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Sumario del 30/11/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Entrevistas

Papa e Santa Sé



Com os jovens, Papa conclui viagem a Mianmar: coragem e alegria

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Yangun (RV) – O Papa dedicou aos jovens seu último compromisso em terras birmanesas.

Com a missa celebrada na Catedral Santa Maria, em Yangun, Francisco se despediu de Mianmar com uma mensagem de encorajamento à futura geração.

Com a capacidade para acolher 1.500 pessoas, inúmeros fiéis acompanharam a celebração do lado de fora da Catedral e até mesmo pelas ruas.

Comoventes cantos da tradição local animaram a cerimônia, vivida em espírito de recolhimento pelos jovens vestidos todos com trajes típicos. Confira no vídeo:

“Vocês são uma boa-nova, porque são sinais concretos da fé da Igreja em Jesus Cristo, que nos traz uma alegria e uma esperança que jamais terão fim”, disse o Papa em italiano, intercalando a homilia com a tradução em birmanês.

Mas é possível falar de boas-novas quando tanta injustiça, pobreza e miséria estende a sua sombra sobre nós e o nosso mundo?, questionou Francisco.

“Contudo gostaria que deste lugar partisse uma mensagem muito clara. Gostaria que as pessoas soubessem que vocês não têm medo de acreditar na boa-nova da misericórdia de Deus, porque essa boa-nova tem um nome e um rosto: Jesus Cristo.”

O Pontífice pediu que os jovens sejam mensageiros desta boa-nova a todos que precisam de suas orações, solidariedade e paixão pelos direitos humanos, pela justiça e pelo crescimento daquilo que Jesus dá: amor e paz.

Comentando a primeira Leitura, em que São Paulo formula perguntas sobre o anúncio da boa-nova, Francisco disse que como “avô” gostaria de apontar aos jovens o caminho para serem mensageiros de Cristo.

Antes de tudo, que falem com Deus na oração, compartilhando com Ele os medos e as preocupações, os sonhos e as esperanças.

“Não tenham medo de colocar perguntas que façam as pessoas a pensar! Gostaria de pedir para gritar, mas não com a voz; gostaria que gritassem com a vida, com o coração, de modo a ser sinais de esperança para quem está sozinho.”

Não se atirem para a frente com as próprias forças, acrescentou Francisco, mas sigam Cristo. “Seja qual for a vocação, eu os exorto: sejam corajosos, sejam generosos e, sobretudo, sejam alegres!”

O Papa confiou todos os jovens à intercessão de Maria e com a saudação em birmanês – Myanmar pyi ko Payarthakin Kaung gi pei pa sei (Deus abençoe Mianmar) – concluiu sob aplausos a sua homilia. 

A Missa não foi transmitida. Assim, nossa equipe presente em Mianmar conseguiu fazer uma transmissão AO VIVO para nossa página no facebook (até a homilia), desde a chegada do Papa. E o que chamou a atenção, foi a beleza dos cânticos em língua local e o envolvimento e entrega dos jovens:

A Catedral Santa Maria ficou pequena para acolher todos os que gostariam de participar da Missa com Francisco. A alegria contagiante destes jovens que aguardavam o Papa na saída pode ser conferida nestas imagens de nossos enviados a Mianmar: 

 

 

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Depois do Papa, a Igreja em Mianmar jamais será a mesma

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Yangun (RV) – A vida dos católicos em Mianmar jamais será a mesma: essas palavras do Cardeal-Arcebispo de Yangun, Charles Bo, resumem bem a visita inédita de quatro dias do Papa ao país. 

Como havia anunciado o próprio Francisco antes de partir, a finalidade principal era confirmar os irmãos na fé em meio às provações e aos desafios de um país que, aos poucos, tenta deixar para trás quase 60 anos de ditadura militar.

E as expectativas, seja da parte da comunidade católica local, seja da parte do Pontífice, foram amplamente confirmadas. As 16 dioceses do país se mobilizaram para acolher o seu pastor. Os fiéis não pouparam esforços para estar presente na única missa pública em Yangun, o que comoveu o Papa Francisco. Sincero foi o encontro com os Bispos. Vibrante, com os jovens.

