2008-09-22 20:24:12

CONCLUÍDO NA ARGENTINA SEMINÁRIO FÉ E COMPROMISSO POLÍTICO


Buenos Aires, 22 set (RV) - "A nossa pastoral hoje tem nuanças um pouco diferentes do passado, no sentido que não interessa tanto à Igreja argentina a dimensão de massa da obra evangelizadora, quanto a sua profundidade e intensidade. Por isso, os bispos dão fundamental importância à política enquanto forma particular da caridade."

Foi o que disse o presidente da Comissão episcopal para a pastoral social e bispo de San Isidro, Dom Alcides Jorge Casaretto, concluindo ontem, domingo, na cidade de Córdoba, o seminário organizado para refletir sobre as "contribuições que a fé pode e deve dar à política, enquanto serviço ao bem comum".

Recordando que a Argentina _ assim como outros países da América Latina _ se aproxima das grandes celebrações pelo bicentenário da independência, Dom Casaretto afirmou que "o grande desafio de hoje é poder chegar a essas festas afirmando que em nossa sociedade não mais existem pessoas excluídas".

O seminário, do qual participaram numerosos especialistas leigos e eclesiásticos e que tinha como finalidade identificar os elementos essenciais para um "repensamento da política à luz da fé", se propunha indicar "contribuições específicas para servir o bem comum".

Nesse contexto, Dom Casaretto defendeu a "necessidade de fortalecer as instituições da democracia, bem como os partidos políticos", jamais esquecendo "que são meios para buscar consensos mediante um diálogo aberto e sincero; diálogo que deve ser sempre considerado como o instrumento principal em toda circunstância" _ explicou o prelado.

Ademais, o bispo argentino precisou que hoje é necessário "lutar contra toda forma de exclusão social, contra a iniqüidade que dilacera muitas das nossas sociedades, mesmo porque se somam a esse mal outros não menos penosos, como o jogo de azar, as drogas e outras dependências que deprimem a pessoa".

Por fim, Dom Casaretto concluiu dizendo: "Queremos encorajar os jovens a tomarem parte ativa na política recordando-lhes que não se trata de uma coisa ruim: pelo contrário, é um serviço de caridade para buscar consenso na perspectiva do interesse comum, do bem de toda a sociedade e não de uma parte sua". (RL)







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