2010-01-25 14:02:21

INDONÉSIA: RADICALISMO FRUTO DA IGNORÂNCIA


Jacarta, 25 jan (RV) - Violência anticristã na Indonésia: cerca de mil pessoas incendiaram duas igrejas protestantes na noite de sábado no distrito de Padang Lawas, no norte de Sumatra.

O chefe do distrito, Basrah Lubis, afirma que “os agressores estavam irados porque a administração da Igreja não atendeu seus pedidos: transformar o uso dos edifícios de ‘lugares de oração’ para ‘edifícios neutros’. As duas construções, contíguas, pertencem ao Sínodo da Igreja protestante de Batak, e são templos pentecostais cujos fiéis pertencem à etnia Batak e têm a sua liturgia, com cantos e danças próprios.

Segundo a polícia, nenhum dos dois edifícios possuía o aval de construção; eram considerados ‘locais de oração’ e não ‘igrejas’. Na Indonésia, para construir igrejas é pedida uma licença especial, que deve superar obstruções impostas pelos islâmicos. E este é o pretexto principal da violência de muçulmanos contra cristãos: a falta de licenças.

Agora, com os dois edifícios em cinzas, as comunidades devem ir até Sosa, que dista 28 km, onde há três igrejas permanentes.

O reverendo Gomar Gultom, secretário executivo do Sínodo das Igrejas na Indonésia, observa que as agressões ocorrem porque alguns grupos islâmicos radicais, opõem-se à construção de templos cristãos e tentam deter a expressão religiosa de outras crenças. “Na Indonésia, o cristianismo é legal, mas os cristãos são quase sempre ameaçados”.

Sábado, em Jacarta, o Prof. Said Agil Siradj, da maior organização muçulmana moderada do país, o Nahdlatul Ulama, apresentou um relatório do Wahid Institute, para promover o pluralismo na Indonésia. O relatório mostra que em 2009, de 35 casos de violações à liberdade religiosa, 28 foram anticristãos. Para o Prof. Siradi, as violências contra cristãos são obra de pequenos grupos extremistas, que conhecem muito pouco o verdadeiro Islã. (CM)







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