Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se neste dia 2 de abril o Dia Mundial de
Conscientização sobre o Autismo.
Para esta ocasião, o Presidente do Pontifício
Conselho da Pastoral para o Agentes de Saúde, Arcebispo Zygmunt Zimowski, divulgou
uma mensagem para manifestar a solidariedade da Igreja para com as pessoas autistas
e suas famílias.
“Autismo: uma palavra que ainda provoca medo não obstante
em muitas culturas se iniciou a aceitar socialmente as pessoas com dificuldades, a
desfazer preconceitos que circundam essas pessoas e suas famílias” – escreve Dom Zimowski.
Definir alguém autista comporta quase que automaticamente um juízo negativo
e, implicitamente, uma sentença de distanciamento definitivo da sociedade. Do outro
lado, a pessoa parece incapaz de comunicar de maneira profícua com os outros “seu
maravilhoso universo interior”. “É justamente esta imagem estereotipada que precisa
ser profundamente revisada”, defende o Arcebispo.
Na prática, se trata de
acolher as crianças autistas nos diversos setores das atividades sociais, educativas
e litúrgicas de modo proporcional à sua capacidade de relação.
Para quem recebeu
o dom da fé, essa solidariedade se torna presença amorosa junto a quem sofre. Dom
Zimowski cita então o Beato João Paulo II, no oitavo ano de sua morte, num discurso
pronunciado em janeiro de 2004:
“A qualidade de vida no âmbito de uma comunidade
mede-se em grande parte pelo compromisso na assistência aos mais débeis e aos mais
necessitados e pelo respeito da sua dignidade de homens e de mulheres. O mundo dos
direitos não pode ser privilégio só dos sadios. Também a pessoa portadora de deficiência
deverá ser facilitada para que participe, na medida do possível, na vida da sociedade
e seja ajudada a realizar todas as suas capacidades de ordem física, psíquica e espiritual.
Só quando são reconhecidos os direitos dos mais débeis é que uma sociedade pode considerar-se
fundada sobre o direito e sobre a justiça.” (BF)