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Sumario del 07/12/2017

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa comemora os 90 anos do Card. Sodano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã desta quinta-feira, na Capela Paulina, a Santa Missa pelos 90 anos do Card. Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício. 

Ao final da celebração, o Pontífice improvisou uma breve saudação, em que falou da importância de dar graças ao Senhor por aquilo que Ele faz em nossas vidas, sobretudo quando se trata de datas importantes, como esta do Card. Sodano.

“Nessas ocasiões, se faz mais forte a memória do caminho transcorrido, e esta memória nos leva a oferecer um dom. Memória que é uma dimensão da vida. É uma desgraça perder a memória de tudo o que Deus fez por nós”, disse o Papa

Para Francisco, é importante fazer memória também da nossa pequenez, dos nossos erros, inclusive dos pecados. “São Paulo se orgulhava deles, porque a glória vai somente a Deus, nós somos fracos, todos”, afirmou o Papa, acrescentando que cada vida é diferente e somente o Senhor sabe aquilo que fizemos, o “testemunho escondido”.

“Nós vemos no Cardeal o testemunho de um homem que fez muito pela Igreja, em diversas situações, com alegria e com lágrimas. Mas o testemunho que hoje me parece maior é o de um homem eclesialmente disciplinado, e esta é um graça pela qual lhe agradeço, Senhor Cardeal. E peço que este testemunho da dimensão eclesial, na disciplina eclesial, nos ajude a ir avante na nossa vida. Muito obrigado, Senhor Cardeal.”

Biografia

Angelo Sodano nasceu em Isola d'Asti (Itália) em 23 de novembro de 1927. Em 1959 foi chamado a prestar serviço à Santa Sé, dentro e fora do Vaticano. Ao ser nomeado Arcebispo pelo Papa Paulo VI, em 1977, foi enviado como Núncio Apostólico ao Chile, onde permaneceu mais de 10 anos. Regressou ao Vaticano a convite do Papa João Paulo II em 1988, onde assumiu cargos dentro da Secretaria das Relações com os Estados. Em junho de 1991 foi nomeado Secretário de Estado, recebendo o título cardinalício. Nesta função ficou até 2006, sob o pontificado de Bento XVI.

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Papa aos luteranos: nunca mais rivais, o futuro é a comunhão

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Cidade do Vaticano (RV) – Entre as inúmeras audiências desta quinta-feira, o Papa Francisco recebeu no Vaticano a presidência da Federação Luterana Mundial. 

À delegação, liderada pelo Secretário-Geral Dr. Musa Filibus, o Papa dirigiu um discurso ressaltando os momentos que marcaram ecumenicamente o Ano da Comemoração da Reforma, que acaba de ser concluído.

De modo especial, Francisco recordou sua visita a Lund, na Suécia, em outubro de 2016, quando se rezou juntos para que da graça de Deus brote e floresça o dom da unidade entre os fiéis.

“Somente rezando podemos custodiar uns aos outros. A oração purifica, fortifica, ilumina o caminho, faz ir avante. A oração é como o combustível da nossa viagem rumo à plena unidade.”

Reconhecendo-nos irmãos, disse o Papa, podemos olhar para a história passada e agradecer a Deus porque as divisões dolorosas confluíram, nas últimas décadas, num caminho de comunhão, no caminho ecumênico suscitado pelo Espírito Santo. Este caminho nos levou a abandonar antigos preconceitos, como aqueles sobre Lutero e a situação da Igreja naquele período.

Por isso, Francisco enalteceu o diálogo entre a Federação Luterana Mundial e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos:

“Com a memória purificada, hoje podemos olhar com confiança para o futuro. Nunca mais poderemos nos permitir ser adversários ou rivais. Se o passado não pode ser mudado, o futuro nos interpela: não podemos nos subtrair, agora, da busca e da promoção de uma maior comunhão na caridade e na fé.”

Francisco pediu ainda vigilância diante da tentação de parar no meio do caminho. O impulso para prosseguir pode vir de duas frentes: a caridade e o martírio. Os pobres são “indicadores preciosos” do caminho, que nos chamam a tocar suas feridas com a força restauradora da presença de Jesus.

Já quem sofre de modo heroico para testemunhar de Cristo nos impele a uma fraternidade sempre mais real.

“Querido irmão, invoco de coração todas as bênçãos de Deus e peço ao Espírito Santo, que une aquilo que está dividido, de efundir sobre nós a sua sabedoria mansa e corajosa.”

