir assuntos que despertam a memória afetiva das pessoas, a partir de elementos da cultura popular, como devoções, celebrações, festas e tradições. Deste modo, com tais elementos, se alcançará a audiência sem perder a essência dos conteúdos de fé e o foco da atuação da Igreja, a evangelização e o coração humano.

Confira aqui o testemunho do professor Mordado:

À tarde, o jornalista e professor das universidades Facha, Metropolitana do México, Escola Superior de Propaganda e Marketing e PUC-Rio, deu continuidade às suas conferências apresentando as formas de operação e alguns modelos de negócios de grandes empresas como Google, Facebook e Youtube.

Inspirado pelo tema “Todo poder a audiência! (?)”, o especialista ressaltou ainda a presença do algoritmo do Facebook - um recurso utilizado para, principalmente, determinar o que é posto em primeiro no feed da tela principal do usuário – e demonstrou certa preocupação com o fake news (notícias falsas), algo cada vez mais crescente nas redes, inclusive, com empresas especializadas que lucram muito através da mentira.

Acompanhe o 4º Seminário de Comunicação, ao vivo, através da página do Facebook da WebTV Redentor. Curta e acompanhe também a página do seminário no Facebook: Seminário de Comunicação Social.

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Igreja na América Latina



Bispos argentinos elegem novo presidente

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Pilar (RV) – O anúncio do Evangelho, a vida interna da Igreja e o empenho pelo bem comum: estes são os principais desafios que a Igreja Católica na Argentina deverá enfrentar no próximo triênio.

O episcopado argentino está reunido em Plenária desde o dia 6 até 11 de novembro em Pilar. No segundo dia de trabalhos, foi eleita a comissão executiva para o período 2017-2020. O novo presidente da Conferência Episcopal é agora o Bispo de San Isidro, Dom Óscar Vicente Ojea, Presidente da Cáritas Argentina. Ele sucede o Arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz, Dom José María Arancedo.

Com Dom Ojea, trabalharão o Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Mario Aurelio Poli e o Bispo de La Rioja, Dom Marcelo Daniel Colombo, como vice-presidentes. O Bispo de Chascomús, Dom Carlos Humberto Malfa, foi confirmado como Secretário-Geral.

Da Assembleia participa também o Arcebispo Paul Richard Gallagher, da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados, que em seu pronunciamento falou dos desafios da Igreja em várias partes do mundo.

Entre os temas em debate, os bispos estão analisando o projeto relativo à revisão do texto-base do catecismo e o documento preparatório do Sínodo sobre os jovens.  

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Após massacres, Igreja nos EUA volta a pedir proibição do porte de armas

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Washington (RV) – A Igreja nos Estados voltou a pedir um “debate verdadeiro” sobre a violência e, em especial, sobre o uso e a liberdade de venda de armas de fogo.

O pedido da Conferência Episcopal foi motivado pelo recente ataque à igreja batista de Southerland Springs, no Texas, que domingo passado causou a morte de 26 pessoas. Um mês atrás, em Las Vegas, outro massacre fez 59 vítimas durante um concerto.

No site dos bispos estadunidenses, o Presidente da Comissão para a Justiça e o Desenvolvimento Humano, Dom Frank J. Dewane, exorta os líderes políticos a abrirem uma discussão “séria e profunda” sobre o porte de armas.

Esta é uma batalha histórica da Igreja local, que pede para proibir ou pelo menos regulamentar de maneira mais restritiva a venda de armas.

“Por muitos anos, os bispos dos Estados Unidos solicitaram aos nossos líderes que adotassem políticas razoáveis para contribuir a limitar a violência das armas”, escreve Dom Dewane. E os “eventos chocantes de Las Vegas e de Southerland Springs lembram quantos danos as armas podem causar”.

O Bispo defende que uma questão desta complexidade não pode ser resolvida somente com a adoção de medidas legislativas. Todavia, acrescenta, “os nossos líderes devem se empenhar num debate verdadeiro sobre as medidas necessárias para salvar vidas e tornar as comunidades mais seguras”.

Por sua vez, reitera Dom Dewane, “a Conferência Episcopal continua a pedir uma proibição total do porte de armas”.

 

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Igreja no Mundo



Comece e Secam a políticos africanos e europeus: dar um futuro aos jovens

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Abidjan (RV) - “Pedimos justiça e equidade no comércio de bens e serviços, mas especialmente em relação aos recursos naturais que são retirados todos os anos da África. 

Este é o apelo dos bispos da África e da Europa numa declaração conjunta da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (Comece) e do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam), divulgada em vista da cúpula sobre migração entre as Uniões Africana e Europeia que se realizará em Abidjan, Costa do Marfim, nos dias 28 e 29 deste mês. 

Segundo a Agência Fides, “os bispos pedem aos políticos africanos e europeus para que colaborem a fim de dar um futuro aos jovens africanos através da criação de oportunidades de trabalho, dentro de um desenvolvimento sustentável que respeite o ambiente.” 

