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Sumario del 14/11/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Viagem do Papa ao Chile e Peru: 6 cidades em 6 dias

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Cidade do Vaticano (RV) - A viagem do Papa Francisco ao Chile e Peru, de 15 a 22 de janeiro de 2018, já tem um programa detalhado, e foi divulgado nesta segunda-feira (13711) pelo Vaticano. 

Atividades começam dia 16 em Santiago

De Roma, o Papa voa direto, dia 15 para Santiago, no Chile, onde chega à noite. Terça-feira, pela manhã, está marcado o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático no Palácio de La Moneda, onde está previsto o primeiro pronunciamento do Papa. A seguir, haverá um encontro de cortesia com o presidente, no Salão Azul do Palácio.

Ainda no mesmo dia, o Francisco presidirá a missa no Parque O’Higgins e fará uma breve visita ao Centro Penitenciário Feminino Santiago. Ele fará uma saudação aos presentes.

Depois o Papa irá à Catedral de Santiago para o encontro com sacerdotes, religiosos, consagrados e seminaristas. Na sacristia, sucessivamente, o Papa se reunirá com os bispos. A programação do dia 16 se encerra com uma visita ao Santuário de San Alberto Hurtado e um encontro a portas fechadas com os sacerdotes da Companhia de Jesus.

Quarta-feira, 17 de janeiro: Temuco

No dia seguinte, quarta-feira, 17, Francisco parte do aeroporto de Santiago e depois de 1h30 de voo, chega a Temuco, onde presidirá a Santa Missa no aeroporto de Maquehue e almoçará com moradores de Aracaunia na casa Madre de la Santa Cruz.

Na volta a Santiago, os jovens o esperam no Santuário de Maipu e enfim, fechando o dia, irá à Pontifícia Universidade Católica do Chile, último compromisso na capital chilena.

Quinta-feira, 18 de janeiro: Iquique

A terceira e última cidade visitada pelo Papa no Chile será Iquique. Ali, no dia 18, preside uma missa no Campus Lobito. Em seguida almoça na casa de retiros dos padres oblatos no Santuário Nossa Senhora de Lourdes. Após a cerimônia de despedida, o Papa segue às 17h para a segunda etapa de sua viagem apostólica: Lima, capital do Peru.

Chegando ao aeroporto, o protocolo prevê a tradicional cerimônia de boas-vindas, que encerra o programa oficial do dia.

No Peru, 19 de janeiro, de Lima para Puerto Maldonado 

Sexta-feira, 19, o dia começa bem cedo, com o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático, seguido da visita de cortesia ao presidente do país. Às 10h, depois de 2 horas de voo, um dos eventos mais aguardados da viagem: o encontro no Coliseu Regional Madre de Dios com os povos da Amazônia, na cidade fronteiriça de Puerto Maldonado e com a população local, além de uma visita à casa infantil Principito. Retornando a Lima, Francisco terá um encontro privado com os membros da Companhia de Jesus na Igreja de São Pedro, último compromisso do dia.

Sábado, 20 de janeiro: Trujillo

Sábado, 20 de janeiro, Francisco faz outro voo, de 1h30, até a cidade de Trujillo, onde preside a missa na esplanada costeira de Huanchaco, faz uma volta em papamóvel pelo bairro “Buenos Aires” e visita a Catedral. Estão previstos ainda um encontro com os sacerdotes, religiosos e seminaristas no Colégio Seminário SS. Carlos y Marcelo e uma celebração mariana na Praça das Armas, antes de retornar para a capital.

Domingo, 21 de janeiro: Lima

Domingo,21, último dia da viagem, o Papa rezará a oração da Hora Média com religiosas de vida contemplativa no Santuário do Senhor dos Milagres  na catedral de Lima, fará uma oração junto às relíquias dos santos peruanos. No final da manhã terá um encontro com os bispos no Palácio Arquiepiscopal e rezará o Angelus na Praça das Armas. O almoço com a comitiva será na Nunciatura.

À tarde, a última missa do Papa no Peru, na Base Aérea “Las Palmas”, de onde segue para o aeroporto e parte para Roma. A chegada está prevista para segunda-feira, 22 de janeiro, no aeroporto romano de Ciampino. 

