Cidade do Vaticano, 12 out (RV) - "Fertilidade: visão católica": este é o tema
do seminário aberto nesta sexta-feira, em Roma, no Instituto Dermatopático da Imaculada
(IDI), com a finalidade de favorecer um debate multidisciplinar.
Participaram
do encontro de hoje, entre outros, o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral
para os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, e o professor de Bioética
e de Teologia Moral do Pontifício Ateneu "Regina Apostolorum", Pe. Gonzalo Miranda.
O
Cardeal Barragán definiu a vida, de um ponto de vista biológico, como "um movimento
orgânico complementar" que tem origem em enredadas relações baseadas em finalidades.
Do ponto de vista filosófico _ explicou o purpurado _ a vida é a "capacidade primordial
de ser e de atuar". Na interpretação teológica _ acrescentou _ a vida é um "movimento
que sai da morte" mediante uma realidade histórica: a morte de Cristo torna-se ressurreição,
a vida torna-se "mútua doação".
Da ciência se chega à dignidade máxima que
significa propriamente a distinção de que a vida na relação de amor é a mútua doação.
Então, a dignidade máxima é o amor _ frisou o Cardeal Barragán.
A incidência
da infertilidade _ segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) _ é de 20%
da população nos países avançados, e está destinada a aumentar. Portanto, é necessário
acompanhar e ajudar, sobretudo, os casais afetados por problemas de infertilidade
e esterilidade _ ressaltou, por sua vez, Pe. Gonzalo Miranda.
Por fim, entre
os vários dados, foi ressaltado que, nos últimos anos, se registrou um incremento
da esterilidade masculina: as causas principais são as mudanças das condições de vida,
a poluição e o uso do tabaco. Entre as causas encontra-se também o stress. (RL)