Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 10/11/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: "intuição cristã e oração pelos corruptos"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Um caso de corrupção cotidiana. É o que narra o Evangelho de Lucas através da figura do administrador que desperdiça os bens do patrão e que, quando descoberto, ao invés de encontrar um trabalho honesto, continua a roubar com a cumplicidade de outros, “uma verdadeira ‘rede’ de corrupção”, na definição do Papa Francisco, relacionando o episódio com os nossos dias: 

"São poderosos eles, hein? Quando fazem ‘redes de corrupção’ são potentes. Chegam a cometer atitudes mafiosas. Esta é a história, não é uma fábula, não é um caso que devemos procurar nos livros de história antiga. Nós a vemos todos os dias nos jornais, todos os dias. Isto acontece também hoje, sobretudo com aqueles que têm a responsabilidade de administrar os bens do povo, não os bens próprios. Com os próprios bens ninguém é corrupto, porque os defende”.

Assim, a consequência que Jesus tira deste Evangelho, observou o Papa, é justamente a maior astúcia dos “filhos deste mundo” em relação aos “filhos da luz”: a sua corrupção maior, a esperteza levada adiante “também com cortesia”, com “luvas de seda”. Francisco questionou se existe a “esperteza cristã”:

"Mas se estes são mais astutos do que os cristãos - mas não vou dizer cristãos, porque também muitos corruptos se dizem cristãos - se eles são mais astutos do que os fiéis a Jesus, eu me pergunto: existe uma astúcia cristã? Há uma atitude para aqueles que querem seguir Jesus, (de modo que), mas que não acabem mal, que não acabem sendo comidos vivos - como minha mãe dizia: “Comidos crus”” – pelos outros? Qua é a astúcia cristã, uma astúcia que não seja pecado, mas que sirva para me levar ao serviço do Senhor e também para ajudar os outros? Existe uma esperteza cristã?

Sim, há uma “intuição cristã para ir avante sem cair na rede da corrupção” e no Evangelho, explica o Papa, Jesus o indica com algumas contraposições, quando fala, por exemplo, dos cristãos que são como “ovelhas entre lobos” ou “prudentes como as serpentes e simples como a pomba”. Então, o que fazer? Francisco indica três atitudes: a primeira é uma “saudável desconfiança”, estar atentos, isto é, a quem “promete muito” e “fala demais” como “aqueles que dizem a você, “ faça o investimento no meu banco, eu lhe darei juros em dobro”. A segunda atitude é a reflexão, diante das seduções do diabo que conhece nossas fraquezas; e, finalmente, a oração.

"Rezemos hoje ao Senhor para que nos dê essa graça de sermos espertos, cristãos espertos, de termos esta esperteza cristã. Se há uma coisa que o cristão não pode se dar ao luxo de ser é ser ingênuo. Como cristãos, temos um tesouro dentro: o tesouro que é o Espírito Santo. Devemos preservá-lo. E um ingênuo se deixa roubar o Espírito. Um cristão não pode se permitir de ser um ingênuo. Peçamos essa graça da esperteza cristã e da intuição cristã. É também uma boa oportunidade para rezar pelos corruptos. Fala-se de poluição atmosférica, mas também há uma poluição da corrupção na sociedade. Rezemos pelos corruptos: pobrezinhos, que encontrem o caminho para sair daquela prisão na qual eles quiseram entrar!".

 

 

 

inizio pagina

Papa: força militar não pode dominar o mundo; desenvolvimento humano é o caminho

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Paciência e constância para realizar a utopia de um mundo sem armas nucleares: esta foi a exortação que o Papa Francisco fez aos participantes do Simpósio de alto nível organizado no Vaticano sobre o desarmamento integral. 

Para Francisco, trata-se de temas “cruciais” diante do atual cenário internacional, marcado por um “clima instável de conflitualidade”. Mas não se deve ceder ao pessimismo, mesmo diante da constatação de que a corrida armamentista não conhece limites e a produção de armas, não somente nucleares, “representa uma considerável despesa para as nações, a ponto de colocar em segundo plano as prioridades reais da humanidade sofredora”. De fato, luta contra a pobreza, promoção da paz, saúde, educação, direitos humanos e meio ambiente ficam relegados ao descaso.