De maioria budista, a viagem do Pontífice tinha certamente uma conotação inter-religiosa. Um evento extraoficial reuniu 17 líderes na sede do Arcebispado para ressaltar a “unidade na diversidade” e  reunião com o Conselho Supremo dos monges reafirmou a colaboração e o respeito mútuo.

A diplomacia não ficou de fora. Francisco foi pego de surpresa ao receber a visita do general Min Aung Hlaing  assim que chegou a Yangun. O Chefe das Forças Armadas alterou o programa estabelecido e adiantou seu encontro com o Papa, inicialmente previsto para o último dia, 30 de novembro. Com a Conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi, o Pontífice reafirmou seu apoio ao processo de transição e reconciliação, no respeito de todas as etnias do país, justamente num momento que a líder histórica se encontra acuada entre a oposição no seu próprio país e as críticas da comunidade internacional. "O futuro de Mianmar é a paz", disse o Pontífice.

A visita também incluiu o tema do respeito do meio ambiente diante das riquezas naturais de Mianmar, que são também fonte de conflito e devastação e, consequentemente, de sofrimento para a população.

Agora a visita prossegue em Bangladesh, com outros temas e desafios, sendo um deles os efeitos da globalização da indiferença. Mas o elo com Mianmar permanece, pois ainda é grande a expectativa para saber o que Francisco dirá sobre a crise na fronteira entre os dois países.

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Papa Francisco chega a Bangladesh

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de Mariangela Jaguraba

Daca (RV) - O Papa Francisco deixou Mianmar, nesta quinta-feira (30/11), e se dirigiu para Bangladesh, segunda etapa de sua 21ª viagem apostólica internacional. 

O avião papal aterrissou no aeroporto internacional de Daca às 5h da manhã, horário de Brasília. Ao descer do avião, o Papa foi acolhido pelo Presidente bengalês, Abdul Hamid. Duas crianças, com vestidos tradicionais, ofereceram ao Papa flores e um vaso de terra que foi abençoado pelo Pontífice. 

Acolheram também o Papa demais autoridades políticas e civis, bispos, fiéis e quarenta crianças que executaram danças tradicionais.

Após a cerimônia de boas-vindas, no aeroporto de Daca, o Santo Padre visitará o Memorial Nacional dos Mártires, em Savar, fará uma homenagem ao Pai da Pátria no Bangabandhu Memorial Museum e assinará o Livro de Honra. 

A seguir, haverá a visita de Cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial e, por fim, o encontro com as Autoridades, com a Sociedade Civil e com o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial. 

Antes de deixar Mianmar, o Papa Francisco doou, ao Arcebispado de Yangun, um escultura que representa São Francisco de Assis durante a proclamação do famoso “Sermão das Aves”, símbolo de fraternidade entre o ser humano e a Criação.

 

 

 

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Daca: Papa visita Museu em homenagem ao Pai da Nação

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de Jackson Erpen

Daca (RV) - Do Memorial dos Mártires, o Papa Francisco dirigiu-se ao “Bangabandhu Memorial Museum”, distante 35,4 km, segundo compromisso em terras bengalesas.

O Pontífice foi acolhido no local por cinco familiares daquele que é considerado o “Pai da Nação”, Xeique Mujibur Rahaman.

Francisco depositou  uma coroa de flores no Memorial, fez uma oração silenciosa e assinou o Livro de Honra.

Mujibur Rhaman viveu neste local, até ser assassinado juntamente com 31 membros de sua família em 15 de agosto de 1975, durante a guerra de independência do país. As paredes do Museu ainda preservam as marcas dos tiros disparados na ocasião.

A moradia transformou-se em Museu em 1997 e nele estão expostas algumas fotografias raras da vida do Xeique Mujibur – primeiro Presidente do país – objetos pessoais usados ao longo de sua existência.

