IGREJA DENUNCIA RECRUDESCIMENTO DA VIOLÊNCIA NA GUATEMALA
Cidade da Guatemala, 22 jul (RV) – A Igreja Católica, a Aliança Evangélica,
a Procuradoria de Direitos Humanos e a Universidade São Carlos pediram ontem às autoridades
guatemaltecas que detenham a onda de violência que vive o país, com uma média de 17
assassinatos diários.
Em comunicado publicado ontem, os representantes das
quatro instituições, o chamado "G-4", denunciam que os níveis de violência recrudesceram.
"O
desprezo pela vida e o claro afã de infundir temor denotam uma situação repleta de
incerteza e de desesperança para a maioria da população" – lê-se no texto assinado,
entre outros, pelo Card. Rodolfo Quezada Toruño, representando a Igreja Católica.
Segundo
o grupo, um dos aspectos mais preocupantes da violência é que os habitantes se sentem
inertes e à mercê dos criminosos, enquanto as autoridades responsáveis pela segurança
e pela justiça se tornaram apenas atores que reagem frente a uma situação da qual
perderam o controle.
Tudo isso acontece após o lançamento, em abril de 2009,
do Acordo Nacional para o Avance da Segurança e da Justiça, que – afirma o grupo –
não está produzindo os resultados esperados.
Com pouco mais de 22.000 policiais
para proteger mais de 14 milhões de habitantes e com uma média de 17 assassinatos
diários, a Guatemala sofre uma onda de violência que fez do país um dos mais violentos
da América Latina.
Segundo a Comissão Internacional Contra a Impunidade na
Guatemala (Cicig), 98% dos crimes cometidos no país não são investigados. (BF)