Além disso, afirma ainda o Papa, as armas nucleares provocam um sentimento de inquietação em decorrência de suas “catastróficas” consequências humanitárias e ambientais, como testemunham os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki.

“As relações internacionais não podem ser dominadas pela força militar, pelas intimidações recíprocas e pela ostentação dos arsenais bélicos. As armas de destruição em massa não podem constituir a base da pacífica convivência entre os membros da família humana.”

Francisco adverte para o uso indiscriminado da ciência para este fim e para as lacunas no direito internacional, que não impedem que mais nações se tornem detentoras de armas atômicas.

“Trata-se de cenários angustiantes se pensarmos nos desafios da geopolítica contemporânea como o terrorismo ou os conflitos assimétricos.”

Mas há sinais de esperança, como a recente votação na sede da ONU que estabeleceu que as armas nucleares não são só imorais, mas devem ser consideradas um “ilegítimo instrumento de guerra”.

O Papa cita a atualidade do magistério dos Papas Paulo VI e João XXIII, que décadas atrás insistiam na importância do desenvolvimento humano integral e no desarmamento completo.

“É preciso rejeitar a cultura do descarte e cuidar das pessoas e dos povos que sofrem as mais dolorosas desigualdades, através de uma obra que saiba privilegiar com paciência os processos solidários em relação ao egoísmo dos interesses contingentes.”

Acreditar num mundo sem armas pode ser “utopia” ou “idealismo”, disse ainda o Pontífice, garantindo que a Igreja não se cansa de oferecer ao mundo a consciência de que o desenvolvimento integral é a estrada do bem que a família humana é chamada a percorrer.

“Eu os encorajo a levar avante esta ação com paciência e constância, na confiança de que o Senhor nos acompanha. Ele abençoe cada um de vocês e o trabalho que realizam a serviço da justiça e da paz.”

O Simpósio no Vaticano é promovido pelo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, presidido pelo Cardeal Peter Turkson. Entre os convidados dos dois dias de encontro, estão vários Prêmios Nobel, como Mohamed El Baradei, Mairead Maguire, Adolfo Pérez Esquivel, Jody Williams e Muhammad Yunu, além de representantes das Nações Unidas.

inizio pagina

Muhammad Yunus, no Vaticano: a pobreza é um mal assim como as armas nucleares

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Teve início nesta sexta-feira (10/11), na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, o congresso internacional sobre “Perspectivas por um mundo livre de armas nucleares e por um desarmamento integral”, promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.  

O simpósio conta com a participação de grandes personalidades como o economista bengalês Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank, primeiro banco do mundo especializado em microcrédito. Yunus é conhecido como “o banqueiro dos pobres” e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2006.

O Grameen Bank foi criado pelo professor Yunus, em 1976, a fim de eliminar a pobreza no mundo. Adquiriu o status de banco em 1983 e espalhou pelo mundo o conceito de microcrédito. As pessoas pobres, que nunca tiveram acesso ao sistema bancário, fazem empréstimos, sem garantias ou papéis. 

Mariângela Jaguraba foi ao local do simpósio e conversou com o economista Yunus.

Qual é a relação entre armas nucleares e pobreza?

Yunus: “O que elas têm em comum é um distúrbio mental. Quem produz armas nucleares para matar as pessoas ou ameaçar o mundo, tem um problema mental. Não é justo que alguém produza armas nucleares para matar as pessoas em massa e ameaçar a paz no mundo. Isso deve ser combatido. É normal que as pessoas no mundo não concordem umas com as outras, mas quando isso acontece as coisas devem ser resolvidas de forma racional. A pobreza é um mal assim como as armas nucleares são um mal. Os pobres são as pessoas que foram rejeitadas pela sociedade e para combater a pobreza é necessário redesenhar os sistemas sociais a fim de incluir todos. Serve um desenho social inclusivo. Os pobres são seres humanos assim como os outros, assim como os ricos, e possuem os mesmos direitos humanos. O sistema inclusivo é o que tira as barreiras para incluir todas as pessoas. Foi o que fizemos e funcionou.”