Do Museu em homenagem ao “Pai da Pátria”, o Papa Francisco transferiu-se ao Palácio Presidencial, distante 36 km, onde foi recebido pelo Secretário Militar do Presidente, que o acompanhou até a entrada de honra, onde lhe aguardava o Presidente, Abdul Hamid.

Após as saudações, realizou-se o encontro privado no “Credentials Hall”. A família do Presidente foi apresentada ao Pontífice e houve a troca de dons.

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Em Daca, Papa reza no Memorial dos Mártires

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Daca (RV) - Ao deixar o Aeroporto de Daca, o Papa Francisco dirigiu-se ao Memorial Nacional dos Mártires de Savar (35 km à nordeste , de Daca), símbolo dos mártires que deram a sua vida pelo país na guerra de libertação de 1971.

O Pontífice foi acolhido por Autoridades civis que o acompanharam até a base do monumento, onde estava presente a Guarda de Honra.

Francisco depositou flores no local, enquanto era tocada uma trombeta e a bandeira era posicionada a meio-mastro.

No local, o Papa também assinou o Livro de Honra e plantou uma árvore no “Jardim da Paz”.

O monumento projetado pelo arquiteto Syed Moinul Hossain foi inaugurado nos anos 80. Sua estrutura, formada por sete planos triangulares isósceles, de dimensões decrescentes. O ponto mais alto da estrutura alcança 45 metros.

Realizado em concreto, o monumento inclui também outras estruturas em tijolos vermelhos, se estendendo por 34 hectares, circundados por suas vez por outros 10 hectares de verde.

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Papa: generosidade e solidariedade, sinais da sociedade bengalesa

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Daca (RV) - O Papa Francisco encontrou-se, nesta quinta-feira (30/11), no Palácio Presidencial, em Daca, Bangladesh, com as autoridades, com o Corpo diplomático e a sociedade civil.  

O Pontífice agradeceu ao Presidente bengalês, Abdul Hamid, pelo convite a visitar esta nação e por suas palavras de boas-vindas.

 “Seguindo as pegadas de dois dos meus Predecessores, os Papas Paulo VI e João Paulo II, estou aqui para rezar com os meus irmãos e irmãs católicos e oferecer-lhes uma mensagem de estima e encorajamento”, disse Francisco.

“Bangladesh é um Estado jovem e todavia ocupou sempre um lugar especial no coração dos Papas, que desde o princípio expressaram solidariedade ao seu povo, procurando acompanhá-lo na superação das dificuldades iniciais e apoiando-o na tarefa exigente da construção da nação e do seu desenvolvimento. Agradeço a oportunidade de me dirigir a esta assembleia, que reúne homens e mulheres com responsabilidades especiais na tarefa de dar forma ao futuro da sociedade bengalesa.

O Papa disse que durante o voo para Daca, recordaram a ele que Bangladesh – “«Golden Bengal» – é uma nação interligada por uma vasta rede fluvial e por vias navegáveis, grandes e pequenas. Creio que esta beleza natural é emblemática de sua particular identidade como povo. Bangladesh é uma nação que se esforça para alcançar uma unidade de linguagem e cultura com o respeito pelas diferentes tradições e comunidades, que fluem como inúmeros riachos, vindo enriquecer o grande curso da vida política e social do país”.

“No mundo de hoje, nenhuma comunidade, nação ou Estado pode sobreviver e progredir no isolamento. Como membros da única família humana, precisamos uns dos outros e dependemos uns dos outros. O Presidente Sheikh Mujibur Rahma compreendeu e procurou incorporar este princípio na Constituição Nacional. Imaginou uma sociedade moderna, pluralista e inclusiva, onde cada pessoa e cada comunidade pudesse viver em liberdade, paz e segurança, respeitando a inata dignidade e igualdade de direitos de todos. O futuro desta jovem democracia e a saúde da sua vida política dependem essencialmente da fidelidade a esta visão fundadora. Com efeito, só através dum diálogo sincero e do respeito pelas legítimas diversidades é que um povo pode reconciliar as divisões, superar perspectivas unilaterais e reconhecer a validade de pontos de vista divergentes. Uma vez que o diálogo autêntico aposta no futuro, ele constrói unidade ao serviço do bem comum e está atento às necessidades de todos os cidadãos, especialmente dos pobres, dos desfavorecidos e daqueles que não têm voz.”