Eis a íntegra do pronunciamento do Pontífice:

“Querido irmão, querido Arcebispo Musa,

Saúdo-o cordialmente junto ao Dr. Junge, Secretário Geral, aos vice-Presidentes e aos delegados da Federação Luterana Mundial, e ao mesmo tempo em que agradeço por suas cordiais palavras, congratulo-me pela sua recente nomeação a Presidente.

Juntos podemos fazer memória, como a Escritura ensina, do quanto o Senhor realizou entre nós (cf. Salmo 77,12-13). A recordação vai, em particular, aos momentos que ecumenicamente marcaram o Ano da Comemoração da Reforma, há pouco concluído.

Gosto de pensar sobretudo ao 31 de outubro de 2016, quando rezamos em Lund, onde a Federação Luterana Mundial foi instituída. Foi importante nos encontrarmos, antes de tudo, na oração, porque não é dos projetos humanos, mas da graça de Deus que germina e floresce o dom da unidade entre os fiéis.

Somente rezando podemos custodiar-nos uns aos outros. A oração purifica, fortifica, ilumina o caminho, faz seguir em frente. A oração é como o combustível de nossa viagem rumo à plena unidade. De fato, o amor do Senhor, que alcançamos rezando, coloca em ação a caridade que nos aproxima: disto a paciência do nosso esperar-nos, o motivo do nosso reconciliar-nos, a força para seguirmos em frente juntos. A partir da oração, que é “a alma da renovação ecumênica e do anseio pela unidade”; o diálogo “sobre ela se baseia e dela recebe sustento” (cfr Carta Enc. Ut unum sint, 28).

Rezando, podemos cada vez nos ver uns aos outros na perspectiva correta, aquela do Pai, cujo olhar coloca-se amorosamente sobre nós, sem preferências ou distinções. E no Espírito de Jesus, no qual rezamos, nos reconhecemos irmãos.

Este é o ponto do qual partir e recomeçar sempre. A partir disto olhamos também para a história passada e agradecemos a Deus porque as divisões, mesmo muito dolorosas, que nos viram distantes e contrapostos por séculos, nos últimos decênios confluíram para um caminho de comunhão, no caminho ecumênico suscitado pelo Espírito Santo. Isto nos levou a abandonar os antigos preconceitos, como aqueles sobre Martinho Lutero e sobre a situação da Igreja Católica naquele período.

Para isto contribuiu notavelmente o diálogo entre a Federação Luterana Mundial e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, realizado a partir de 1967; um diálogo do a ser recordado com gratidão hoje, cinquenta anos mais tarde, também reconhecendo alguns textos particularmente importantes, como a Declaração Comum sobre a Doutrina da Justificação e, por último, o documento “Do conflito à comunhão”.

Com a memória purificada, hoje podemos olhar confiantes para um futuro, não marcado por contrastes e pelos preconceitos do passado; mas um futuro sobre o qual importa somente a dívida do amor recíproco (cfr Rm 13,8); um futuro no qual somos chamados a discernir os dons que provém das diversas tradições confessionais e em acolhê-los como patrimônio comum.

Antes das oposições, das diferenças e das feridas do passado, existe de fato a realidade presente, comum, alicerçada e permanente do nosso Batismo.

Isto nos torna filhos de Deus e irmãos entre nós. Por isto não poderíamos nunca nos permitir ser adversários ou rivais. E se o passado não pode ser mudado, o futuro nos interpela: não podemos subtrair-nos, agora, do buscar e promover uma maior comunhão na caridade e na fé.

Somos chamados também a vigiar, diante da tentação de pararmos ao longo do caminho. Na vida espiritual, como na vida eclesial, quando se está parados, sempre se volta para trás: contentar-se, parar por temor, preguiça, cansaço ou conveniência, enquanto se caminha rumo ao Senhor com os irmãos, é diminuir o seu próprio convite.

E para proceder juntos em direção a Ele, não bastam boas ideias, mas é preciso dar passos concretos e estender a mão.

Isto quer dizer, sobretudo, despender-se na caridade, olhando aos pobres, aos irmãos menores do Senhor (cf. Mt 25,40): são os nossos indicadores preciosos ao longo do caminho.

Nos fará bem tocar as suas feridas com a força curadora da presença de Jesus e com o bálsamos do nosso serviço.

Com este estilo simples, exemplar e radical, somos chamados, particularmente hoje, a anunciar o Evangelho, prioridade de nosso ser cristãos no mundoA unidade reconciliada entre os cristãos é parte indispensável de tal anúncio: “Como anunciar o Evangelho da reconciliação, sem contemporaneamente se empenhar a agir pela reconciliação dos cristãos?” (Ut unum sint, 98).

