Domingo do Mar: "Marítimos não são invisíveis aos olhos de Deus"
Cidade do Vaticano (RV) – Por ocasião do Dia do Mar, celebrado domingo, 8 de
julho, em todo o mundo, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes
publicou uma mensagem. O texto é assinado pelo Presidente do Dicastério, Cardeal Antonio
Maria Vegliò, e pelo Secretário, Dom Joseph Kalathiparambil, e recorda que “os marítimos
e suas famílias não são invisíveis aos olhos de Deus e da Igreja. Há mais de noventa
anos, o Apostolado do Mar reconhece o seu duro trabalho, as suas dificuldades e sofrimentos,
indo a seu encontro com a atenção pastoral de seus capelães e voluntários”.
A
mensagem menciona aspectos do dia a dia dos marinheiros e seus riscos, como a agitação
do mar e os ataques dos piratas. A respeito das insuficientes condições de trabalho
enfrentadas por estes profissionais, diz:
“Constatamos que os marinheiros
trabalham em condições subumanas, a bordo de embarcações velhas e enferrujadas, são
vítimas da criminalização e do abandono, com frequência recebem seus salários com
atraso, e muitas vezes, não o recebem” - denuncia o texto.
A finalidade de
celebrar anualmente o “Domingo do Mar” é sensibilizar comunidades cristãs e outras
instâncias da sociedade em relação ao trabalho e aos sacrifícios dos marinheiros,
obrigados a viver longe de seus entes queridos e amigos durante muitos meses consecutivos,
dividindo o espaço limitado de suas embarcações com outros membros da tripulação de
diferentes nacionalidades.
A mensagem para os marítimos revela também que
90% do comércio mundial (matérias primas e bens de consumo) se movimenta por mar.
E enfim, o Pontifício Conselho pede que a Convenção sobre o Trabalho Marítimo de 2006
“seja ratificada o mais rapidamente possível para garantir a plena proteção e condições
dignas de trabalho para os mais de 1,2 milhões de marinheiros no mundo”. (CM)