Ouça e baixe aqui: 

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Papa: oração pela paz no Sudão do Sul e RDC, em 23 de novembro

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidirá, na próxima quinta-feira (23/11), no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, uma oração pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo (RDC). A notícia foi divulgada, esta terça-feira (14/11), pela Prefeitura da Casa Pontifícia. O  evento é aberto a todos. 

São vários os apelos feitos pelo Pontífice em prol desses dois países durante o seu pontificado. Recentemente, no prefácio de um livro do sacerdote comboniano Pe. Daniele Moschetti sobre o Sudão do Sul, o Papa escreve: “Sinto a necessidade de conscientizar a comunidade internacional sobre esse drama silencioso, que precisa do compromisso de todos para alcançar uma solução que ponha fim ao conflito em andamento. Desinteressar-se dos problemas da humanidade, sobretudo num contexto que afeta o Sudão do Sul, significaria esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo sofredor e necessitado.” 

Recentemente, o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) comunicou que cerca de 30 mil pessoas do Sudão do Sul que passam fome serão beneficiadas com os kits para o cultivo de verduras e frutas financiados por uma doação do Papa Francisco. 

Em fevereiro passado, no Angelus, o Papa fez um apelo pela paz na República Democrática do Congo, abalada por violências. Um convite a ser artesãos de comunhão e fraternidade na vida cotidiana e na família, praticando “a paciência, o diálogo e o perdão”. O Papa sente forte a dor pelas vítimas, especialmente pala tragédia de muitas crianças arrancadas de suas famílias e da escola para serem usadas como soldados. Garante sua proximidade e oração também pelos agentes religiosos e humanitários que trabalham naquela que define uma região difícil.

“Renovo o meu apelo à consciência e responsabilidade das autoridades nacionais e da comunidade internacional para que tomem decisões adequadas e rápidas para socorrer “esses nossos irmãos e irmãs. Rezemos por eles e por todas as populações que também em outras partes do continente africano e do mundo sofrem por causa da violência e da guerra.”

(MJ)

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Peru: telões vão exibir encontro do Papa com povo amazônico

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Puerto Maldonado (RV) – O encontro que o Papa Francisco terá com os povos indígenas do Peru e dos países vizinhos, no Coliseu fechado Madre de Dios, em Puerto Maldonado, será visível ao público através de telões instalados na esplanada do Instituto Tecnológico Jorge Basadre, situado ao lado do Coliseu. 

De acordo com Dom David Martínez De Aguirre Guinea, dominicano, Bispo do Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, desta forma, no dia 19 de janeiro, dia da visita do Papa, as milhares de pessoas que irão à cidade vão poder acompanhar de perto o encontro. O ginásio de esportes pode acolher 5 mil pessoas.

Seja a população de Madre de Dios, como dos departamentos do sul do Peru e os visitantes do Brasil e da Bolívia estarão concentradas na esplanada”, garantiu Martínez de Aguirre, em reunião com a imprensa peruana.

O evento será também transmitido pela mídia, ao vivo e direto, para o mundo inteiro. 

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Igreja no Mundo



Livro de Mons Viganò: "Irmãos e irmãs, boa noite"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Você sabe qual era o título que usavam os papas, e que se deve usar? Servo dos servos de Deus. É um pouco diferente de estrela! (...) Mas o Papa deve ser – deve ser! – o servo dos servos de Deus. Sim, nas mídias, usa-se isso; mas há outra verdade: quantas star vimos nós, que depois se apagam e caem... É uma coisa passageira. Pelo contrário, ser servo dos servos de Deus, isto é belo! Não passa!”. 

Quantas coisas mudaram nos últimos tempos, no que diz respeito a Comunicação Social. Quantas novas ferramentas e atalhos surgiram para otimizar e até mesmo aproximar as pessoas. Para a Igreja, este novo tempo não poderia passar despercebido sem também ter um efeito positivo. As palavras do Papa Francisco mostram exatamente o caminho que ele deseja conduzir esta Igreja, para continuar a comunicar Cristo e criar uma “teologia do encontro”.