No caminho, somos encorajados pelos exemplos daqueles que sofreram pelo nome de Jesus e já estão plenamente reconciliados na vitória pascal. São ainda tantos, nos nossos dias, os que sofrem pelo testemunho de Jesus: o seu heroísmo manso e pacífico é para nós um chamado urgente a uma fraternidade sempre mais real.

Querido irmão, invoco de coração para você todas as bênção de Deus e peço ao Espírito Santo, que une aquilo o que está dividido, de infundir sobre nós a sua sabedoria mansa e corajosa. E a cada um de vocês pelo, por favor, rezem por mim. Obrigado!"

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Papa encoraja formação dos jovens ao diálogo em Taiwan

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa recebeu na manhã desta quinta-feira (07/12), os membros do Conselho Nacional de Igrejas de Taiwan.  

Recém-chegado de visita a Myanmar e Bangladesh, Francisco pôde constatar a vitalidade que caracteriza os povos asiáticos, e ao mesmo tempo, o rosto sofredor daquela humanidade muitas vezes carente de prosperidades materiais e bem-estar social. E em seu discurso ao grupo, lembrou: 

A Igreja católica está comprometida em promover uma maior unidade entre os cristãos. Reforçar as relações entre os cristãos, aliado ao anúncio de Jesus, conduz a obras de caridade e projetos formativos para os jovens, mas que beneficiarão toda a sociedade. Um futuro melhor para todos requer a formação das jovens gerações, especialmente na arte do diálogo. Protagonistas de uma cultura da harmonia e da reconciliação, serão dispostos a percorrer o caminho que vai do conflito à comunhão, tão frutuoso no percurso ecumênico”.

Francisco se despediu do grupo encorajando-o a prosseguir no caminho da fraternidade e colaboração entre as comunidades, até alcançarmos o dia em que será realizado o desejo de Jesus ‘sejam uma só coisa... a fim que o mundo creia’. 

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Papa: Presépio e árvore, sinais da compaixão do Pai celeste

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Papa recebeu em audiência no final da manhã desta quinta-feira na Sala Paulo VI cerca de 4.000 pessoas pertencentes às delegações dos doadores do Presépio e da árvore que embelezam a Praça São Pedro nesta Natal. 

Francisco começou seu pronunciamento agradecendo ao Abade de Montevergine pelo dom do Presépio e ao Arcebispo de Warmia e ao Bispo de Elk, na Polônia, pela doação do pinheiro, assim como à Direção das Florestas Estatais de Bialystok.

O Papa saudou também as crianças assistidas nos departamentos oncológicos de alguns hospitais italianos e das zonas atingidas pelo terremoto na região central italiana, responsáveis pelas ornamentações da árvore.

O Presépio e a árvore – recordou Francisco – nos falam com uma linguagem simbólica, “são os sinais da compaixão do Pai celeste, da sua participação e proximidade à humanidade, que experimenta não ser abandonada na noite dos tempos, mas visitada e acompanhada nas próprias dificuldades”.

A árvore, que aponta para o alto, nos estimula a buscarmos “os dons mais altos”, elevando-nos “acima das névoas que ofuscam, para experimentar quão belo e alegre é mergulhar na luz de Cristo. Na simplicidade do presépio, encontramos e contemplamos a ternura de Deus, manifestada naquela do Menino Jesus”.

“O Presépio é o local sugestivo onde contemplamos Jesus que, assumindo as misérias do homem, nos convida a fazer o mesmo, por meio de ações de misericórdia”, observou o Santo Padre, recordando que neste ano ele é inspirado nas obras de misericórdia.

“A árvore – recordou Francisco – proveniente este ano da Polônia, é sinal da fé daquele povo que, também com este gesto, quis expressar a própria fidelidade à Sé de Pedro”.

Dirigindo-se sobretudo às crianças, Francisco recordou que no trabalho que fizeram, “vocês transferiram os seus sonhos e os seus desejos de elevar ao céu e de fazer conhecer Jesus, que se fez criança como vocês para dizer que quer bem a vocês”.

“Obrigado pelo seu testemunho, por ter deixado mais bonitos estes símbolos de Natal, que os peregrinos e visitantes provenientes de todo o mundo poderão admirar. Obrigado! Obrigado”, foi o agradecimento do Santo Padre aos pequenos.