Francisco recordou que “nos meses passados, pôde-se observar de maneira bem tangível o espírito de generosidade e solidariedade – sinais caraterísticos da sociedade de Bangladesh – no seu ímpeto humanitário a favor dos refugiados chegados em massa do Estado de Rakhine, proporcionando-lhes abrigo temporário e provisões para as necessidades primárias da vida. Isto foi conseguido à custa de não pouco sacrifício; e foi realizado também sob o olhar do mundo inteiro. Nenhum de nós pode deixar de estar consciente da gravidade da situação, do custo imenso exigido de sofrimentos humanos e das precárias condições de vida de tantos dos nossos irmãos e irmãs, a maioria dos quais mulheres e crianças amontoados nos campos de refugiados. É necessário que a comunidade internacional implemente medidas resolutivas diante dessa grave crise, não só trabalhando para resolver as questões políticas que levaram à massiva deslocação de pessoas, mas também prestando imediata assistência material a Bangladesh em  seu esforço de responder eficazmente às urgentes carências humanas.”

“Apesar da minha visita ser primariamente dirigida à Comunidade católica do Bangladesh, considero um momento privilegiado o meu encontro que terá lugar amanhã em Ramna com os Responsáveis ecumênicos e inter-religiosos. Juntos, rezaremos pela paz e reafirmaremos o nosso compromisso de trabalhar pela paz. Bangladesh é conhecido pela harmonia que tradicionalmente existe entre os seguidores de várias religiões. Esta atmosfera de respeito mútuo e um clima crescente de diálogo inter-religioso permitem aos fiéis expressar livremente as suas convicções mais profundas sobre o significado e a finalidade da vida. Assim, podem contribuir para promover os valores espirituais que são a base segura para uma sociedade justa e pacífica. Num mundo onde muitas vezes a religião é – escandalosamente – usada para fomentar a divisão, revela-se ainda mais necessário um tal gênero de testemunho do seu poder de reconciliação e união. Isto manifestou-se de forma particularmente eloquente na reação comum de indignação que se seguiu ao brutal ataque terrorista do ano passado aqui em Daca e na mensagem clara enviada pelas autoridades religiosas da nação, segundo a qual o santíssimo nome de Deus não pode jamais ser invocado para justificar o ódio e a violência contra outros seres humanos, nossos semelhantes.”

Segundo o Papa, “embora em número relativamente reduzido, os católicos de Bangladesh procuram desempenhar um papel construtivo no desenvolvimento da nação, especialmente através das suas escolas, clínicas e dispensários. A Igreja aprecia a liberdade – de que beneficia toda a nação – de praticar a sua fé e realizar as suas obras sócio-caritativas, incluindo a de oferecer aos jovens, que representam o futuro da sociedade, uma educação de qualidade e um exercício de saudáveis valores éticos e humanos. Em suas escolas, a Igreja procura promover uma cultura do encontro, que tornará os alunos capazes de assumir as suas próprias responsabilidades na vida da sociedade. Com efeito, nestas escolas, a grande maioria dos estudantes e muitos dos professores não são cristãos, mas provêm de outras tradições religiosas. Tenho a certeza de que a Comunidade católica, de acordo com a letra e o espírito da Constituição Nacional, continuará a gozar da liberdade de levar adiante estas boas obras como expressão de seu empenho a favor do bem comum”.

Senhor Presidente, queridos amigos!

Agradeço a sua atenção e asseguro-lhes as minhas orações, para que, em suas nobres responsabilidades, sejam sempre inspirados pelos altos ideais de justiça e serviço aos seu concidadãos. De bom grado invoco, sobre vocês e sobre todo o povo de Bangladesh, as bênçãos divinas da harmonia e da paz.