Neste ano de 2017, Monsenhor Dario Edoardo Viganò, Prefeito da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, junto com a Editora Vozes, lançaram o livro “Irmãos e irmãs, boa noite! – O Papa Francisco e a nova comunicação da Igreja.

O livro explica como tem mudado o modo de comunicar-se da Igreja, tendo como timão desta mudança o próprio Papa.

“Instantaneidade, espontaneidade, sinceridade e convicção”, são algumas palavras que Mons. Viganò destaca neste novo modo da Igreja se comunicar. Fala de um papa que chega a todos, e que leva a mensagem a todos. Mostra-nos o impacto de uma comunicação que passa também pelas imagens de seus gestos livres e despretensiosos.

Viganò – “Ser abertos à criatividade do Espírito Santo significa acolher como vigário de Roma, portanto como Papa, aquele que preside na caridade, todas as Igrejas, um homem que não é uma ideia abstrata, é um homem concreto. Então foram homens concretos, Bento XVI, João Paulo II, João Paulo I: cada um traz consigo sua maneira de fazer, o seu caráter, a sua humanidade, a sua formação... Hoje temos o Papa Francisco, que, como ele diz, vem do fim do mundo. O Papa Francisco é um homem absolutamente feito de simplicidade, provavelmente assim como sua formação espiritual o levou a ser, como jesuíta, capaz de discernimento, de sobriedade, mas também de sangue latino-americano, por isso há essa necessidade de proximidade, de contato físico”.

“É por isso que temos um Papa que sorri, que abraça, que não está muito preocupado com formalismos e rituais, mas é um Papa que sabe que o mais importante é olhar nos olhos das pessoas, abraçá-las, abraçar as pessoas e encontrá-las. Isso o torna um Papa muito acessível, é por isso que não os jovens, mas também pensemos nos adultos, até mesmo os embaixadores, se atrevem a desafiar o protocolo pedindo um selfie com o Papa. Quando o Papa é um homem acessível torna-se legítimo cada pedido. Um Papa que, com sua sabedoria, com a sua idade, diz também a verdade das palavras: cada sua palavra carrega o peso de sua história, o peso de suas escolhas. Então, é um homem de palavra, podemos dizer. Em tudo isso, não devemos esquecer que também é um homem capaz de contar o Evangelho, é um homem longe da lógica abstrata e conceitual; é um homem que, ao invés, sabe contar histórias, como aquelas que Jesus contava, histórias que são disponíveis a manifestar a face da misericórdia de Deus. E nesta narração para Francisco nunca existe um lugar, nenhuma mulher que seja considerada um inimigo do Evangelho da misericórdia. Por isso, cada um encontra espaço nessas narrações e, por essa razão, todos imaginam conscientemente que a Palavra do Evangelho também é para ele”.

Segundo o autor, esta obra busca compreender quais construções simbólicas perpassam a comunicação do Papa Francisco. Com um olhar conhecedor de cada detalhe desta nova comunicação, Mons. Viganò em seu livro, faz uma analise dos aspectos da representação publica do seu pontificado, desde a saudação inicial na grande e lotada Praça São Pedro - transmitida também para todo o mundo -, “até suas viagens apostólicas, as homilias e as encíclicas, para compreender, num quadro mais amplo e segundo uma perspectiva mais articulada, os caminhos através dos quais, em seus vários níveis de leitura, sua mensagem chega até nós”.

O livro se encontra nas principais livrarias e sites especializados. Vale a pena conhecer e acompanhar um pouco do que está mudando, neste fantástico mundo da comunicação, onde o Papa e toda a Igreja estão inseridos.

(Viganò, Dario Edoardo - Irmãos e irmãs, boa noite! – Editora Vozes, Petrópolis, 2017). (SP-AR) 

 

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À espera do Papa, Card. Bo pede o fim do ódio em Mianmar

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Yangun (RV) – Faltando poucos dias para a visita do Papa a Mianmar, o Arcebispo de Yangun, Cardeal Charles Bo, divulgou um comunicado para condenar os discursos que incitam ao ódio e manifestar o seu apoio às iniciativas do governo de Aung San Suu Kyi.