Muhammad Yunus prosseguiu dizendo: 

Yunus: “Se queremos pobreza zero, se não queremos que haja desemprego, então o que devemos fazer é redesenhar o atual sistema capitalista que foi criado de forma errada e gerou de um lado a pobreza e do outro uma riqueza enorme. Toda a riqueza do mundo agora se encontra nas mãos de poucas pessoas. Por exemplo: hoje, 8 pessoas no mundo são proprietárias de mais de 50% das riquezas do mundo. A situação piora a cada ano que passa. Os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. As pessoas comuns não veem essas coisas, mas a realidade é que os ricos se tornam mais ricos e os pobres mais pobres. Não sabemos, mas talvez no próximo ano haverá 1% da população que será proprietária de quase toda a riqueza do mundo. A solução é que se deve agir, e uma maneira é a redistribuição das riquezas. Dessa forma os 99% deixados de lado terão alguma coisa para sobreviver.”

(MJ)

inizio pagina

Brasil sedia encontro da rede cristã contra o tráfico humano

◊  

Brasília (RV) – A capital brasileira sedia a partir desta sexta-feira o Encontro Bienal da Rede de Organizações Cristãs contra o Tráfico de Seres Humanos (COATNET).

Até o dia 14, especialistas do mundo inteiro debaterão três pontos prioritários: o tráfico da indústria marítima, o tráfico de exploração trabalhista e o tráfico em situações de conflito e crise. O principal objetivo do encontro é melhorar a capacidade dos membros da Rede no desenvolvimento de estratégias de incidência política.

Representantes de vários grupos religiosos e organizações que trabalham para erradicar o tráfico de pessoas na América Latina e no Caribe vão compartilhar as experiências vividas no enfrentamento ao tráfico, entre elas a Aliança Anglicana e o Exército da Salvação. A partir deste evento, a COATNET pretende implantar um banco de dados para compartilhar projetos.

Ouça o Diretor-Executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Lopes, o Mandela: 

Tráfico de Pessoas

No Brasil o tráfico de seres humanos se encontra como a terceira maior fonte de renda gerada pelo crime organizado, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas.

Sobre a COATNET

A Rede de Organizações Cristãs contra o Tráfico de Seres Humanos (COATNET) é constituída por  diversas organizações católicas, protestantes e ortodoxas, além de congregações religiosas.

Os membros compartilham um compromisso conjunto de trabalharem juntos para combater o tráfico de pessoas e ajudar as que são ou foram traficadas. As iniciativas da Rede Contra o Tráfico de Seres Humanos estão fundamentadas em valores e princípios cristãos compartilhados, como a inviolabilidade da dignidade humana, a solidariedade com os pobres e a não-violência.

inizio pagina

Bangladesh. Visita do Papa: esperança de maior segurança para minorias

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “Nossa esperança de cristãos em Bangladesh é que a visita do Santo Padre possa traduzir-se numa maior segurança para as minorias religiosas.” Foi o que declarou à fundação de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” o missionário do Pontifício Instituto Missões Exteriores (Pime), Pe. Gabriel Costa, originário da Arquidiocese de Daca. 

População bengalesa alegra-se com visita do Papa

O religioso contou que toda a população bengalesa, incluindo muçulmanos, tem a alegria de receber a visita do Papa Francisco, programada para os dias 1º e 2 de dezembro. A comunidade cristã, que representa somente 0,3% dos 160 milhões de bengaleses, aguarda o Pontífice com ansiedade e espera que Francisco possa convidar as autoridades locais a tutelar mais as minorias religiosas.

Fanatismo islâmico não faz parte da cultura bengalesa

“Após o atentado de Daca em julho de 2016, vivemos um período de medo e incerteza e fazemos votos de que o Papa possa ajudar-nos nesse sentido”, disse o sacerdote. Pe. Costa destacou que Bangladesh mudou muito nos últimos anos, em particular devido a difusão de um fanatismo islâmico que, absolutamente, não faz parte da cultura bengalesa.

Também muçulmanos não radicais são vítimas do fanatismo

“As minorias religiosas são as principais vítimas deste fanatismo, mas também os muçulmanos não radicais são atingidos”, ressaltou o missionário observando que, todavia, o partido no poder está buscando frear o extremismo e está se esforçando para tornar o país do centro-sul da Ásia mais democrático.

