Cidade do Vaticano, 28 abr (RV) - A importância da mídia, e especialmente dos
Serviços públicos, no facilitar a difusão de apuradas informações – para o correto
funcionamento da sociedade política e civil – foi ressaltada pelo Presidente do Pontifício
Conselho das Comunicações Sociais, Dom Cláudio Maria Celli, abrindo, na manhã desta
quinta-feira, os trabalhos da Assembleia da União Européia de Rádio-Televisão, em
andamento na sede da Rádio Vaticano, por ocasião dos 80 anos da nossa emissora. O
Arcebispo destacou os desdobramentos éticos da comunicação.
Dom Celli frisou
que o Rádio permanece sendo um meio de comunicação fundamental na vida da Igreja.
"O rádio tem um futuro promissor, mesmo no contexto dos extraordinários desenvolvimentos"
das chamadas "novas mídias" – observou.
É verdade que a mídia hoje "vive de
brevidade, velocidade, mudança, variedade, emotividade, mas pensar requer o contrário"
– ponderou. "Pensar requer tempo. Precisa de silêncio e de habilidades metodológicas
de lógica. E o rádio, da melhor forma possível, tem a capacidade de estimular o pensamento
e a reflexão, de convidar ao debate, de informar e educar", afirmou o Arcebispo.
Dom
Celli evocou o documento do seu Pontifício Conselho "Ética na comunicação", para recordar
que toda a mídia é chamada a servir à dignidade humana ajudando os povos a viverem
melhor e a atuarem como pessoas na comunidade, "cultivando o sentido da responsabilidade
recíproca, crescendo na liberdade individual, no respeito pela liberdade dos outros
e na capacidade de diálogo". (RL)