“Nós, como nação, devemos dirigir a nossa atenção a alguns grandes desafios que nos dizem respeito”, escreve o Cardeal, citando: a pobreza da maioria dos cidadãos de Mianmar, o sofrimento de milhões de jovens explorados pelos países vizinhos como escravos modernos em trabalhos perigosos, os conflitos que ainda persistem em algumas regiões e a ameaça das drogas nas fronteiras.  

Não podemos nos distrair com as dificuldades e os problemas crônicos desta nação há muito tempo sofredora”, afirma ainda o Arcebispo de Yangun, que dirige um apelo aos empresários, acadêmicos e políticos para que deixem de lado o ódio, pois representa “uma falência ao reconhecer as pessoas como seres humanos”.

Como seres humanos, compartilhamos um destino comum. As nossas lágrimas são as mesmas, o nosso sangue é o mesmo. Todos nós devemos evitar todos os discursos de ódio” que “envenenam as mentes e ajudam os mercantes de morte”, declara o anfitrião do Papa.

Francisco será o primeiro Pontífice a visitar o Mianmar, país que recentemente iniciou um percurso democrático. A viagem está marcada de 26 a 1º de dezembro, com uma etapa na vizinha Bangladesh.

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Formação



Dioceses de São Paulo enviam missionários a Moçambique

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Pemba (RV) – Prossegue a cooperação missionária entre o Regional Sul-1, que engloba todas as dioceses do estado de São Paulo, e a diocese de Pemba, em Moçambique. Já se encontram no país africano sete missionários da Fraternidade Missionária “O Caminho” e estão chegando novos padres e leigos, atendendo o pedido de ajuda do bispo, o brasileiro Dom Luiz Fernando Lisboa. 

A iniciativa é da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial que tem o objetivo de despertar a consciência missionária na Igreja do estado de São Paulo e mobilizar as diversas dioceses de todo o Estado e membros das Pastorais, Movimentos e Organismos presentes no Regional.

Confira as imagens da diocese e do projeto de cooperação na Diocese de Pemba:

 

 

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Método de Ovulação Billings: científico e natural

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Cidade do Vaticano (RV) - Voltamos a falar em nosso espaço de saúde sobre o Método de Ovulação Billings, um método científico e natural, eficaz para a regulação da fertilidade, desenvolvido pelos Doutores John e Evelyn Billings. O método Billings foi o resultado de uma investigação clínica iniciada em Melbourne, na Austrália, em 1953. 

A Confederação Nacional de Planejamento Natural da Família (CENPLAFAN Brasil) promoveu recentemente na PUC de São Paulo um congresso sobre Método de Ovulação Billings.

Nós contatamos em São Paulo, a Drª Silvia Paula Monteiro da Costa, advogada, especialista em Direito Processual Canônico, e diretora administrativa da CENPLAFAN Brasil. Ela nos fala mais um pouco sobre esse método.

(MJ)

 

 

 

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Atualidades



África e fake news: combonianos debatem sobre imigração

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se na Sala Marconi da Rádio Vaticano–Secretaria para a Comunicação, nesta terça-feira (14/11), a conferência intitulada “A África não é uma fake news”, promovida pelos missionários combonianos no âmbito das iniciativas promovidas pelo instituto que completa, este ano, 150 anos de fundação.

A migração e o tráfico de seres humanos foram os pontos centrais do encontro, diante das ondas frequentes de xenofobia e racismo que se difundem na Itália e demais países da Europa.

Nós conversamos com um dos conferencistas Pe. Domenico Guarino, missionário comboniano italiano que trabalha no acolhimento dos migrantes em Palermo.

Por que a “A África não é uma fake news”?

