Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 13/12/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Por que ir à missa aos domingos? O Papa responde

◊  

Cidade do Vaticano

Quarta-feira, dia de audiência geral na Sala Paulo VI. Cerca de 7 mil pessoas participaram do encontro semanal com o Papa. Retomando o caminho de reflexões sobre a Missa, Francisco questionou hoje: ‘Por que ir à missa aos domingos?’ 

Foi no primeiro dia que Ele ressuscitou

Desde os primeiros tempos, os discípulos de Jesus celebravam o encontro eucarístico com o Senhor no dia que os judeus chamavam ‘o primeiro da semana’ e os romanos ‘o dia do sol’.

Depois da Páscoa, os discípulos de Jesus acostumaram-se a esperar a visita do seu divino Mestre no primeiro dia da semana; foi nesse dia que Ele ressuscitou e veio encontrar-Se com eles no Cenáculo, falando e comendo com eles e dando-lhes o Espírito Santo. Este encontro se repetiria oito dias depois, já com a presença de Tomé.

Domingo, dia do Senhor: é Ele que nos encontra

E assim, aos poucos, o primeiro dia da semana passou a ser chamado pelos cristãos ‘o dia do Senhor’, ou seja, o domingo.

“A celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja: nós vamos à missa para encontramos o Senhor ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por ele”, disse o Papa, explicando:

É a missa que faz cristão o domingo

“Ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim, nos tornarmos Igreja, o seu corpo místico vivo hoje no mundo. Por isso, o domingo é  para nós um dia santo: santificado pela celebração eucarística, presença viva do Senhor para nós e entre nós. É a Missa que faz cristão o domingo”.

Entretanto, recordou o Papa:

“Infelizmente há comunidades cristãs que não podem ter Missa todos os domingos; mas também elas são chamadas a recolher-se em oração, nesse dia, ouvindo a Palavra de Deus e mantendo vivo o desejo da Eucaristia”.

“Sem Cristo, estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia-a-dia com as suas preocupações e pelo medo do futuro. O encontro dominical com Jesus dá-nos a força de que necessitamos para viver com coragem e esperança os nossos dias”.

A conclusão

Concluindo, por que ir à missa aos domingos?

“Não é suficiente responder que isto é um preceito da Igreja. Nós cristãos precisamos participar da missa dominical porque somente com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e entre nós, podemos colocar em prática o seu mandamento e sermos testemunhas críveis”.

Mais ainda, a comunhão eucarística com Jesus ressuscitado antecipa aquele domingo sem ocaso em que toda a humanidade entrará no repouso de Deus.

inizio pagina

Papa nomeia Bispo da Diocese de São José dos Pinhais

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco nomeou Bispo da Diocese de São José dos Pinhais (PR), nesta quarta-feira (13/12), Dom Celso Antônio Marchiori, transferindo-o da Diocese de Apucarana (PR). 

Dom Celso nasceu em 14 de agosto de 1958, em Campo Largo, na Arquidiocese de Curitiba (PR). Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Curitiba (1981-1983) e Teologia no Studium Theologicum Claretianum de Curitiba (1984-1987). Frequentou a Escola para Formadores em São Paulo (1991-1994).

Foi ordenado sacerdote em 6 de março de 1988 e incardinado na Arquidiocese de Curitiba, onde desempenhou os seguintes cargos: Diretor Espiritual (1988), Reitor do Seminário Menor “São José” (de  1989-2005), Administrador e vigário paroquial do Santuário de “Santa Terezinha do Menino Jesus”, Diretor Espiritual do Seminário Filosófico “Bom Pastor” (1996-2005), Reitor do Seminário Teológico “Santíssimo Sacramento” (2006-2009) e Pároco da Paróquia do “Santíssimo Sacramento” (2006-2009).

Dom Celso foi também vigário episcopal, membro do Conselho Presbiteral, do Colégio de Consultores e do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, Assistente Eclesiástico do “Movimento das Capelinhas” e das “Equipes de Nossa Senhora”, e assessor arquidiocesano de vários grupos pastorais. 