Ao mesmo tempo, registraram-se também mudanças positivas, como, por exemplo, o crescimento da população católica. Em relação à Igreja visitada por João Paulo II em 1986, que na época contava 4 dioceses, o Papa Francisco encontrará uma Igreja que hoje conta 8 dioceses e um número maior de batizados e de sacerdotes.

“Registram-se também conversões de muçulmanos ao cristianismo, embora se trate de um processo deveras longo. De fato, a Igreja deve ser muito prudente nestes casos porque embora as conversões ao Islã não sejam proibidas pela lei, a nível social são comumente hostilizadas”, ressaltou.

Fé da Igreja asiática pode ser exemplo para cristãos ocidentais

Apesar das dificuldades, a Igreja em Bangladesh conserva uma fé bem sólida que Pe. Costa considera possa servir de exemplo para os cristãos ocidentais, “os quais por vezes têm medo ou vergonha de mostrar sua identidade religiosa. Os cristãos bengaleses, ao invés, vivem abertamente sua fé e mostram-na com orgulho”. (RL)

inizio pagina

Paraguai: inaugurado no Vaticano mosaico da Virgem de Caacupé

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Foi inaugurado esta quinta-feira (09/11) nos Jardins Vaticanos um mosaico representando a Virgem de Caacupé, padroeira do Paraguai. A inauguração deu-se na presença do presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Cardeal Giuseppe Bertello, dos bispos do país sul-americano – esta semana em Roma em visita “ad Limina apostolorum”, e do Presidente da República do Paraguai, Horacio Cartes Jara, sucessivamente recebido em audiência pelo Papa Francisco. 

Setor reúne representações de padroeiras sul-americanas

Colocado numa área dos Jardins onde se encontram representações das padroeiras de vários países sul-americanos, o mosaico – que mede 1,70 de altura por 1,20 de largura – é obra do artista italiano Albano Poli e foi realizado graças à iniciativa do embaixador do Paraguai junto à Santa Sé, Esteban Krisckovich, e da ministra Romina Taboada.

Santíssima Virgem de Caacupé no coração do Vaticano

“Foi uma cerimônia muito bonita, com a presença do presidente. Estamos não somente contentes, mas também orgulhosos por isso, porque a Santíssima Virgem de Caacupé encontrou um lugar no coração do Vaticano. É belo pensar que de agora em diante estará sempre muito próxima de qualquer Papa que passará por aqui. Esse presente responde a um desejo do povo paraguaio”, disse o bispo de Caacupé, Dom Ricardo Jorge Valenzuela Ríos.

Devoção do Papa Bergoglio à padroeira do Paraguai

“Foi para nós um evento histórico. O mosaico que abençoamos é belíssimo”, disse, por sua vez, o arcebispo de Assunção e presidente da Conferência episcopal, Dom Edmundo Valenzuela. Ele recordou a devoção do Papa Bergoglio, desde quando era arcebispo de Buenos Aires, pela Virgem de Caacupé. (RL/Sir)

inizio pagina

Santa Sé na COP23: "Agora, passar da decisão moral aos fatos"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Passar aos fatos: é o recado que a Santa Sé quer levar aos participantes da COP23, reunidos em Bonn, na Alemanha, desde 6 de novembro.

Até o dia 17, estadistas de todo o mundo, cientistas e ONGs estão tentando encontrar os caminhos para implementar o Acordo de Paris de 2015, assinado no final da COP21. A Igreja Católica, envolvida em questões ambientais, como ilustrado na Encíclica do Papa Francisco Laudato si, pretende fazer ouvir sua voz uma vez mais para exortar os Estados a tomarem medidas concretas para alcançar o objetivo de limitar o aquecimento global a dois graus.   

Para o representante da Santa Sé na COP23, o Padre Bruno-Marie Duffé, Secretário do Pontifício Conselho para o Desenvolvimento Humano Integral, o desafio é grande. Devemos repensar nosso modo de vida e nosso modelo econômico. Neste sentido, a educação deve desempenhar um papel importante e permitir que todos compreendam os problemas a serem resolvidos de outra forma. Apesar da retirada anunciada dos Estados Unidos do acordo de Paris, há um ímpeto de solidariedade entre as nações para que as coisas realmente mudem.

