Crônica: Bergoglio volta à casa de seu pai e reza ao Pai

Turim (RV) – “Sou neto desta terra abençoada”, disse o Papa ao fiéis de Turim. Assim, Francisco deixou claro que esta visita pastoral era o retorno de Jorge Mario Bergoglio, agora como Pontífice, à terra natal de seu pai.

Essa familiaridade veio à tona mais forte quando o Papa, ao ler um poema que sua avó costumava recitar, se emocionou.

Nesta segunda-feira, o almoço e encontro privado do Papa com seus familiares coroou este retorno de Jorge às origens. Francisco celebrou missa aos seus parentes, primos de primeiro grau e outros que ainda não conhecia. 

Turim também é casa do Santo Sudário. E foram mais de 5 minutos de oração silenciosa do Papa diante do Linho sagrado. Qual foi a oração de Francisco, não saberemos. O que vimos, contudo, foi que após a meditação, algo impeliu o Papa a tocar o Santo Sudário, um mistério que somente a fé pode compreender.

Esta sexta visita pastoral de Francisco na Itália foi marcada ainda por muitos momentos especiais. Na casa mãe dos salesianos, junto às relíquias de São João Bosco, Francisco falou dos aliçerces que impulsionam a congregação a seguir em missão, agora também inspirada na celebração dos frutos dos 200 anos de nascimento de Dom Bosco.

A juventude salesiana se reuniu para celebrar os oratórios, marca do carisma jovem da congregação, que vai ao encontro da globalização da solidariedade à qual nos exorta o Papa Francisco.

Essa juventude promoveu a cultura do encontro com outros jovens – inclusive os jovens de coração – que vieram até mesmo de outros países para estar perto do Papa.

Para esta fiel mexicana de Guadalajara, o Papa promove uma “abertura de corações, sobretudo dos jovens, para que tenham uma nova mentalidade, e que aqueles que hoje estão excluídos, poderão mudar o mundo realmente”.

“Sairmos de nós mesmos"

Outra expressão de Francisco que foi repetida e vivida neste dias aqui em Turim. E isso pode começar com um simples obrigado, com uma gentileza, com um sorriso, diz esta jovem italiana que esteve no encontro com o Papa e os jovens. “Pequenas coisas, diz ainda e, se tiver tempo, trabalho voluntário que não ‘estraga’ e faz mais bem a quem dá do que a quem recebe”. 

(RB Turim RV)