Foi nomeado Bispo de Apucarana, em 8 de julho de 2009, e recebeu a ordenação episcopal em 28 de agosto daquele ano. 

inizio pagina

Reunião do C9: a Cúria como instrumento de evangelização

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -  O Papa Francisco participou do encontro do Conselho dos 9 Cardeais (C9), reunidos no Vaticano desde segunda-feira, 11, até esta quarta-feira, para dar prosseguimento à reflexão sobre a Cúria como instrumento de evangelização e de serviço para o Papa e para as igrejas locais. 

Neste XXII encontro, os Cardeais aprofundaram questões relativas a quatro dicastérios: do Clero, da Evangelização dos Povos, da Educação Católica e da Cultura.

Leigos, Família e Vida

Parte relevante dos trabalhos foi dedicada aos relatórios apresentados pelos Superiores do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; da Secretaria para a Comunicação e da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida - Cardeal Kevin Farrel – ilustrou a formação do novo Dicastério, instituído em 1º de setembro de 2016, com uma atenção especial á relação do Dicastério com os jovens.

Secretaria para a Comunicação

Já o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Mons. Dario Viganò, apresentou as últimas iniciativas relativas à reforma da mídia vaticana, mostrando o organograma do Dicastério e das diferentes Direções, a partir da qual será elaborada a tabela orgânica do novo Dicastério, que será submetida à Secretaria de Estado.

Ademais, foi ressaltado que os prazos e as propostas iniciais de redução de pessoal e de custos foram cumpridos.

Também foram apresentadas as novas modalidades de produção multimídia, com a apresentação do novo site que nos próximos dias será apresentado na versão beta e que representa “uma primeira expressão visível e concreta” da reforma.

Foi reiterado aos cardeais que a Secretaria para a Comunicação não é um departamento mas um Dicastério da Santa Sé, do qual passará a fazer parte, a partir de 1º de janeiro de 2018, também a Tipografia Vaticana, da qual fazem parte o L’Osservatore Romano e o Serviço Fotográfico Vaticano.

Desenvolvimento Humano Integral

Após os Cardeais ouviram as exposições dos dois subsecretários da seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que explicaram o processo de organização deste setor, submetido diretamente ao Santo Padre.

O objetivo deste setor é assistir as Igrejas locais na elaboração e realização de uma resposta pastoral eficaz e adequada aos desafios do mundo contemporâneo, concernentes aos migrantes, refugiados e vítimas do tráfico.

Proteção de Menores

O Cardeal Sean Patrick O’malley, por sua vez, atualizou os outros membros do Conselho sobre os trabalhos da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, especialmente em relação aos trabalho em assistir as Igrejas locais.

A próxima reunião do Conselho de Cardeais terá lugar nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro de 2018.

inizio pagina

Saiba o que irá mudar na mídia vaticana

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O sistema da mídia vaticana adota um novo modelo produtivo, baseado na integração e gestão unitária, em plena sintonia com a reforma desejada pelo Papa Francisco.

O anúncio é da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, um dia após ter ilustrado o projeto aos Cardeais do C9, na sua XXII reunião, concluída esta quarta-feira.

Em nome de um maior “jogo de equipe” para responder às exigências da missão da Igreja diante dos desafios do ambiente digital contemporâneo, a mudança conflui em uma reorganização do trabalho, também graças a um vasto programa de formação implementado pelo Dicastério no decorrer deste ano.

Uma solução para valorizar o profissionalismo interno, que encontra inspiração nas palavras do Papa Francisco pronunciadas no discurso da primeira plenária da Secretaria para a Comunicação.

“Reforma – disse na ocasião – não é passar um pouco de tinta nas coisas: reforma é dar outra forma às coisas, organizá-las de outra forma”.