“Os jovens africanos são vítimas dos traficantes de seres humanos. Esperamos uma forte retomada de posição dos participantes do encontro euro-africano sobre migração, especialmente na luta contra o tráfico de seres humanos. Esperamos que a União Europeia, nesta cúpula, reforce o seu compromisso por programas de desenvolvimento sustentável”, destaca o texto.

O combate ao tráfico de seres humanos não está separado do  oferecer aos jovens africanos a possibilidade de desenvolver a própria vida em seu continente.

As novas indústrias locais e o desenvolvimento da agricultura sustentável podem reduzir o estímulo nocivo que leva os jovens a deixarem sua terra natal, diminuindo o fenômeno conhecido como ‘fuga de cérebros’”, afirmam os bispos. 

Um dos fatores muitas vezes ignorado nos países europeus onde os jovens africanos se dirigem é o da fuga de cérebros, que empobrece os Estados africanos. 

Segundo o relatório anual do Banco Mundial de 2014, de 1980 a 2010, chegaram à Europa 30,9 milhões de africanos, cerca de 3% do total da população africana. Dentre eles estão vários diplomatas e pessoas formadas. 

Segundo a Organização Mundial para as Migrações (IOM), os migrantes africanos que entram legalmente na Europa são 20 mil dentre os quais médicos, professores universitários, engenheiros e outros profissionais que abandonam a África todos os anos desde 1990.

Para substituir esses profissionais, as organizações internacionais gastam anualmente cerca de 4 bilhões de dólares para empregar pessoas na África provenientes da Europa e da América do Norte.

“É necessário adotar políticas que ajudem os africanos a progredir o próprio continente, na colaboração recíproca entre África e Europa”, afirmam os bispos africanos e europeus.

(MJ)
 

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Formação



D. Murilo Krieger: Falar com os jovens, mas principalmente ouvi-los!"

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Cidade do Vaticano (RV) - A  Igreja no Brasil vai celebrar, no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, até 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”.  

O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”.

O bispo de Caçador (SC), Dom Severino Clasen, é o Presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato. Segundo ele, será feito um trabalho com a mística do apaixonamento e seguimento de Jesus Cristo. “Isto leva o cristão leigo a tornar-se, de fato, um missionário na família e no trabalho, onde estiver vivendo”, a seu ver.

Do mesmo modo, para o Arcebispo de Salvador e Vice-presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger, o leigo católico não pode recuar, mas assumir o seu envolvimento em campos como a política, a sociedade e a economia. Ouça aqui: 

“A ideia é que o leigo tome consciência de sua responsabilidade pelo batismo. Penso que ainda não conseguimos fazer que ele sinta isso. Penso que os leigos tem um poder e uma graça que ainda não estão usando devidamente. A nossa ideia é que haja uma maior participação no mundo da política. Há falta de líderes conscientes que pelo Evangelho, lutem em prol de algumas causas nos mundos da economia, dos meios de comunicação... Vemos que há um campo imenso de trabalho, e já o Concílio Vaticano II havia alertado para isso”.

O Ano do Laicato terá como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”. E o papel protagonista dos jovens? Dom Murilo responde:

“Foram dados passos importantes na medida de procurar escutar os jovens, porque eles têm muito a nos dizer. Facilmente nós falamos para eles, sem escutá-los devidamente. Foram feitas consultas (para o Sínodo) nas dioceses, agora os textos estão sendo unificados, buscando uma concatenação de ideias. Esta Assembleia que vai haver em março do ano que vem será a voz do mundo todo. Como fazer com que os jovens usem a linguagem, e as redes sociais, para evangelizar outros jovens? Os jovens são os primeiros e os imediatos apóstolos da Juventude”.

 

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Bispo de Coroatá: ideia conciliar de Igreja ministerial deve ser assumida

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” inicia também neste espaço de formação e aprofundamento a participação do bispo da Diocese de Coroatá, Dom Sebastião Bandeira Coêlho, que estará conosco nesta e nas próximas edições trazendo-nos suas considerações, ponderações e reflexões sobre o Vaticano II e temas afins. 

Na edição de hoje o bispo desta Igreja particular do nordeste do Maranhão fala-nos sobre como a Igreja no Brasil em sua ação evangelizadora acolheu a assimilou as intuições e desafios propostos pelo Concílio.

Dom Sebastião afirma-nos, inicialmente, que o Concílio foi muito assumido pelo episcopado principalmente nos documentos da Igreja no Brasil, mas – observa ele –, “infelizmente, nas bases, ainda resta muito a ser concretizado”.

Nosso convidado cita alguns exemplos: o papel do leigo na Igreja, onde este deve ser sujeito, deve ser ouvido, valorizado, mas em muitos lugares o padre sozinho é quem decide, mostrando claramente que “a ideia do Concílio de uma Igreja ministerial ainda deve ser muito assumida concretamente no dia a dia”.

Outro desafio é a liturgia participativa, aponta o bispo de Coroatá, uma liturgia fiel ao início do cristianismo, sóbria, onde vivesse o ministério e levasse à conversão ligando fé e vida; outro desafio conciliar evidenciado é sobre os ministérios na Igreja. O Concílio resgatou, por exemplo – afirma –, o ministério do diaconato permanente, mas em muitas dioceses este ainda é visto com desconfiança. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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