 

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O programa da visita do Papa a Bangladesh

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Daca (RV) – O Papa Francisco chegou ao Aeroporto de Daca, em Bangladesh, às 15 horas (horário local) desta quinta-feira.

Após a cerimônia de boas-vindas, o Santo Padre visitou o Memorial Nacional dos Mártires e o Bangabandhu Memorial Museum.

A seguir, fez uma visita de Cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial, e por fim, discursou no encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial.

Concluído o encontro, Francisco seguiu para a Nunciatura Apostólica de Daca, distante 12,5 km, onde residirá durante sua permanência no país.

Para a sexta-feira, o programa do Papa é o seguinte:

Às 10 horas o Santo Padre preside a Santa Missa e Ordenação Presbiteral no Suhrawardy Udyan Park.

Às 15h20 recebe a visita do Primeiro Ministro na Nunciatura Apostólica.

Às 16 horas visita a Catedral e logo a seguir, na Casa dos Sacerdotes idosos, encontra os Bispos de Bangladesh.

Às 17 horas, o Encontro Inter-religioso e Ecumênico pela Paz no Jardim do Arcebispado. (Evento com transmissão pela RV, com comentários em português).

Sábado, 2 de dezembro

Às 10 horas, visita privada à Casa Madre Teresa de Tejgaon.

Às 10h45, o encontro com os sacerdotes, religiosos (as), consagrados, seminaristas e noviças na Igreja do Santo Rosário.

Às 11h45, o Papa visita o cemitério paroquial e a antiga Igreja do Santo Rosário.

Às 15h20 participa do Encontro com os Jovens no Notre Dame College de Daca, concluindo assim a 21ª Viagem Apostólica internacional de seu Pontificado.

Às 17h05, o avião com o Papa Francisco parte do Aeroporto Internacional de Daca devendo chegar ao Aeroporto Fiumicino em Roma, às 23 horas do mesmo dia.

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Em vídeo, o Papa pede solidariedade e compromisso na vida cotidiana

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Cidade do Vaticano (RV) - "Esta iniciativa promove uma causa que carrego no meu coração": assim o Papa, em uma mensage vídeo, define o Simpósio internacional “Laudato si’. O cuidado da Casa Comum, uma conversão necessária à ecologia humana”, em andamento em San José, na Costa Rica. O evento é promovido pela Universidade Católica da Costa Rica, em colaboração com a Fundação Ratzinger.

Saúdo todos vocês que participam deste Simpósio organizado pela Universidade Católica de Costa Rica com a colaboração da Fundação Ratzinger. Agradeço ao Presidente da República pelo apoio dado a esta iniciativa, que promove uma causa que eu carrego no meu coração.

Com a Encíclica Laudato si eu pedi a atenção da humanidade e da Igreja para as questões mais urgentes relacionadas ao cuidado da nossa casa comum e ao presente e futuro dos povos que a habitam. Os problemas da destruição do ambiente natural são cada vez mais graves e as consequências para a vida das pessoas são dramáticas.

Para enfrentá-las, precisamos ter uma visão ampla das causas, da natureza da crise e de seus vários aspectos. Não nos é lícito diante dessa problemática mundial qualquer atitude negacionista. É essencial a colaboração de cientistas, sociólogos, economistas e políticos, bem como de educadores e formadores de consciência, porque sem uma verdadeira conversão de nossas atitudes e de nossos comportamentos cotidianos, as soluções técnicas não conseguirão salvar a nossa Casa Comum.

Como bem disse o Papa Bento XVI, é necessária uma “ecologia humana”, que coloque no centro o desenvolvimento integral da pessoa e faça um chamado à sua responsabilidade pelo bem comum, pelo respeito e o cuidado com as criaturas que Deus nos confiou.