“Esta tarde, quando as luzes do presépio e da árvore de Natal serão acesas, também os desejos que vocês transferiram nos vossos trabalhos de decoração da árvore serão luminosos e vistos por todos”.

Que o Natal do Senhor – foram os votos de Francisco ao concluir – seja a ocasião para sermos mais atentos às necessidades dos pobres e daqueles que, como Jesus, não encontram quem os acolha”.

Faço votos de um Feliz Natal, assegurando minha oração. Também vocês, rezem por mim e pelo meu serviço à Igreja.

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Francisco recebe crianças cantoras da TV italiana

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Cidade do Vaticano (RV) – Na sequência de suas atividades da manhã de quinta-feira (07/12), o Papa Francisco teve um descontraído encontro com as crianças do pequeno coro Mariele Ventre do Teatro Antoniano de Bolonha. O coral está comemorando 60 anos do concurso musical internacional televisivo “Lo Zecchino d’Oro” (Cequim d'Ouro, em português).  

Este festival é um evento que com o tempo, foi-se tornando parte do costume e patrimônio cultural italiano das gerações nascidas depois da década de ’60.

 

“Com suas canções, com simplicidade e competência, vocês transmitem uma sensação de serenidade tão necessária a todos, especialmente às famílias que vivem em dificuldade e sofrimentos”, disse o Papa.

Continuem assim, cantando os valores autênticos da vida, louvando a Deus por todo o bem que nos dá. E que neste tempo do Advento, suas canções, narrando o nascimento de Jesus, possam ajudar os que os escutam a compreender o amor e a maravilha do que aconteceu em Belém 2000 anos atrás. Deus se fez menino para estar mais próximo dos homens de todos os tempos, demonstrando-nos sua infinita ternura”.

“Rezem por mim – pediu enfim o Papa – estendendo sua bênção a seu assistente espiritual, aos padres franciscanos e a todos os seus familiares”.

 

 

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Papa recebe Presidente do Conselho de Ministros da Bósnia-Herzegovina

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência no Palácio Apostólico na manhã desta quinta-feira, o Sr. Denis Zvizdić, Presidente do Conselho de Ministros da Bósnia-Herzegovina, que sucessivamente encontrou-se com o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, acompanhado pelo Sub-Scretário para as Relações com os Estados, Dom Antoine Camilleri. 

Durante os cordiais colóquios, foi expressa satisfação pelas boas relações bilaterais e tratou-se de alguns temas de interesse comum relativos ao contexto internacional e regional, em particular, sobre o caminho de integração do país na União Europeia e sobre os desafios que o país deverá enfrentar, como aqueles pertinentes ao desenvolvimento econômico e ao aumento do desemprego.

No decorrer das conversações, se fez particular referência à condição da Comunidade católica no país.

Por fim, foi expresso o desejo de que se possa consolidar o clima de coexistência pacífica entre todos os componentes da sociedade.

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Papa na TV: "Deus não nos induz em tentação; não nos deixa cair"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa participou nesta quarta-feira (06/12) da 7ª parte da série TV ‘Pai Nosso’, conduzida pelo Padre Marco Pozza, capelão do cárcere de Pádua, norte da Itália. O programa vai ao ar às 21h05, semanalmente, no canal TV2000, de propriedade da Conferência Episcopal Italiana, CEI.

Na conversa, em tom informal, o capelão questiona o Papa sobre o significado do trecho do Pai Nosso ‘não nos induzais em tentação’. Segundo Papa, esta é uma tradução ‘não boa’ de ‘não nos deixeis cair em tentação’, como usado em português e espanhol.

Já no último domingo (03/12), a Igreja Católica na França alterou o trecho, que sempre foi pronunciado no país como "não nos submeteis à tentação", para "não nos deixeis cair em tentação".  

 

Não é Deus que nos induz em tentação, mas Satanás”, explicou o Papa.  “Um pai ajuda rapidamente o filho a se levantar”.

“Na oração do ‘Pai Nosso’, Deus que nos induz em tentação ‘não é uma boa tradução. Os franceses também mudaram o texto e agora é ‘não me deixeis cair na tentação’. Eu é que caio, não é Ele que me joga na tentação para ver como caio; um pai não faz isso, um pai ajuda o filho a se levantar”, afirmou o Papa. 

O programa, que surgiu da colaboração entre a Secretaria para a Comunicação da Santa Sé e TV2000, é estruturado em 9 capítulos, todas as quartas-feiras, com a participação também de expoentes leigos do mundo da cultura e do espetáculo. Neste sétimo capítulo, o hóspede foi o filósofo Umberto Galimberti.