Pe. Guarino: "A África não é uma fake news (notícia falsa) porque acredito que esta fake news foi construída. Se nós pensamos na imigração como se fosse um livro com vários capítulos, existem alguns capítulos que não queremos ler. Falamos de imigrantes somente quando eles chegam à Itália e não queremos falar de quando estão em seus países, porque nesses capítulos há uma grande responsabilidade. É fundamental entender que o sistema com o qual estão empurrando eles para trás é o mesmo sistema que está causando suas saída de seus países. E não queremos reconhecer as nossas responsabilidades. Segundo, e acredito que seja fundamental, os imigrantes é um recurso ideológico. É dizer: muitos falam sobre os imigrantes sem levar em consideração os imigrantes. Então, quando você coloca o tema da imigração no âmbito polítco dos partidos, pressupõe-se que eles falam da imigração para justificar suas possibilidades de ganhar uma eleição. Na Itália, estamos vendo isso muito bem com a lei sobre o "Ius soli". Algo que parecia tão fácil, que já tinha passado pela Câmara dos Deputados, foi bloqueado e não querem falar disso porque têm interesses políticos. É como se na Itália os partidos estivessem sempre em campanha eleitoral. Então, precisam das fake news da África para sustentar os seus pensamentos e sobretudo suas ideologias."

Durante a conferência, o senhor disse que é preciso tirar o discurso dos migrantes do âmbito político e dos meios de comunicação.

Pe. Guarino: "Sim, pois, é dizer que as comunidades cristãs têm que levar em conta essa realidade. Não podem deixar que sejam os partidos, pois como dizíamos  antes, muitos pensam em sua ideologia, em seu poder, e alguns meios de comunicação, não todos, eu acredito que existam alguns meios de comunicação que em seu trabalho transmitem o que é a verdade, mas a maioria se move também para ganhar mais audiência. Então as comunidades cristãs têm que pegar essa realidade em suas mãos, pois é a sociedade civil que tem de entrar nesse discurso. Não podemos deixar aos outros. Temos de entrar porque no final quem acolhe são as comunidades, não são os políticos, quem acolhe são as pessoas sensíveis que encontramos em cada cidade, e essas histórias têm de ser reforçadas, essas histórias nos pertence. A imigração é um desafio para nós cristãos e cristãs."

Qual é o seu trabalho em Palermo?

Pe. Guarino: "Eu trabalho, em Palermo, em vários âmbitos, sobretudo estou presente no local onde chegam os imigrantes, nos locais de desembarque, aqueles que são resgatados do Mar Mediterrâneo, e depois trabalho com muitas organizações contra o racismo para conscientizar cada vez mais a cidade sobre a cultura do acolhimento. Não podemos dar como certo o acolhimento, mas temos que trabalhar, pois o acolhimento se constrói a cada dia, porque temos todas essas fake news das quais as pessoas falam e precisamos desconstruir tudo isso que é fundamental. Acredito que seja fundamental descontruir para construir e fazemos isso conscientizando as cidades e depois acompanhamos também os corpos dos imigrantes, os imigrantes que chegaram mortos, nós preocupamos que tenham um lugar digno, adequado, e não porque são imigrantes passam em segundo lugar. E por último, nós fazemos também caminhos de conscientização com as escolas e comunidades cristãs. Também várias pessoas das comunidades cristãs pensam como pensam os partidos. Então, é também preciso trabalhar com elas."

Dias atrás, uma estudante italiana afrodescendente de 15 anos foi agredida dentro de um ônibus, em Turim. Talvez a política fomenta esse tipo de comportamento contra os imigrantes!

Pe. Guarino: "O racismo e a xenofobia constroem-se sobre as mentiras. Dizia antes que não temos a capacidade de fazer uma análise profunda sobre a gravidade. É como se ficamos sempre no superficial e o superficial ganha, pois é mais forte. Os políticos estão todos os dias nos meios de comunicação. Eles têm esse poder que o cidadão e a cidadã não tem. O problema é que usam esse poder para alimentar sempre mais esse racismo. Também podemos contar histórias de imigrantes que são acolhidos, onde os cidadãos se colocam em sua defesa, porém se contam algumas notícias, porque precisam de um sistema para se manter e o sistema econômico e político vive dessas mentiras, dessas realidades. Essas coisas acontecem e são cada vez maiores, pois especulam sobre isso porque têm outros interesses."

(MJ)

 

 

 

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