Desejo de todo coração que este Simpósio dê um forte impulso à colaboração das Universidades Católicas - particularmente na América Latina e no Caribe - ao estudo dos problemas, do desenvolvimento da situação e das possíveis soluções; e também para sugerir propostas concretas, a fim de despertar uma maior responsabilidade no cuidado da Casa Comum, não só nas pessoas individuais, mas também nas comunidades políticas, sociais, eclesiais e, finalmente nas famílias.

São necessárias a solidariedade e o compromisso de todos. A Encíclica Laudato si é um chamado a todos e a cada um. É necessária a colaboração de todos, a fim de acolher a mensagem da Laudato si e traduzi-la para a vida concreta, para o bem e o futuro da família humana.

Obrigado pelo seu trabalho. Que Deus os abençoe.

 

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Papa a Bartolomeu I: urgente crescer rumo a comunhão plena e visível

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de Raimundo de Lima

Cidade do Vaticano (RV) - “Hoje, ao render graças ao Deus do amor, na obediência à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo e na fidelidade ao ensinamento dos Apóstolos, reconhecemos como é urgente crescer rumo a uma comunhão plena e visível.” 

São palavras do Santo Padre na Mensagem ao Patriarca Bartolomeu I, pela festa de Santo André, celebrada esta quinta-feira, 30 de novembro, cujo apóstolo - irmão do apóstolo Pedro – é padroeiro do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

Tradicional troca de Delegações

No quadro da tradicional troca de Delegações por ocasião das respectivas festas dos santos Padroeiros – 29 de junho em Roma para a celebração dos santos Pedro e Paulo e 30 de novembro em Istanbul para a celebração de Santo André –, a Delegação vaticana é conduzida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, o qual entregou ao Patriarca ecumênico a Mensagem assinada pelo Santo Padre, lida na conclusão da Divina Liturgia.

“Mesmo distante de Roma, por causa de minha visita pastoral a Mianmar e Bangladesh, desejo dirigir minhas melhores felicitações fraternas a Vossa Santidade e aos membros do Santo Sínodo, ao clero, aos monges e a todos os fiéis reunidos para a Divina Liturgia na Igreja Patriarcal de São Jorge para a comemoração litúrgica de Santo André”, ressalta o Pontífice na mensagem.

Solidariedade e proximidade espiritual recíprocas

A delegação que enviei é um sinal de minha solidariedade espiritual a vossa oração de ação de graças e louvor por tudo aquilo que Deus Todo-Poderoso e Misericordioso realizou mediante o testemunho do Apóstolo André, afirma.

Do mesmo modo, a Delegação do Patriarcado Ecumênico acolhida em Roma em junho passado demonstrou sua proximidade espiritual enquanto celebrávamos as maravilhosas obras que Deus, fonte de todo bem, realizou mediante os Apóstolos Pedro e Paulo, santos padroeiros da Igreja de Roma, prossegue.

50 anos do histórico abraço entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras

Francisco expressa satisfação pela comemoração da qual participou estes dias Bartolomeu I, do 50º aniversário da visita do Papa Paulo VI ao Fanar – sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla – em 25 de julho de 1967.

O Santo Padre lembra as palavras do Patriarca Atenágoras ao acolher Paulo VI, as quais podem continuar inspirando o diálogo entre nossas Igrejas: “Unamos aquilo que foi dividido, onde for possível, a partir das ações em que ambas as Igrejas estão envolvidas, dando maior força às questões de fé e de disciplina canônica que temos em comum”, destaca.

Papa encoraja diálogo teológico entre ambas as Igrejas

Francisco menciona ainda o Comitê de Coordenação da Comissão Conjunta Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa encorajando novamente este diálogo teológico.

“O consenso alcançado pelos católicos e pelos ortodoxos sobre alguns princípios teológicos fundamentais que regulam a relação entre primado e sinodalidade na vida da Igreja no primeiro milênio pode servir para avaliar, também criticamente, algumas categorias e práticas teológicas que se desenvolveram ao longo do segundo milênio em conformidade com tais princípios”, lê-se na mensagem.

