Viagem do Papa ao Líbano: um convite em favor da liberdade religiosa em todo o Oriente
Médio
Beirute (RV) - "A visita de Bento XVI ao Líbano representa uma grande esperança
para o país, uma mensagem de paz para a Síria e um convite em favor da liberdade religiosa
em todo o Oriente Médio".
Foi o que afirmou à agência missionária Fides,
o Dretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias (Pom) no Líbano, Pe. Paul Karam.
Referindo-se
à grande expectativa na população libanesa, Pe. Paul considera que a viagem do Papa,
programada para realizar-se de 14 a 16 de setembro próximo, "chamará a atenção para
o tema da liberdade religiosa, num momento em que vemos claramente a ascensão do fundamentalismo
islâmico".
"Como fez João Paulo II há mais de dez anos – disse o sacerdote
–, o Papa traz uma mensagem profética de rejeição à guerra e à violência, uma mensagem
profética de proposta de valores basilares como a liberdade religiosa e os direitos
humanos."
O Diretor das Pom libanesas observou, ainda: "A visita do Papa antecipa
o Ano da Fé, que terá início em outubro próximo. É um sinal providente para relançar
o compromisso cristão nos países do Oriente Médio".
A região encontra-se abalada
com o conflito sírio: "O Papa trará para a Síria uma mensagem que Cristo nos ensina:
paz, diálogo, tolerância e aceitação do outro. Os fiéis cristãos da Síria estão preocupados
porque se encontram vulneráveis e expostos à violência. Aguardam com ânsia e esperança
a chegada do Papa", disse.
O apelo em favor da paz na Síria deve ser mais forte
também para a comunidade internacional, a fim de que se promova o diálogo entre as
partes em luta. "A violência jamais resolveu os problemas", prosseguiu.
"O
único caminho é encontrar-se para uma negociação, no respeito recíproco, para o bem-estar
de todos os cidadãos. É preciso restabelecer os caminhos do diálogo, segundo credibilidade,
transparência e verdade." "Espero que a visita do Papa possa renovar entre os
cristãos da Síria a responsabilidade de um autêntico testemunho cristão, voltado para
o diálogo e a solidariedade, sempre à luz da verdade que é Cristo", concluiu. (RL)