É a essa conversão ecológica integral que a Igreja chama cada um de nós. O Padre Bruno-Marie Duffé, entrevistado por Xavier Sartre, fala sobre a mensagem particular que a Santa Sé leva à COP23: 

“Estamos em um momento crucial, muito importante, entre a intenção moral do Acordo de Paris de mudar nosso modo de nos desenvolvermos e especialmente a economia internacional e os efeitos sobre o ambiente e o modo de cuidar do planeta. É um momento importante entre esta decisão moral e o ato político. Atualmente é importante que os Estados tomem decisões, porque existe uma emergência, devemos sair de um modelo e desenvolver outro, um paradigma da economia, com a tutela dos elementos naturais, da saúde dos homens e das relações entre os povos e comunidades”.

Não podemos pensar que vamos mudar somente nos próximos 10 ou 20 anos. Temos que mudar agora e colocar na prática este novo paradigma, levando em conta as riquezas naturais, a saúde, o meio ambiente, os efeitos negativos da produção de carvão, por exemplo, em consideração também das gerações que vêm”.

Acredita que a mensagem da Santa Sé pode convencer os Estados a fazerem mais?

“Sim, porque esta mensagem diz que é necessário ter consciência de que temos uma responsabilidade, que não é apenas de cuidar na natureza, mas também cuidar da existência da vida na terra. Neste momento, enquanto alguns Estados querem trabalhar juntos, os Estados Unidos não querem prosseguir nos Acordos de Paris, é fundamental desenvolver a solidariedade entre os Estados e os continentes. É interessante desenvolver decisões econômicas, uma ética da finança e uma educação ao respeito da vida, porque isto não é somente ecologia, mas também a vida, e a vida com os outros. Isto é importante: reunir as problemáticas de respeito pela vida e respeito da ética social e política”.

inizio pagina

Igreja no Brasil



O que esperar dos smartphones no futuro?

◊  

Rio de Janeiro (RV) - O que esperar na próxima década? Como a tecnologia continuará a se desenvolver? Estas foram as questões que o presidente da Qualcomm CDMA Technologies (na Califórnia, nos Estados Unidos), Cristiano Amon, buscou responder em suas conferências durante a quarta edição do Seminário de Comunicação. O evento está em andamento deste a última terça, (07/11), no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio de Janeiro.

Sobre a revolução dos smartphones na sociedade atual, o palestrante disse que os dispositivos já atingiram a marca mundial de 7,8 bilhões. Segundo ele, os celulares de hoje foram pensados há cerca de 15 anos e as versões seguintes já estão sendo projetadas para a próxima década.

Um das inovações será cada vez mais a concentração de diversos serviços e funções em um único aplicativo, como já acontece com uma famosa plataforma na China, pela qual os usuários podem postar fotos e vídeos como já é o usual em redes sociais, além de acionar serviços, como transporte particular e lavanderias, fazer pedido de comida e ainda comprar produtos de todo tipo.

Segundo o especialista, a evolução dos dispositivos móveis também já tem influenciado outros campos da indústria e de tecnologia, como a automotiva (com destaque para a indústria da Fórmula 1), área de saúde e até a vida das famílias. 

Aqui Cristiano explica o conteúdo de sua palestra:

inizio pagina

SPC marca presença em Seminário no Rio com Mons. Ruiz

◊  

Rio de Janeiro (RV) – A Arquidiocese do Rio está promovendo entre os dias 7 e 10 de novembro o 4º Seminário de Comunicação, no Centro de Estudos de Formação do Sumaré. Na manhã de quinta-feira (09/11), Monsenhor Lucio Adrian Ruiz, secretário da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé (Dicastério para a Comunicação), proferiu a conferência “A Igreja na era digital”.

"Saber ler nossa cultura, saber entendê-la, compreendê-la, permite-nos poder atuar bem. A partir do atual momento histórico e da crise globalizada e globalizante, Mons. Ruiz falou da modificação rápida no equilíbrio de forças: “É difícil prever como será a nova convivência planetária com o surgimento de novas potências, o ressurgir das antigas e a ascensão de outras”. A mudança – a seu ver – é o eixo em torno do qual gira toda a sociedade contemporânea mundial: a sociedade, as empresas, as instituições, os modelos, as comunidades, as pessoas mudam; e essa capacidade de mudar é hoje um dos claros parâmetros que utilizamos para julgar a atitude de uma pessoa.