A série com as perguntas e respostas do Papa a Pe. Marco, deu origem ao livro ‘Pai Nosso’, da Editora Rizzoli, publicado pela Livraria Editora Vaticana.

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Inaugurado Presépio na Praça São Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) –  O presépio e a árvore - “sinais da compaixão do Pai celeste, da sua participação e proximidade à humanidade, que experimenta não ser abandonada na noite dos tempos, mas visitada e acompanhada nas próprias dificuldades”,  como afirmou o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira aos doadores destes símbolos do Natal – foram inaugurados na tarde desta quinta-feira na Praça São Pedro, para a alegria de centenas de italianos e turistas de várias partes do mundo presentes na cerimônia, de pouco mais de uma hora. 

Cânticos natalinos e discursos, intercalados por execuções da Banda da Gendarmaria Vaticana, encheram de harmonia o entardecer de outono no Vaticano.

Durante a cerimônia, teve lugar uma troca de presentes (um Papai Noel e um brinquedo com chocolates) entre as crianças da Abadia, duas crianças da Fundação Thun e duas crianças de Espoleto e Núrcia.

Na conclusão da cerimônia, uma criança da Fundação deu uma tocha a uma criança da Diocese de Espoleto, para iluminar no sábado uma árvore de Natal na região atingida pelo terremoto de 2016, como sinal de esperança.

O Presépio este ano foi oferecido pela Abadia Territorial de Montevergine. Inspirado na arte de presépios do século XVIII, seguindo a mais antiga tradição napolitana, o presépio ocupa uma superfície de 80m², com uma altura máxima de 7 metros, sendo formado por 20 personagens com altura por volta dos 2 metros. As vestimentas são em tecido, as faces em terracota policromática e os olhos em cristal.

Ao lado do Presépio, o pinheiro de 28 metros doado pela Diocese polonesa de Elk, e que percorreu 2000 km até chegar a Praça São Pedro. A projeção da largura da árvore chega a atingir um diâmetro máximo de dez metros.

As bolas de natal e demais enfeites do pinheiro, feitos com argila, foram confeccionados por crianças tratadas em setores de oncologia de hospitais italianos.

O Presépio e a árvore ficarão montados na Praça São Pedro até 7 de janeiro de 2018, dia em que se comemora o Batismo do Senhor e se conclui, na Liturgia, o Tempo de Natal.

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Bartolomeu I no encontro internacional da Fundação Centesimus Annus

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Cidade do Vaticano (RV) – O Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, aceitou o convite para participar da próxima conferência internacional organizada pela Fundação Centesimus Annus – pro Pontifice.

O encontro dedicado ao tema “Novas políticas e novos estilos de vida na era digital” terá lugar no Vaticano, de 24 a 26 de maio de 2018.

Bartolomeu I irá se pronunciar no sábado, 26 de maio, com a reflexão que terá por tem “Uma agenda cristã comum para o bem cristão”.

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Formação



Desafio de fazer chegar ao povo de Deus ideias bonitas do Concílio

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de Raimundo de Lima

Amigo ouvinte, prosseguimos em nosso quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” com a participação do bispo da Diocese de Coroatá, Dom Sebastião Bandeira Coêlho, nosso convidado destes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Na edição passada o bispo desta Igreja diocesana da Região dos Cocais, no nordeste do Maranhão, afirmou-nos – entre outras coisas – que o Concílio “deve ser sempre uma força para que nós possamos como Igreja responder aos desafios de hoje” e que somente uma Igreja inserida no mundo vai poder dar uma resposta a este mundo que é tão exigente, para quem para “novas perguntas” a Igreja tem que ter “novas respostas”.

Nessa linha, na edição de hoje Dom Sebastião afirma que no Concílio está tudo, nossa base, nossa constituição para uma Igreja que quer ser resposta neste novo século e também para o futuro. Aponta constituir um grande desafio a questão sobre “como fazer chegar até o povo de Deus as ideias bonitas que o Concílio veio trazer para todos os aspectos na vida da Igreja”.

O bispo de Coroatá inicia destacando a necessidade de se conhecer melhor os documentos do Vaticano II, com destaque para a Constituição dogmática sobre a Igreja “Lumen gentium”; a Constituição pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje “Gaudium et spes”; e o Decreto sobre o ministério e vida dos presbíteros “Presbyterorum ordinis”.