O Centro Editorial Multimédia:

O fulcro do sistema, fruto de um processo de consolidação no plano econômico e técnico, é presentado por um Centro Editorial Multimédia: uma estrutura unificada para a produção cotidiana de qualquer tipo de conteúdo (áudio, textos, vídeo, gráfica) em modalidades multilínguística e multicanal, que age somente sob a guia da Direção Editorial, e em coordenação com outros grupos de apoio.

Em seu interior, confluirão progressivamente cerca de 350 unidades entre redatores e técnicos provenientes de todas as 40 redações linguísticas e das 9 instituições que compõe a Secretaria para a Comunicação.

A partir de 10 de janeiro o percurso será completado com a inclusão do L’Osservatore Romano, do Serviço Fotográfico e da Tipografia Vaticana.

Parte-se de um grupo de 70 pessoas divididas em 6 seções linguísticas: italiano, português, espanhol, alemão, francês e inglês e em quatro áreas temáticas: Papa, Vaticano, Igreja, Mundo.

A difusão dos conteúdos acontece segundo uma abordagem complementar às mídias, definido em seu complexo junto ao “Accenture Interactive”, como “global experience agency”, que apoiou a Secretaria para a Comunicação na definição e na realização do novo ecossistema unificado.

Tal abordagem, típica de toda empresa moderna de comunicação, prevê o emprego de cada plataforma tecnológica à disposição.

Novo site e marca unificada

Entre estas, figura o novo site que estará online a partir dos próximos dias no link www.vaticannews.va, na sua versão beta, em substituição aos sites de caráter informativo utilizados precedentemente.

Vatican News torna-se também o novo logotipo que representa grande parte do sistema comunicativo, na intenção de simplificar a imagem e de superar a pulverização das marcas do passado.

Em particular, sempre a partir dos próximos dias, a marca identificará também as redes sociais: Twitter, Facebook e Youtube, para cada uma das redações linguísticas e Instagram, com um perfil comum a todas as línguas.

A nova imagem compreende também a marca Vatican Media, que coincide com tudo aquilo que diz respeito à produção multimídia, independentemente do meio de transmissão: dos documentários até as transmissões radiofônicas e televisivas das cerimônias papais.

A Rádio Vaticano Itália completa o quadro, com difusão em nível nacional disponível em DAB+, digital terrestre e FM na área romana que cobre a informação vaticana e comenta a atualidade com os olhos da Igreja.

inizio pagina

Autores explicam a teologia fundamental de Francisco

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Ensaios breves compilados em um livro acessível a todos, para que cada um possa repassar, por palavras e frases do Papa, os fundamentos da sua fé e teologia, de forma aberta e dialógica com o mundo de hoje.

Em síntese, esta é a proposta do livro “Dal Chiodo alla Chiave: la teologia fondamentale di Papa Francesco” (“Do prego à Chave: a teologia fundamental do Papa Francisco), segundo a curadora da obra editada pela Livraria Editora Vaticano, Professora Michelina Tenace, e apresentada esta quarta-feira na Pontifícia Universidade Gregoriana.

A obra tem coautoria de nove docentes do Departamento de Teologia Fundamental do Ateneu, entre os quais seis jesuítas e três professores de diversas nacionalidades.

Cada um deles – explica a Professora – “escreve sobre a matéria que ensina e que ama, o que quer dizer que leu o magistério do Papa à luz daquilo que pessoalmente mais o toca”.

“É uma espécie de sinfonia entre aquilo que em uma universidade se está estudando e o que vemos na figura e nas palavras do Papa”.

O percurso dos ensaios se desenvolve portanto a partir das dinâmicas de fé no pensamento de Francisco, às palavras mais significativas de seu magistério; e depois ainda se pergunta baseado nisto como este Papa garante a passagem da “Verdade”, em um momento de transição social. Ou  mais ainda, se fala de método teológico de Francisco, ou de história e de como o Pontífice a repassa “para abrir horizontes sobre o futuro”.