Todos "na nuvem"

O secretário do Dicastério para a Comunicação também refletiu sobre o processo digital contemporâneo e os serviços oferecidos nas áreas de tecnologia, organização, economia, sociologia e, inclusive, antropologia.  

A realidade digital está presente como modelo em toda a realidade do homem. A potencialidade digital entra em todos os ambientes e tem um influxo antropológico, porque, interferindo nas relações pessoais, interfere em nossa própria realidade, com suas consequências espaço-temporais", afirmou.

Identidade pessoal x Responsabilidade moral

Outra importante realidade sobre a qual o conferencista abordou sua exposição foi no que tange as relações ligadas à identidade pessoal, que tem como consequência a responsabilidade moral.

Prosseguindo com sua conferência, Monsenhor Lucio fez questão de ressaltar que há também coisas que não mudam e se mantêm sempre intactas, dentre elas: a integridade, a verdade de Deus, do Bem, do Amor, e a verdade do próprio homem: essa dinâmica exige que todos reaprendam e repensem, inclusive, a mensagem de Jesus, porque ela não muda, a forma de apresentá-la é que se transforma. A mensagem, em sua essência, é sempre Jesus, porém a mensagem transmitida está inserida na cultura.

O Papa da ternura

Para exemplificar tudo o que trouxe como contribuição sobre “A Igreja na era digital”, o secretário da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé destacou a figura do Papa Francisco dentro dos meios digitais.

"Gosto de levar, nas minhas visitas aos enfermos, fotografias do Papa abraçando algum doente; tão logo as entrego, o gesto que fazem ao receber é levá-la ao coração e a lágrima escorre; pode ser ateu, protestante, para eles é o Papa da ternura. Quem está enfermo, num leito, solitário, percebe o afeto desse homem vestido de branco que caminha pelo universo. Outro gesto foi quando o Papa, escreveu uma mensagem a um casal que lhe pediu orações e que o seguia pelos canais digitais, dizendo que ele se lembraria deles em suas orações, diariamente, como seu tesouro precioso. São coisas muito fortes que se falam na cultura contemporânea; essa é a era digital e é o desafio que devemos encarar", finalizou.

A webTV Redentor trasmitiu ao vivo o evento, que pode ser visto na íntegra aqui:

 

inizio pagina

Formação



Dom José L. Azcona: "Vocações nativas para a Amazônia"

◊  

Marajó (RV) – Hoje, vamos à Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, propriamente é um arquipélago formado por centenas de rios e de ilhas. Somente a Prelazia do Marajó, situada na desembocadura do rio Amazonas, tem uma extensão similar à de Portugal e uma população de 300.000 habitantes.

As dificuldades que devem ser enfrentadas pela Igreja na região são enormes, a começar pela falta de clero. São poucos os padres que atendem esta imensa área, acessível em muitos casos apenas através do transporte fluvial.

O trabalho pastoral é desempenhado na maioria das vezes por leigos, a presença do padre se reduz a uma ou duas vezes por ano em muitas comunidades. Sem contar que o papel do padre ultrapassa as questões espirituais; muitas vezes ele é chamado a ajudar as pessoas a entenderem os direitos sociais, a tomar consciência, por exemplo, da importância do voto e a auxiliar as pessoas na luta por dignidade. Tudo isso em uma região onde o desemprego, especialmente dos jovens, é alarmante, onde mais de 40% da população é analfabeta e onde o poder público é praticamente ausente.

Segundo o bispo emérito de Marajó, Dom José Luiz Azcona, é necessário cultivar vocações autóctones, nativas da região. E o Sínodo Pan-amazônico, programado para 2019, com Cristo em seu centro, será um sinal de esperança para a evangelização. “O povo reze por isso”, pede Dom José.

Ouça aqui: 

inizio pagina

Pe. Carlos Patias: missão ad gentes, missão desafiadora

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Voltamos ao nosso espaço de missão que hoje conta com a presença do Conselheiro Geral da Congregação dos Missionários da Consolada, Pe. Jaime Carlos Patias. 

Pe. Jaime fez parte da equipe de coordenação das Pontifícias Obras Missionárias (POM), como assessor de comunicação.

Ele conversou com Raimundo Lima a respeito da missão.

(MJ)

inizio pagina