Caritas Ucrânia cobra mais ação do Ocidente para deter a Rússia
Setúbal (RV) – O Presidente da Cáritas Ucrânia declarou que a situação no país
continua a deteriorar-se e acusou a Rússia de promover uma guerra contra a população
ucraniana, esperando que o Ocidente intervenha de forma decidida.
“É uma situação
muito, muito instável”, referiu Andrij Waskowycz, que participa em Setúbal no Fórum
de Desenvolvimento Institucional da Cáritas Europa.
Segundo o Presidente da
organização católica de solidariedade, o problema não deriva de um conflito interno
na Ucrânia ou de uma guerra civil, mas da ação russa, a começar pela anexação da Crimeia.
A
intenção, precisa, é “intimidar o novo Governo da Ucrânia e forçar a comunidade internacional
a aceitar a agenda da Rússia”.
“Agora temos de pensar sobre a segurança no
mundo, num confronto entre países democráticos e nações totalitárias, vemos uma situação
em que vários países se unem contra valores democráticos”, afirmou Andrij Waskowycz.
Nesse
sentido, deixou votos de que o Ocidente seja muito forte nas suas posições, penalizando
quem mente e viola a lei internacional.
“Os países democráticos devem mostrar
que têm uma posição forte e unida em relação à Rússia”, prosseguiu o Presidente da
Cáritas Ucrânia, segundo o qual, há terror nas ruas e “muitas armas distribuídas”
a pessoas que praticam atos de violência e vandalismo.
Como consequência destas
situações, tem-se registrado um aumento dos deslocados internos, que fogem dos confrontos
armados.
A Cáritas tem estado ao lado da população desde os protestos na Praça
Maidan de Kiev, que levaram à destituição do Presidente Viktor Yanukovytch, no fim
de fevereiro.
“Após os tiroteios na Praça Maidan, procuramos apoiar as famílias
das pessoas que foram mortas e agora estamos lançando um projeto para as pessoas que
estão fungindo dos locais de conflito na parte oriental, bem como dos que chegam da
Crimeia”, precisou Andrij Waskowycz.
Os ministros dos Negócios Exteriores da
Ucrânia e da Rússia aceitaram reunir-se sábado, 5, com representantes do movimento
separatista que combate o Governo de Kiev no Leste ucraniano, para discutir um novo
cessar-fogo multilateral.