Um “ensaio muito sugestivo” – afirma a Professora Tenace - é dedicado ao uso da imagem na teologia deste Pontífice: “retomando a tradição do I milênio – explica – Francisco usa a imagem bem mais do que conceitos para veicular o pensamento teológico”.

Comunicar a fé com a oração e com a escuta

O que é a teologia fundamental e como o Papa lê a figura do teólogo? Quem responde é a própria curadora na introdução do livro, ressaltando o quanto este trabalho quer mostrar Francisco como “aquele que melhor encarna a Teologia fundamental nova”, aberta a temas importantes como a relação fé-liberdade, fé e transição, fé e sociedade globalizada, fé e religião.

No próprio título "Dal chiodo alla chiave", está subentendida esta abertura exigida à disciplina do Papa: ela "não pode ser autossuficiente, fechada à realidade (...). Deve-se comunicar a fé, e a Revelação pode fazer isto somente alimentando-se de oração e de caridade, isto é, de comunicação com deus e de escuta dos outros”.

inizio pagina

"Good News", o noticiário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Good News” é o nome do noticiário disponível em cinco línguas no canal youtube do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, também acessível pelo site em cinco línguas do dicastério (italiano, inglês, francês, espanhol e português). 

Um noticiário mensal, feito de palavras e imagens, com o objetivo de divulgar as “boas notícias”. Esta primeira edição, do mês de dezembro,  traz um noticiário com alguns eventos, como a visita do Papa Francisco ao Dicastério, os compromissos do prefeito Kevin Farrell, as atividades do secretário Pe. Alexandre Awi Mello, além da nomeação das subsecretárias e as missões oficiais.

“É um pequeno instrumento de comunicação – explica o Prefeito do dicastério, cardeal Kevin Farell no vídeo de boas-vindas. Se encontrará acolhida e simpatia, será possível colocar em movimento um circuito virtuoso de troca de informação e formação sobre boas práticas do povo de Deus, com uma atenção privilegiada às famílias e ao complexo tema da vida, da sua concepção até a morte natural”.

“Todas boas notícias. Não por acaso “Good News” é o título que escolhemos – explica – agrupadas em um noticiário de vozes e imagens”: das visitas ‘ad limina’ dos bispos de todo o mundo, às novidades da galáxia de associações e dos movimentos. No centro, tudo aquilo que diz respeito à família”.

 

inizio pagina

Vaticano e comunidade judaica celebram juntos a festa do Chanuká

◊  

Roma (RV) – A Embaixada de Israel junto à Santa Sé e a Pontifícia Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, celebraram na terça-feira, 12,  na Biblioteca do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, a festa judaica do Chanuká.

Estavam presentes o Embaixador de Israel junto a Santa Sé, Sr. Oren David, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Pontifícia Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, Cardeal Kurt Koch, o Presidente do International Jewish Committee for Interreligious Consultations (Ijcic), Rabino Daniel Polish, acompanhado por uma delegação de Rabinos comprometidos no diálogo inter-religioso, além da Presidente da Comunidade Judaica de Roma, Sra Ruth Dureghello.

Chanuká ou Hanucá é uma festa judaica, também conhecida como o Festival das luzes. "Chanuká" é uma palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração".

A primeira noite de Chanuká começa após o pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr-do-sol, o Chanuká começa no 25º dia.

A festividade se concluirá no dia 10 de dezembro com o acendimento da oitava vela.

 

inizio pagina

Obra Romana de Peregrinações busca novas rotas no Egito

◊  

Cairo (RV) – Uma delegação da Obra Romana de Peregrinações (Orp) encontrou no Cairo o Ministro do Turismo egípcio, Yehia Rashed, no âmbito de uma visita que busca preparar o programa 2018 relativo ao Egito. 

A visita do órgão do Vicariato de Roma para o turismo religioso tem por objetivo “conhecer os locais que serão incluídos no programa de peregrinações ao Egito”, informa um comunicado divulgado pelo organismo, precisando que a delegação é guiada pelo Mons. Remo Chiavarini, administrador delegado da Orp.

