Cidade do Vaticano, 08 jul (RV) – O presidente da Conferência Episcopal Alemã,
Dom Robert Zollitsch, arcebispo de Friburgo, opinou sobre a encíclica Caritas in
Veritate: "Uma contribuição decisiva para o debate sobre a globalização e a justiça.".
Para o arcebispo, o próprio momento de sua publicação – às vésperas da cúpula
do G-8 – sublinha a urgência de sua finalidade. "O papa não dirige só um apelo aos
governantes das nações industrializadas, para que enfrentem com coragem os desafios
atuais sem subestimar o aspecto ético; mas encoraja todas as pessoas de boa vontade
a se considerarem atores e não vítimas dos acontecimentos atuais. Todos devem mudar
de mentalidade."
Dom Zollitsch definiu a terceira encíclica de Papa Ratzinger
como "uma obra grandiosa" e um "passo significativo" no caminho da doutrina social
católica. "A encíclica analisa de modo específico os sinais dos tempos, indicando
os critérios que devem ser observados para promover a justiça de modo sustentável
em todo o mundo" – disse o prelado.
O arcebispo garantiu que a Igreja divulgará
o documento a seus fiéis, na convicção de que Caritas in Veritate enriquecerá
a formação da opinião pública, com suas reflexões e indicações.
Em entrevista,
ontem, o presidente do Episcopado alemão disse esperar que o papa visite o país novamente
em 2010, atendendo ao convite feito pelo Presidente Horst Köhler.
Por sua
vez, em nota divulgada pelo site da Conferência Episcopal Francesa, seu presidente,
Cardeal André Vingt-Trois, indicou a Caritas in Veritate como "uma formidável
mensagem de esperança a todos os católicos e pessoas de boa vontade que queiram refletir
sobre questões da fé crista".
O cardeal-arcebispo de Paris afirma que a humanidade
tem a missão e os meios para administrar o mundo em que vivermos, e transformá-lo,
fazendo progredir a justiça e o amor, nas relações humanas e nos campos social e econômico.
Para o purpurado, o documento pontifício tem dois pontos particularmente significativos:
a afirmação de que nenhum âmbito da atividade humana está isento de responsabilidade
moral; e a reflexão sobre a globalização e sua relação com o desenvolvimento. (CM)