Exercício do ministério petrino no contexto da sinodalidade e a serviço da comunhão da Igreja

Este consenso pode permitir-nos prever um modo comum de entender o exercício do ministério do Bispo de Roma, no contexto da sinodalidade e a serviço da comunhão da Igreja no contexto atual, afirma o Papa acrescentando que “esta tarefa delicada deve ser perseguida num clima de abertura recíproca e, sobretudo, em obediência ao pedido que o Espírito Santo faz à Igreja.

Francisco conclui dizendo acompanhar com grande interesse a participação do Patriarca em importantes eventos internacionais em defesa do cuidado da criação, a convivência pacífica entre os povos de diferentes culturas e tradições e a presença dos cristãos no Oriente Médio, fazendo votos de que católicos e ortodoxos possam promover iniciativas conjuntas sobre esses temas, “porque são muitos contextos em que ortodoxos e católicos já podem trabalhar juntos sem esperar o dia da plena e visível comunhão”.

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Igreja no Mundo



Bangladesh: polícia investiga desaparecimento de sacerdote

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Daca (RV) - A Igreja em Bangladesh vive momentos de apreensão pelo desaparecimento de Pe. Walter William Rosario, um sacerdote de 40 anos, desaparecido segunda-feira passada (27/11) ao deixar a cidade de Bonpara para visitar uma igreja num vilarejo vizinho. A notícia foi dada pelo diário local The Daily Star citando a polícia local. Pe. Rosario é o responsável pela Escola Secundária Jonail Saint Luis, no distrito bengalês de Natore. 

A denúncia de seu desaparecimento foi apresentada à polícia de Baraigram por outro religioso, Pe. Subrata Purification, da igreja católica de Jonail, após amplas buscas, sem êxito, feitas com os familiares do desaparecido. A família teria recebido um telefonema com pedido de resgate, mas a polícia considera tratar-se de uma despistagem.

Na mesma localidade ao norte do país onde vive Pe. Rosario, no ano passado suspeitos extremistas islâmicos assassinaram, com golpes de machado, um farmacêutico católico.

O bispo da cidade vizinha de Rajshahi, Dom Gerves Rosario, disse considerar que o religioso tenha sido sequestrado e expressou grande preocupação da comunidade. “Ele estava organizando uma viagem a Daca para cerca de 300 pessoas para ver o Papa e participar da santa missa com o Pontífice, mas seu desaparecimento estragou a alegria de todas elas”, lamentou o bispo.

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Entrevistas



Mianmar e Bangladesh: brasileira relata drama das crianças na zona de conflito

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Yangun (RV) – Dois países, um problema comum: a viagem do Papa Francisco a Mianmar e Bangladesh traz à tona o tema da migração forçada.

Na fronteira entre as duas nações, se encontra atualmente um dos maiores campos de refugiados do mundo. O conflito de longa data entre o exército birmanês e grupo rebelde do Estado de Rakhine obrigou mais de 600 mil pessoas a fugirem.

Neste Estado e em outros locais de combate (Kachin e Shan) em Mianmar atua Sunny Guidotti, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF. O trabalho da brasileira, natural de Recife, envolve a coordenação para prover abastecimento de água potável, instalações sanitárias e programas de higiene para crianças. Isto é, garantir padrões mínimos de serviços básicos para evitar riscos de surtos de doenças nos acampamentos e zonas vizinhas.

Em entrevista à Rádio Vaticano, ela fala da situação da infância no país e como os conflitos afetam a vida de cerca de dois milhões e meio de crianças. Ouça aqui: 

“Para essas crianças, a promessa da paz permanece sem ser cumprida, enquanto suas esperanças por um futuro melhor são destruídas pela pobreza, pela falta de oportunidade e pelo medo constante da violência fruto do conflito. As crianças e suas comunidades continuam a ser deslocadas e muitas vezes são negadas o acesso a serviços básicos como abrigo, comida, água e educação. As crianças também são vulneráveis ​​a abusos e exploração. Todos nós que trabalhamos em Mianmar queremos que o governo tenha sucesso em seus esforços para promover a paz e a reconciliação após tantos anos de conflito.”

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