“O ministro do Turismo destacou a importância desta visita”, “etapa importante para incluir o Egito no programa de peregrinações do Vaticano para o ano de 2018”.

A delegação, entre outros, “visitará mosteiros e encontrará também representantes de Al-Azhar e da Igreja Copta”, assinala ainda a nota, em referência ao mais influente centro teológico e universitário do islã sunita e aos cristãos do Egito.

Também na pauta do encontro a nova rota de peregrinação percorrida pela Sagrada Família na fuga para o Egito, e cujo ícone foi apresentado ao Papa Francisco em outubro para receber a sua bênção.

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Igreja profanada pelo Isis é reconsagrada na Planície de Nínive

◊  

Bagdá (RV) – “Uma mensagem de esperança e de vitória. O Isis queria apagar a presença cristã e ao invés disto, foram os jihadistas que foram embora, enquanto nós voltamos”.

Com estas palavras, o Arcebispo da Arquieparquia de Irbil, Dom Bashar Matti Warda, festejou a reconsagração da Igreja de São Jorge, em Tellskuf, profanada e bastante danificada pelo Isis e reconstruídas graças à uma contribuição de 100 mil euros da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“A reabertura da igreja representará um poderoso incentivo para o retorno dos cristãos a esta cidade e à toda a região. A Igreja de São Jorge está mais bonita e gloriosa do que nunca”, declarou o prelado à AIS, à margem da celebração na Solenidade da Imaculada.

A restauração do templo insere-se no plano da AIS para a reconstrução dos povoados cristãos da Planície de Nínive, que permitiu até agora que 33% da população cristã – ou seja, 6.330 família -  retornassem às próprias casas.

Em Tellskuf, povoado iraquiano distante 32 km de Mosul, 67% das 1.500 famílias que ali viviam até agosto de 2014 já puderam retornar, o que representa o mais alto percentual de retornos de toda a Planície de Nínive.

Um fato impensável há pouco mais de um ano, quando o vilarejo estava deserto, semidestruído e em completo abandono, enquanto a Igreja de São Jorge trazia ainda os sinais da profanação, a começar por uma imagem de Nossa Senhora decapitada.

Retorno dos cristãos a suas casas

“Agora que os dois terços dos habitantes vivem novamente em Tellskuf – explica Dom Warda – era importante dar um sinal forte e positivo: a restauração da Igreja de São Jorge, e portanto, a retomada das atividades da Igreja”.

O prelado agradece em nome de seu rebanho a todos os benfeitores da AIS, que apoiaram os cristãos do Iraque nestes anos difíceis e que hoje estão permitindo a eles de retornar às suas casas.

“Obrigado por terem tornado possível esta vitória de retorno! A reabertura da nossa igreja é um poderoso símbolo e fortalece a nossa determinação em reconstruir os nossos povoados. Graças a vocês podemos louvar a Deus que preservou a presença cristã nesta terra”.

(Ajuda à Igreja que Sofre)

 

 

 

inizio pagina

Formação



CVII: A importância das duas espécies eucarísticas - parte II

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano, vamos continuar a falar sobre a reforma litúrgica trazida pelo evento conciliar. 

No programa passado deste nosso espaço, trouxemos a primeira parte da reflexão sobre a importância das duas espécies eucarísticas, onde foi sublinhado que o Missal Romano, no número 240 da Introdução, afirma que “A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas espécies”, observando porém no número 241, que “mesmo recebendo somente numa espécie, recebemos integralmente o Corpo e o Sangue de Cristo”.

Padre Gerson Schmidt, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre, dá continuidade esta quarta-feira á reflexão sobre o mesmo tema. Vamos ouvir:

"Na oportunidade anterior, falamos da importância da utilização dos sinais das duas espécies eucarísticas – o Pão e o Vinho, transformados em Corpo e Sangue do Senhor, como uma das orientações da Sacrosanctum Concilium. Apontamos 10 itens da Reforma na Liturgia. Continuamos a aprofundar esse terceiro ponto – as duas espécies eucarísticas.

