2014-07-04 11:16:56

Caritas Ucrânia cobra mais ação do Ocidente para deter a Rússia


Setúbal (RV) – O Presidente da Cáritas Ucrânia declarou que a situação no país continua a deteriorar-se e acusou a Rússia de promover uma guerra contra a população ucraniana, esperando que o Ocidente intervenha de forma decidida.

“É uma situação muito, muito instável”, referiu Andrij Waskowycz, que participa em Setúbal no Fórum de Desenvolvimento Institucional da Cáritas Europa.

Segundo o Presidente da organização católica de solidariedade, o problema não deriva de um conflito interno na Ucrânia ou de uma guerra civil, mas da ação russa, a começar pela anexação da Crimeia.

A intenção, precisa, é “intimidar o novo Governo da Ucrânia e forçar a comunidade internacional a aceitar a agenda da Rússia”.

“Agora temos de pensar sobre a segurança no mundo, num confronto entre países democráticos e nações totalitárias, vemos uma situação em que vários países se unem contra valores democráticos”, afirmou Andrij Waskowycz.

Nesse sentido, deixou votos de que o Ocidente seja muito forte nas suas posições, penalizando quem mente e viola a lei internacional.

“Os países democráticos devem mostrar que têm uma posição forte e unida em relação à Rússia”, prosseguiu o Presidente da Cáritas Ucrânia, segundo o qual, há terror nas ruas e “muitas armas distribuídas” a pessoas que praticam atos de violência e vandalismo.

Como consequência destas situações, tem-se registrado um aumento dos deslocados internos, que fogem dos confrontos armados.

A Cáritas tem estado ao lado da população desde os protestos na Praça Maidan de Kiev, que levaram à destituição do Presidente Viktor Yanukovytch, no fim de fevereiro.

“Após os tiroteios na Praça Maidan, procuramos apoiar as famílias das pessoas que foram mortas e agora estamos lançando um projeto para as pessoas que estão fungindo dos locais de conflito na parte oriental, bem como dos que chegam da Crimeia”, precisou Andrij Waskowycz.

Os ministros dos Negócios Exteriores da Ucrânia e da Rússia aceitaram reunir-se sábado, 5, com representantes do movimento separatista que combate o Governo de Kiev no Leste ucraniano, para discutir um novo cessar-fogo multilateral.

(CM-Ecclesia)







All the contents on this site are copyrighted ©.