Por fim, nosso convidado lamenta o fato de o Catecismo da Igreja Católica não ter se tornado para o Povo de Deus um livro de estudo, de reflexão. Vamos ouvir (ouça na íntegra clicando acima).

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Atualidades



As reações do mundo à decisão de Trump. ONU: escolha unilateral

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De Silvonei José

Cidade do Vaticano (SPC) - “Jerusalém é a capital de Israel e, dentro de 6 meses, transferiremos a embaixada dos EUA de Tel Aviv, é um passo necessário para a paz”. As palavras do Presidente Trump abrem a caixa de Pandora no Oriente Médio e deixam atônito o resto do mundo, com exceção do líder israelense Netanyahu, que exulta ao falar de uma decisão histórica. 

“Deplorável”, a define por sua vez o Presidente francês, Macron; “irresponsável”, disse o Presidente o turco, Erdogan, segundo o qual tudo irá beneficiar os terroristas. A Jordânia afirma que a escolha de Washington é ilegal e o Irã acrescenta: “Jerusalém pertence ao islamismo e aos palestinos”, enquanto a União Européia está seriamente preocupada. Para os vinte e oito países a posição permanece inalterada: nenhum dos países da UE, incluindo Londres, irá transferir suas representações de Tel Aviv.

Sobre Trump cai a ira da ONU com o Secretário Guterres, que diz “não” a qualquer solução unilateral sobre as negociações. Perplexidade também de Moscou, enquanto Hamas responde: “as portas do inferno foram abertas”. O regime dos ayatollahs desencadeará uma nova Intifada”.

Para o Padre Patton, Custódio da Terra Santa, esta decisão não faz outra coisa do que provocar danos irreparáveis ​​e acrescentar violências, por isso como o Papa, Patton lança o apelo a respeitar o status quo em Jerusalém. Enquanto isso, em Gaza inflamam os protestos, algumas bandeiras estadunidenses foram queimadas. Oito países, incluindo a Itália, estão pedindo uma reunião de emergência da ONU.

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Card. Hummes: "a fé, a natureza e o Criador na Laudato si"

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Cidade do Vaticano (RV) - «Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão crescendo?». Esta questão é o âmago da Laudato  si’,  a Encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da Casa Comum, que prossegue: «Esta pergunta não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode pôr a questão de forma fragmentária», mas conduz a interrogar-nos sobre o sentido da existência e dos valores que estão na base da vida social: «Para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra?»:   

No documento, o Papa  Francisco se dirige aos fiéis católicos, retomando as palavras de São João Paulo II: «os cristãos, em particular, advertem que a sua tarefa no seio da Criação e os seus deveres em relação à natureza e ao Criador fazem parte da sua fé».

É justamente sobre esta dimensão religiosa da Laudato si, que o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), esclarece:

 "A dimensão religiosa se baseia em nossa fé em Deus Criador. Nós cremos que Deus criou o universo e, portanto, também nosso Planeta, a Terra. Deus deu este planeta a nós, seres humanos, como um dom gratuito, para dele tirarmos nosso sustento e para cuidarmos dele como de um jardim, para o administrarmos, sim, mas não para o devastar e destruir. Por isso, a Igreja canta e louva a Deus pela criação e lhe dá graças por podermos usufruir da terra. Mas a Igreja também orienta a humanidade para cuidar da terra, segundo as indicações de Deus. Porém, o mais importante em nossa fé cristã, relativo à terra, é que o Filho de Deus se fez homem para nos salvar da morte e de todos os males. Fez-se homem e tomou o nome de Jesus. O corpo de Jesus, como qualquer corpo humano, é feito dos elementos da terra. Assim, Deus se uniu definitivamente e de modo radical com nosso planeta. Este corpo de Jesus morreu na cruz e depois ressuscitou glorioso e vencedor e está definitivamente junto de Deus. Ora, nesta morte e ressurreição gloriosa a terra toda, presente no corpo de Cristo, toma parte. Assim, há em Cristo uma nova criação e no final dos tempos todo o universo criado de alguma forma misteriosa participará do Reino definitivo de Deus, como nova criação".

"A dimensão ética de que fala o Papa na Laudato si’ tem a ver com nossa responsabilidade para com os pobres e para com as futuras gerações. A devastação e a degradação da terra atingem em primeiro lugar os pobres, que terão cada vez menos acesso à água segura e à terra para cultivar. O grito dos pobres e o grito da terra, diz o Papa, é o mesmo grito". 

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