Comentamos que na introdução do Missal Romano, reformulado a partir do Concilio Vaticano II, apresenta diversos pontos, e o número 240, da introdução, fala com título em vermelho: comunhão sob as duas espécies. Diz assim o texto que “a comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob essa firma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no reino do Pai”.

Portanto, as novas orientações feitas a partir da constituição dogmática Sacrosanctum Concilium, incentivam a utilização das duas espécies eucarísticas. Há um outro aspecto que gostaríamos de frisar, a respeito da hóstia, como é hoje normalmente confeccionada. O número 283, da introdução do Missal Romano, diz assim: “A verdade do sinal exige que a matéria da Celebração eucarística pareça realmente um alimento. Convém, portanto, que, embora ázimo e com forma tradicional, seja o pão eucarístico de tal modo preparado que o sacerdote, na missa com o povo, possa de fato partir a hóstia em diversas partes e distribuí-la ao menos a alguns fiéis”.

Portanto, a matéria a ser consagrada pareça realmente um alimento. A questão é que nem sempre a hóstia parece um pão, e aí se perde o sacramento como um sinal sensível, palpável e que se exprima “de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor” (Introdução Missal Romano, 240). 

Por razões pastorais, diz o Missal, se fazem as hóstias pequenas e que, na prática, permitem uma distribuição mais ágil e para assembleias mais numerosas. Porém, sabemos que nada impede que, em assembleias pequenas se possa consagrar o vinho e distribui-lo a todos e consagrar a matéria do Pão em forma de pão ázimo, como foi a primeira eucaristia realizada na última ceia.

Já existe uma prática comum em muitas de nossas comunidades de distribuir também o Sangue do Senhor, por intinção, ou seja, quando se mergulha a hóstia consagrada no cálice, embebendo-a com o Sangue – e distribuindo aos fiéis. Porém, se questiona muito essa forma, pois Cristo disse: “Tomai e bebei”. Supõe-se que seja beber do cálice. Não disse: “tomai e molhai em meu sangue”. Em todo o caso, essa iniciativa já é uma busca de permitir aos fiéis que tomem também o Sangue de alguma forma. Mas ainda não expressa de forma mais clara e real a ceia, da forma que Cristo fez".

 

 

inizio pagina

Atualidades



Populorum Progressio: projetos nascem 'de baixo para cima'

◊  

Cristiane Murray – Cidade do Vaticano

Está em andamento em Roma um evento que comemora 25 anos da Fundação Populorum Progressio. Confiada desde a sua criação ao Pontifício Conselho Cor Unum, a Fundação Populorum Progressio faz parte da missão pastoral do novo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. Mons. Tejado Munoz, vice-Secretário, falou à mídia da Santa Sé sobre as atividades da Populorum Progressio e de sua principal característica: os projetos não nascem de cima para baixo, mas a partir das realidades locais. 

Projetos nascem nas realidades, 'in loco' 

“Nós tentamos, nestes 25 anos, fazer um trabalho silencioso e respeitoso das diferenças e das particularidades destes povos. É principalmente um trabalho feito ‘in loco’, respeitando as pessoas, suas dinâmicas, seu desenvolvimento e o que eles próprios esperam. Esta é a finalidade da Fundação”.

“Promove pequenos projetos econômicos, de formação. São tantos que seria até difícil falar de um único tipo de projeto… Nós aceitamos os projetos aprovados pelas Igrejas locais: missionários, agentes pastorais e as próprias comunidades que encontram no sacerdote um apoio para promover uma atividade. Tudo passa através do bispo e por isso, é para nós uma grande garantia. É garantia do fato que o trabalho se faça bem e que se faça exatamente como foi projetado. Mais do que tudo, são as comunidades cristãs e as comunidades indígenas que pedem. E nós – na medida do possível – tentamos dar-lhes uma mão”. 

inizio pagina