Líderes religiosos assinarão documento contra escravidão moderna


Cidade do Vaticano (RV) –  Líderes religiosos estarão reunidos com o Papa Francisco nesta terça-feira,  Dia Internacional para a Abolição da Escravidão, para a assinatura de um documento contra a escravidão moderna e o tráfico de pessoas. A iniciativa histórica é promovida pela Organização Global Freedom Network (GFN), sob inspiração do Papa Francisco e do Primaz Anglicano, Justin Welby.

De fato, pela primeira vez,  católicos, ortodoxos, anglicanos, judeus, muçulmanos, budistas e hinduístas estarão reunidos na Casina Pio IV, no Vaticano, para assumir o compromisso das religiões pela eliminação, até 2020, de toda forma  de escravidão, em todo o mundo e para sempre.

Na declaração comum, o Santo Padre e os outros líderes religiosos devem destacar que a escravidão moderna, nas formas de tráfico de seres humanos, trabalho forçado, prostituição, tráfico de órgãos e qualquer outro tipo de relação que não respeite o princípio fundamental de que todos os homens são iguais e têm a mesma liberdade e dignidade, são um crime contra a humanidade, devendo ser reconhecidos como tal por todas as nações.

Entre os pontos do acordo, os signatários se comprometem em inspirar a ação espiritual e a prática em todos os fiéis e pessoas de boa vontade em todo o mundo, pela erradicação da escravidão moderna, mobilizando jovens, famílias, escolas e universidades para que o tema seja conhecido. Um convite será enviado a 50 grandes empresas para que seja excluído qualquer tipo de escravidão de seu ambiente de trabalho. O mesmo convite será encaminhado a 162 governos, buscando angariar o apoio público de ao menos 30 Chefes de Estado antes do final do ano. Outro objetivo será que os países que formam o G20 condenem o tráfico de pessoas e adotem medidas contra esta chaga social e apoiem o acordo.  Deverá ser anunciado ainda a instauração de um dia mundial de oração pelas vítimas e por sua libertação.

Serão testemunhas do evento vários representantes de organizações internacionais, organizações da sociedade civil e empresas.

Os signatários do documento serão o  Papa Francisco, o Arcebispo de Cantuária da Comunhão Anglicana, Justin Welby, os Rabinos David Rosen, do Comitê Judeu-americano, e o argentino Abraham Skorka, amigo de Francisco; o Metropolita Emmanuel, da França, o Sub-Secretário de Al-Azhar, Abbas Abdalla Abbas Soliman, representando o Grão-Imame Mohamed Ahmed El-Tayeb;  o Grão Ayatolá iraquiano Mohammad Taqui al-Modarresi  e o Sheique argentino Omar Aboud, amigo de Francisco, entre outros. (JE)








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